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É sempre mau meter água. Mesmo numa barragem, pelos vistos. A notícia é que o Alqueva está a escassos 20 cms da cota máxima. Ou seja, está cheia como um odre. Cabem lá muitas palhas ainda, mas a caminho do máximo. Ora, lembro-me eu do "Construam-me, porra!", escrito num cartaz no sítio onde viria a surgir a maior barragem do país e uma das maiores da Europa. A escassez de água no Alentejo era uma das principais razões para o declínio da agricultura portuguesa. Mas entretanto, surge a barragem. Construída exactamente sobre uma falha geológica, o que é naturalmente extraordinário para uma obra que tanto custou ao país concretizar. Talvez a requalificação de Ayamonte e Vila Real de Santo António seja um objectivo para mais tarde.
Ora, agora a barragem está cheia de água. Poderia estar cheia de vinho do Porto ou Licor Beirão, mas nada disso, é mesmo água. A água é uma coisa curiosa. Apaga a sede, não percebendo eu esta expressão, uma vez que não me parece que a sede dê luz. A água serve para nadar, para os peixes fazerem sexo lá dentro (bem, na verdade, eles fazem tudo lá dentro...), para praticar os chamados desportos náuticos, como a motonáutica, que é quando o pessoal se atira de motorizada lá para dentro. Coisa estranha que a água dá para fazer: regar. Os agricultores da região, no entanto, desconhecem o uso da água. É possível? Será? É. Parece que os agricultores alentejanos não sabem o que fazer com tanta água, uma vez que o Governo se esqueceu de lhes dar indicações de como podem usufruir da mesma.
Ora, sabendo nós que o Sócrates é engenheiro (ou pouco mais ou menos), até deve saber que a água serve para regar. Mas isto de o Sócrates ser especialista em agricultura... Pronto, está bem, também existe o Ministro da Agricultura (esta informação carece de confirmação), que deve ser um pouco mais especialista que o Sócrates. Eu penso que urge o tempo e que devemos já começar com um programa de formação, assim ao jeito de Novas Oportunidades, com portáteis à mistura e tudo (tipo o pastor do telemóvel), para ensinar os agricultores da região do Alqueva a regar as suas plantações. Eu compreendo que para quem viveu tanto tempo de subsídios sem plantar ponta de hortaliça, a coisa possa estar meio esquecida. E não venham lá com a conversa do andar de bicicleta, porque isso é desporto, não é trabalho.
Ora, pelo que se vai sabendo, os espanhóis que vão comprando por tuta e meia (está bem, três quartos...) o Alentejo, já passaram por acções de formação em rega de plantas e sabem mais ou menos, não é lá essa coisa, mandar água para cima das hortas e olivais. Os espanhóis pensam em tudo, e até pensaram no esquecimento de como se faz agricultura por parte dos agricultores nacionais, que se queixam que ninguém lhes disse como fazer para aproveitar a água. Pois, estou nesta luta, é justa. Tem de haver sempre alguma coisa que nós não saibamos fazer. Ora, se dantes não sabiam o que fazer com a falta de água, agora é importante que se saiba que não sabem o que fazer com ela.
Ora, o que vai acontecer é simples. Dado que poucos agricultores se mostrarão aptos, após as formações em rega de plantas, vêm de lá uns engenheiros quaisquer ocupar o espaço agrícola, seco ao lado do maior lago artificial da Europa, para fazer uns campos de golfe e uns hotéis, para tornar o Alentejo uma espécie de Inatel da Europa! Nos terrenos que deviam estar a produzir alimentos, vão estar relvados! Claro, é bom que se apressem a ensinar as pessoas a regar as plantações, senão, estamos mesmo sujeitos a que os holandeses venham fazer plantações de tulipas. Que, como todos sabemos, são uma espécie de cacto e não precisam de água... Eu até me pergunto se as pessoas ainda sabem beber água. É que, às vezes, parecem que não, parece que só sabem beber outros líquidos...
Ora, agora a barragem está cheia de água. Poderia estar cheia de vinho do Porto ou Licor Beirão, mas nada disso, é mesmo água. A água é uma coisa curiosa. Apaga a sede, não percebendo eu esta expressão, uma vez que não me parece que a sede dê luz. A água serve para nadar, para os peixes fazerem sexo lá dentro (bem, na verdade, eles fazem tudo lá dentro...), para praticar os chamados desportos náuticos, como a motonáutica, que é quando o pessoal se atira de motorizada lá para dentro. Coisa estranha que a água dá para fazer: regar. Os agricultores da região, no entanto, desconhecem o uso da água. É possível? Será? É. Parece que os agricultores alentejanos não sabem o que fazer com tanta água, uma vez que o Governo se esqueceu de lhes dar indicações de como podem usufruir da mesma.
Ora, sabendo nós que o Sócrates é engenheiro (ou pouco mais ou menos), até deve saber que a água serve para regar. Mas isto de o Sócrates ser especialista em agricultura... Pronto, está bem, também existe o Ministro da Agricultura (esta informação carece de confirmação), que deve ser um pouco mais especialista que o Sócrates. Eu penso que urge o tempo e que devemos já começar com um programa de formação, assim ao jeito de Novas Oportunidades, com portáteis à mistura e tudo (tipo o pastor do telemóvel), para ensinar os agricultores da região do Alqueva a regar as suas plantações. Eu compreendo que para quem viveu tanto tempo de subsídios sem plantar ponta de hortaliça, a coisa possa estar meio esquecida. E não venham lá com a conversa do andar de bicicleta, porque isso é desporto, não é trabalho.
Ora, pelo que se vai sabendo, os espanhóis que vão comprando por tuta e meia (está bem, três quartos...) o Alentejo, já passaram por acções de formação em rega de plantas e sabem mais ou menos, não é lá essa coisa, mandar água para cima das hortas e olivais. Os espanhóis pensam em tudo, e até pensaram no esquecimento de como se faz agricultura por parte dos agricultores nacionais, que se queixam que ninguém lhes disse como fazer para aproveitar a água. Pois, estou nesta luta, é justa. Tem de haver sempre alguma coisa que nós não saibamos fazer. Ora, se dantes não sabiam o que fazer com a falta de água, agora é importante que se saiba que não sabem o que fazer com ela.
Ora, o que vai acontecer é simples. Dado que poucos agricultores se mostrarão aptos, após as formações em rega de plantas, vêm de lá uns engenheiros quaisquer ocupar o espaço agrícola, seco ao lado do maior lago artificial da Europa, para fazer uns campos de golfe e uns hotéis, para tornar o Alentejo uma espécie de Inatel da Europa! Nos terrenos que deviam estar a produzir alimentos, vão estar relvados! Claro, é bom que se apressem a ensinar as pessoas a regar as plantações, senão, estamos mesmo sujeitos a que os holandeses venham fazer plantações de tulipas. Que, como todos sabemos, são uma espécie de cacto e não precisam de água... Eu até me pergunto se as pessoas ainda sabem beber água. É que, às vezes, parecem que não, parece que só sabem beber outros líquidos...
olha que eu não troco a minha aguinha por nada... não bebo alcoól... quando o faço, digamos que a cena não é bonita. se sem beber já falo muito, com bebida a coisa descarrila... :P ahahahah
ResponderEliminarAna, parece que não és a única a descarrilar com uma pinguita na asa... Penso que neste país anda tudo com um copo a mais, só pode!
ResponderEliminarEspera lá... Então agora há água não há quem regue?
ResponderEliminarAh... Isto parece mesmo coisa de tuga...
Constroem as coisas porque dizem que são muito necessárias mas depois do dinheiro metido ao bolso, vai de criar novos horizontes.
TGV?
Jane, quer-me parecer que deve haver alguma parte de justificação para venda de terrenos por ali. Que eu saiba, um agricultor normalmente sabe o que fazer com água. Mas também sabe como vender terrenos. Depois queixem-se que são os espanhóis e holandeses a aproveitar e a enriquecer.
ResponderEliminarEnfim...
ResponderEliminarEste post lembrou-me que ando a beber pouca água. E pensar que já tive alturas em que não abdicava do meu 1,5L!...
ADEK, isso faz bem à saúde!!!
ResponderEliminarOlha que parece-me que o Alqueva é capaz de ter mais do que 1,5l de água...
Cirrus, é quase infame o que fazemos (salvo seja) neste país. Como diria o povo: "começa-se a casa pelo telhado".
ResponderEliminarA porra da barragem esteve a ser construída durante décadas, mas não houve uma mente iluminada que fizesse planos para uma boa utilização das suas águas?
Podíamos transformar os campos limítrofes nos mais férteis da Europa, mas quê, trabalhar faz calos. Depois vêm espanhóis, holandeses e outros, fazer o que nós tão bem podíamos.
Hoje foi lançada mais uma 1ª pedra de um hospital. Nós gostamos é de construir, depois enchemos com médicos e enfermeiros estrangeiros.
Eu também atirava uma 1ª pedra...
Boa noite Eusebio.
ResponderEliminarEstou com o Cat e concordo contigo quando dizes que hao-de vir a quem lhe apeteca fazer algo mais do que viver a custa do rendimento minino, e aproveite as vantagens desta obra, que nao foi uma ma ideia, mas dar perolas a porcos, da nisto...
Catsone, onde eu queria chegar mesmo era que os nossos agricultores não conseguem associar-se para criar aquilo a que chamamos massa crítica. Cada um , por si, vale muito pouco. Todos juntos, provavelmente, obteriam apoios do Governo e saber fazer próprio muito bom. Mas não, cada um se agarra ao seu hectare... Não podemos esperar que o Governo deste ou de qualquer outro país ensine cada cidadão a trabalhar. Digo eu.
ResponderEliminarFrancisco, vale a resposta ao Cat para ti também, e penso que foi mais por aí que entendeste.
ResponderEliminarOlha ó Cirrus fala-se muito por aí do que faltaria para se conseguir pôr o país a andar para a frente, e, quanto a mim, só há uma solução: pescas e agricultura. Viraram costas nos anos 90 com o querido governo PSD, as coisas que as pessoas se esquecem, a estes dois sectores como se não fôssemos um país de extensão rural e grande costa, de repente alguém pensou que este país viveria de turismo e serviços. Loucura digo eu, estupidez dirão muitos, falta de vistas dirão outros. Claro que sou contra este novo retalhamento nacional em que do Tejo para baixo se fizeram campos de golfe e hotéis e do Tejo para cima rezam para que haja neve para abrilhentar o turismo rural. E o resto? O essencial? Aquilo que podem cair bolsas e bancos e se mantém sempre necessário: a comida? Porque lixaram a vida aos pescadores nacionais? Porque permitem que a globalização agrícola e latifundiária internacional esmague a nossa? Entender, não entendo mas é por estas e outras que sou a favor do Iberismo porque já não os podemos combater.
ResponderEliminarProvocação, não deixas de ter razão em diversos pontos, nomeadamente no de termos como PR um dos principais fundadores da ruína do sector primário em Portugal.
ResponderEliminarNo entanto, a razão que me parece primordial aqui é a da massa crítica. E nessa levamos uma abada de qualquer país europeu, não só da poderosa Espanha. Bem podes ver que o sentimento português é sempre o mesmo, a galinha da vizinha é mais gorda que a minha, e se houve herança dos tempos de Salazar, é o famoso "orgulhosamente sós". Só tarde demais os pescadores e agricultores portugueses se aperceberão que não adianta produzir meia dúzia de couves e batatas individualmente, até porque não conseguem fazer chegar esses produtos a preços competitivos ao mercado. Basta ver quando chegam à lota de Matosinhos com três caixas de sardinha às 8 da manhã e os espanhóis já venderam cinco mil caixas às quatro... O individualismo português devia, isso sim, ser substituído por organizações (empresas) de vários proprietários, em que todos fizessem alcançar a tal massa crítica. Os espanhóis fizeram-no e têm a maior frota pesqueira da Europa, bem como algumas das maiores empresas de bens agrícolas, todas surgidas da união de pequenos empresários que criaram empresas gigantescas, com capacidade para influenciar o mercado. Seria inclusivamente muito mais fácil atribuir as ajudas económicas e expor fraudes nessa atribuição, pois ninguém ouve o dono do hectare de Alcolhões de Baixo, mas toda a gente pára para ouvir uma empresa que explore milhares deles no Alentejo ou Trás-os-Montes.
Os portugueses são mesmo assim, o meu umbigo é mais importante que o dos outros. Não temos falta de vontade de trabalhar, temos é de trabalhar sempre sozinhos. Tens exemplos disso por todo o lado, como o das recentes negociações com determinada classe profissional, que deixaram o resto da Função Pública de fora e em situação desesperada. É uma questão de "umbigos"...
O problema quanto a mim é muito pela permissão do que os pescadores portugueses podem pescar, estão muito limitados em relação aos espanhóis, mas também é verdade que nunca se profissionalizou muito a área, tal como na agricultura, houve a febre das cooperativas que agora estãoa a dar torto, mas nunca houve fazer as coisas com pés tronco e membros porque da parte do governo as coisas sempre foram muito de fuga, penso que nunca se deu a verdadeira importância à área e os agricultores de há uns anos não se defenderam olhando para as tecnologias e para os mercados com olhos mais argutos. É uma coisa que sempre me lixou a cabeça e não consigo entender como é que Espanha e Portugal se livraram de ditaduras ao mesmo tempo e eles conseguiram dar a volta e nós não. Se bem que estão com uma taxa de desemprego gritante, mas parece que somos a continuação da Extremadura deles, a sério que é uma coisa que gostava de atingir o porquê
ResponderEliminarProvocação, apesar de saírem os dois de ditaduras, foi notório o esforço espanhol de dotar o país de infraestruturas importantes, aquando da transição da ditadura franquista para a democracia. Basta lembrar-nos do exemplo Seat.
ResponderEliminarEnquanto que cá a revolução foi de fractura, a espanhola foi de continuidade. Além disso, o facto de a nossa revolução ter sido de modos a começar do zero deu azo a que se assistisse a uma mudança brusca de um regime que apenas se preocupava com aquilo que vinha das colónias para uma pseudo democracia que não sabia o que fazer com nada. E apesar de parecer o contrário, ainda hoje assim continua. Ao nível do povo, passamos de pobres coitados votados à sorte do regime para uns chicos espertos que esperam tudo do Estado e pouco fazem para sobreviver. Ao nível dos empresários e mesmo de grande parte dos trabalhadores deste país, é o que reina.
Eusebio, pouco a pouco, vamos coincidindo nas opinioes :-)
ResponderEliminarUm abraco deste lado, meu caro.
Francisco, não exactamente. Eu nunca neguei haver gente que não quer trabalhar, mas sempre disse e repito para quem quiser ouvir que os empresários portugueses estão sempre à espera de benesses do governo e trabalhar é só quando dá dinheiro, no resto do tempo é só para arranjar maneira de não pagar os impostos devidos. É a realidade. Mas isso são contas do mesmo rosário!! Ou pensas que estes agricultores do Alqueva são daqueles que apenas plantam couves para a família?? São empresários, meu caro! Vê lá a atitude!!
ResponderEliminarEusebio, eu tenho empresa ha 5 anos em Portugal, nunca recebi um tostao do governo e nunca concorri a um subsidio, muito pelo contrario.
ResponderEliminarAndo ha muitos anos a pagar em impostos, varios salarios minimos anuais, por investimentos cujo capital nem foi ganho no nosso pais. Sim, porque em Portugal ainda nao tive um euro de lucro e pelo andar da carruagem, nao sei quando terei...
Por isso nao posso concordar quando generalizas em relacao aos pequenos empresarios. O que nao quer dizer que nao saiba que existem vigarices. Mas nao partem so dos pequenos e tu sabes disso tao bem quanto eu.
Francisco, se assim fazes, e tu bem sabes disso, és uma excepção e não a regra. O mercado negro em Portugal absorve 40% das transacções comerciais, e não sou eu que contribuo para isso. Por outro lado, é mais fácil, por incrível que pareça,
ResponderEliminaràs empresas médias e de pequeno porte fugir aos impostos do que às grandes. Por isso é que os níveis de investimento das grandes são muitas vezes superiores às pequenas, embora as pequenas dêem mais empregos.
Eusebio, isto verdadeiramente nem e sitio para esta conversa, mas como nao devo nada a ninguem, que se lixe. O que te vou dizer se calhar ate nem abona muito a favor da minha inteligencia, mas eu nunca tive saco azul, nem mesas ficticias na minha sala. Nem ficticias nem ocultas. Nunca fiz caixa duas vezes no mesmo dia. Nunca comprei um ramo de salsa sem factura. Nunca vendi um peixe pescado pelo meu pai.
ResponderEliminarNao quero dizer com isto que nao sei como se fazem as coisas. Sei mas nao faco. Antes de ter empresa em Portugal ja era empresario. Grande ou pequeno, nao conheco outro termo que defina a minha actividade profissional. Fiz sempre questao de dormir descansado. Nunca tive uma auditoria, se calhar porque nunca dei motivos para isso.
E repito que em relacao aos pequenos empresarios, conheco alguns que quase sao empregados dos funcionarios. Deles e do governo.
Francisco, reafirmo que não fazes mais do que a tua obrigação. Mas sabes bem que és excepção à regra.
ResponderEliminarMas olha que alguns impostos que pago revoltam-me, sabes? Apenas porque me sao cobrados por um estado que me obrigou a sair e agora usufrui desse esforco...
ResponderEliminarPois, até aí entendo a tua frustração, mas é a lei. Se é para uns, é para todos. As leis podem mudar-se, até por pressão dos cidadãos. Se for caso disso...
ResponderEliminareh eh eh eh vou ja preparar o abaixo-assinado.
ResponderEliminarAgora parece que pegou moda :-)
Olha, para um referendo! É questão bem mais importante que o casamento gay!
ResponderEliminarnão consigo comentar o post lá da tal senhora... :P a de fátima... ahahahah
ResponderEliminaradorei o ninguém se magoou só morreram dois polícias... :P
Ana, não vejo qual a dificuldade... Se o teu Mozilla estiver marado... Tenta outra vez!!
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