sexta-feira, 9 de outubro de 2009

BIBLIOTECA VIRTUAL

Imagem Google

Estamos a entrar em nova fase de reflexão. É concedido um dia para reflectirmos sobre as três eleições que tomarão forma no Domingo. Sim, três: Câmaras e Assembleias Municipais e Juntas de Freguesia. E eu vou reflectir. Desta feita, não vou votar em branco.
Vem isto a propósito do autêntico massacre que nos é dirigido pelos partidos e movimentos políticos nestes dias. São os comícios em altos berros nos parques das cidades e vilas, que deveriam ser espaços para contemplação e descanso, são os atafulhamentos das nossas caixas de correio (até o folheto do Continente já me parece uma bênção), são as caravanas intermináveis que entopem as ruas já de si caóticas... Enfim, amanhã há descanso.

Mas os que mais me enoja são as inaugurações. Inaugurar uma obra dois dias antes de uma eleição autárquica é, no mínimo, questionável. Andam eles por aí, os presidentes das Câmaras e Juntas deste país a correr num lufa-lufa incansável de inauguração em inauguração. Assim se faz em todo o lado, é uma maneira fácil de fazer campanha, uma vez que as obras, normalmente, teriam de se fazer de qualquer maneira. Mas guardam-se, obviamente, para os votos.

Espinho não é excepção. A obra que desde 2004 se tornou mais prioritária para a cidade, segundo os seus habitantes, foi finalmente inaugurada... a dois dias das eleições, pois claro! José Mota, o Presidente da Câmara, é uma daqueles dinossauros autárquicos que demoram a extinguir-se com os impactos dos asteróides políticos e, mais uma vez, agarra-se ao seu pequeno feudo com unhas e dentes. Eu até já votei neste homem, não é por aí que julgo os políticos. Mas talvez fosse tempo de, sei lá, laurear a pevide e deixar a Câmara para gente mais nova (pelo menos no cargo).

Foi então o José Mota inaugurar a nova Biblioteca Municipal de Espinho, com toda a pompa, mas, depois da inauguração, verificou-se, uma vez dentro do edifício, na falta de alguma coisa. As pessoas andavam por ali e sentiam que algo não estava bem. Não era que fosse algo de importante, pois a obra é de "arquitecto", agradável à vista e com acessos aos deficientes e tudo. Não, não era coisa sensível, era apenas uma espécie de impressão de que faltava alguma coisa. Também não foram os discursos da praxe nem o croquete servido em bandeja nem a falta de café e sumos... Então o que faltava, porra???

OS LIVROS????

Então inaugura-se uma biblioteca e não há livros... Óptima ideia, não vá para lá alguém entreter-se no futuro e ler! Cada um que leia em sua casa! Eu até penso que podemos seguir esta ideia em muitos mais sítios e situações. Sei lá, abrir um restaurante sem comida, comprar um submarino para a guerra do Afeganistão, ter um televisor onde só se captem estações de rádio, inaugurar autoestradas onde seja proibido andar de carro, ou talvez até, quem sabe, fazer viagens de avião por estrada! Livros numa biblioteca é coisa que José Mota acha mal e antiquado, e faz muito bem!! As Bibliotecas foram feitas para serem inauguradas e não para conter livros a coleccionar pó - é anti-higiénico!

29 comentários:

  1. Não é caso único.
    Conheço uma biblioteca que foi inaugurada esta semana EXACTAMENTE nas mesmas circunstâncias... sem livros!
    Estará na moda?!
    Mas pior que inaugurar uma biblioteca sem livros, é inaugurar um instituto em obras, e que continua em obras... parece que inauguraram a fachada principal e um auditório!
    Só visto, que contado poucos acreditam!

    Mas se fosse só isso, até dava de barato (apesar de me torcer toda), tenho ouvido cada estória de campanhas autárquicas que não lembram ao diabo... é nestas alturas que me apetecia mandar a ética profissional às favas e "meter a boca no trombone". Mas não pode ser.

    Dinossauros?! Em Espinho?! E em Braga, Cirrus?!!! Isto já não é um feudo, é um Parque Jurássico... e pelos vistos o povão gosta e não me admirava nada que ele ganhasse outra vez! Com o meu voto é que não vai ser (nunca foi).

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  2. Esqueci-me de subscrever os comentários... este é só para isso!
    AHAHAHAHAHAHAHA

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  3. A nossa deliciosa classe politica, ou as bestas do costume. Sabe lá ele o que é um livro

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  4. É a biblioteca do Kindle!

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  5. Eu acho que é a biblioteca do Kinder!

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  6. faz-me lembrar uma hitória do tio patinhas que, em competição com o patacôncio decidiu construir uma biblioteca, a fim de receber benefícios fiscais. :)

    construíram duas grandes bibliotecas, ornamentadas e bem decoradas mas esqueceram-se do mais importante... livros. :)

    ahahahah

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  7. Cirrus,

    Pudera, o José Mota é o treinador de futebol do Leixões! Não serve para político...

    AHAHAHAHAH!

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  8. Bibliotecas com livros são absolutamente overrated! Pfff.... :P (Não vou poder ir votar:S Não dá mesmo para subir ao norte de Portugal este fim de semana, onde tenho o prazer de estar recenseada. Triste, não é? Maybe not:X)*

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  9. Pronúncia, Braga não é pior que muitos outros Parques Jurássicos deste país. Acontece simplesmente morares aí. Espinho, Felgueiras, Maia, Poiares, Aveiro, Vila do Conde, enfim... É só escolher...

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  10. Forte, até sabe! Eu conheço o José Mota pessoalmente e o homem desenrasca-se bem, não é um bruto como alguns destes dinossauros. Mas a política fala mais alto, ou melhor, o poder...

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  11. Rose, é capaz de ser um incentivo comercial ao Kindle... Vamos a ver e não passa de publicidade...

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  12. Ana, por acaso, será mesmo, pois tem as secções para crianças completamente separadas doas dos adultos... Devem ter desenhos nas paredes ou assim... é que estantes nem vê-las!

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  13. Anne, é a realidade a aproximar-se da ficção...

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  14. Dylan, embora não sendo a mesma pessoa, cada um deles é competente naquilo que faz: um a treinar artes marciais e o outro a ganhar eleições.

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  15. ADEK, se tu o dizes... deve mesmo ser tendência da moda! ;D

    Mas o que andas a fazer para te impedir de voltares a Portugal??

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  16. Cirrus, eu estou em Portugal:P Não estou é no Norte, estou na capital:) E está a decorrer um Congresso de Reumatologia, pelo que tenho que ficar por cá e assistir ao dito cujo:P Beijinho!*

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  17. ADEK, foi só uma "boca" maldosa...

    ;)

    Há quem diga que Portugal fica entre Douro e Liz...

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  18. Os livros fazem mal à vista. Logo, sabendo a desgraça que é a segurança social, o senhor só está a zelar pela saúde e pela carteira dos munícipes.
    Ao contrário das letras impressas nos livros, uma biblioteca ainda é uma obra que se veja, bem à distância e sem óculos.

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  19. Kristo, bem vindo ao estaminé.

    Também penso que pode ser uma visão válida, sim senhor!

    Volte sempre!

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  20. Acho que não estão a ver o lado pedagógico e inovador da coisa. Como morador de uma ilustre freguesia espinhense – Paramos City – tenho legitimidade para afirmar que conheço minimamente o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Espinho, ou melhor, ex-presidente, e o facto é que esse senhor de burro não tem nada e enganem-se aqueles que julgam que a data da inauguração da nova biblioteca foi escrupulosamente escolhida como opção estratégica para fazer campanha político-partidária, ou coisa do género, nada disso, foi mera coincidência. Senão vejamos, quem não se lembra dos tempos de escola, passados nos 1º e 2º ciclos, aquela altura em que tínhamos de andar com mochilas enormes, quase tão grandes como nós, que suportavam aquela quantidade de livros imensa, que chagavam a pesar 15, 17, 20 Kg, quase tanto como o nosso peso médio para a altura, pois eu lembro-me desses tempos traumatizantes, quase tão traumatizantes como as memórias da II Guerra Mundial e lembro-me daquela arma de destruição massiva de costas e omoplatas, esses tais de Livros. Pois bem, o Sr. Mota também se lembra, não que ele tenha suportado esse massacre, porque segundo consta, na geração dele ainda não proliferavam essas quantidades abusivas de livros com o intuito de encher os cus das Editoras, mas mesmo assim, esse Senhor que sempre se importou com as necessidades dos seus munícipes, sempre esteve solidário com o massacre a que eu e outros de outras gerações estivemos sujeitos, por causa desses tais de Livros.
    Como forma de contrariar esta tendência de capitalismo editorial disfarçado de pedagogia, o Sr. Mota tentou mudar o paradigma das mentalidades locais e inaugurou a primeira biblioteca sem livros na cidade de Espinho, mas parece que a ideia não agradou aos populares que não hesitaram em tirá-lo do poder nas passadas eleições. Retrógrados…
    A biblioteca até integra espaços polivalentes para actividades de animação, colóquios e exposições, e pelos vistos também tem computadores ligados à internet, logo, a pergunta que eu faço é: Qual é a necessidade dos livros? Deixem-se de coisas, isso faz parte do passado, essa moda está em desuso. Livros?! Então mas há necessidade disso quando a Ciência e o saber estão à distância de um simples clique? Só mesmo uma pessoa evoluída como o Sr. Mota para perceber que os livros fazem parte do passado, muito mais numa biblioteca.

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  21. EHEHEH!!!!

    Detecto aí uma pontinha de satisfação pela derrota do Sr.Mota?

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  22. Satisfeito pela derrota do Mota? Não... A expressão mais correcta é: contente pela renovação ;)

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  23. Olha que ele ainda te roça na família...

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  24. E o que é que isso interessa? Ora vê se ele arranjou maneira de legalizar os terrenos da praia de Paramos. Para todos os efeitos a minha casa está ao mesmo nível que as prostitutas Brasileiras, ou até mesmo as vendedoras de cachorros Ucranianas, são todas ilegais e ponto final. A única diferença é que as prostitutas e as vendedoras não pagam impostos e eu ainda pago contribuição autárquica todos os anos ;)

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  25. Tu não pagas nada, deixa-te lá disso!!

    Vendedoras de cachorros ucranianas é coisa que nem em sonhos me ocorreu...

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  26. Por acaso até pago. Se quiseres passa lá em casa no fim-de-semana que eu mostro-te ;)

    Quando sentires nostalgia de Esmoriz convido-te a dar uma saltada na rulote que está situada em frente ao Estádio e aí vais poder comprovar que afinal elas não existem só nos sonhos. Mas a cebola queimada de Kiev até nem é nada má. O Nicolau está está a ser vítima da globalização, coitado.

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  27. Mas sabes, prefiro uma biblioteca sem livros a um estádio sem pessoas. Parece que o novíssimo estádio Municipal de Aveiro vai ser implodido. Decisão do presidente Aveirense, que não está disposto a desembolsar todas as semanas cerca de 50.000 euros com as despesas do estádio. O Euro 2004já acabou por isso o estádio só está mesmo a ocupar espaço e a consumir o dinheiro dos contribuientes, por isso, acho bem que façam uma limpeza, e já agora aproveitem e façam o mesmo ao estádio do Dragão. Certamente que o Presidente Aveirense e a sua equipa devem estar a pensar "Fogo, valeu a pena. O saldo do Euro foi positivo e o estudo da viabilidade do projecto foi um sucesso..." E estão tantas pessoas competentes no desemprego, enfim...

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  28. Não, não pagas. Acredito que outros paguem na tua casa, mas tu não pagas de certeza!

    O Estádio vai ser implodido? Disso não sabia, mas é bem feito! Está lá o Mário Duarte às moscas e serve bem para um clube de 2ªdivisão!

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  29. Nunca me dará nostalgia de Esmoriz... Isso é um mito urbano!

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