terça-feira, 31 de agosto de 2010

SURPRESA!!!

Foto Google
Eu já tinha reparado que em caso de dúvida, Cavaco promulga. Em caso de não concordância, Cavaco promulga. Agora, fiquei a saber que, em caso de surpresa, Cavaco... promulga! Começo a perguntar-me em que situação Cavaco não promulga. Ah, já sei, quando mexem com os seus ricos "poderes".
Quem sabe, talvez não promulgue quando sair uma qualquer lei manhosa a privá-lo de uma qualquer das suas muitas milionárias reformas...
E por falar em reformas, estavas lá tão bem, Cavaco...

PESSOAL ESTRANHO


Há gente muito estranha neste mundo. Vendo por aí um pouco do canal Travel, a gente depara-se com cada uma que só visto. E então no departamento da comida é uma desgraça. Lá para os lados do Oriente, é com cada prato que me saem que até eu fico de olhos em bico, por isso não me admira que eles todos os tenham. A cor da pele dos locais devia servir de aviso, aquilo amarelado é figadeira ou qualquer coisa ali para os lados do pancrácio ou poderá ser até pêntece. Ou basícua. Ou até mesmo broncos. Mas é provocado pela comida com certeza. 
Mas tudo muda e até a nossa percepção da comida desses países vai mudando. Há uns anos, andávamos horas e horas na praia a recolher cavacos (nada disso, os mais úteis, os de madeira) que o mar trazia e a areia secava, porque não queríamos comer o raio das sardinhas mal assadas e sem pingar o pão. Agora, é um ver se te avias para comê-las cruas da silva (novamente, não é nada disso, é mais útil) em restaurantes japoneses. Ah, pois, mas não são sardinhas e tal. Mas é peixe e é cru e ainda por cima pode ser venenoso, como este fugu da imagem. E sei que é um fugu por duas razões: tem cara disso (está inchado, que também deve ser da comida lá do sítio, e as manchas indiciam fígado) e depois porque era o que estava escrito na legenda da foto. Não é sardinha, é peixe, não interessa! Deve comer-se assadinho e com broa de preferência - embora agora a broa não tenha sal...
Os chineses comem cães e gatos, os tailandeses comem cobras por dá cá aquela palha e ovos com pintos lá dentro, os indonésios comem larvas das palmeiras, aranhas, baratas e tudo o que rastejar, nem que seja um boy do PS! É muito mau, e se sentem já algum mau sabor, isso é do Sport Billy que vos está a subir pelo esófo acima.
Mas os gajos lá no Oriente, no intervalo das 19 horas ajoelhados a cozer sapatos de marca, também devem ver TV e também devem ver algum canal tipo Travel. E daí talvez não. Mas imaginem, caramba! É importante para o post vocês imaginarem um chinês ou indonésio ou indiano a ver o canal Travel. Claro que lá os programas seriam sobre os países ocidentais... E sobre Portugal também, já agora... E andariam por esses restaurantes fora a ver o que se come em Portugal. 
Poderiam começar pelas punhetas de bacalhau. Ora, não pelo sabor, mas mais pelo nome, alguns orientais já estariam incomodados e certamente a pensar seriamente no facto de os portugueses serem tão habilidosos de mãos que até conseguem masturbar bacalhaus (o que poderia pôr em sério risco o "emprego" deles)... Poderíamos depois evoluir para a nossa especialidade: comer bebés. 
O português adora comer bebés (nada tem a ver com o facto de sair a sentença da Casa Pia). Podíamos começar por mostrar o franguinho no churrasco, com as suas três semanas completas de vida. Mas não ficaríamos por aqui, há mais bebés. Íamos para o peixe, e mostrar a bela petinga, o jaquinzinho frito ou o caríssimo meixão. Depois, uma bela vitela de leite e um cabritinho de 15 dias. Bem, quando chegássemos ao leitão de mama, já os orientais teriam os intestinos de fora, quase a mostrar os testicos.
Para sobremesa, que tal um belo Vinho do Porto, aquele que leva carne na composição e um belíssimo Pudim do Abade de Priscos, também confeccionado com carne? Hummm... e uma data de orientais a dar entrada no S.João... Lá do sítio, evidentemente, deve ser o S.Confúcio ou o S.Xintó ou talvez o S.Buda Baptista. E agora estaria bem identificada a doença, com certeza. Era do esgotamo mesmo!

Foto Google de um fugu, acho eu...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

BUFAR PODES, PAGAS À MESMA...

Portugal é um país com poucos recursos. Há uma falta generalizada de recursos neste país, o que é desesperante. Desde não haver dinheiro, não haver empregos, não haver matérias primas, não haver quase nada, a tudo já nos habituamos e a situação não é assim tão crítica. O recurso que mais escasseia, sem dúvida, é, no entanto, cérebro. Sim, cérebro, pois penso que quem nos governa tem cada vez menos deste recurso. Parece que caíram todos no filme Resident Evil, sabem qual é, digo eu, aquele que uma miúda escanzelada despachou um monte de zombies que andavam devagar devagarinho atrás das pessoas a sério para lhes comerem o cérebro. Pelos vistos, quem nos vai fazendo o frete de mandar leis cá para fora foi apanhado no meio desse filme. E ficaram todos sem cérebro (a miúda escanzelada anoréctica ainda despachou meia dúzia de dobermans que também queriam comer o cérebro às pessoas a sério, mas esses moviam-se com rapidez, apesar de aparentemente terem os músculos mais podres que o Derley quando veio para o Sporting...). Ou isso ou então estão a tentar-nos comer o cérebro a nós, ou seja, a comer-nos as papas na cabeça. Onde ia eu?
Eu ouvi esta notícia de leve e uma única vez hoje de manhã, ao pequeno almoço. E não ouvi mais. Parece que o investimento em energias renováveis bateu todos os records em Portugal, mas assim tipo Senna a chover no Estoril! Um arrepio sem igual! É motivo de satisfação, sem dúvida, que um país com tão parcos recursos aproveite, finalmente, aquilo que tem com fartura: vento e sol!
E porque é esta notícia espantosa? Porque Portugal é um país dependente do exterior em matéria de energia, compramos grande parte da energia que consumimos. Não temos poços de petróleo, nem de gás natural. Não temos (ainda bem) centrais nucleares, embora tenhamos a bomba atómica, disse-me alguém bem informado que há um senhor de Vila Real que tem uma! Com a pontinha da ogiva cor-de-laranja e tudo! Ora se somos um país dependente do exterior para a energia que consumimos, obviamente, temos de a pagar, ao preço que o exterior ditar. E por isso é que as facturas energéticas são tão altas. O gás, os combustíveis, a electricidade... 
Ora, assim sendo, com este enorme investimento, pode esperar-se que a factura que o Estado português pague ao exterior diminua, pois já temos alguma energia produzida cá. Já tínhamos, com as barragens, mas agora, com mais barragens, eólicas em tudo quanto é sítio em que passe pontita de brisa e painéis solares estendidos fazendo lembrar campos de trigo cromado ao sol, o nosso estado vai gastar menos em energia. É ou não boa notícia? Claro que sim. É que isso pode reflectir-se na factura, por exemplo da EDP, e podemos vir a pagar menos pela electricidade que consumimos.
Não é verdade? Não, não é. Aparentemente, a ERSE (espécie de URSO a pilhas, logo eléctrico, logo ERSE) veio anunciar que, como agora temos mais capacidade energética em Portugal, cada português contribuirá, em média, com 80 euros ao longo do próximo ano para ajudar a custear a instalação desta capacidade produtiva, na factura da EDP. O que faz todo o sentido, se temos já muita electricidade produzida cá dentro, há que não pagar ao exterior, mas passar a pagar mais cá dentro, porque a energia agora é mais... barata a quem produz... (hã?)...
Sendo estas empresas de maioria de capitais privados, não deviam estar no mercado de forma concorrencial? Quer dizer, se ouvirmos um agricultor dizer que este ano os seus produtos ficaram mais caros porque não choveu ou foi visitado por ETs que levaram a fruta do Compal toda para lá dos tomates de Oríon, alguém quer saber disso? Porque hei-de eu pagar o investimento de empresas privadas? Para os ajudar depois a venderem-me a energia que produzem com a minha ajuda? Isto, além de tudo, é confuso... Mas isto é como os aerogeradores, vulgo eólicas, ainda mais vulgo abentoínhas: bufar podemos, mas pagar, pagamos na mesma...

Foto Google

OU É SIMPLEX OU NÃO É SIMPLEX, PORRA!

"A partir de segunda-feira, a empresa vai fechar. Vão receber a carta para o desemprego".
É uma mensagem de telemóvel que o patrão (só e apenas, empresário não deve ser) da Pinhosil, uma pequena fábrica de calçado de Arouca, enviou aos seus funcionários. Depois de ter dois salários em atraso, metade do subsídio de Natal e o de férias por pagar, assim despediu os seus funcionários.
Eu sou apologista deste tipo de acções, e apoio o pessoal que finalmente aderiu às novas tecnologias para facilitar a sua vida. No fundo, o homem aplicou o Simplex sem delongas e vai daí nem pensou duas vezes e está a despedir por SMS. Ah, valente, devias receber uma medalha do Sócrates por pores em prática o Simplex de forma tão engraçada!
E os funcionários? Pois, ora bem, estes não se deviam deixar abater e deviam responder na mesma moeda, evidentemente, por SMS, antecipando um possível encontro posterior com o ex-patrão. Fica aqui uma sugestão para que possam enviar um simpático SMS ao Sr. Pinho:
"A partir de Segunda-feira, não vou mais trabalhar. Obrigado pelo aviso. Envie-me, se fizer o favor, a carta para a minha morada, se for possível antes de Terça-feira, que é quando te vou procurar, partir-te os filhos da p#$% dos cor#$% e enfiar-te a me&%# do telemóvel pelo c# acima, seu cab&#% do car@£§#!"

Acho que era simpático.

Foto Google

domingo, 29 de agosto de 2010

EXPULSÃO

Já sei que o Júlio César foi expulso e o Roberto defendeu o penalti. Oxalá se tenha recomposto. Mas este post é sobre a expulsão de ciganos da França. Lamento desapontar.
E este é um problema com repercussões bem mais graves que o do Roberto. Digo eu, que percebo pouco destas coisas. Não vou contar o que está a ser feito, isso já toda a gente sabe. Vou dar uma opinião e tentar fundamentá-la, não apenas sobre o facto em si, mas também sobre as condições que o rodeiam.
O problema não é novo e não tem solução fácil. Se, por um lado, os ciganos búlgaros e romenos são cidadãos europeus, aos quais se garante a liberdade de movimento dentro do espaço Schengen, por outro, há que tentar verificar o que de facto estão estas pessoas a fazer no solo francês. Ou seja, se trabalham, se contribuem para a economia. Parte-se do princípio de que não, até porque, obviamente, são ciganos, e os ciganos, na opinião pressuposta dos restantes cidadãos, não contribuem com nada para a sociedade. Ora, a verdade é que se sabe que estas pessoas viviam em condições difíceis, em acampamentos ou bairros de lata. Não se sabe se trabalhavam ou procuravam trabalho ou não. Como há exemplos de comunidades ciganas que não o fazem, parte-se do princípio que não o faziam e está o caso resolvido. Outra das "informações" veiculadas por muita gente com muitos pressupostos e poucos factos é que estariam a receber verbas do estado francês, o que, afinal, não era verdade. Só o foi quando foram expulsos.
Caso resolvido? Mas qual caso? O caso Sarkozy, o caso eleições francesas. Notoriamente, a França tem uma população das mais xenófobas da Europa, e 65% dessa população veria com bons olhos uma expulsão de ciganos. Mas não só. No caso francês, em que distúrbios raciais se têm vindo a multiplicar, é crucial para o presidente Sarkozy demonstrar que tem a segurança controlada. Nas eleições, em países multirraciais, a opção pela segurança por parte dos políticos é sempre a mais fácil, particularmente políticos demagógicos e pouco competentes, como é o caso de Sarkozy. Não que seja o único, e que a questão da segurança não seja efectivamente importante, como alguns "iluminados" da esquerda portuguesa preconizam. No reverso da medalha, temos as nulidades demagógicas de direita a reclamar estado policial. Nem oito nem oitenta, diria eu.
Depois há as reacções. E algumas são humorísticas, e provocam respostas também elas humorísticas. Pelo menos parecem, mas não são. Na verdade, não são. A reacção da ONU foi a esperada: está mal e tal, mas vejam lá se param, que a gente não faz nada na mesma, o que aliás, estamos já habituados a fazer. Daqui nada de novo, até porque a ONU está longe de saber qual a realidade social francesa e por isso não quer envolver-se num caso doméstico à França e Europa. Mas a UE optou por caminho similar. Depois o Vaticano, que compara a expulsão dos ciganos ao Holocausto da 2ªGuerra Mundial. Um exagero óbvio, senão mesmo uma expressão totalmente descabida. A resposta dos israelitas não se fez esperar e fizeram notar ao Vaticano que a expressão é totalmente descabida de facto. Na minha opinião, é de facto. Mas há dois factos que têm de se entender e que muitos esquecem facilmente. Primeiro, qualquer acção xenófoba é encarada pela Igreja como um novo Holocausto. Depois as coisas serenam e o novo holocausto passa, e as pessoas ficam com a sensação que o verdadeiro Holocausto não foi assim tão mau. Porque estaria, então, a Igreja interessada no branqueamento do Holocausto? Porque, obviamente, foi parte integrante e executante do mesmo, no tempo do agora beatificado Papa Pio XII, que patrocinou activamente o Holocausto dos balcãs, em que centenas de milhar de sérvios foram chacinados por croatas e bósnios, com a ajuda de alemães, alemães que obtiveram a sua fuga através dos corredores do Vaticano após a queda de Berlim, às mãos do Exército Vermelho. Portanto, tudo o que diminua o horror do Holocausto é bom para o Vaticano e para a canonização de um dos maiores genocidas da História Moderna, Pio XII. 
Ao contrário, os israelitas não admitem que algo possa ser comparado com o seu Holocausto. E, na verdade, e até agora, nada pode ser comparado ao Holocausto, a não ser talvez o genocídio do Ruanda. Esta é a realidade. E é uma realidade tristemente conveniente, nos dias de hoje, em que os israelitas aplicam políticas muito semelhantes às de Hitler em Varsóvia, por exemplo. Por isso podemos esperar sempre reacções extremadas por parte de israelitas quando se põe em causa o seu imenso sofrimento, e com isso, e por arrastamento, se pode pôr a nu o sofrimento que agora infligem a outros. No fundo, é simples.
Voltando aos ciganos, é premente resolver o problema. E ao escrevermos "problema", estamos já a assumir que a presença destas pessoas seja um problema, o que não deixa de ser ironicamente xenófobo. Para além disso, na qualidade de cidadãos europeus aos quais foram restringidos movimentos dentro do espaço europeu, corre-se o risco de contradizer o fundamento mais básico da Europa moderna, o da livre circulação de bens e pessoas. Ao mesmo tempo, convém não esquecer que o rodopio de subsídios e programas sociais europeus, particularmente nos países do sul, fez criar a ideia de se poder viver sem trabalhar, à custa do estado, ideia que mais se agudiza em sociedades xenófobas, em que as oportunidades de emprego não são obviamente igualmente acessíveis às diferentes etnias. É um equilíbrio precário, em que o preconceito da maioria tem, obviamente, mais peso.
Convém não esquecer, contudo, que todas as operações de extermínio começaram, historicamente, de forma parecida com a que Sarkozy agora adoptou. Não que resulte no mesmo, e esperemos que não. Para já, nada foi excessivamente grave. As pessoas em causa regressaram a casa e pouco mais se sabe. Ninguém morreu. Mas no início, nenhum Azteca morreu às mãos de Cortez, nenhum índio morreu às mãos de colonos do Oeste, nenhum judeu morreu às mãos de Hitler ou nenhum tibetano morreu às mãos de Mao. Foram todos convidados, gentilmente, a deslocarem-se ou a aceitarem a invasão. Depois as coisas deterioraram-se. Este não parece ser o caso, mas é o único ponto em que a Igreja parece ter algum contacto com a realidade.
Soluções? A expulsão? É a mais fácil, obviamente. E se estas pessoas devem ser integradas no espaço europeu, bem podem ser integradas no seu país de origem, e aí concordo que seja esse país a ser onerado com os custos dessa integração. Contudo, não esquecer o essencial: há etnias que não só não contribuem em nada para com a economia europeia como a prejudicam de forma irreversível, como é o caso dos chineses, que estão a destruir paulatinamente toda a economia ocidental, e nada lhes acontece. Por isso, expulsar os mais fracos, independentemente de ser legal ou não, demonstra apenas demagogia e uma atroz falta de vontade de lutar contra as reais causas da crise europeia. Pode-se a árvore, não se corte a raiz, e no ano seguinte ela crescerá novamente.
Outra coisa que não devemos esquecer é que a França, após a 2ªGuerra Mundial, abriu os braços a todo o tipo de emigração, para a reconstrução. Não interessava se eram emigrantes legais ou não, interessava que fossem mão-de-obra barata. Obviamente, o país (e não só a França) já não precisa de emigrantes, antes pelo contrário. Aqueles que eram tolerados por serem necessários, hoje são vistos como corpos estranhos à sociedade francesa. E apenas em dois sítios são considerados iguais: na selecção francesa, que está recheada de emigrantes de segunda geração, e no Eliseu, onde mora um presidente, ele próprio filho de emigrante ilegal. Há ironias do catano.
Tudo para concluir: há pessoas interessadas em fazer dos ciganos exemplo para ganhar votos, e do outro lado, há pessoas interessadas em fazer dos ciganos exemplo para fazer que quem quer ganhar votos na realidade os perca. E, pelo menos para já, é a tal tempestade num copo sem água. Trovoada seca. Oxalá não venha a chover em consequência dos joguinhos da direita demagógica e populista e da extrema esquerda pseudo-humanista.

Foto JN

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

BRINCADEIRAS...

Eu vejo as notícias e penso que há brincadeiras que chegam aos jornais. Os editores estão fartos de notícias sérias e publicam, assim a modos que tipo dia 1 de Abril ou coisa parecida. 
Fui até ao site do JN e algumas coisas arrepiaram-me. Primeiro, um mentecapto dum brasileiro quer abrir um restaurante canibal em Berlim e anda à procura de doadores. Eu bem sei o que lhe doava, uma excelente estadia no S.João por seis meses a recuperar de fracturas várias. Lá por estar na Alemanha e eles lá terem metido pessoas em fornos, ao que se sabe não eram para comer, abécula! Depois a notícia arrepiante da senhora estrela pop que, também na Alemanha, omitiu aos amantes que tinha Sida. Escapou com pena suspensa, o que confirma que, afinal, o mal da justiça é geral e provavelmente estará mais nas pessoas que nos sistemas. Depois, o Cavaco promulgou a lei dos chips. Nesta ele não tem dúvidas e mais nada!
Mas a notícia do dia é mesmo o novo regime para abertura de estabelecimentos abertos ao público e algumas outras actividades económicas. Até aqui, só depois de paga e passada a licença de exploração é que o negócio podia abrir portas. Agora, pelos vistos, é apenas necessária a comunicação prévia de abertura de negócio às autarquias, juntamente com o respectivo pagamento, sendo que depois serão fiscalizadas. A notícia está aqui.
Não sei se ria ou se chore. Com as três primeiras, a coisa até foi assim a atirar para o normal, mas esta última é de uma gravidade tal que me fez arregalar bem os olhos. Ele há cada enormidade, cada cavalada que eu não sei, sinceramente, se já não passamos o ponto de não retorno na esperança para este país... E lembrem-se que eu até sou optimista...

Foto Google

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

MULHER NA BOLA... OU BOLA NA MULHER?

Penso que se fosse um árbitro português marcava penalti. Logo agora que eu achava que já se podiam levar mulheres à bola. Mas parece que não, a própria bola não quer.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

EUROPA A ACORDAR?

A Europa, já sabemos, vive uma crise sem precedentes. E se é bem verdade que politicamente o projecto europeu nunca passou de uma crise permanente, configurando um cenário de recuo e avanço permanente, não é menos verdade que se fizeram progressos ao longo de um caminho por vezes tortuoso.
E mesmo faltando à Europa cumprir o seu projecto geopolítico, visando essencialmente manter o território no topo do desenvolvimento humano, não é menos verdade que a União funcionou, em termos económicos e ao longo dos anos, com alguma fluidez, a todos assegurando que o futuro se apresentava, se não risonho, pelo menos progressivamente melhor que o passado. Mas foi pura ilusão. 
O desejo europeu de fazer parte do grupo dos líderes mundiais a nível económico depressa levou a uma cada vez maior envolvência em questões laterias de carácter financeiro, num jogo virtual da pirâmide, apontando sempre para cima, tendo como referência Wall Street e os seus loucos negócios virtuais em que o dinheiro movimentado, pura e simplesmente, deixou de ser real. A bolha rebentou nos EUA e estendeu-se de forma imediata a uma Europa cuja idade relativa parecia assegurar uma dose de realismo que, afinal, já não existia. A pirâmide colapsou porque os seus alicerces estavam fundados em princípios errados. E espera-se agora que a velha Europa, antes ajuizada e vetusta, tenha aprendido a lição que os adolescentes americanos parecem ter assimilado com mais ou menos profundidade.
Mas nem todos os erros europeus se cingem à política financeira. A política económica persiste no erro britânico do mercantilismo. A abertura de fronteiras entre os estados europeus levou, num assomo estonteante de liberalização, que se abrissem fronteiras ao resto do mundo. A globalização explica o facto, mas este também é explicado pela procura de novos territórios económicos, a procura de locais onde os europeus pudessem produzir os seus produtos a preços mais acessíveis, restando à velha metrópole o trabalho de gestão e distribuição de dividendos.
Depressa a política de deslocalização para países como a Índia, a China, os tigres asiáticos e outros similares mostrou a sua dupla face: deixamos nestes países o know-how, ao mesmo tempo que questões mais ou menos mesquinhas de política palaciana privavam as empresas europeias da exploração do seu investimento. Hoje, são esses países que ditam as leis da produção à Europa, a China e restantes países do extremo Oriente como fábricas do ocidente, e a Índia como o gigantesco call center mundial.
A solução encontrada pelos europeus não é de fácil execução. Na opinião da maior parte dos analistas europeus, e consequentemente dos seus políticos, há que cortar na despesa, seja de que maneira for, nem que seja à custa dos cuidados de saúde, da educação ou mesmo dos salários. É necessário aumentar a produtividade, aumentando tempo de trabalho, tanto semanal como de vida, diminuir regalias e salários, cortar nas despesas sociais. Temos no nosso país políticos que já acordaram para esta realidade. E a realidade, aos seus olhos, é simples: se a China produz e exporta os seus produtos com base no seu baixo custo, há que fazer o mesmo na Europa. Sendo assim, começamos a comparar-nos com países que todos os dias violam os mais vulgares direitos humanos. A solução não está na elevação da China e demais países que referi a um mais condigno nível de vida, nesta altura notoriamente sub-humano. A solução, para estes políticos, está em baixar o nível de vida europeu até ao chinês ou indiano.
E perguntar-me-ão se tenho solução melhor. Tenho, mas não seria a mais bem vista por muitos apologistas da globalização. E qual é ela? No fundo, e entre muitas intrincadas facetas técnicas que para aqui não são chamadas, é a resposta a esta pergunta: é a Europa obrigada a aceitar ser inundada por produtos produzidos através de condições de trabalho sub-humanas? E a resposta até é simples, na minha opinião. E sou de opinião de que não, não é obrigada. A Europa é um espaço de liberdade, mas também de abundância. Somos dos poucos espaços económicos no mundo que pode orgulhar-se de ser auto-sustentável. Não devemos obrigações a ninguém, muito menos a quem espezinha a condição humana até ao nível dos porcos nas pocilgas.
Tenham paciência, está quase a acabar. A Europa não parece convencida desta solução, a de fechar as fronteiras a todos os produtos que sejam produzidos com recurso a violações de direitos humanos ou atropelos éticos de toda a espécie. Contudo, há sinais de que as coisas possam estar a mudar. O Fundo Soberano Norueguês acaba de excluir uma empresa israelita e outra malaia por considerar que ambas cometeram ilegalidades ou imoralidades do ponto de vista ético. A primeira, por estar envolvida na construção de colonatos israelitas em territórios expropriados a palestinianos, acção que o FSN pensa ser contrário às resoluções da ONU e à Convenção de Genebra. A segunda, por potenciar o desmatamento a que as região de Sarawak e Guiana estão sujeitas, acção que o FSN classifica como violação extensa e repetida das regulamentações para o sector. O FSN gere 353 mil milhões de euros em participações e elimina, regularmente, destas participações, empresas cuja conduta moral e ética esteja abaixo do standard esperado.
E espero que seja este o caminho que a Europa tome. É necessária coragem? Sim, sem dúvida. Mas quem já passou pelas provações que este continente já passou, seria um passeio no parque.

Conhecem, por exemplo, as lojas de sapatos Catwalk? Trata-se de uma reputada marca de calçado. Os sapatos são produzidos na Índia e vendidos a preços altos, embora competitivos para os standards europeus, tendo em conta que se trata de uma marca de reputação sólida. Eis uma loja:


E agora, eis a fábrica, na Índia:



Pergunto a todos os que tiveram a paciência de ler este post:

É isto que querem para os vossos filhos?


PS: Foto Google, Fotos Catwalk gentilmente cedidas pela blogger Pronúncia do Norte. Obrigado

sábado, 21 de agosto de 2010

DESCULPEM LÁ!

Jogar com dez, no futebol, é mau. Mas quando uma equipa como o campeão nacional entra em campo com dez é mau e estranho.
Se, além de tudo isto, entra com dez e quem falta é guarda-redes, qualquer jogo está perdido.
Hoje, o Nacional da Madeira, apenas jogou para, no final, dizer:
-Desculpem lá, a gente não tem culpa...

Foto Google, 8,5 milhões de euros de frangos - dá um rico aviário...

PS: Já agora, só faltava virem-me dizer que não, coitado do rapaz, não é culpa dele e pior são os outros... Com uma coisa daquelas na baliza, nem o Maradona sabe jogar à bola...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

ANDAM A BRINCAR COM A TROPA...

Eu quer-me parecer que andam a brincar com a tropa. A forma como esta soldado do IDF (exército israelita) foi tratada por tirar esta foto (entre outras parecidas) parece-me que é uma brincadeira de mau gosto. Eden Eberjil, de seu nome, publicou estas fotos na sua página de Facebook numa secção a que deu o nome de "dias de Exército - os melhores da minha vida".
Não encontro, nas fotos, qualquer questão que deva ser censurada para além de alguma falta de bom gosto. Os prisioneiros estão a ser tratados conforme as regras do IDF, ou seja, estão vendados e algemados, mas não parece, para além dessas condições, que estejam a ser maltratados. A menina, como já disse, gostou do tempo que passou no IDF e aparenta ter muito pouco gosto por boas fotos. Para além disso, qual a confusão? Onde se vê aqui qualquer humilhação? A conduta não é a melhor? Talvez, mas desde que não passe disto, com este mal podem bem os prisioneiros.
Yishai Menuchim, chefe do Comité Israelita contra a Tortura, já veio a terreiro afirmar que as fotos de Eden “reflectem uma atitude que se tem tornado norma e que consiste em tratar os palestinianos como objectos, não como seres humanos”. Para mim, um claro exagero. Importaria mais saber porque estão aqueles homens detidos e do que são acusados, coisa que escapou a Yishai.
Mas há outra coisa que me mete uma confusão danada. Porque razão, ao fim e ao cabo, um caso destes é tratado desta forma na opinião pública internacional? Não se percebe, principalmente após não haver reacções a coisas como estas:


Só podem - mesmo! - estar a brincar com a tropa!!!

Foto Público, Vídeos Youtube

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

MANDEM-LHES SUPER BOCK!


Parece que os chineses não querem Sagres em Macau...
Mandem-lhes Super Bock, pá, rápido!! Ou ainda vão ter de andar a beber vinho de arroz ou o catano...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

POST DA CONFISSÃO

Já há uns tempos que ando para fazer este post. Já há uns tempos que me apetece falar de coisas sérias. E não passa de hoje, porque penso que o mundo tem de saber destas coisas. E a verdade é esta: não pertenço ao grupo do Facebook, mas eu roubei fruta!!! 
É verdade, pronto, podem repreender-me à vontade. Não roubei fruta daquela do Pinto da Costa, a que ele oferecia aos árbitros que recebia em casa, aquela que era de dormir. Eu até andei a meditar nisto da fruta de dormir e cheguei à conclusão de que nunca roubei fruta de dormir. É que a fruta de dormir, pelos vistos, é a papeia... que não existe em pomares portugueses.
Havia ali um grupo na aldeia em que cresci que nem sempre tinha boleia, dinheiro e vontade de fumigar numa discoteca. Vai daí, de vez em quando, lá roubávamos uma fruta. Era eu, o Bicanca, o meu primo Quim Mãozinhas (que não era assim chamado por ser ladrão, antes por ter mesmo as mãos pequenas) e o Rafael da pedreira. Às vezes, mais um ou outro. Certa vez, resolvemos entrar numa quinta que estava desabitada ali para os lados do Sisto de Silvalde. Era uma noite ideal, o café já tinha fechado, estava quente e já não se via ninguém na rua, pois os avecs já estavam a xonar. Estava eu pendurado tipo morcego numa ameixoeira, obviamente ocupado a rechear uma t-shirt de mangas amarradas de pomos vermelhos, e ouço vozes. Em baixa voz, perguntei "Ò Quim, está tudo bem aí fora?". O meu primo tinha ficado lá fora a vigiar. Éramos organizados, não é como agora que se rouba sem jeito! E as vozes continuavam, em amena cavaqueira. O tom era descontraído, e assim pensei que tudo estava bem. Mas aquilo continuou, continuou... Quando íamos a sair da quinta, por cima do muro, eu, o Bicanca e o Rafael demos com o meu primo a conversar com um homem que desconhecíamos.
"Escusa de chamar a Polícia, senhor, os meus amigos só foram lá dentro roubar fruta...". Não sei o que lhe aconteceu nesse dia, pois o outro muro, o de baixo, era mais alto, mas serviu de rampa de lançamento para as silvas que nos acolheram. Ainda aproveitamos para apanhar amoras. Mas no dia seguinte o meu primo apareceu de mau humor na praia...
Também roubei lenha!!! É verdade! Umas aduelas de uma tanoaria lá da terra. E para que queria lenha, perguntam vocês??? Para assar frangos, porra!! Porque não comprávamos os frangos já assados? Porque os roubávamos... Ora, quer dizer que também roubei frangos... E como se rouba um frango sem que este faça barulho??? Ah, pois, isso é tema para outro post. Não queriam saber mais nada, não? Daqui a pouco até ficavam a saber do porco que a gente desviou...

Imagem Disney

PROCURA-SE TRADUTOR!

É que eu já desisti, já não tenho capacidade, confesso, para sequer tentar perceber o que diz o nosso Presidente. O homem está a especializar-se numa nova forma de dialéctica, a do falar sobre coisas em concreto de forma abstracta sendo que quem o ouve pensa estar a ouvir uma declaração quando no fundo não ouviu absolutamente nada.
Ele promulgou a nova lei sobre as uniões de facto, deixando claro (quer dizer, mais ou menos...) que o facto de promulgar a lei não implica estar de acordo com todas as soluções normativas do diploma. Bem, esta coisa do diploma tem de acabar. Ou é Lei ou é Decreto ou Portaria. Se é Diploma, vai para o desemprego como os outros licenciados!
Ora, sendo a favor porque promulgou a Lei e sendo contra porque não concorda com todas as soluções normativas, alguém me traduz o que o excelso presidente pretendeu dizer? Está a favor de quê? Está contra quê? Se está contra, porque promulgou? Se promulgou e, logo, está  favor, porque fez questão de dizer que estava contra? E a pergunta mais importante: há quanto tempo anda o Presidente a comer pão sem sal?

Foto Google

domingo, 15 de agosto de 2010

DEIXEM LÁ O RAPAZ EM PAZ!

Afinal, Roberto é um jogador caro! E não é que está cada vez a custar mais ao Benfica?
Deixem lá o rapaz em paz! Principalmente o Jesus! Vais ver, Jesus, se o deixares em paz e o sentares no banco, ele não mete nenhum frango!

ENTÃO NÃO É PELA AVENTURA?

Os festivais de verão ainda não acabaram. Agora, há sensivelmente 3,173 festivais de verão por localidade de Portugal, e é vê-los aparecer como cogumelos por tudo quanto é sítio. O mais estranho é que estão sempre cheios e, pior, sempre cheios com a mesma gente, ou assim me parece. 
Aqui há dias, na estação da CP de Coimbra B, pedi um bilhete para um Intercidades para Campanhã, evidentemente, em classe conforto. Nada disso, não tem a ver com snobismo ou qualquer razão parecida, tem a ver com os festivais de verão. Deram-me o bilhete, que eu achei barato. Mas barato ou caro, pouco me importa, não sou eu a pagar e se não fosse pelo trabalho nem estaria em Coimbra nesse dia, e por contingência, tinha deixado o carro em Campanhã. Era o dia após o término de um desses festivais do "Dá cá aquela fava qu'é festival da casca do tremoço". Quando fui a ver qual seria a carruagem, já à vista da composição, reparei que o senhor que me tirou o bilhete se enganou e me deu um em turística. Foi o cabo dos trabalhos!
Primeiro, para entrar no raio do comboio, com as tendas e backpacks e colchões atravessados para tudo quanto era sítio. Depois, o cheiro, meus amigos, o cheiro... era uma coisa dantesca. A carruagem vinha pejada de festivaleiros que, pelos vistos, já não tomavam banho há quatro dias. Pelo menos por fora. Sendo o cheiro do haxixe razoavelmente suportável quando é fresco, entranhado é das piores coisas que existem, principalmente misturado com suor ressequido e rastas. Foi a minha aventura.
Parece que há jovens (28 anos...) que estão com dificuldades em regressar de mais um festival, este em Sagres, no Algarve, correndo mesmo o risco de ter de passar a noite na Gare do Oriente e de não terem dinheiro para a viagem de regresso, isto porque os comboios estão lotados, havendo inclusivamente muita gente a entrar nestes sem bilhete! 
Ora, um gajo de 28 anos tem de ter dinheiro para um bilhete de comboio quando vai para um festival, porra! Se trabalha, tem dinheiro para, pelo menos, isso. Se não trabalha, ou trabalha e tem falta de dinheiro, não devia sequer lá pôr os pés, quem não tem dinheiro, não tem vícios! E mais, se foi pelo espírito de aventura, pá, não se queixem, passar uma noite na Gare do Oriente faz parte da aventura! Não há muito a temer, se não têm dinheiro... Quanto ao arranjar dinheiro, na Gare do Oriente... Se for de noite, ainda são capazes de ter sorte. Não peçam é bilhetes em turística. Os bancos são capazes de ser muito duros para alguém que arranja dinheiro na Gare do Oriente durante a noite. Não sei, não costumo "arranjar" dinheiro de nenhuma forma e muito menos na Gare do Oriente, mas em todo o caso...

PS: A Gare do Oriente é das obras mais estúpidas que alguém projectou em Portugal. 

Foto Google, os festivaleiros a regressar do Algarve... Muito zen!

sábado, 14 de agosto de 2010

DO SAL DO PÃO

Está regulamentado e mais nada!! Pelos vistos, o povo andava por aí a comer sal a mais no pão, e o Governo, preocupado com a saúde dos contribuintes, não foi de modas e toca a legislar sobre o assunto. Assim, o pão, a partir desta semana, terá um teor em sal aproximadamente 50% mais baixo que até aqui.
Ora isto é caso para se dizer que vamos passar a ser um país de paẽs sem sal, ou seja, vão-nos transformar todos em super-modelos. Por mim tudo bem, mas não quero receber parte do meu ordenado em heroína e cocaína! Já um quilito de sal caía bem.
Ora bem, é óbvio que esta Lei é uma Lei a pensar na Saúde e bem estar dos portugueses, e já muitos alienados defensores da saúde pública vieram a terreiro defendê-la. E eu aqui vou atacá-la! Pode ser?? Pois claro que pode, já disse tanta barbaridade, que mal fará mais uma, não é verdade? 
A partir de agora, quando for comprar pão, vou aos ciganos. Será, afinal, o único sítio onde se poderá encontrar aquele pão falso mas com sal que me vai fazer saudades. Sim, porque isto de comer croissants todos os dias enjoa. E o pão tinha essa coisa a favor: não enjoava. Agora enjoa. Aliás, como qualquer coisa que passe a ser regulada pelo Governo. Exemplos? Sei lá, assim de repente, não me lembro de nada, se excluirmos as portagens, as taxas moderadoras, as propinas, o ISP, o IA, o IT, o IVA e a UGT. Tudo isto vem do Governo e enjoa-me. A sério.
O facto de existir pão com baixo teor de sal não me afecta em nada. Já existia e eu não o podia, por razões de saúde, consumir. Razões de saúde?? Sim, mental. Aquilo dá-me a volta ao estômago e depois ao cérebro. Mas, se já existia, porque razão foi agora proibido o pão normal? Uma pessoa alienada preocupada com a sua saúde já podia comprar pão sem sal. Mas, a partir de agora, eu não posso comprar pão com sal!
Depois vêm as multas, tremendas, para quem fabricar pão com sal (quando digo com sal é na acepção de que se sinta algum sabor no pão). Mas esqueceram-se dos consumidores! Eu proponho, desde já, que se despenalize o consumo de pão com sal e se criem salas de sal assistido, onde poderemos comer pão com sal de forma higiénica e menos perigosa, evitando desta forma as terríveis overdoses de pão, de sal, ou dos dois combinados em cocktail, mistura explosiva e letal.
E depois há as cadeias de fast-food. A maior parte delas aplaudiu a iniciativa, uma vez que não juntam sal aos seus alimentos. Apenas açúcar, incluindo no pão. Por isso, não os afecta. Mas obviamente, espera-se o fecho destas casas a qualquer momento, pois o governo agora faz leis para proibir maus hábitos alimentares. E se é bem verdade que o mais perigoso era mesmo esse assassino do sal no pão, não se pode dizer que as comidas deste tipo de restaurantes seja 100% saudável. Hoje dei uma volta para me certificar do fecho destes restaurantes. Ainda estão abertos. Mas deve ser por pouco tempo... Digo eu... Ou então estou a leste da intenção do governo...
Por outro lado, estou à espera da lei do Tabaco, que proibirá a venda e consumo desta droga, bem como de bebidas brancas, carne vermelha, computadores, saltos altos, do Sol, de automóveis, etc. São tudo coisas que fazem mal à Saúde, por isso vão ser proibidas. Ah! E penso que as pessoas também vão ser proibidas de comprar vários empregos perigosos. Um bem haja ao nosso Governo, que nos trata efectivamente da Saúde!!

Foto Google

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O MAIOR


Adolfo Correia Rocha nasceu a 12 de Agosto de 1907. Faria hoje 103 anos.
Um dos maiores, senão mesmo o maior, de todos os escritores portugueses.

Foto Google

terça-feira, 10 de agosto de 2010

ACABOU!!

Senhores e senhoras, acabou! Acabou o pesadelo, acabou o fim do mundo, acabou o tormento da humanidade! A ONU declarou acabada a pandemia de Gripe suína, depois mais conhecida por gripá, para não trazer prejuízos aos criadores de porcos! 
Amanhã, sairei à rua. Já não saía desde que a pandemia foi declarada como o apocalipse da raça humana. Mas eu sobrevivi!! Amanhã vou sair à rua, e não sei o que vou encontrar. Não sei se encontrarei alguém vivo, não sei se ainda existirá civilização. Será que me tornei uma Lenda? Serei o último humano à face da Terra? Quantos meses demorou a gripá a ceifar os sete biliões de vidas lá fora? Julgo que nunca saberei... Oh, tristeza imensa de ser o último! Oh, tristeza imensa de ter sido um sobrevivente! Amanhã procurarei, entre os escombros da magnífica sociedade que tínhamos antes, a sociedade perfeita, sem doença ou fome ou privação, outros sobreviventes do genocídio quase total. Começaremos de novo! Será um novo princípio da vida humana, depois do extermínio divino!
Tenho que ser forte!

Imagem Google

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

AQUELA CENA DO GOOGLE

Aqui há uns tempos houve um casal que se queixou de ter sido identificado no Street View, da Google Maps. Apresentou imediatamente queixa, por invasão de privacidade. Na altura, entendi completamente o que este casal fez. Continuo a acreditar que se fazem muitas barbaridades em nome de "bens comuns" altamente questionáveis, como este serviço. Nessa altura, muita gente desconfiou do casal, afirmando que era manobra para sacar uns cobres, mas que a queixa não tinha pés nem cabeça. Pois bem, afinal tinha.
A Google desculpa-se com o facto de não publicar fotos em que se possam identificar pessoas, matrículas ou números de porta. Por exemplo, estas imagens são retiradas do Street View. Os tribunais portugueses parecem pensar como eu, e se é verdade que mais uma vez levaram uma eternidade a decidir algo, decidiram agora proibir a Google de fotografar mais ruas em território português, ao que a empresa norte-americana já respondeu, assegurando que vai manter o serviço on-line, e vai mantê-lo actualizado, ou seja, vai continuar a fotografar as ruas.
Se a Google proceder desta forma, logo se verá o que fará a justiça portuguesa. Provavelmente nada, como é seu apanágio. Mesmo que a Google consiga desbotar as caras de todas as pessoas nas fotos que vão para a aplicação, e isso não é certo, pois a mesma Google admite existirem muitos erros nesse aspecto, será que somos obrigados agora, para além de toda a identificação governamental, termos a nossa imagem, fotos nossas, em posse de uma empresa privada? Será que alguém tem o direito de possuir dados pessoais meus apenas porque moro na rua em que moro ou porque passei numa outra?
Não sei com o que a Google pode contar deste caso em tribunal. Da minha parte, se os vir na minha rua a "actualizar dados", farei os possíveis por, acidentalmente, lhes inutilizar o material. De seguida, chamarei as autoridades. Não sou obrigado, como já disse, a fazer parte da base de dados seja de quem for, a não ser do meu Estado. E não me venham lá com a treta de que agora toda a gente tem Facebook e mais não sei o quê. Conhece-me quem eu quero, e não quem quer. Até eu tenho Facebook (ainda não sei para que serve), as pessoas que se relacionam comigo sabem onde trabalho até, e podem até vir a conhecer-me pessoalmente, se quiserem ter esse interesse. Mas eu é que escolherei quem quero que me conheça. Não os outros. Não nenhuma empresa. Estas coisas podem parecer muito pequeninas, e depois aparecer um gajo como eu com uma teoria da conspiração destas. O facto é que, num mundo cada vez mais globalizado, a individualidade vai-nos sendo arrebatada aos poucos. Aos pouquinhos.

Foto Google Street View

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

MEDALHA DE BRONZE!!

Além dos bons resultados no Europeu de Atletismo, Portugal ganhou hoje mais uma medalha de bronze! Este país não pára de surpreender e vai coleccionando, paulatinamente, bons resultados em várias áreas.
Agora, foi no Campeonato Europeu de Precariedade no Emprego, pois constata-se que Portugal ocupa um honroso terceiro lugar no que concerne a número de trabalhadores com contratos precários de trabalho.
Mas, pensando já no futuro, o Presidente da Federação Portuguesa de Precariedade no Trabalho, o recém eleito Pedro Passos Coelho, afirma já estar a tomar todas as medidas possíveis e imaginárias para, a breve trecho, podermos ganhar a medalha de ouro. Depois do excelente trabalho de outros grandes dirigentes federativos neste campo, dos quais se destacam Cavaco Silva e José Sócrates, Pedro Passos Coelho parece ter a ideia fixa no ouro nesta matéria.
E ninguém, neste país, se pergunta porque ocupamos mais ou menos a mesma posição quer em termos de contratos precários, desenvolvimento económico e produtividade? Será que, num país que apresenta a mais alta taxa da Europa de horas extra, ninguém se pergunta se não será a qualidade, ao invés da quantidade de trabalho, que é mais importante? Será que ainda ninguém viu a origem da falta de produtividade, sendo que ela não está, nem de perto nem de longe, em quem trabalha?

Foto Google

SOBRE O LÍBANO

Esperei para ver e tentar perceber o que se passou ontem na fronteira de Israel com o Líbano. É que isto de falar sem saber não é boa política numa região que já sofre o que sofre.
Pelos vistos, não houve qualquer violação, por parte de Israel, do território libanês. Está claro que, à semelhança do que aconteceu no Mediterrâneo há pouco mais de um mês, esta acção foi perpetrada sem justificação, desta feita, possivelmente, por elementos do Hezbollah. Esse tal Partido de Deus, que de pacífico nada tem e é integralmente financiado pelo Irão. Não há outra palavra: CONDENÁVEL! 
Não pode haver meias medidas nem critérios duplos nesta questão. Uma vida é uma vida, violência é violência, seja ela israelita ou árabe. Podia ter surgido aqui mais um conflito grave que, invariavelmente, levaria à morte de civis libaneses e, possivelmente, de civis israelitas.
Uma palavra para as forças da ONU que estão a controlar a fronteira no lado libanês: o que estão aí a fazer??

Foto Google

terça-feira, 3 de agosto de 2010

COMPLICOU

Há merdas que são do caralho!
Pronto, e depois desta afirmação profundamente filosófica, apetecia-me ir para a cama, mas sinto que devo uma explicação a quem (ainda) lê isto.
E então pronto, é isso, há mesmo por aí umas situações que me tiram do sério. É que já só adianta rir. Também é certo que nunca adiantou chorar, isso era para um guarda-redes do Fóculporto da minha infância, um tal de Tibi, rapaz bem apessoado que tinha a mania de chorar sempre que sofria um golo. E naquela altura chorava bastante.
Lá os procuradores do caso Freeport só me fazem rir. Sim, até sei que estou atrasado, mas apeteceu-me. Freeport é porto livre, o que, é certo, não se coaduna com a justiça, pois sabemos que se ela existisse, grande parte do Porto estava na choça. Mas daí a virem cá para fora com brincadeiras, é de mau gosto. Então não é que os calhordas, e desculpem-me esta expressão, mas não encontrei outra, vêm dizer que só há dois réus no caso, um inglês e um chiquês (de esperto), e que o Sócrates nada teve a ver com o caso, nem o Pedro Silva Pereira. Mas, atenção! Gostariam de lhes ter feito 23 perguntas, que enumeraram no despacho de acusação.
Ora eu nem sou perito em justiça, mas se o Sócrates e o Silva Pereira não são réus, porque constam de um despacho de acusação? E se constam, constam em que qualidade? Porque não se fizeram as perguntas aos homens? Ah, por falta de tempo e tal. Pois, com certeza, 21 meses com o inquérito na mão, de facto, é pouco tempo, é... É capaz de ser, é... 
E onde está a super-implacável Procuradora Geral Adjunta? Sim, aquela que gasta seis horas para se maquilhar antes de ir para o local de trabalho (????), a Cândida Almeida, a tal que enganou meio país com uma imagem de seriedade. Deu o aval? Ok, pronto. A justiça portuguesa não bateu no fundo. Nem nunca vai bater. É buraco sem fundo mesmo. E enquanto pessoas destas não assumirem as suas responsabilidades, como querem que os outros assumam as suas?
É como eu digo, há merdas que são do caralho, e estes merdas não desgrudam do caralho por nada deste mundo.
Está escrito, desculpem-me a linguagem.

PS:Imagem Google