Todos
os caminhos foram dar a Fátima no dia 13 de Maio. Milhares de pessoas deslocaram-se
ao santuário, muitas andaram centenas de quilómetros a pé, algumas (acima de
cem) foram vítima de acidentes, outras gastaram poupanças em transportes e
estadas, todas na esperança do milagre ou em agradecimento do que acreditaram
ser um.
Muitos
afirmaram rezar pelos seus e pela sociedade… Outros, ainda, disseram fazê-lo
pelo fim da crise.
Foram
queimadas mais de trinta toneladas de cera em velas de preço elevado mas que,
depois de ficarem em estado líquido, vão ser reaproveitadas para fazer novas velas
que, por sua vez, serão revendidas em nome da fé e da Virgem Maria, numa aproximação ao
milagre da multiplicação dos pães, já que desse negócio come a Igreja.
O
povo deste país continua manso. Manso e crente. Tal como no passado, em que o
jugo da Igreja se juntava aprazivelmente ao do Estado, a peregrinação do 13 de Maio
mostrou que Portugal se fia na Virgem e não corre… prefere estabelecer um
recorde de voltas de joelhos à Capelinha das Aparições.
Sempre achei que Fátima era, e é, um negócio de muitos milhões que vive da fé dos crentes... e não gosto disso.
ResponderEliminarÉ um negócio que nunca estará em crise e que em tempos como os que vivemos vai crescer exponencialmente... sem dúvida nenhuma!
Eu sou suspeito para falar de religião. A minha religião não permite.
ResponderEliminarPronúncia: Pena que assim seja...
ResponderEliminarCirrus: Pois claro, camarada!