Pois é, é possível que já ninguém goste dele. É possível que já não esteja na moda. Depois dos grandes êxitos dos anos noventa do século passado, Pedro Abrunhosa atravessou um período de pouca criatividade. Se calhar, ainda está a atravessá-lo. A faixa "Fazer o que ainda não foi feito" não é sequer muito original. É um registo numa onda já vista, mesmo por cá, por Portugal. E nem sequer é dos artistas que me faz perder a cabeça, nem nunca foi.
Mas que sabe bem ouvir esta faixa, lá isso sabe. Num país com poucos talentos musicais deste calibre, admiro-me às vezes o abandono a que estas pessoas são votadas por não estarem na moda ou no alinhamento de um qualquer festival de verão que importa pimbas anglo-saxónicos à tonelada...
PS: Imagem Google
Não sei se é um bom intérprete, mas sempre o considerei um musico fantástico!
ResponderEliminarSaevium
"E nem sequer é dos artistas que me faz perder a cabeça..."
ResponderEliminarUi, Cirrus, estaria preocupado se fosse!...
Cirrus, bom dia!
ResponderEliminarO primeiro álbum do Abrunhosa & Bandemónio foi uma "pedrada no charco", tinha uma sonoridade e letras muito bem feitas e conquistou muitos adeptos. Tenho ali o álbum na colecção porque o mesmo acompanhou-me em algumas aventuras. Depois o rapaz perdeu-se na mesmice e foi-se apagando.
Ainda não ouvi o novo álbum mas pelo menos esta é melhor do que aquela do "eu estou aqui (x1000)"
é quanto a mim um grande compositor e tem letras lindas, de tirar o fôlego mesmo.
ResponderEliminarNunca consegui gostar deste tipo, nem ouvir uma música inteira que fosse.
ResponderEliminarMas também não é o meu género.
Liliana, este registo mais rock, como dizes, é também mais a minha onda. Mas nunca neguei que o homem é um talento ao nível da composição. É precisamente a sua excentricidade que me afasta um pouco da sua discografia.
ResponderEliminarVenus, também duvido da sua voz. Não é nenhum portento. Mas a música...
ResponderEliminarDylan, não é de facto. Mas não seria caso para te preocupares se fosse... Digo eu.
ResponderEliminarCatsone, esse primeiro álbum era bastante original para a época. Não era o estilo que eu gosto, mas era fresco. Este álbum parece-me sólido, sem grandes artifícios e sem grandes mesmices ou paneleirices.
ResponderEliminarMenina Ção, para mim, o seu ponto forte é de facto a composição. Tem letras interessantes, mas outras são muito repetitivas e lamechas sem sentido. Parece-me que este álbum não cai nessa categoria.
ResponderEliminarSandra, gostos não se discutem. Mas ouvir esta faixa até ao fim não deve ser sacrifício.
ResponderEliminarDele tenho o "Viagens" e gosto de algumas das músicas.
ResponderEliminarDigo muitas vezes que a minha vida tem banda sonora e uma ou outra dessas músicas fazem parte dessa banda sonora... lembram-me uma das noites noites divertidas da minha vida, na Real Feytoria e no Academia no Porto, antes de partir para Lisboa para ir ao concerto dos Pink Floyd (nessa altura o que estava a dar era mesmo o Pedro Abrunhosa).
Também me lembro perfeitamente da primeira vez que ouvi a faixa "É preciso ter calma... não dar o corpo pela alma". Estava a passar a recta de Britiandos (Pte de Lima) já atrasadíssima para um jantar a que queria muito ir, havia uma inundação, a água quase me chegava às portas do carro e eu a pensar raios e coriscos por ter que ir para trás até Darque para conseguir chegar a Braga. No meio de toda a minha irritação na rádio começou a dar essa música... nem de propósito!
Sobre esta última música... ouve-se!
Acima de tudo, penso que o homem é um excelente compositor.
Bom fim de semana :)
Pronúncia, penso que esse álbum terá apanhado uma parte importante das nossas vidas, e a nossa geração tem de facto boas recordações dessa altura.
ResponderEliminarUm grande compositor, com toda a certeza. E a ousadia de lançar um álbum novo arrojado, mesmo sabendo que não está na moda.