domingo, 9 de maio de 2010

AO MAR, AO MAR!


O presidente anda por aí, desdobra-se em visitas, em roteiros e sabe Rá quantas mais maneiras de se fazer notado e marcar alguma diferença, além do costumado gastar de mais uns dinheiritos. O presidente está gágá sem Lady. Não sei se alguém mais reparou, mas o outrora homem do leme não diz coisa com coisa, já ninguém o entende muito bem e ninguém sabe muito bem quando lhe deu a trombose, mas deve ter sido há já um par de anos.
Agora deu-lhe para ir visitar as praias. Azar do catano, levou com um temporal daqueles à antiga ali pelos lados da Nazaré. Eu sinceramente não consigo já entender muito bem o que o homem diz, mas agora há tradutores nos computadores e depois eu passo as imagens e o computador lá vai escrevendo o que o presidente disse. Mas isto nem sempre resulta, e desta vez não resultou mesmo. Isto porque o resultado do computador para as palavras ditas pelo presidente não pode estar certo.
O computador diz-me que o presidente disse que o maior recurso de Portugal é o mar. Por mim, até acredito nesta parte. O mar sempre foi uma fonte de rendimento para a população portuguesa. Mas depois disse que é preciso potenciar a pesca, e que os pescadores tẽm uma profissão de altíssimo risco e são muito mal pagos por isso. Ora aqui está a afirmação que eu penso que o presidente não deve ter dito, o computador é que a inventou. Mas como eu não consigo perceber o que ele diz, já estou por tudo e peço a ajuda de alguma alminha caridosa, nem que seja daquelas voluntárias de apoio ao Papa, que vão ganhar 17,5€ para agitar a bandeirinha, dinheiro esse pago pela não-organização.
A razão pela qual eu não acredito que o presidente disse isto é simples: o homem que mandou abater quase toda a nossa frota pesqueira em troca de alguns milhões para os amigos, vem agora falar de pescas e de pescadores? O homem que ordenou cargas policiais sobre os pescadores em manifestação vem agora dizer que ganham pouco? E alguma vergonha na cara, presidente? Não lhe ficava igualmente bem, digo eu? Ou pensa, por acaso, que a minha memória é tão curtinha como a visão dos que votaram em si, presidente?

PS: Imagem Google

4 comentários:

  1. Confesso: eu votei no "amigo" Cavaco. Votei, provavelmente, porque não estava por estas terras na altura em que ele governava; mas, convenhamos, os adversários do homem nas últimas eleições presidenciais não eram melhores opções...
    Nas próximas já não levará o meu insignificante "X" e pode ser que outros sigam o meu exemplo.

    Já agora, Tool? Muito bom!!!

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  2. Há anos que eu digo que não sabemos a riqueza que temos no nosso mar.
    Há anos que eu digo que desbaratamos a nossa pequena frota, em troca de uns míseros subsídios.
    Há anos que eu digo que cada vez que Portugal se vê enrascado é para fora dele que se vira para arranjar soluções... e o mar nunca nos deixou ficar mal!

    Sim, é verdade, este foi um dos senhores que virou costas ao mar e agora anda para aí a apelar ao que é óbvio, só políticos não conseguem ver...

    Não, não votei nele... nas presidenciais o meu voto foi mais um voto imaculado!

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  3. Cat, a memória de muitos é curta, mas eu vivi o Cavaquistão e vi o início do tachismo.

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  4. Pronúncia, então também te lembras. Mas os portugueses são mesmo assim, com memória curtinha.

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