Há algo que me faz espécie. E esta expressão é o cúmulo da indefinição, já que fazer espécie não é coisa que se entenda. Segundo os escritos antigos, o único que fez espécie foi Jeová. É, portanto, uma declaração religiosa que retiro de imediato. Ok, não me faz espécie. Faz-me cócegas no cérebro. Sim, tomo banho. Não é no couro cabeludo, porra, é por dentro! Sei lá se é cera infiltrada! Espero que não...
Ora, se os países europeus devem, se os EUA também devem, a Rússia e o Canadá devem... Isto é que foi uma transição, hein? Parecia aqueles DJ que passam do Elvis para os Nine Inch Nails sem pestanejar... Olha, NIN... Vou pôr a tocar!... Escrevia eu que se eles devem, devem dever a alguém... Está bem, foi o que se arranjou, já sei que é um português estranho dever dever a alguém...Raça dos putos!... Ora, a quem devem estes países? À China e à Índia, pensei eu de imediato. Talvez também ao Brasil e ao México. As chamadas economias emergentes, aquelas que dão entrada no Hospital pela porta das traseiras. Na outra ao lado, aí é a morgue, ò amigo!
Eis senão quando (outra expressão que não diz ponta de um corno), soube que a Índia, a China, o Brasil, o México... também devem. Então os desenvolvidos devem, os emergentes também devem... Mas devem a quem?? Será que devem à Somália e os gajos agora andam a piratear barcos para cobrar juros? Não, rebuscado demais. Andei para aqui nesta questão segundos sem fim, apelando a todas as minhas conhecidas capacidades no campo das teorias da transpiração e nada. Não me sai nada. A única conclusão que tiro é que todos os países devem. Mas devem a quem??? Se muitos devem, devia haver alguns a quem devem. Mas não há. Portanto, para aqueles que não admitem teorias da transpiração, da respiração, da distribuição ou até teorias da excitação, pensem bem nisto... É que os governos dos países soberanos deste Mundo devem, não se sabe bem a quem. Mas devem. E quem deve paga. E se não paga com juros, pois isso do dinheiro não anda para aí a fazer-se todos os dias, pagam de qualquer outra forma. Não quero puxar para aqui teorias de Bilderbergs e coisas do género. Por falar nisso, o mais recente companheiro de viagem de Balsemão foi Passos Coelho. Mas isto já é teoria da contramão...
Por falar nisso, a agência de rating Moody's baixou mais dois níveis a classificação da dívida externa portuguesa. Alegam que as medidas para fazer face ao aumento da dívida externa vão diminuir o crescimento. Há dois meses, para estes senhores, as medidas para estimular o crescimento faziam aumentar a dívida. Alguém se importa de levar uma maleta de euros a NY e pagar logo quatro ou cinco níveis? Como? Sim, claro, uma mala de viagem , Ok... Estava a falar com o senhor da Moody's... Até cheguei a pensar que esses ratings não eram pagos, porra...
Imagem Google
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os países devem a quem fabrica o dinheiro e os distribui aos ditos governos em troca de títulos, com juros absurdos.
ResponderEliminara dívida excederá sempre o dinheiro existente em todo o mundo, o próprio sistema económico mundial assenta neste argumento, o que indica que nunca um país poderá realmente deixar de dever aos bancos mundiais.
exemplos disso são a reserva federal americana e o banco central europeu. eles é que decidem o calor do dinheiro e que juros cobrar, eles é que fornecem o capital a todos os países do mundo e cobrando juros à partida, o sistema cai numa espiral vertiginosa, de onde nunca será possível sair.
é por isso que desconfio e muito de bancos, seguradoras e todas essas empresas que controlam literalmente o mundo. não somos governados pelos nossos governos mas pelos interesses desses mesmos bancos.
*valor do dinheiro e não calor... :P
ResponderEliminarOra... mas não foram os governos que criaram o BIRD/BMundial, FMI, o BCE e mais o raio que os parta? Então porque é que agora não acabam simplesmente com esses chupistas? Como devem todos e devem.. ninguém se chateava.. e o mundo voltava a ser simples outra vez!
ResponderEliminarNão, pois não?... Bom, era só uma ideia :[
Anne, penso que tens razão em que caímos numa espiral perigosa da qual é impossível sair nesta altura. Não me parece que a culpa seja de quem emite moeda. Penso que o problema é bem mais vasto.
ResponderEliminarSara, pois foram, lá isso é bem verdade. Como disse à Ana, penso que o problema é mais profundo que o nível dos Bancos. Muito mais. mas não quero ser acusado de maluco das conspirações.
ResponderEliminarNo Peribram, encontras a definição e já não ficas indefinido (apesar de continuares com cócegas no cérebro), reza assim:
ResponderEliminarfazer espécie (a alguém): causar incómodo ou estranheza.
No fundo tudo se resume a contas de merceeiro, todos devem, sendo que alguns também sou credores. O problema é que, ao contrário do merceeiro, parece-me que estes senhores não têm o famoso livrinho do deve e haver, onde de um lado se apontava o débito e do outro o crédito e na terceira coluna a diferença entre eles, ou seja, se fosse negativa estava falido, se fosse positiva "porreiro pá" que havia dinheiro uns trocos para devaneios. Ou seja estes senhores esqueceram-se todos de fazer as contas da terceira coluna.
Resultado, continuaram com os devaneios, e parece-me que se chegou a uma altura em que se deve muito mais do que aquilo de que se é credor.
O que fazem? "Vendem" aquilo que não têm, mas que contam ter no futuro... deve ser a isso que se chama "hipotecar o futuro".
No fundo, é aquela analogia, que circulou por aí há uns tempos, da "tasca do Ti Jaquim que vende vinho aos pinguços" para explicar a crise aos totós (como eu), sem grandes termos técnicos e que dá bem a ideia do que se passa.
Agências de rating?! Pois... isso dava pano para mangas e cabe bem nas teorias todas que arranjaste e que, no fundo no fundo, se pensares bem, se resumem todas a uma só (e não, não estou a falar da de Biderbergs)...
Há para aí erros em cima, mas não me apetece corrigi-los, estou estourada e a minha cama, como dizem os NIN aí em cima, está "calling me".
ResponderEliminarPronúncia, bem sei que o significado corrente é esse, mas hoje apeteceu-me ir ao fundo das expressões. E, de facto, fazer espécie não faz sentido algum.
ResponderEliminarEu penso que ou andamos todos, em todo o mundo, com devaneios ou então algo mais se passa. E tu sabes, tão bem como eu, que esta coisa da dívida global está longe de ser explicada apenas pelos gastos. Não podemos esquecer que se alguém gastou, alguém recebeu... Se toda a gente deve, onde está o dinheiro? Lamento, mas não posso concordar com coisas tão simples. É virtualmente impossível explicar uma dívida global, da qual todos são devedores e ninguém é credor. Claro que seria mais simples se encontrássemos o ou os credores. Mas porque será que ninguém os conhece. Não seriam, porventura e nos dias de hoje, as mais importantes pessoas do mundo? Porque ninguém sabe quem são?...
Lá está a tal teoria da restauração...
posso estar enganada mas sempre tive a noção de que os bancos centrais não foram criados por governos, mas sim por empresários/bancários com o apoio dos governos, o que não é bem a mesma coisa que serem criados por esses. criados pelos governos serviriam os interesses deles mas, no entanto, apenas servem os interesses privados daquele grupo restrito de topo que controla todo o mundo.
ResponderEliminar(sou fã das teorias da conspiração, pronto)
Anne, está mais de acordo com aquilo que penso sobre esta matéria.
ResponderEliminarCirrus, eu sei que sabes. Mas apeteceu-me "implicar" com o teu esmiuçar da expressão.
ResponderEliminarEm parte concordo contigo, mas também sabes que podes emprestar, alguém te fica a dever e nunca o vais receber de volta, nem o capital quanto mais os juros. Ou seja, és um credor falido.
Por outro lado, estás a afirmar algo que eu defendo há muito tempo. Quem detém realmente o poder?! O poder político ou o poder económico?! Eu acho que é o segundo, e não é de agora... há anos que defendo essa tese.
E depois vem a pergunta da praxe... quem são os rostos do poder económico?! Pois... "That's the million dollar question" (já que se está a falar de dinheiro esta encaixa aqui que nem uma luva).
Erraste... não era bem teoria da restauração ;)
Pronúncia, e será que conhecemos algum destes personagens? Ou conhecemos apenas os seus fantoches?
ResponderEliminarSó conheces os testas-de-ferro...
ResponderEliminarPois, exactamente. Que não deixam de ser os senhores do capital por serem testas de ferro. No fundo, o que penso é que os verdadeiros detentores não querem mais dinheiro. Querem outras coisas. Mas isto sou a divagar.
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