
sexta-feira, 30 de abril de 2010
TEORIA DA RESPIRAÇÃO

quarta-feira, 28 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
MEMÓRIAS
domingo, 25 de abril de 2010
O ESPÍRITO DE ABRIL DE 1969
sábado, 24 de abril de 2010
ESTADO DE DIREITO
quinta-feira, 22 de abril de 2010
DIGAM LÁ QUE O TGV NÃO DAVA AGORA UM JEITAÇO DO CATANO!!!

Podemos, de facto, estar descansados. Este caso estava para explodir como mais um escândalo de trazer por casa passado na Casa dos Horr... da Democracia. Não é o caso, foi tudo feito dentro da legalidade. Apesar disso, não deixa de ser estranho que uma deputada a trabalhar em Lisboa necessite de ir a Paris todos os fins de semana. Poderia ser estranho, mas até nem é. Inês de Medeiros é moradora em Paris há já vários anos, sendo esta a sua residência habitual e onde moram os seus filhos, principal razão das idas semanais a Paris.
Para ser franco, quando soube deste caso, há já vários meses atrás, sempre acreditei que talvez Inês de Medeiros fosse uma daqueles deputadas eleitas pelo círculo da Emigração. Vendo bem as coisas, mora em Paris, terra de muitos portugueses. Nada faria mais sentido. Claro, sabemos bem porque o engenheiro foi "pescar" Inês de Medeiros. Ter um deputado em cada sector de actividade é importante e, embora eu pense que não faltam artistas no parlamento, o engenheiro pensou em agradar ao sector cultural com a inclusão de uma artista (mesmo) consagrada.
Mas o facto é que a senhora foi eleita pelo círculo eleitoral de Lisboa. Ora, há coisas que me deviam explicar melhor. Sei que há homens de Lisboa a concorrer por Aveiro, homens de Bragança a concorrer por Évora e coisas assim. Coisas que não dá para entender, sinceramente. Mas esta nova modalidade de ter uma residente de Paris a concorrer por Lisboa... É original. Além do mais, o caso é legal, ou foi enquadrado na legalidade. Mas depois vem a ética. A ética de um partido como o PS que consentiu nesta originalidade. E a ética de Inês de Medeiros, que sabendo que não se mudaria para Lisboa com a família, mesmo assim se deixou inscrever nas listas eleitorais do PS. Duvido que Inês de Medeiros não tenha noção daquilo que custam viagens em classe executiva para Paris. Porquê executiva? Exigências da senhora. Isso de voar em turística num avião com destino a Paris pode sempre dar azo a levar com bacalhau semi-demolhado, galináceos vivos, chouriças transmontanas e garrafões de Favaios de cinco litros. Nós estamos solidários, obviamente.
E depois ainda há quem fale contra o TGV... Que jeitaço não dava agora!
terça-feira, 20 de abril de 2010
UM POUQUITO CEDO, NÃO?...
sexta-feira, 16 de abril de 2010
LAPSOS LINGUAE

Palavras de Bento XVI:
"Perante os ataques do mundo que falam sobre os nossos pecados, lembramos (...) que é necessário fazer penitência e, assim, reconhecer os erros cometidos durante a vida"… "Nós, cristãos, nos últimos tempos temos evitado a palavra penitência"…
Há vários lapsos nestas palavras do Santo Padre. E parece-me oportuno rectificar esses lapsos antes que entendam as palavras no sentido literal:
Quando o Papa refere “perante os ataques do mundo”, quer apenas dizer “perante as descobertas do mundo”;
“falam dos nossos pecados” quer dizer apenas: falam, falam, mas não os vejo a fazer nada;
“é necessário fazer penitência” – quis ele dizer Penitenciária;
“Nós, cristãos” – vocês, crentes;
“temos evitado a palavra penitência” – temos evitado que os nossos padres acabem na penitenciária;
Palavras de D.António Marto, o Peter Sellers português:
[Os abusos sexuais envolvendo membros do clero] "são uma questão muito dolorosa para a Igreja"
Aqui não se trata bem de Lapsos Linguae, mas antes uma falta de senso incomum, num homem que eu aprecio. É uma questão dolorosa para a Igreja??? Para a Igreja é que é dolorosa? E para as crianças violadas? Foi um passeio no parque, não?
PS: Foto JN
quinta-feira, 15 de abril de 2010
SOB ATAQUE

Deixando a brincadeira para trás, é altura de falar sério. E há coisas que são sérias, é verdade. E uma das coisas mais sérias e preocupantes é ninguém falar disto. Anda por aí a blogosfera muito preocupada com os blogs de gaja, que pelos vistos entraram em guerra civil. Não sei, não conheço o suficiente. Ou então anda tudo preocupado com o programa das danças ou das cantigas e mais algum que agora me escapa, como me escapam na TV. Ou é azar ou nunca apanhei um programa desses.
O que não deixa de ser um facto é que ninguém fala da Igreja. Andam todos calados como ratos. Para ser franco, evitei escrever sobre este assunto, conhecida que é a minha propensão para desprezar as religiões, o que curiosamente não corresponde à verdade. Ser do contra nem sempre significa desprezo e esta é uma dessas ocasiões. Mas não deixa de ser um facto que já viram por aqui perfiladas críticas às mais diversas religiões, desde a católica ao Islão e outras mais. Não gosto, pronto. Penso que ainda não falei do budismo, mas também pouco há dizer sobre gajos vestidos de laranja, sentados em posições cómicas, que ninguém sabe o que querem, e nem eles próprios sabem o que querem. Acabei de descrever um congresso do PSD...
Sendo assim, há quem defenda que todos estes casos que têm vindo a lume sobre padres católicos pedófilos é uma acérrimo ataque à Igreja. E sabemos que isso é verdade. A questão não é saber se há ou não um ataque à Igreja, mas antes saber se esse ataque tem fundamento ou não. Não nos precipitemos, até porque nem todos os padres católicos são pedófilos. Alguns são apenas depravados sexuais ou homossexuais sem coragem. E eu escrevi isto?? Bem, é a minha costela que não gosta de religiões, por mais parvas que estas consigam ser. Mas o facto é que existe um ataque à Igreja e penso que isso é inegável.
Tarcisio Bertone veio a terreiro defender que o celibato nada tem que ver com a pedofilia, pois não existem estudos a comprovar isso. Existem estudos a comprovar, diz ele, que a pedofilia está relacionada com a homossexualidade. Bem, isso é tão válido como dizer que há estudos que comprovam a relação entre a inclinação da torre de Pisa e o sexo dos gambuzinos à nascença. Agora há estudos para tudo e mais alguma coisa, cujos resultados dependem apenas de quem encomenda e qual o resultado que quem encomendou o estudo pretende.
Tarcisio Bertone é Secretário de Estado do Vaticano, uma espécie de Primeiro Ministro do Estado Pontifício. Tem responsabilidades morais e políticas e não devia ser tão leviano. Até porque já foi desmentido pelo Vaticano, e por certo por alguém abaixo dele na escala de evolução dos rept... ora porra! Na Hierarquia do Vaticano. O que fica mal. “Deixem lá o que disse o chefe, ele às vezes pensa com a ponta das unhas...”. Não, fica mal. Mesmo!
Mas os problemas de Bertone não acabam por aí. Primeiro, as reacções de defensores dos homossexuais! Tipos com vozinhas aveludadas e de lencinho ao pescoço a afirmar que foram palavras simplesmente horríveis, um autêntico retrocesso civilizacional e outras coisas do género. Claro que se fosse um pedreiro na rua, mandava o Bertone para o real car#$%& e acabava a conversa, mas Bertone não falou dos pedreiros, falou dos homossexuais... Logo, levou com críticas mais aveludadas. E com isto não estou a dizer que os homossexuais são menos homens que eu, embora sejam, claro. No sentido sexual da palavra... E não me fo#$% o juízo, que isto não é dizer nada que não seja óbvio.
Mas Bertone tinha uma intenção clara com estas afirmações e penso que todos sabemos qual era. A de desviar as atenções, deflectir o tal ataque para um grupo que, julga ele, ainda é mais odiado que a Igreja Católica. E esta pretensão não deixa de ser correcta. Pode ter-lhe saído o tiro pela culatra, mas entendemos bem que um dos grupos com mais acérrimas lutas com a Igreja é mesmo o Lobby Gay. Até aí , entendido, pois a Igreja ataca veeementemente a homossexualidade e condena automaticamente ao Inferno quem for homossexual. O meu caso pessoal com as religiões (todas condenam a homossexualidade) nada tem a ver com a homossexualidade, até porque não sou gay. Podia ser, mas não sou. Porque não quero. E isto não é descriminar. Não quero e acabou. Aceitar como igual um homossexual é diferente de ser igual a um homossexual. E venham de lá essas línguas afiadas a acusarem-me de homofobia. No meu caso, até é verdade, não “gosto” de pessoas do mesmo sexo que eu, por isso sou homofóbico. Isto fez sentido? Não, OK. Ainda bem.
Mas o grande problema de Bertone é ainda um terceiro. Pois é. Não há duas sem três. Sujeitar-se a ser desmentido por alguém inferior na escala de evolução do Vaticano (não deve ser muito longa a escala, avaliando pelo exemplar máximo...) e levar com as críticas de meia dúzia de homossexuais pseudointelectuais não é nada comparado com o facto de Bertone se confrontar com estes cenários:
-Cenário pré-declarações: a Igreja tem pedófilos no seu interior. Ou se protegem a todo o custo (o que sinceramente foi o que foi feito, e todos sabemos disso, durante séculos), ou começam a queimar-se, aqui e ali, uns padres com umas fotos nos computadores para tapar as vistas ao granel. Como já não há Autos de Fé, este queimar não é literal.
-Cenário pós-declarações: a Igreja, de acordo com as afirmações do seu líder político, passou a ter no seu interior (não digo no seu seio porque aquilo lá dentro é só gajos de saias, não seios de gajas, nuas ou não), não só pedófilos, mas também homossexuais.
Isto para Bertone deve estar a ser difícil de engolir. Sente que lhe estão a ir ao pacote e pouco pode fazer. Ou melhor, pode sempre gozar a oportunidade...
E agora, importam-se de me dizer porque tão pouca gente fala sobre isto??
quarta-feira, 14 de abril de 2010
PARABÉNS!!!
terça-feira, 13 de abril de 2010
GENTE DISTRAÍDA
Não é novidade para ninguém, anda por aí muita gente distraída. Há pessoas neste país que não vêm a verdade mesmo quando ela se alapa nos olhos. Recusam-se a aceitar a realidade apenas porque não lhes convém, ou então… Andam distraídos.
Destes, sem dúvida os leitores do Jornal de Notícias devem ser os piores. Não sei se é de ler o próprio Jornal, ou se será qualquer outra coisa. Querem um exemplo? Sabem qual a diferença pontual entre Benfica e Sporting? Bem, antes do jogo de hoje era de 23 (vinte e três, por extenso, para se perceber bem) pontos. Agora, depois do jogo no Estádio da Luz, é de 26 (VINTE E SEIS, por extenso e em maiúsculas, para chamar a atenção dos distraídos) pontos.
Estes leitores são tão distraídos, tão distraídos, que conseguem proezas deste género:
Não é o cúmulo da distracção??? Está bem, o Benfica até perdeu, na minha perspectiva, pois 3-0 para mim é empate, e até estou triste pelo facto. Mas…
segunda-feira, 12 de abril de 2010
HOMENAGEM OU REGRESSO?
Parece que o presidente da República fez uma inauguração ontem. Parece que já temos uma Avenida Marechal António de Spínola. Parece que o nosso presidente acha que o acto de inaugurar uma avenida em homenagem ao Marechal é de “inteira justiça”.
Não sei se este acto é mesmo uma homenagem. Talvez não. Talvez seja um regresso. Um regresso a dias idos, de um passado que julgava longínquo. Há quem goste e quem não goste de Spínola. Conheço ex-combatentes que o idolatram, outros que o odeiam e nunca cheguei a conhecer aqueles que pereceram nos famosos massacres na Guiné, actos de loucura de um General tresloucado pelo sentido do dever e pelo amor à Pátria e ao racismo.
Não é todos os dias que se homenageia um homem que lutou ao lado da Legião Condor em Espanha, ao lado dos nazis de Hitler. Um homem que por muito pouco não fez abortar o 25 de Abril. Um homem que foi recebido de braços abertos pelos fascistas franquistas depois do 11 de Março...
Quanto ao nosso presidente, (assim mesmo, com letrinha pequenina, pois mais não merece, por ainda estarmos a colher os frutos da sua desastrosa governação de mais de 10 anos, em que o desbaratamento das verbas comunitárias foi nota dominante, criando um sistema novo na política portuguesa, o tachismo), é o mesmo homem que recusou a pensão de sangue a Salgueiro Maia e a foi dar aos dois Pides que assassinaram Humberto Delgado. É este o homem que agora acha estar a fazer justiça, ao dar o nome de mais um símbolo do fascismo em Portugal a uma avenida portuguesa.
Obviamente, não estou contra esta iniciativa pelo que ela representa politicamente. Pelo menos, não só. Estou muito mais contra aquilo que ela representa para as famílias dos homens que perderam a vida a lutar pela mudança de regime em Portugal, cujo caso mais flagrante é o de Salgueiro Maia.
Penso que o presidente afirma demasiadas vezes que o povo tem de se sacrificar. Para quê? Para, paulatinamente, regressarmos aos tempos de outrora? Para entregarmos de novo o país a fascistas e facínoras, como tem ocorrido desde o 25 de Abril? O que mudou o 25 de Abril? A Nomenclatura do Regime? Que se lixe lá isso...
quinta-feira, 8 de abril de 2010
O PLANALTO

Há em Portugal um planalto. Há um sítio mágico de planuras rodeadas pelos vales dos imensos rios, pelas escarpas amarelas dos líquenes que mergulham nas águas volumosas, escuras, furiosas. É um sítio onde nada é igual. É um sítio que muda todos os dias. E no entanto é imutável. E no entanto é eterno. Como as águas furiosas e escuras dos rios que a rodeiam, que já ali estão há uma eternidade.
É um sítio onde há enormes montanhas, de picos apontados ao céu, desafiando os deuses que há milhares de anos velam pela eternidade do local. Mas as montanhas altas, das mais altas de Portugal, mais não são que colinas partindo do já elevado planalto. Quase não se dá por elas, mas elas lá estão, verdes de pastagens e cinzentas de granito, duro, tão duro como esta gente que aqui habita. Há em Portugal um planalto.
Há em Portugal um planalto, rasgado pelos carreiros que conduzem aos prados verdes, como as veias aparentam rasgar as carnes e as peles dos corpos da gente que os cultiva. Os prados de onde sai o dourado grão, lá para os píncaros da estação seca, que o bafo imenso do sol amadurece e endurece e aloura. É deste grão que vem o pão desta gente que habita este planalto deste meu país. Ambos de uma alvura que deixa adivinhar a sua pureza, como o dialecto que falam, puro desde os tempos antigos.
É um sítio de pequenas e preguiçosas aldeias, que sem pressas desconhecem o mundo que lá fora se ergue para destruir a sua beleza. Porque o planalto é eterno, mais do que o homem ou suas obras, o planalto é obra dos deuses e só por eles pode ser destruído. Mas como destruir um sítio que já há tantos milénios abençoaram para sempre? É um sítio onde as maldições dos deuses são as mais poderosas bênçãos, um sítio onde abunda o trabalho e a vida árdua, um sítio onde as vilas são sítios grandes e se chamam bilas. Há em Portugal um planalto.
Há em Portugal um planalto, um sítio de calma altiva, onde o céu e a terra se casam todos os dias, sob o calor tórrido do verão, que faz resplandecer as penedias no seu cinzento granítico cromado a pique para as águas furiosas dos rios. Onde a terra e o céu se casam todos os dias, sob o frio glacial do rigoroso inverno que pinta de branco as pedras cinzentas e faz mais negras as águas dos rios. É o sítio que regressa à vida nas flores imensas e brancas da primavera que teima, todos os anos, em não surgir, mas que a terra fecunda empurra para o seu destino. É o sítio onde os tapetes de folhas recobrem as pedras cinzentas, acabando por tombar das penedias para as águas tumultuosas dos rios. Dos rios que correm muito abaixo daquele sítio. Há em Portugal um planalto. Um sítio sagrado, o último dos paraísos lusos, o testemunho da eternidade dos deuses que tanto bem lhe querem.
terça-feira, 6 de abril de 2010
AS MARAVILHAS DO FACEBOOK
Andam por aí a tentar-me convencer que há novas formas comunicação, que há uma nova linguagem que temos de aprender, que há novos canais para a globalização da linguagem, quer seja escrita, quer seja falada. Por mim tudo bem, não sou daqueles que ficam parados a olhar e tento actualizar o meu arsenal de vez em quando, não fosse proprietário de um blog.
No entanto, há coisas que se podem fazer através da informática e outras que me parecem abusivas. Esta parece-me claramente abusiva. O Facebook, ao que dizem, é uma forma de expandir a rede social, seja lá o que isso for, uma forma de nos darmos a conhecer ao mundo, seja lá o que isso for, ou seja lá que mundo a que nos queremos dar a conhecer for. Como devem desconfiar, não tenho página no Facebook. Não porque já não tenha tido curiosidade, mas mais por falta de entendimento sobre a utilidade da ferramenta. Mas fiquei a saber que pode ser utilizada para isto:
Ser despedido por ter perdido dez libras não deve ser inédito. E até se poderá especular se o dinheiro foi perdido ou não. A questão não é essa. A questão é que esta responsável de loja inglesa despediu esta colaboradora via Facebook. Mas faz todo o sentido, não faz? Afinal, não temos de nos actualizar? Não temos de aceitar as novas formas de comunicação? Eu até penso que um dia esta opção vai ser seguida por muitas entidades empregadoras, em muitas empresas, que têm colaboradores permanentemente ligados ao Facebook. “Ora deixa lá ver se ele está ligado... Está! Es-tás-des-pe-di-do... Prontes!”.
PS: Vamos a ver se ninguém me acusa de ser mesquinho e preconceituoso só porque esta aventura se deu em terras de Sua Majestade...
PS 2: Imagem JN