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Há muitos anos atrás, durante o governo de Guterres, o tempo dos pântanos políticos e dos acidentes de Entre-os-Rios, que tiveram como consequência prática a admissão de Coelho na Mota, conforme sentença lavrada em tribunal, a figura de Ana Gomes granjeou em Portugal enorme simpatia. Se bem me lembro, era uma das caras que tratavam, a nível internacional, do problema de Timor Leste. Domínio, aliás, em que se destacou também Guterres, com uma posição contrária àquilo que tinha cá em Portugal, a de eterno dialogante, na União Europeia, em que foi absolutamente inflexível. Se não sabem da história, eu depois conto.
Ana Gomes parecia ser a mais correcta dos novos políticos portugueses. Até ter surgido o caso Pedroso e Casa Pia, e de todo o país ter visto a reacção acanalhada dela e de outros deputados pela prisão de Pedroso (lembro Manuel Alegre, para quem a prisão de Pedroso era uma espécie de "golpe de Estado contra a Democracia") e a ainda mais aparvalhada recepção de Ana Gomes ao colega Pedroso no dia da sua libertação por motivos "técnicos". Comecei, nessa altura, a ter algumas reservas sobre a senhora.
Mas agora percebi tudo. Ana Gomes tem na sua carteira um frasquinho. Nesse frasco, traz sempre consigo uma poção química. E toma essa poção química quando tem necessidade. Sem poção, a eurodeputada socialista porta-se como a Menina Ana, defensora dos valores da justiça e da igualdade:
Mas, quando, mediante as dificuldades do dia-a-dia, é absolutamente necessário, toma a poção e torna-se a Dr.ª Gomes, temível animal político da ala neo-liberal e acérrima defensora do mais profundo capitalismo selvagem (mas penas por culpa do mesmo e dos "mercados" e sua pressão sobre Sócrates):
Atenção, ambas as posições tomadas no dia do anúncio do PM!! Perante este imenso exemplo de coerência política, de defesa dos ideais socialistas, há que rapidamente fazer a questão: De que vive esta gente? Quem lhes paga? Qual, então, a admiração? Nenhuma, realmente... De notar o "estoicamente"! Belíssima palavra! Em Portugal, de repente, surgiram muitos políticos de esquerda com tendência para pedir ao povo português que melhore a sua capacidade de martírio, como o imprestável Almeida Santos, que pensa que "O povo tem de sofrer as crises como o Governo as sofre!".
EU QUERO SOFRER A CRISE COMO O GOVERNO A SOFRE!!!!
Uma medida estrutural para acabar com a crise passa por contratar uma excelente equipa de psicólogos e psiquiatras que tratem da bipolaridade, tripolaridade, quadripolaridade e multipolaridade desta gente...
ResponderEliminarPronúncia, não é mais fácil despedi-los?
ResponderEliminarAté era. O problema é que os candidatos aos lugares dos despedidos sofrem da mesma enfermidade.
ResponderEliminarPronúncia, despeçam-se igualmente! Qual o problema??
ResponderEliminarDespedi-los é pouco... começa a dar-me vontade de lhes aplicar o tratamento do Catsone antes de os despedir... já não faço por menos!
ResponderEliminarBoa noite Eusébio.
ResponderEliminarPasso a desejar-te uma boa semana
Abraços
Boa noite Francisco,
ResponderEliminarIgualmente uma boa semana para ti!
Abraço
Coerência... Ah, não! Sobrevivência!
ResponderEliminarMalena, podia sobreviver à pala de outros...
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