domingo, 1 de novembro de 2009

MORREU O LOBO!

Foto Google

A voz do Lobo calou-se para sempre. Não mais teremos aquela voz grave, que destilava conhecimento em cada inflexão, em cada entoação. A voz do Lobo calou-se para sempre aos 59 anos.
Quem não conhecia a Hora do Lobo, na Rádio Comercial, da 1 às 3 da madrugada, dias de semana, devia conhecer. O melhor programa de rádio de Portugal, com tendências para a descoberta do desconhecido, de dar a conhecer o mais bizarro que se fazia nas artes por esse Mundo fora, e que previu tantos fenómenos de popularidade que mais tarde se verificaram...

Hoje faleceu o maior homem da Rádio portuguesa dos últimos 20 anos. Era um lobo solitário, que lutou imenso por novas abordagens no pensamento e na arte.

A minha sentida homenagem a um homem que me fez companhia anos a fio:

ANTÓNIO SÉRGIO, faleceu hoje de complicações cardíacas, aos 59 anos. Juntou-se a muitos daqueles que amava profundamente.

26 comentários:

  1. Bom dia. Ja hoje tinha perguntado a uma bloguista quem era o homem que ela homenageava logo de manha...nao conhecia, pelas razoes que tu e ela sabem. Vejo que tera sido alguem que marcou a diferenca de alguma forma e por isso tambem eu lhe deixo aqui o meu respeito.

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  2. Francisco, tenho a certeza de que se tivesses conhecido o seu programa A Hora do Lobo, estarias tão triste como eu.

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  3. Aquela voz era inesquecível a qualquer pessoa que cruza-se o ouvido com ela. Muito ouvi eu A Hora do Lobo e foi com pesar que recebi a notícia, sobretudo porque ainda tinha, com certeza, muito para dar à rádio.

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  4. Sara, lembras-te então da excitação de saber o de novo havia?? Das coisas novas que se aprendiam todas as santas noites? Das entrevistas, das incursões literárias estranhas, do Blair Witch, do Jeff Buckley... Eh pá, tanta cisa que aprendi com aquele programa. Acima de tudo, aprendi a procurar coisas que dantes nem sabia que existiam.

    Bem, és nova de mais para algumas das coisas que mencionei, mas em todo o caso, conheceste o programa.

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  5. Cirrus, a Hora do Lobo, nunca ouvi, mas lembro-me perfeitamente da voz no "Som da Frente".
    Muito eu gostava desse programa!

    Homenagem bem merecida!

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  6. Pronúncia, o teor do programa era parecido. Também ouvi o Som da Frente. Mas a Hora do Lobo era muito mais progressista, mais estranha e mais encantada. Foi na Hora do Lobo que ouvi pela primeira vez bandas como Tool, Incubus, Korn... Mas também se ouvia muito Nick Cave, muito Tom Waits...

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  7. Eu escrevi 'cruza-se'? perdoai-me, senhor!
    Lembro-me perfeitamente. Às vezes eram horas de ir para a cama mas eu ficava a ouvir sempre "mais um bocadinho". As músicas eram diferentes do que eu ouvia na rádio (nessa altura não tinha quase CDs, nem banda larga e não sacava álbuns, enfim, quase só conhecia a música que passava na rádio).
    E aquela voz... aquela voz!

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  8. O senhor tinha muito bom gosto musical.

    Houve anos em que ouvia muita rádio, especialmente a Comercial, e muito durante a noite, enquanto estudava.
    Mas desde que começei a trabalhar, já lá vão uns anitos, esse hábito foi-se perdendo, a qualidade da Rádio Comercial, também já teve melhores dias e apenas ouço rádio durante as viagens de carro... e nem sempre!

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  9. Caro Cirrus,
    De facto uma perda irreparável como todas as perdas e, tão jovem ainda. Com muito para dar à radio e, a todos nós que gostávamos de o ouvir. Como me recordo daquela voz, inesquecível. Cresci a ouvi-lo, tal como o meu irmão. Sempre apreciadores da música que ele nos dava a conhecer, tantas outras histórias e curiosidades. Vai fazer falta foi uma grande companhia!

    Obrigada por fazer esta sentida homenagem a um Homem de valor o qual nunca esqueceremos, também a minha homenagem ao GRANDE ANTÓNIO SÉRGIO!

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  10. Sara, o cruza-se foi... interessante!

    ;)

    Nessa altura, não havia programas de divulgação de música não-comercial. Música e literatura, nunca esquecer!

    Penso que hoje também não há, ficamos sem nada.

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  11. Pronúncia, desde sempre que me lembro de ouvir a Hora do Lobo. Houve uma altura em particular, quando trabalhava à noite em Ovar, para poder sustentar os estudos, das seis da tarde às três da noite. Horário ideal para ouvir a Hora do Lobo. Foi a minha melhor companhia nessa altura!

    Actualmente, confesso, ouço pouca rádio, e quase exclusivamente a M80.

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  12. Luz, bem vinda!!

    É, sem dúvida, um enorme valor que desaparece das nossas vidas com tanto ainda para dar! Um enorme vulto da cultura portuguesa!

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  13. Cheguei mesmo agora a casa e deparei com a notícia na tv. Infelizmente por motivos que agora não importam já não ouvia o programa há uns bons tempos, mas sim, sem dúvida o melhor (ou um dos) programa de rádio.

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  14. 13, penso que seria mesmo o melhor, mas depende dos gostos... De qualquer das formas, a lamentar.

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  15. Cirrus,
    de facto. E é como a SAra tem referido, aquela voz! E aquela ambiência... Estranhamente acolhedora.

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  16. De facto, uma grande perda. Mil vezes mais importante para os Portugueses do que o Michael Jackson.

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  17. Pulha, só mil??

    Bem vindo!

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  18. Acabei de colocar uma pequena homenagem no meu blog e vi o teu post e venho aqui verter uma lágrima.

    Morreu um grande homem, só falei com ele pessoalmente uma vez mas sentia-se que era um homem enorme, sobretudo enorme na sua humildade, seremos apartir de hoje um povo mais inculto.

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  19. Vai deixar saudade! Hoje foi dos assuntos mais comentados lá na Faculdade!*

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  20. LBJ, se falaste com ele pessoalmente ainda mais podes sentir a falta que vai fazer.

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  21. ADEK, é bom ver que a juventude ainda sabe quem lutou tanto para ensinar algo a tantos.

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  22. CIRRUS, é bem verdade. Dói perder um amigo querido, leal,amigo das horas amargas ou doces, vozeirão de "agressividade" amiga, puro...sei lá que mais! Qualquer dia estaremos todos lá... Para quê tantos ódios, tantas guerras e guerrinhas, tanta hipocrisia, tanto mal, neste mundo?
    Até sempre, amigo "LOBÃO"!

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  23. Maria, até já é mais certo. A nossa existência tem destas coisas - muitas vezes temos de a ver a extinguir-se para lhe darmos valor. Sérgio era um inspirador, acima de tudo. Não deixava que esbanjássemos a vida em trivialidades.

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  24. Foi-se o homem; ficou a voz!

    R.I.P.

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  25. Ou pelo menos a sua memória, Demóstenes!

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