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A investigação que decorre na Irlanda acerca de abusos sexuais, físicos e psicológicos a menores , conhecida por Ryan Report, aproxima-se do seu final. Amanhã, em princípio, sairão as conclusões da investigação deste caso. Ou seja, ainda não se sabe se a ordem católica Irmãos Cristãos, ou Christian Brothers, será ou não condenada por estes crimes. A acusação envolve abusos sexuais, tortura física e psicológica e trabalho clandestino de menores à guarda desta organização, desde 1940 até aos dias de hoje. Pelo menos 450 menores foram abusados, e estes são apenas aqueles que deram a cara, pois como sabemos, não é fácil sair cá para fora para falar destas experiências.
Apesar de ainda não ser conhecido o veredicto, a Christian Brothers fez um comunicado hoje, dia 25 de Novembro de 2009, a anunciar que indemnizará os visados dos abusos perpetrados pelos religiosos ao seu serviço num montante de 161 000 000 de euros. Sim, são mesmo cento e sessenta e um milhões de euros! Naquilo que pode ser legitimamente considerado como uma operação de lavagem de imagem, a organização católica dispõe-se, desde já, a indemnizar, e ouvir o veredicto depois. É necessário relembrar que esta organização tem ramos e filiais nos cinco continentes.
Apesar de tudo, a Christian Brothers sublinha que “Este conjunto de medidas expressa o nosso reconhecimento, vergonha e dor causados pelas revelações do ‘Relatório Ryan’. Sabemos e lamentamos que nada do que possamos dizer ou fazer fará com que as vítimas dos abusos sexuais se esqueçam do que viveram passado”. E, de facto, isto é verdade. E sabemos que organizações destas, espalhadas por todo o mundo, sob a capa do humanismo e caridade, perpetraram crimes hediondos contra a dignidade e integridade física de milhares, se não milhões de menores. Nada do que poderão fazer poderá devolver essa dignidade aos envolvidos, nada do que possam agora anunciar poderá alguma vez lavar as memórias de milhares de crianças violentadas e para sempre marcadas no seu íntimo. Tudo feito em nome da Fé, tudo feito sob o protectorado da Igreja Católica e de outras Igrejas e outras religiões.
Pergunto até quando as pessoas deixarão estas situações repetir-se, quanto faltará para se darem conta dos crimes imensos, contra toda a Humanidade, que a religião perpetrou e ainda perpetra? Quando se ouvirá um NÃO a este estado de coisas? Mais, pergunto como pode uma organização religiosa, supostamente destinada à caridade e à misericórdia, além dos crimes que cometeu, dispor de 161 milhões de euros para pagar indemnizações? Em que mundo vivemos? Será que não será legítimo perguntarmo-nos para onde vai o nosso dinheiro dado a estas instituições?
A suprema ironia está em que a Christian Brothers pertence à Igreja Católica. A mesma Igreja que deseja impedir uma lei que permita o casamento homossexual em Portugal tem no seu seio uma organização que gere orfanatos para rapazes, que tem 161 milhões de euros para pagar em indemnizações referentes a actos que, além de pedófilos, preconizam a homossexualidade dos seus perpetradores. Pelo menos os homossexuais que se casarão poderão ter relações deste género de forma consensual e mutuamente consentida e desejada, coisa que nem perguntaram às centenas (?) de rapazes abusados na Christian Brothers. Como pode a hipocrisia falar tão alto?
Fica o link para a notícia.
São tudo bons rapazes, são tudo bons cristãos. 161 milhões deles...
Apesar de ainda não ser conhecido o veredicto, a Christian Brothers fez um comunicado hoje, dia 25 de Novembro de 2009, a anunciar que indemnizará os visados dos abusos perpetrados pelos religiosos ao seu serviço num montante de 161 000 000 de euros. Sim, são mesmo cento e sessenta e um milhões de euros! Naquilo que pode ser legitimamente considerado como uma operação de lavagem de imagem, a organização católica dispõe-se, desde já, a indemnizar, e ouvir o veredicto depois. É necessário relembrar que esta organização tem ramos e filiais nos cinco continentes.
Apesar de tudo, a Christian Brothers sublinha que “Este conjunto de medidas expressa o nosso reconhecimento, vergonha e dor causados pelas revelações do ‘Relatório Ryan’. Sabemos e lamentamos que nada do que possamos dizer ou fazer fará com que as vítimas dos abusos sexuais se esqueçam do que viveram passado”. E, de facto, isto é verdade. E sabemos que organizações destas, espalhadas por todo o mundo, sob a capa do humanismo e caridade, perpetraram crimes hediondos contra a dignidade e integridade física de milhares, se não milhões de menores. Nada do que poderão fazer poderá devolver essa dignidade aos envolvidos, nada do que possam agora anunciar poderá alguma vez lavar as memórias de milhares de crianças violentadas e para sempre marcadas no seu íntimo. Tudo feito em nome da Fé, tudo feito sob o protectorado da Igreja Católica e de outras Igrejas e outras religiões.
Pergunto até quando as pessoas deixarão estas situações repetir-se, quanto faltará para se darem conta dos crimes imensos, contra toda a Humanidade, que a religião perpetrou e ainda perpetra? Quando se ouvirá um NÃO a este estado de coisas? Mais, pergunto como pode uma organização religiosa, supostamente destinada à caridade e à misericórdia, além dos crimes que cometeu, dispor de 161 milhões de euros para pagar indemnizações? Em que mundo vivemos? Será que não será legítimo perguntarmo-nos para onde vai o nosso dinheiro dado a estas instituições?
A suprema ironia está em que a Christian Brothers pertence à Igreja Católica. A mesma Igreja que deseja impedir uma lei que permita o casamento homossexual em Portugal tem no seu seio uma organização que gere orfanatos para rapazes, que tem 161 milhões de euros para pagar em indemnizações referentes a actos que, além de pedófilos, preconizam a homossexualidade dos seus perpetradores. Pelo menos os homossexuais que se casarão poderão ter relações deste género de forma consensual e mutuamente consentida e desejada, coisa que nem perguntaram às centenas (?) de rapazes abusados na Christian Brothers. Como pode a hipocrisia falar tão alto?
Fica o link para a notícia.
São tudo bons rapazes, são tudo bons cristãos. 161 milhões deles...
Grande post! Aplaudo de pe!
ResponderEliminarVergonha. E estas sao as que se vao sabendo. Quantas mais andarao encobertas...
concordo com tudo o que disseste. poderei acrescentar que nem todos os pedófilos são padres ou pertencem a uma instituição religiosa, no entanto quantos deles serão religiosos? arrisco-me a dizer que quase todos seguem uma religião. basta ver a nambla uma das associações mais asquerosas que já vi, existe e ninguém a pode parar, são protegidos pela própria lei.
ResponderEliminaro que me choca mais é, como tu dizes, que estas pessoas supostamente seguem a palavra de deus e nunca li na bíblia que actos destes fossem consentidos. posso estar enganada já vi de tudo.
isso é o que é mais repugnante, é estes senhores se auto-intitularem como os "spokeperson" de deus aqui na Terra, andam por aí a cometer crimes como este.
até me dá vómitos..... :S
ResponderEliminarhttp://www.nambla.org/
Abordaste um dos assuntos que deita a Igreja por terra. Podias escrever inúmeros posts com coisas diferentes... E saber que ainda é a Instituição que orienta tantas cabecinhas que não sabem pensar por si!!:S*
ResponderEliminarEusebio, li este texto por tres vezes. Devo dizer-te que deste-me uma tremenda licao, neste post.
ResponderEliminarNão é mandando umas lapadas no mensageiro, que se consegue que decore a mensagem e a transmita. Com o susto, mal se levante, já a esqueceu. Susto e ódio...
Infelizmente, não é só a Igreja Católica. Ultimamente têm surgido notícias de casos semelhantes noutros credos religiosos.
ResponderEliminarA religião perde toda a credibilidade, e dá a impressão que é um meio para se atingir determinado fim.
Isto é realmente asqueroso, man. É incrível como esta instituição mantém-se com tantos adeptos, não é? Alicerçada, provavelmente, na ignorância das pessoas, lá vai resistindo à toada.
ResponderEliminarAgora um pouco de humor negro (sorry), mas parece que eles levam muito a sério a passagem bíblica "Trouxeram-lhe também criancinhas, para que ele as tocasse. Vendo isto, os discípulos as repreendiam. Jesus, porém, chamou-as e disse: Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais..."
Eu não vejo as coisas assim porque se formos por aí e sendo verdade que muitos crimes foram feitos em nome da Igreja não é menos verdade que estas mesmas igrejas prestam um grande apoio à comunidade que deveria ser feito pelo Estado.
ResponderEliminarNão podemos confundir as coisas, o facto de na minha terra que é Portugal existirem muitos corruptos, não impede que eu não seja e que repudie, além de não podes ver uma árvore por ter alguns ramos podres.
Francisco, de facto, na religião, é cada cavadela sua minhoca...
ResponderEliminarQuanto ao mensageiro, é deixá-lo ir. Não tem culpa, é como o carteiro, é sua profissão...
;)
Anne, a principal religião dessa gente é a hipocrisia. Mas tens razão. O que é a religião senão hipocrisia?
ResponderEliminarEssa organização não devia ser sequer permitida, não percebo como os deixam existir nos EUA. Ou, se calhar, até faz algum sentido...
ADEK, é de facto um dos assuntos pelos quais, neste caso, a Igreja Católica não pode ser considerada séria. É que isto não aconteceu só na Irlanda, aconteceu em todos os países católicos, que se saiba, em maior ou menor grau.
ResponderEliminarDylan, deixei bem explícito isso no post. Por acaso, trata-se aqui da Igreja Católica, porque é a mais próxima de nós. Mas quantas atrocidades já não vimos fazerem-se em nome de outras confissões religiosas? Qual delas a pior? Já não sei.
ResponderEliminarCat, esta organização está presente nos cinco continentes, tem orfanatos (na maioria para rapazes) por todo o lado. E vamos lá a ver: um gajo só vai para padre por três razões:
ResponderEliminar-verdadeira vocação (conheço poucos);
-necessidade financeira (normalmente professam o sacerdócio uns anos e depois dão de frosques, com o curso pago)
-ou são gays latentes, ainda por cima com sentimentos de inferioridade, que projectam uma falsa imagem de poder desta forma.
Mas nem devia ter dito isto aqui, devia ser mesmo lá em cima no post!
Forte, estás no teu direito. É evidente que há caridade na Igreja, sempre houve. Os objectivos, como vês, é que, para mim, são quase sempre extraordinariamente dúbios, e isto é utilizar uma palavra simpática. Nunca vi nada de bom feito pela religião, seja ela qual for, mas sabes bem qual a minha posição neste assunto, e assumo-me como radical.
ResponderEliminarÉ nojento que instituições, seja lá qual for o credo que professem, que deveriam zelar pelos interesses dos mais desprotegidos sejam os seus principais carrascos e malfeitores.
ResponderEliminarHá alturas em que penso que a pena de morte é pouco para quem pratica determinados crimes... e o abuso de crianças indefesas, por quem os deveria proteger, é um deles!
Pronúncia, e sabes tão bem quanto eu que se estes fossem os únicos, isto até ia bem...
ResponderEliminarCIRRUS : a hipocrisia da Igreja, dita católica é conhecida desde que se implantou como tal. A ideia de que quem peca vai para o "inferno" donde vem? no entanto, aqui hános ,num estudo realizado em Itália sobre o problema da SIDA entre os frades daqueles com´nventos que vemos m´no cimo das colinas, quando passamos nas auto- estradas deste país, descobriu-se que dezenas deles estavam a fechar pois os tipos estavam todos infectados... O VATICANO fez calarem-se as bocas a este respeito. Advogo o casamento dos paderes ,frades e quejandos, pois eles que dizem que deus disse "crescei e multiplicai-vos, como o podem fazer entre eles????
ResponderEliminarBEIJO DE LuSIBERO
Cirrus, nunca iria bem... são crianças!
ResponderEliminarMaria, bem sei das atrocidades cometidas pela Igreja e pela religião em geral. Permitir o casamento dos padres poderia ajudar a dissipar este fenómeno, mas o certo é que muitas destas mentes são perversas, pura e simplesmente. Sempre tive muito cuidado com as pessoas que corriam para o padre...
ResponderEliminarO padre da minha freguesia, aqui há anos, também morreu de Sida, mas esse não era (ao que se sabe) pedófilo. Fumava muito... gostava de beatas.
;)
Pronúncia, sei que sabes o que eu quis dizer...
ResponderEliminarSim, sei...
ResponderEliminarBoa noite. Com o mensageiro referia-me as vezes em que escrevemos com o coracao e acabamos por ferir susceptibilidades, acabando tambem, inconscientemente, por impedir que a mensagem chegue.
ResponderEliminarEscreveste aqui um magnifico texto. Lavaste a alma, sem seres provocador. Parabens :-)
Francisco, gosto de ser objectivo. Mas sabes que há assuntos que me tiram do sério. Por isso te digo que é melhor deixar ir o mensageiro em paz...
ResponderEliminarObrigado!
Sou católico devoto, praticante, convicto e apologético, mas infelizmente é verdade que existe muita podridão dentro da própria Igreja. Existem padres, ou outros membros da Igreja, ou pessoas ligadas à Igreja duma maneira ou doutra, que são pedófilos, gays, etc. como também podem existir noutros segmentos como por exemplo na Medicina, na política, entre engenheiros, etc. A questão que se coloca é: porquê uma perseguição particular à Igreja? Se o meu filho for abusado pelo nosso médico de família, será que deixarei de acreditar na Medicina? Se um advogado for corrupto (como muitos devem ser) deixarei de precisar de advogados? Obviamente que o mesmo se passa em relação à Igreja. Apontar-lhe defeitos é sempre muito fácil. Não se pode negar, porque a própria História encarrega-se de o confirmar sempre, que houve e continuará sempre a haver erros e atrocidades cometidas em nome da fé (ainda que muita gente seguramente não sabe o porquê desses mesmos erros e atrocidades terem acontecido, pois nada disso nos é ensinado... se, ao menos, soubessem...). O que as pessoas teimam em fazer é não separar o trigo do joio. Se um padre, um bispo, cardeal ou até mesmo um Papa qualquer fizer coisas más, feias e porcas, é toda a instituição Igreja Católica que está em cheque. Porquê? A Igreja é sempre a mesma, as pessoas que a compõem é que vão e vêm. A Igreja também fez e continua a fazer muita coisa boa pelo mundo fora, não continua? Só não vê isso quem não quer ver. Como para efeitos de notícia, só valem as que são chocantes, pois elas captam melhor a atenção das pessoas e elas são sempre coisas negativas. Não compreendo a necessidade de se projectar a neura, que muitas das vezes é simplesmente pessoal ou porque é bom seguir uma onda generalizada, para toda uma instituição com 2000 anos de História. Parece que se esquecem de tudo aquilo que ela fez pelo mundo. A hipocrisia existe em todo o lado, ela está onde está o homem. A Christian Brothers pertence à Igreja Católica, sim. A Cáritas, por exemplo, também.
ResponderEliminarE, just for the record, as maiores tragédias do mundo aconteceram na dita Idade da Razão... irónico, não? Não existirão por acaso ateus ou agnósticos pedófilos, assassinos, corruptos, etc? Se sim, e aplicando assim a mesma lógica, então o ateísmo ou a descrença também caem por terra e perdem a sua credibilidade, o que é um exercício de lógica completamente incoerente...
Enfim, não vou andar para aqui a puxar a brasa para a minha sardinha porque cada qual tem a sua cabeça para pensar por si (aliás, tanto assim é que cada qual assume a posição que tem). Os comentários de cada um valem o que valem, e é engraçado que cada um as tenha, pois pelo teor que inevitavelmente se parece harmonizar, leva-me mesmo a crer que o que está actualmente a acontecer é aquilo que nós os crentes já sabíamos desde há muito que ia acontecer.
Para o(a) Catsone, aconselho-o(a) a ler as passagens bíblicas todas seguindo o seu contexto e não apresentar apenas versículos soltos. Esse é um erro básico do protestantismo e de muitos leigos em geral que partindo do que lêem tiram conclusões enviesadas...
Obviamente que continuarão a ter raiva da Igreja Católica. Eu compreendo. Pelo menos a mim ela nunca me fez mal, portanto raiva dela não tenho, antes pelo contrário.
Tenho-te como uma pessoa resistente mas inteligente e tu sabes tão bem como eu que o Estado tem graves falhas no que toca aos mais desfavorecidos, também eu respeito as opiniões que são diferentes das minhas. Ainda assim existem um conjunto de centros paroquiais que vão fazendo um trabalho com crianças desfavorecidas com idosos com marginalizados pela sociedade muito válido. E poderia dar-te vários exemplos, e só o fiz pelo facto de dizeres que a religião não traz nada de bom
ResponderEliminarFirehead,
ResponderEliminaré óbvio que cada um tem direito à sua opinião, e não será pelo facto de ter expressado a minha que não espero a dos outros, por isso, a sua é bem vinda.
Não presuma, no entanto, aferir sobre a minha personalidade ou estado psíquico e muito menos sobre ódios ou raivas que possa ter em particular. Não me conhece e não lhe reconheço esse direito.
Dito isto, devo confessar que os seus argumentos são lógicos e racionais. O facto de haver pedófilos espalhados por esse mundo fora não pode implicar que possamos pôr, de facto, em causa os diversos sectores da sociedade. Só que aqui há uma diferença que não quis, aparentemente ver. É que esses sectores, defendendo a sua dignidade profissional ou sectorial, não são apologistas da moral e ética perfeitas, que são apregoadas pela Igreja Católica e qualquer outra religião. Não faço distinções nesse capítulo, referi no post e volto a referir - cristãos e os outros. Por acaso, este caso é com cristãos e podia não ser. Se, por acaso, escrevesse sobre os apedrejamentos até à morte sob o Islão, eu teria a mesma reacção. Tê-la-ia o meu amigo?
Forte, há trabalho da Igreja na caridade? Há, e não vou negá-lo. Quando disse que não vejo nada de bom que a religião faça, e mantenho essa opinião, é que a maior parte das vezes se ajuda por interesse, nem que seja o de "acorrentar" (este termo é meu) o espírito dessas pessoas às doutrinas. Não é trabalho meramente caridoso, portanto. Mas esta é a minha opinião, claro. Se perguntares a muitos habitantes de África, por exemplo, pela caridade da Igreja, dir-te-ão quantas vítimas de Sida houve pelos conselhos dos Missionários. É tudo relativo, não é? Tal como as nossas opiniões. Aquilo que prezas como caridade eu vejo com alguma desconfiança. No entanto, devo dizer-te, oxalá tenhas toda a razão!
ResponderEliminarAh Puta que os pariu e ainda é pouco.
ResponderEliminarRaiva, nojo é o que me mete isto.
E nem vou escrever sequer o que me está a passar pela cabeça para não te conspurcar a caixa de comentários.
A religião é uma invenção de uns quantos megalómanos, que pensam que podem controlar, que se acham no direito de ditar regras para depois não as cumprir.
É uma venda nos olhos para nos afastar de nós e vergar a um suposto poder que não existe nem nunca existirá!
Jane, a religião por si só não seria totalmente negativa se não houvesse tanta promiscuidade desta no aspecto social.
ResponderEliminarMas há, e sempre houve.
ResponderEliminarA religião é uma excelente forma de controlo - ou pelo menos já foi.
Já vi muita merda, e este tipo de acontecimentos só me dá razão. É tudo uma fabricação.
Não tenho dúvidas das reais intenções de quem inventou a religião e de quem a dirige, é de facto uma organização inventada apenas para controlar as populações. Mas explicar isso a algumas cabeças... Mas lá está, opiniões dão-se, não se forçam nem se vendem...
ResponderEliminarSim, não vale de muito a pena.
ResponderEliminarMas isso não invalida que eu possa dizer o que penso. E no fundo, a verdade, pois tenho tantas dúvidas quanto tu!
Jane, já passei a fase das dúvidas. Agora tenho algumas certezas e perguntas por responder, na procura pela verdade, sim, mas não são dúvidas existenciais. Não me consigo virar para a religião em procura de favores ou desculpas. Ou acreditamos em nós mesmos, ou então não é a fé num conjunto de mitos que nos livra de dificuldades.
ResponderEliminarConcordo. Também eu já passei por lá.
ResponderEliminarE quando disse que tenho tantas dúvidas quanto tu quis dizer que a mim, já não me restam.
Já fiz a minha escolha, e foi a coisa mais libertadora e uma das que mais me permitiu crescer como ser humano.
Ora aí está uma coisa que a religião raramente deixa os seus devotos fazerem... Crescerem, como seres humanos! Como seres conscientes de que nada acontece pela acção dos anjinhos e santinhos, mas sim se lutarmos pela sua concretização. É a única maneira.
ResponderEliminarNovamente: há que separar o trigo do joio. O que a Igreja diz é aquilo que ela diz, e o que as pessoas que a compõem fazem é o que elas fazem. A Igreja como um todo defende as suas posições, quer nós concordemos com elas quer não. Agora se me perguntam se os membros da Igreja realmente as praticam, aí responderei que possivelmente muitos não o fazem. Acontece é que, generalizando, os que são de facto boas pessoas e que praticam aquilo que defendem parecem assim levar por tabela. Quanto ao islão, não esperem que eu tenha a mesma atitude defensiva que tenho para com a minha religião porque não é a minha (se bem que até a conheço bastante bem).
ResponderEliminarHá interesse por detrás da ajuda? Talvez em muitos dos casos haja. Mas não consta, por exemplo, que a Madre Teresa de Calcultá tivesse andado na Índia a converter infiéis.
Ao relação à tão famosa culpa que muita gente insiste em atribuir à Igreja Católica devido ao aumento da SIDA em África, é bom esclarecermos, com os factos que comprovam (e eu tenho-os, se quiserem deixo-vos aqui os links), que a SIDA aumentou bastante (é curioso) nos países onde a distribuição dos preservativos é gratuita. Que culpa tem a Igreja? Lá por ela dizer o que diz não significa que as pessoas deixem de fazer o que fazem. Por exemplo, toda a gente sabe que a Igreja é contra o sexo antes do casamento ou a infidelidade e é por demais sabido que a SIDA cresce exactamente porque as pessoas não se sabem comportar "como deve ser", tendo comportamentos de risco. É ou não é verdade? Sobre isso ninguém se pronuncia.
O vírus do HIV é muito mais pequeno que um espermatozóide, e se o preservativo não é 100% eficaz na prevenção duma gravidez indesejada, quanto mais na propagação da SIDA? Ou isso também não é verdade?
Em África (e se precisarem de provas, uma vez mais...) a Igreja Católica assume-se como a única instituição credível, sobretudo em muitos países onde a maioria da população nem sequer é católica. A fazer fé pelo que disseram, os interesses da Igreja estariam a cumprir-se e se calhar a esta hora esses países deveriam ser de maioria católica.
Quanto às pessoas que defendem que a religião é uma criação do homem para efeitos de controlo eu pergunto: o que é que seria do mundo sem a religião? Que seria de Portugal se não fosse a Igreja? Portugal sequer existiria? Ou estaríamos todos a esta hora a rezar com o rabo arrebitado e a agradecer ao deus da lua Alá cinco vezes por dia e a tratar as mulheres como objectos? Não ter religião é como não acreditar em Deus, no fundo também é uma espécie de fé. Crêem na não crença, na irreligiosidade. Esquecem-se que o contrário da fé não é a descrença, mas sim a dúvida. Dúvidas essas que eu também já tive, e que continuo por vezes a ter, descrente e gnóstico como eu era, encontrei na graça da minha (re)conversão a chave para ser a pessoa bem mais feliz. E cresci, dentro da minha religião, continuamente. Até neste ponto estudos comprovam que o sentido religioso torna uma pessoa mais feliz. Antes assim, digo eu, do que andar atolado de dúvidas que não me alegram e que me deixam à deriva, frustrado.
O homem sempre foi religioso por natureza. Se sempre o foi, por que é que agora haveria de haver gente que queira contrariar a natureza? Essa mesma contrariedade que, aliada à ganância e ao poder, fez com que o ser humano se tornasse no principal causador de todo o tipo de mal que existe no mundo? Enfim, em termos religiosos diria que tudo se resume à tentação.
A grande verdade é que cada qual sabe de si e Deus (quer acreditem nEle quer não) sabe de todos...
Cirrus,
ResponderEliminarVocê falou da moral e da ética que a Igreja apregoa e eu pergunto: o que é a moral e o que é a ética? Não são elas, curiosamente, aqui no mundo ocidental, frutos do Cristianismo? Se uma pessoa não é cristã, ou é irreligiosa, que conceito tem ela da moral e da ética?
Do mesmo modo que eu te posso dar o exemplo dum médico fumador que diz aos seus utentes para não fumarem. Com que moral pode ele dizer tal coisa? Por que é que nos ensinam coisas nas escolas, tipo não deitar o lixo para o chão, não maltratar animais, etc. se por vezes nós não conseguimos evitar cometer um ou outro deslize? Faz de nós também hipócritas? Você conhece algum ser humano que seja perfeito?
Poderíamos estar para aqui com esta conversa, daria panos para mangas...
Abraço.
Meu caro amigo, para mim a ética, não a moral, pois essa é mais uma das patranhas impingidas pelas religiões, é uma qualidade essencialmente humana. Se tem necessidade de a procurar na religião, isso não me diz respeito. Eu não preciso, obrigado. Tenho no meu interior alguns valores que não me foram incutidos pela religião que considero bem positivos. Não que seja perfeito, é bem verdade. Não preciso é de hipócritas dizerem-me como viver. Isso não, obrigado. Mas cada cabeça, sua sentença.
ResponderEliminarMas reconheço-lhe alguma razão naquilo que diz: o cristianismo, tal como o judaísmo e o islamismo, são alguns dos pilares onde assenta a famosa moral ocidental. Veja lá onde isso nos levou. Lindo, não?
A moral ocidental assenta-se no cristianismo, no judaísmo e até mesmo no islamismo, aos poucos, e nisso tenho que lhe dar razão, pois é o que está a acontecer agora na Europa do século XXI. Onde essa moral nos levou? Não sei, mas talvez você saiba. A Idade da Razão (só para não falar do iluminismo) aconteceu depois da Idade Média (a famosa idade das trevas dominadas pela submissão à religião ou ao maléfico Papa) e foi nela que assistimos às duas grandes guerras mundiais, às maiores matanças, à guerra das ideologias, guerras étnicas, fomes, mudanças climáticas, etc.
ResponderEliminarHá quem goste de questionar onde anda Deus para explicar as coisas más que existem no mundo. Outros preferem, quiçá de forma mais sensata, perguntar onde é que anda o Homem. Se calhar foi essa moral trazida pelas religiões que realmente é a responsável pelo estado em que as coisas se encontram. Mas sendo assim, então por que é que há gente que não é religiosa? Com que moral, é curioso, que os irreligiosos acusam a religião pela moral que ela própria trouxe? Não procede. Também aqui faz bem sentido o dito popular "cada cabeça, sua sentença".
Quanto à ética, é bem verdade que é uma qualidade essencialmente humana. Afinal, se não fosse a religião a imiscuir-se na maneira de ser do homem, se calhar a esta hora coisas como matar, roubar ou difamar outrem não são coisas erradas. Afinal, vendo bem as coisas, o que é que é certo e o que é que é errado? Será que é como na ciência onde a verdade só é verdade se um grupo de cientistas a chancelarem como tal?
Seguramente que os hipócritas não lhe dirão como você deve viver porque você tem cabeça para pensar por si, como qualquer um de nós. Isso é que é o mais lindo no meio disso tudo, é não vivermos num estado islâmico onde não teríamos a liberdade (ou talvez pouca) de fazermos o que bem entendermos caso a origem de Portugal não se devesse a um movimento chamado... reconquista cristã.
Meu caro,
ResponderEliminarMuito antes da moral judaica ser fundada, já havia valores neste mundo. Não será por acaso que o judaísmo é considerado como uma regressão civilizacional, e suas derivadas, cristianismo e islamismo, igualmente.
A minha questão não é nem nunca foi libertar-me do cristianismo, mas sim da religião. Sou abertamente contra todas as religiões, e é talvez aí que o aspecto libertador mais se manifesta. É na verdade muito simples. Enquanto o meu amigo é cristão e mostra todo o seu desprezo pelo islamismo, por exemplo, ao fazer a menção à Reconquista Cristã, eu já não passo por essas guerrinhas que me não fazem o mínimo sentido.
Até nesse aspecto, se mostra como a religião foi benéfica ao mundo. Assentes em dois livros em que mais de metade dos relatos são de façanhas e peripécias de guerra, o que nos poderia esperar? A paz? Não, quem nos ensina a fazer guerra não deve ter a nossa admiração. Mas esta é apenas a minha opinião.
A moral cristã, como a islâmica ou judaica, não me interessam minimamente, nem me importa grandemente que tenha havido duas grandes guerras no que diz ser o período da Razão. Até porque ambas tiveram grandes influências do Vaticano, ou será que também desconhece esse facto? A questão é que, à quantidade de guerras religiosas que já foram desencadeadas em nome da Fé, penso que falar de guerras não será propriamente um ponto forte para qualquer pessoa religiosa, ou em que esta possa fundamentar argumentos a favor da religião.
Quanto ao caso aqui presente, estamos a falar de 150 padres católicos irlandeses de apenas uma diocese, a de Dublin. Não sei quantos padres poderá ter uma diocese, mas que é muita gente a apregoar a paz e o perdão, e depois a torturar seres humanos, os mais frágeis de todos, as crianças, lá isso é! E poderá dizer-me, com toda a certeza, que também há padres bons. Pois há, na Irlanda devem ser dois ou três, no resto do mundo, não sei, mas talvez tenhamos mais uma dúzia. Exageros à parte, evidentemente, mas o facto é que apontamos baterias a políticos corruptos e imediatamente toda a classe é conhecida por isso. Apontamos os defeitos dos cientistas e todos passam a ser loucos. Apontamos a falta de soluções dos professores quanto à avaliação, e eles são "os professores". Agora que temos uma vaga massiva de violações de crianças por padres católicos, devo sempre ressalvar que eles são muito bons, embora um ou dois sejam podres? É que se fosse exemplo virgem, até concordaria consigo. Mas parecem-me ser a regra, e não a excepção.
Não tenho grandes traumas de infância derivados da religião, e nem todos os agnósticos os têm. Aliás, eu nem sequer me considero ateu. Sou apenas contra aquilo que alguns homens construíram para dominar os outros, as religiões e todas as fabricações daí advindas, como livros sagrados que mais não são que historietas de terror. Acredite ou não, tenha fé ou não, ou seja o que for em que acredite, não acredito em religiões nem em deuses que controlem tudo. Falou aí no facto de onde está deus quando acontece o mal? Não está, nem precisas de estar. Estamos nós, e estão as forças que não controlamos, e que não distinguem o bem do mal. Eu opto pelo bem, apenas por uma razão. Porque entendo que me sinto bem melhor assim, e não por medo de ir parar a qualquer caldeirão a arder. Isso é na estória do João Ratão!
Amigo, ainda bem para si que você pensa de maneira diferente de mim, senão o que é que seria deste mundo, com toda a gente a seguir o mesmo?
ResponderEliminarO que você diz ser livros que têm historietas de terror, possivelmente porque já os leu como qualquer pessoa que fala daquilo que sabe, eu li e aprendi neles coisas que curiosamente vão de encontro ao que acontece na realidade. São pontos de vista que são diferentes, pronto, não há nada a dizer. E volto a frisar que ainda bem que assim é.
O que parece nem sempre é. 150 padres são muitos, é um facto. Mas talvez existam anonimamente mais do que 150 que sejam de factos bons. Não importa. A religião também não deixará de existir por não haver quem não acredite nela.
Quanto ao ir para um caldeirão a arder, talvez seja de facto uma estória tipo a do João Ratão. Se calhar tal caldeirão não existe e sempre é melhor acreditar que ele na verdade não existe. O problema é se ele realmente existir, no entanto, não acreditar na existência de algo pressupõe que não se pode propriamente falar nele como se ele de facto existisse. Para quem não acredita, nenhuma explicação é possível.
As guerras sempre existiram no mundo, sejam elas religiosas ou não. Nós enquanto nação também travámos muitas guerras, matámos gente, colonizámos, expandimos e tivemos o nosso império. Você não deixaria de ter orgulho em ser português por causa disso nem deixaria de admirar a nossa história. As guerras também acontecem por algum motivo, pois não acredito que elas surgem só porque assim tem de ser.
Para finalizar, gosto deveras de trocar impressões com pessoas que pensam de maneira diferente.
Abraço.
Firehead
ResponderEliminarTenha sempre a liberdade de entrar neste espaço. É muito bom quando se consegue esgrimir argumentos e não impropérios.
O facto de não acreditar na religião não quer dizer que não acredite em algo transcendente. E sim, de facto, já li a Bíblia por duas vezes, um Corão uma vez e já li partes de outros livros sagrados. Não acreditar neles não quer dizer que os não ache interessantes e é mesmo uma área que ainda vou aprofundar mais.
Um abraço.