Ele há vidas assim. Há vidas consagradas a objectivos grandiosos e não, não me refiro a ser presidente do conselho de administração da Mota-Engil. O padre Tadeusz Rydzyk construiu uma vida ao serviço da disseminação da sua mensagem, por todos os meios possíveis. Apesar da notoriedade que tem na Polónia, seu país natal, este homem recusou sempre honrarias e mantém-se na hierarquia católica como vulgar padre.
Entre os feitos extraordinários deste padre polaco, encontram-se a fundação da Rádio Maria (Radio Maryja), de um jornal com o nome Nasz Dziennik e a TV Trwam, que quer dizer Eu Persisto em português. É um extraordinário exemplo de abnegação ao serviço da Igreja Católica, particularmente num país católico mas com ataques severos por parte da agnose e de outras religiões.
Rydzyk conseguiu agrupar, em torno destes orgãos de comunicação social e da imagem da Virgem Maria, um número prodigioso de seguidores, a quem chamou "Família de Maria".
Um dos maiores santuários marianos da Polónia é o da Virgem Negra, em Czestochowa. E foi também onde se realizou mais uma das muitas convenções da Família de Maria. Aquando da tomada de palavra por parte de Rydzyk, este, ladeado de inúmeros monges peregrinos ao santuário, destaca um Irmão africano, de cor negra, com uma frase que provocou os aplausos de toda a Família de Maria ali presente, que denota bem os seus sentimentos altruístas:
"Vejam, um negro. [O homem] nunca se lavou!"
O entusiasmo da multidão a aplaudir estas palavras denota bem o quanto a Igreja e seus seguidores podem não ser aquilo que deles esperamos. A maior ironia de todas - o Santuário da Virgem Negra, local de culto geral, mas em particular para a "Família de Maria", tem esse nome porque a estátua da Virgem, que representa as supostas aparições que ali se registaram é... Negra!
Rica família, ò Sr. Padre!
PS: Notícia descoberta num cantinho do Courrier Internacional. Cada vez gosto mais desta revista.
Entre os feitos extraordinários deste padre polaco, encontram-se a fundação da Rádio Maria (Radio Maryja), de um jornal com o nome Nasz Dziennik e a TV Trwam, que quer dizer Eu Persisto em português. É um extraordinário exemplo de abnegação ao serviço da Igreja Católica, particularmente num país católico mas com ataques severos por parte da agnose e de outras religiões.
Rydzyk conseguiu agrupar, em torno destes orgãos de comunicação social e da imagem da Virgem Maria, um número prodigioso de seguidores, a quem chamou "Família de Maria".
Um dos maiores santuários marianos da Polónia é o da Virgem Negra, em Czestochowa. E foi também onde se realizou mais uma das muitas convenções da Família de Maria. Aquando da tomada de palavra por parte de Rydzyk, este, ladeado de inúmeros monges peregrinos ao santuário, destaca um Irmão africano, de cor negra, com uma frase que provocou os aplausos de toda a Família de Maria ali presente, que denota bem os seus sentimentos altruístas:
"Vejam, um negro. [O homem] nunca se lavou!"
O entusiasmo da multidão a aplaudir estas palavras denota bem o quanto a Igreja e seus seguidores podem não ser aquilo que deles esperamos. A maior ironia de todas - o Santuário da Virgem Negra, local de culto geral, mas em particular para a "Família de Maria", tem esse nome porque a estátua da Virgem, que representa as supostas aparições que ali se registaram é... Negra!
Rica família, ò Sr. Padre!
PS: Notícia descoberta num cantinho do Courrier Internacional. Cada vez gosto mais desta revista.
Este blog está cada vez mais pecaminoso. Comparado às figueiras do inferno
ResponderEliminareu percebi bem???? o padre tentou fazer uma piada com o facto de uma pessoa ser negra? ainda acho que devo ter percebido mal. ou talvez não...
ResponderEliminarCirrus, por estas e por outras a igreja se afasta cada vez mais das pessoas. Grandes exemplos...
ResponderEliminarUi! Não terás exagerado na quantidade de petróleo?!... assim ainda pegas fogo é ao figueiral em vez de ser só a uma figueira :D
ResponderEliminarOlha parece que quem percebe alguma coisa de figueiras é o Dylan... será botânico?! ;)
ResponderEliminarAinda vos hei-de ver todos excomungados!!!
ResponderEliminarBEATO, e quem é que nos excomunga?!!...
ResponderEliminarO socrinhas agora não pode, com esta coisa das elections e tal, mas deixem que ele logo encarrega algum beato de vos tratar da saúde.
ResponderEliminarUps! Saúde é no post acima :-)
Beato, com petróleo à mistura!
ResponderEliminarAnne, não é piada. Esta "Família de Maria" há muito que está conotada com os sectores mais retrógrado e conservadores da extrema direita polaca.
ResponderEliminarFrancisco, e penso que o que tu dizes é muito mais importante que parece à primeira vista. Normalmente, é dito que são as pessoas que estão a afastar-se da Igreja...
ResponderEliminarPronúncia, o mito bíblico anuncia a figueira como a árvore em que Judas se enforcou. Será por acaso que ultimamente se tem falado tanto dela??
ResponderEliminarO Dylan não deve ser botânico, digo eu... Mas deve perceber de extractos de plantas...
A excomunhão é assunto sério! E mais, penso que não devia ter dito que toda a Igreja é assim, porque não é verdade. Mas que há uma grande parte dela com este tipo de preconceito, isso há.
ResponderEliminarPodem excomungar à vontade. Não é isso que me impedirá de dormir à noite.
Num meio-dia de fim de primavera
ResponderEliminarTive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo...
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.
Alberto Caeiro
Ah, coisa bonita. O Caeiro era o mais simples dos heterónimos. Que bela lembrança!
ResponderEliminarRose, vieram-me as lágrimas aos olhos. Que coisa linda nos brindaste aqui. Bem hajas
ResponderEliminarBem, até me mete impressão o facto de este tipo de comentários existirem, principalmente num meio que se diz de aceitação e amor pelo próprio. eu sei que nem todos os religiosos são fanáticos ou maldosos, mas este tipo de atitudes, aliadas a outros fanatismos (como dizer que os homossexuais vão para o inferno ou que pessoas de diferentes religiões são infiéis) só reforça a minha ideia de não conseguir definir uma religião para mim. já tentei procurar uma que fosse de encontro áquilo que vejo da vida. até agora o mais próximo que encontrei foi o budismo e o taoismo.
ResponderEliminarAnne, independentemente da fé de cada um, daquilo em que acredita, devemos tentar desligar-nos completamente de religiões. Ninguém precisa de religiões para acreditar seja no que for. Mais, ninguém precisa seja de que religião for para ser boa pessoa. Isto esquece-se com muita frequência.
ResponderEliminarLembra-te que não foram os deuses que inventaram a religião, foram os homens.
concordo contigo. :)
ResponderEliminaralias uma professora minha, numa conversa que estávamos a ter sobre crenças, perguntou-me em que é que acreditava. se era religiosa. eu disse que fui criada como catolica mas neste momento não tinha religião nem acredito no "deus" da bíblia mas sim na natureza, na ciência, na ordem das coisas, no universo. ela disse-me que pessoas inteligentes não precisam de acreditar em nenhum deus, mas sim nelas próprias para fazer o que é certo ou errado.
não forço a procura de uma religião, mas há coisas no budismo, p.e., que para mim fazem sentido.
mas como é normal, não me limito a seguir um conjunto de regras impostas por alguém mas naquilo que eu sinto ser melhor para mim.
Anne,
ResponderEliminarPor favor, procura a Cientologia...
Dylan* aqsem ofensa, nao me parece que tenha algo a ver comigo. ok não sei a fundo a sua visão para a vida mas a partir do momento em que defendem que esquizofrénicos ou bipolares são assim por causa dos tratamentos que lhes dão, que são contra qualquer medicamento até, que defendem que a psicologia é um engodo e uma farsa, não me parece que vá concordar muito com eles.
ResponderEliminarmas é verdade que não conheço mt, só por o pouco que me vai chegando de vários lados.
mas nao penses que é por ser ciantologia ou catolicismo ou judaísmo. acho que não me adaptaria nunca por completo a uma religião. mas tb acabo por não precisar. sinto-me bem com as minhas crenças. :)
ResponderEliminarAnne,
ResponderEliminarOlha que comer um cordão umbilical deve ser mesmo bom...!
AHAHAHAHAHAHAHHA!
Dylan* Não percebi?! desculpa lá a minha lentidão. :)
ResponderEliminarCientologia é mais uma daquelas larachas...
ResponderEliminarAnne,
ResponderEliminaré sobre isto:
http://hugobbezerra.spaces.live.com/blog/cns!CC25BBEB4B0916CC!1192.entry
muito.... ahhhhhhh esclarecedor. definitivamente não é para mim... :)
ResponderEliminarNão, também não me pareceu...
ResponderEliminar;D
Cirrus:não sabia desta...Obrigada por me mostrar o que eu já sabia da Igrja, dita, católica. É que eu virei "negra" ,desde que me divorciei, em 83/4...
ResponderEliminarBEIJO AMIGO DE LUSIBERO
Maria, falhei algo no post. Nem todas as pessoas da Igreja são assim. Mas esta "Família de Maria", da qual se vêem muitos membros em Fátima, são fanáticos religiosos e, note-se, fanáticos políticos também.
ResponderEliminarAssim tipo iurd, fanáticos, acima de tudo, por dinheiro?
ResponderEliminarPor falar em dinheirito...oh deus, que tenho que ir pôr 50 Euros na Caixa....
ABRAÇO DE LUSIBERO
Nota: estou muito grata pelo seu selo;tem um sabor muito especial, vindo de si! Mas não era o Cirrus que não aceitava Selos?Ou confundi com alguém?
ABRAÇO amigo
Não, Maria, quem não aceita selos é o Francisco. Eu aceito-os se achar que mereço a confiança da pessoa que oferece - e vice-versa, claro. Lembro-me que já aceitei dois seus.
ResponderEliminarAliás, o Francisco aceita o selo, mas não o expõe. Parece-me ser mais isso.
ResponderEliminar