Ilustração Marco Joel Santos |
Muito se debateu a legitimidade do presidente Chavez da
Venezuela, o tal do Pino e do Lino, em alterar a Constituição venezuelana de
forma a permitir que concorresse quase indefinidamente a eleições para a presidência.
Na altura, lembro-me, Chavez realizou um referendo para efectivar essa alteração,
referendo esse que lhe deu essa possibilidade.
“Ditador”, logo gritaram, em uníssono, as putas puritanas
da direita portuguesa. As mesmas putas que agora pululam de indignação pela
demora do Tribunal Constitucional em analisar os artigos que lhe foi enviado de
forma sucessiva pelo omisso presidente da república e cabeça de polvo do BPN, o
animal. Desculpem, o Aníbal.
Chavez realizou um referendo – essa terrível arma
anti-democrática – para legitimar a repetição do seu poder. O nosso governo faz
merda e depois atribui as culpas ao Tribunal Constitucional. O papagaio de
serviço, um ex-líder do PSD, porta-voz mais que indigitado deste triste governo
que nos leva para o abismo, já apelidou os juízes do TC de “prima donas”. Ora,
não sendo eu um fundamentalista das leis, isto não pode ser interpretado como
um desrespeito ao Tribunal máximo de Portugal, estado de Direito, e agora de
direita à la Salazar, o grande ídolo do nosso primeiro sinistro Pedro Passos
para o Abismo? Talvez sim…
O ódio deste governo a quem trabalha é notável. Só uma
coisa é mais notável que esse ódio: o ódio à Lei. Estamos entregues à mais pura
merda que governou Portugal. E aqui incluo o Salazar e tudo. Pelo menos esse
sentava-se em cadeiras justiceiras.
A forma absolutamente inqualificável como o monte de
qualquer coisa que possam imaginar que chefia o desgoverno absoluto tentou
responsabilizar o TC pelo futuro de um país, futuro esse que ele próprio
destruiu de forma irremediável, colocando-nos no caminho da desagregação social
(e quiçá o que mais esta absoluta besta de carga vai provocar) não é só
inconveniente. É criminosa. Põe em causa aquilo que já vimos que em Portugal já
não era tão garantido como isso: a separação de poderes.
Passos pensa, assim, que é um ditador. Mas esse era Chavez.
Passos é um verdadeiro democrata. Assim pensa a parte putrefacta deste país. E é
grande, essa parte. É toda a merda que votou nele e que obriga este país a
regredir 40 anos no calendário do progresso… Já temos um presidente criminoso,
arquitecto do maior roubo da história de Portugal. Agora temos um ditadorzeco
de pacotilha, que pensa que o povo português é uma ex-Doce saco de pancada…
Ah, por falar em saco de pancada, o outro pode chamar nomes aos juízes do Tribunal máximo em Portugal. Penso que isso me habilita a qualificar como qualifiquei o governo. Acho eu, não sei bem... Ainda aparece por aí o guarda costas a quem não se pode filmar a fronha ou o catano...
PS: mais uma vez, estou-me cagando para o acordo pronográfico.
Chavez tinha os seus defeitos mas tirou o povo da ignorância através de um sistema de ensino bem á frente do que temos neste país à beira-mar plantado!
ResponderEliminarQuanto às recentes (des)culpas, nem é bom comentar! Disseste o bastante embora apetecesse usar muito mais vernáculo!
Nunca fui adepto de Chavez, mesmo nada. Mas Chavez, da Venezuela, não me fazia mal em Portugal. O meu problema não é, nem nunca foi, Chavez; o meu problema é a escumalha que pulula pelos gabinetes políticos deste país. Não é apenas este governo de criminosos que agora está no puleiro. O problema é todo o cenário político, são as alternativas inexistentes, são os imbecis que agora se votassem elegeriam os outros que auxiliaram no lento abate do país, são os "j"'s esses projectos de fdp sedentos por um futuro igual ao de Coelhos, Portas ou Sócrates. Isso é que é o problema. Portugal, enquanto estiver parasitado e doente por esses bichos, não tem solução; se calhar conhecemos o remédio mas ainda não houve coragem de o aplicar.
ResponderEliminarChavez tinha um programa semanal na TV... ditador diziam, por cá as primas donas do Ps e PSD e CDS falam na TV de cátedra, fingindo discordar, mas mantendo o essencial. Sócrates, Marcelo, Marques Mendes e outros lavam o cérebro ao povo, vendendo a austeridade.São 3 vendedores de austeridade e miséria, cada um à sua maneira. se não surgir um Chavez em Portugal e na Europa, o caminho vai no sentido de um conflito militar entre povos... é só dar tempo ao tempo.
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