segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

6ªFEIRA DE MEMÓRIAS


Vídeo Portuguesecirrus @ Youtube


Foi assim que os Australian Pink Floyd Show fecharam o seu concerto no Porto. Foi uma Sexta para recordar outras alturas. Já sei que não são os Pink Floyd. Sei bem que nunca mais os verei em cima de palco Mach3. Mas foi bom recordar.

É estranho ver um concerto de tributo aos Pink Floyd. Sendo um fanático da banda, entrei desconfiado e à procura das falhas. Cedo me apercebi não iria ouvir muitas. Que se notasse, uma ligeira falha no solo de Another Brick in the Wall pt2, que é um dos mais difíceis da música desde sempre, não tira brilho a uma performance extraordinária de uma banda já com mais de 20 anos de existência.

Bons efeitos visuais, muita originalidade nos vídeos (só puderam utilizar vídeos originais feitos a partir de 1987), e excelentes músicos. Uma enorme entrada de baixo em One of These Days! Um grande domínio numa composição tão difícil e complicada como Comfortably Numb, como poderão aquilatar abaixo.

A suprema coragem desta banda traduziu-se em três momentos. Tocar ao vivo Welcome to the Machine e Astronomy Domine espantou-me. São composições complexas e difíceis de tocar. Mas quando tocaram Pigs, fiquei extasiado. Primeiro, porque não é uma faixa fácil de tocar, com um solo extremamente exigente no final. Mas acima de tudo por ser, apesar do simbolismo da própria faixa estar associado ao da banda, uma composição difícil de ouvir, dura, musical e liricamente, pertencente a um dos álbuns mais secos e duros de sempre da história do Rock, Animals. Foi arriscado, mas o público percebeu que não poderiam passar ao lado do Animals.

Um bom concerto. Para mim, teve o ponto alto na penúltima faixa que tocaram. A maior composição de sempre do Rock:



Vídeo portuguesecirrus @ Youtube

4 comentários:

  1. E vale sempre a pena recordar! Especialmente quando as memórias são tão boas...

    Diria que ao fim de 20 anos a tocarem, já devem conhecer algumas das composições melhor que os autores originais... olha que é muito treino!

    Tive pena de não assistir...

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  2. Pronúncia,

    Foi muito bom, os homens tocam muito bem. Têm um belo espectáculo.

    Claro que nunca poderão substituir aquilo a que já assisti no passado, mas é o que se pode arranjar.

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  3. Cirrus: estou consigo, neste seu texto, embora não seja uma perita ,na matéria. Amo a música do GRUPO, mas não seria capaz de falar deles deste modo, magistral.
    Obrigada por partilhar esses conhecimentos, que me ajudam, cada vez mais, a considerá-los ÍMPARES!
    BEIJOS DE
    LUSIBERO

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  4. Maria, são de facto ímpares. Não há qualquer paralelo, recente ou antigo, para a extrema dificuldade e complexidade da sua música, que, apesar disso, soa de forma extremamente melodiosa. Uma banda que só não deixa mais saudades porque foram muitos os momentos em que se fizeram registos para a posterioridade. Mas não veremos mais nada deles. Infelizmente.

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