sábado, 1 de maio de 2010

DEBATE

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           Foi mais um debate na SIC Notícias, daqueles mais ou menos inflamados, em que duas posições aparentemente contraditórias deixaram quem ouviu e viu a conversa ainda mais confuso sobre o actual momento que se vive. Enquanto o líder do PSD, por exemplo, prefere reunir-se com um grupo de “sábios”, todos eles ex-membros de governos anteriores e, por isso, sumamente responsáveis por esta situação, eu procuro informar-me em coisas mais pequenas, como estes pequenos debates.
            O debate foi entre a bela deputada do CDS-PP Teresa Caeiro e o deputado do BE, Luís Fazenda. Foi até interessante, disseram-se coisas interessantes e pressenti alguma disponibilidade do BE em apoiar algumas iniciativas que conduzam a algum lado, não necessariamente melhor do que o local onde nos encontramos. Já o CDS-PP me pareceu pelo cancelamento do TGV, do Aeroporto, das estradas, das férias de verão, dos Calipos de limão, da série Lost e do correr dos rios para o mar. Caso contrário, nada feito.
            O momento alto foi a declaração final de cada um dos deputados, que, segundo me lembro, foi mais ou menos assim:
            TERESA CAEIRO: Pois, Sr.Deputado, a grande diferença actual entre a Direita e a Extrema-esquerda em Portugal é que… (e depois desfilou uma série de diferenças sobre as quais nem vale muito a pena discorrer).
            LUÍS FAZENDA: Deixe-me dizer-lhe que a grande diferença actual entre a Esquerda e a Extrema-direita em Portugal é… (e coiso e tal).

            A senhora demorou toda a declaração final de Luís Fazenda a fechar a boca, numa indignação extraordinária, incapaz de disfarçar a sua surpresa e de articular uma palavra que fosse.
            Mas eu saboreei aquele momento como há muito não o fazia com a política portuguesa. Quem vai à guerra dá e leva, e algumas pessoas deviam ter vergonha e algum decoro em falar dos outros em determinados termos. A resposta, ao invés das demais das vezes, foi imediata, transmitida na TV para todos verem. E a reacção indescritível da senhora também. Imperdível! Impagável! Fantástica a presença de Luís Fazenda, que manteve a compostura e disparou certeira e fatalmente a mais um coraçãozinho fascista que pulula em Portugal.

40 comentários:

  1. É Esquerda... É Bloco... É Bloco de Esquerda.....


    ahahahahahahahah tou só a gozar tenho uma amiga que é bloquista e passa a vida a cantar isto... e a chagar-me a cabeça pra entrar pro bloco.... :P

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  2. Anne, e são chatos comó caraças!! Também andaram a fazer-me a cabeça uma série de meses, até que decidi dizer-lhes taxativamente não.

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  3. Estou sinceramente a ficar cansado desta treta toda de politiquices e de outras merdices...

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  4. Francisco, mas a resposta do Fazenda foi brilhante ou não??

    :D

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  5. O Parlamento no seu melhor... se pensassem mais no País e se preocupassem em arranjar soluções para sairmos do atoleiro em que nos meteram (com a ajuda de muitos portugueses)... mas não! Preferem discutir extremos... e enquanto eles se insultam, tudo fica na mesma com tendência a piorar.

    Estou realmente farta!

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  6. Pronúncia, isto não foi no Parlamento, foi na SIC Notícias. Para ser verdadeiro, houve discussão política e de alguma forma construtiva.
    O que tento chamar a atenção é que chamar ao BE ou ao PC extrema-esquerda dá o direito de chamar ao CDS extrema-direita. E mesmo sabendo que nenhum destes partidos é extremista, os partidos de direita acham que chamar extrema-esquerda aos de esquerda é giro e apropriado. Mas se alguém lhes chama extrema-direita, cai o Carmo e a Trindade. Dualidade de critérios notória. É a sociedade portuguesa nos seus tiques fascizóides.

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  7. Eu acho que é assim que deve ser: chamar as coisas pelos nomes! Quem diz que a extrema-direita não existe, basicamente não sabe o que diz. Muitas são as mentes fascistas que, na oportunidade de subirem ao palanque, em três tempos tentariam ressuscitar os ideais do Toninho de Santa Comba. Por outro lado, a extreme-esquerda também existe e essa, segundo me parece, terá como primeiro ideal uma anarquia que também não nos levaria a lado nenhum. A diferença é que a Teggy é de extrema-direita, mas o Fazenda não me parece de extrema-esquerda. Seja como for, muito pior estaríamos com um partido de extrema (direita ou esquerda) a governar os destinos desta nação, já de si tão aluanada...

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  8. Cirrus, não foi no Parlamento, mas poderia muito bem ser... é mais do mesmo!

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  9. Liliana, só uma questão, se a Teresa Caeiro é de extrema direita como rotularia José Pinto Coelho?!...

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  10. @Pronúncia
    Não rotularia. Gente como ele nem merece sequer a mínima consideração...

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  11. Liliana, não será por nem lhe merecer a mínima consideração (a minha também não merece) que ele vai deixar de existir... pelo que não me parece de todo correcto apelidar Teresa Caeiro de extrema direita, como a Liliana fez...

    (O Fazenda esteve bem, respondeu a uma provocação com outra do mesmo género. O que não significa que o CDS seja um partido de extrema direita ou o BE um partido de extrema esquerda... não são de todo).

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  12. Se isto não estivesse tão mal, apetecia-me dizer: façam o que quiserem mas não me cancelem os Calipos de Limão.

    Ainda há dias um amigo que vive lá para os lados que tu gostas de visitar me perguntava o que se passava em Portugal, porque por lá não se falava noutra coisa e eu a pensar que não éramos Gregos... Mas o que é importante é o que nos separa e nunca o que nos deveria unir.

    Abraços

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  13. Liliana, a grande diferença entre uns e outros não é, grosso modo, serem ou não das extremas. É óbvio que a maioria dos elementos do CDS são de facto de extrema direita, bem como há muitos elementos do Bloco que são de extrema esquerda.
    É evidente que Teresa Caeiro, neste caso, é de extrema direita. Fazenda é, provavelmente, de extrema esquerda. O problema aqui é alguém se julgar com autoridade moral para acusar os outros de serem de extrema esquerda e não admitir o seu próprio extremismo. Que, no caso do CDS, nunca conheci alguém que não fosse de extrema direita, é verdade. Muitos são neo-nazis e os outros são Salazaristas. Pensei que não houvesse muitas dúvidas.

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  14. Pronúncia, é bastante óbvio que Teresa Caeiro é de extrema direita. Não é assim tããããooo difícil de ver... E o Fazenda é de extrema esquerda, não é nada que não se soubesse. Acusar o outro de o ser e não admitir a resposta é que não me parece correcto. Mas num país salazarento como este, de facto, falar de extrema esquerda é giro, falar de extrema direita é falar de deficientes mentais racistas e mais não sei o quê, pois a extrema direita não está representada no Parlamento. Mas está. E bem. Pelo CDS.

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  15. LBJ, o ódio entre facções políticas em Portugal é maior que o amor ao país. Isso é bastante evidente quando vemos as atitudes de pessoas como esta neofascista na TV.

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  16. AI CIRRUS!Um abração daqui até ao "Cirrus minor"!!!!
    Estava a ver que ninguém chamava à linda deputada aquilo que ela merece há tanto tempo!
    Beijo amigo de Lusibero!
    É um SENHOR, o Luís FAZENDA!
    Embora eu não considere de extremos(uma de direita e o outro de esquerda) os queridos ,em questão!
    Mais outro beijo amigo!

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  17. Cirrus, deixo-te a mesma questão que deixei à Liliana, se consideras o CDS um partido de extrema-direita, como classificas o PNR?

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  18. Olá Maria, um abraço.

    Parece já não haver uma coisa que as pessoas tinham em doses moderadas antigamente e que foi extinguida pelo politicamente correcto: a sinceridade.

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  19. Pronúncia, sabendo que estás a falar a sério, vou responder-te a sério.

    Chamo extrema direita ao CDS, precisamente porque as políticas preconizadas por ambos os partidos são decalcadas uma da outra. Não vejo absolutamente diferença alguma. Excepto na linguagem politicamente correcta do CDS e inconveniente do PNR. Ambos são apologistas do Salazarismo, xenófobos e racistas, ambos são anti-imigração, ambos são religiosos e ultra-católicos, ambos são formados por admiradores de Salazar. Diz-me tu uma diferença!

    Ah, já sei, o CDS já esteve no Governo e o PNR não. Ou seja, o PNR não teve oportunidade de encher os bolsos com submarinos. Já me esquecia.

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  20. A sério?! Então o post foi a brincar?!

    A diferença, para ti é portanto apenas de linguagem e não de actos?!
    Mas o BE não é um extremo?! É giro!

    Aprendi mais uma coisa sobre extremos... há quem seja contra eles, mas depois os consiga ver apenas num lado!... É giro!

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  21. Pronúncia, eh. eh!!! Onde já vais... É óbvio que o BE é um extrema. É a extrema esquerda. Foi por isso mesmo que escrevi o post. São ambos extremos. Só que uns vêem as coisas de forma natural. Os outros ficam escandalizados! Aí está a diferença.

    Além do mais, e apesar do que possas dizer, não há modelo português de extrema esquerda, exceptuando o curto período do PREC. Para a extrema direita, foram 58 anos de modelo.

    Não percebo é a tua atitude. A mim, tanto se me faz que sejam extremos ou não, não voto neles, estou-me cagando para isso. Queres que chame Trotskista ao Fazenda. Sim, é, e não tem grandes problemas em admiti-lo. Pelo menos isso.

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  22. Como já disse num comentário atrás, não considero nem o CDS extrema direita, nem o BE extrema esquerda.

    Infelizmente temos um exemplo de 58 anos de extrema direita em Portugal.
    Felizmente não temos um exemplo de extrema esquerda, precisamente porque o PREC não vingou.

    Todos os extremos são maus, sejam eles quais forem... é por isso que me incomoda quando alguém rotula o que quer que seja de extremo.

    Só para que conste e não haja interpretações erróneas sobre os meus comentários, não sou militante e muito menos simpatizante quer do CDS, quer do BE.
    Não voto neles, aliás sabes perfeitamente o que penso relativamente a eleições e votos.

    Há muito que a única ideologia que sigo é a minha... e actualmente essa não tem representação partidária.

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  23. Pronúncia, o facto de não os considerarmos não quer dizer que o não sejam. Até pela disposição no espectro. O BE anda a disputar o lugar de partido mais radical de esquerda com o PC, e o CDS não tem sequer concorrência.
    No plano ideológico, e atendendo às políticas demonstradas, o CDS está muito perto do neo-liberalismo regulamentado, outrora conhecido por fascismo, e o BE é Trotskista, ou seja, ainda mais radical nos princípios comunistas que Lenine ou Marx. Logo, desculpa manter esta opinião, mas são os dois extremos da mesma escala. Se teriam hipótese de aplicar políticas extremistas uma vez no Governo, isso é outra história! Mas os fundamentos estão lá - aliás, o CDS surgiu da reacção ao 25 de Abril, não é propriamente um partido de Abril. Quanto ao PC e BE, não é preciso compreender nada, são extremistas ideológicos. Isso não quer dizer que não tenham pessoas válidas. Como acontece com o CDS, aliás. A coisa do racismo é que me faz desconfiar mais deles...

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  24. Cirrus, a tua escala resume-se aos partidos representados na AR, a minha não.
    Há mais partidos para além desses, e não é por não os considerares que eles deixam de existir...

    E no BE? Não há nada que te faça desconfiar deles?! (Mera curiosidade e só para equilibrar a balança da desconfiança... só a vi pender para um lado)

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  25. Pronúncia, nunca neguei que os meus ideais são de esquerda. Desconfio muito do PCP, mas o BE, até agora, não me deu grandes motivos de desconfiança. Há coisas que são bandeiras para eles com as quais não me identifico, mas são pormenores de forma e não de substância. Que todavia me impedem de votar em qualquer desses partidos.
    Em relação ao CDS e a determinadas alas do PSD e mesmo do PS, grande parte da gente responsável por tudo o que está mal neste país está lá. Queres que goste deles como? A tiro? Se são as pessoas que me chupam até ao tutano, autênticos vampiros sociais, hei-de dizer o contrário, que é tudo boa gente? Não são, são escroques. É a minha opinião.
    Podes vir dizer que até há o Partidos das Avós ou o Partido do Ovo Estrelado. Não tem assento parlamentar, não existe. A verdade é essa. Um partido só existe e só pode ser útil à democracia a partir do momento em que tem assento parlamentar. Caso contrário, é um papel a ganhar pó na Conservatória.

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  26. Cirrus, nem eu os meus de direita, apesar de já me teres lido muitas vezes a defender causas de esquerda (incluindo bandeiras do BE)e a atacar xenofobias, e conservadorismos exacerbados.

    Eu digo-te o que desconfio no BE... a "perseguição" à iniciativa privada, especialmente se tiver sucesso.

    Não quero que gostes deles, também não gosto da classe política, mas isso já debatemos algumas vezes.

    A verdade não é essa. Podem não ter assento parlamentar, mas existem (e não é só no papel da Conservatória), agem e um dia poderão ter assento... preocupante, muito preocupante! (basta ver o que já acontece um pouco em alguns países da Europa... estão a crescer).

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  27. Pronúncia, sabes, com certeza, porque o PNR não cresce em Portugal e não é segredo nenhum. Não faz sentido algum o PNR ter algum dia assento parlamentar.

    Concordo com as tuas preocupações com o BE e a iniciativa privada, mas também te digo que é imprescindível que esta seja regulada, como infelizmente descobrimos recentemente mas tarde demais. Penso ser importante a chamada de tenção para isso que o BE faz. Não concordo, naturalmente, com nacionalizações a torto e a direito.

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  28. Cirrus, para mim e para ti não faz sentido absolutamente nenhum, antes pelo contrário, mas da forma que as coisas andam não te admires se um dia começarem a crescer...

    Alto, pára tudo... começamos a ter uma plataforma de entendimento! :D
    Plenamente de acordo que deveria ser regulada, ou pelo menos devidamente fiscalizada e as leis que a regulam devidamente aplicadas.
    Também concordo que o BE faz algumas chamadas de atenção para assuntos importantes, mas as bandeiras que defendem não são transversais à sociedade portuguesa e nem estruturantes... e as nacionalizações a torto e a direito não deixam de ser uma forma de "racismo"!
    Quer dizer, eu esfalfo-me a trabalhar para ter algo de meu e depois vêm uns tipos que decidem que o que é meu afinal é tudo nosso?! Aí está o que me faz desconfiar imenso do BE...

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  29. Pronúncia, a razão pela qual o PCTP e o POUS não crescem em Portugal é simples: porque a extrema esquerda tem assento parlamentar, através do PC e do BE. O mesmo acontece com o PNR. Para quê votar num partido daqueles quando os mesmos ideais são defendidos no Parlamento pelo CDS, com gente conhecida e tudo??

    Quer queiras quer não, mais à direita, em Portugal, não há, nem vai haver, porque a extrema direita em Portugal tem um nome: CDS.
    A extrema esquerda também tem dois nomes: PC e BE. O resto nunca existirá, não há espaço.

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  30. Discordo completamente e em absoluto...

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  31. Cirrus,

    Por eu usar camisa desabotoada até ao umbigo, tipo Paulo Portas, já sou de extrema-direita?! E o Poborsky, também?!...

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  32. Dylan, sim, muito provavelmente...

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  33. Vai-te lixar Cirrus, a Teresa Caeiro até tem bom aspecto!

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  34. Dylan, lê lá quando eu descrevo os contendores... ãããã??? Não só tem bom aspecto, como é coiso e mais: SEXY!!! Sumarenta... Uma senhora com MUITO bom aspecto!!

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  35. Quando falaste na "bela deputada" pensava que estavas na tanga...

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  36. Desculpa lá, é bela e é aquele tipo de mulher aparentemente puritana que pode levar um gajo à loucura. Digo eu... Eu gosto!

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  37. Tipo a Manuela Moura Guedes?!

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  38. FODA-SE!!!!

    Estás doido???

    (mas já foi tempo...)

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