sexta-feira, 28 de maio de 2010

O PRÓXIMO TREINADOR DO FÓCULPORTO

Era um dos deputados presente no almoço do PC (Presidente Corrupto*) com deputados portistas. Era ele e mais dois. Ou eram três? Nesta iniciativa que visou essencialmente imitar o jantar de Vieira com os deputados da Assembleia que são benfiquistas (prova-se que ser de um clube não é prova de idoneidade), PC teve o condão de retirar os deputados do seu local de trabalho (?) em horário de expediente.
Francisco Assis é um candidato natural ao cargo de treinador do Fóculporto: percebe pouco de futebol e sabe como lamber botas até à exaustão.

* - o único que o é comprovadamente, não quer dizer que seja o único;

PS: Foto Google

O REINCIDENTE

Pois é, é possível que já ninguém goste dele. É possível que já não esteja na moda. Depois dos grandes êxitos dos anos noventa do século passado, Pedro Abrunhosa atravessou um período de pouca criatividade. Se calhar, ainda está a atravessá-lo. A faixa "Fazer o que ainda não foi feito" não é sequer muito original. É um registo numa onda já vista, mesmo por cá, por Portugal. E nem sequer é dos artistas que me faz perder a cabeça, nem nunca foi.
Mas que sabe bem ouvir esta faixa, lá isso sabe. Num país com poucos talentos musicais deste calibre, admiro-me às vezes o abandono a que estas pessoas são votadas por não estarem na moda ou no alinhamento de um qualquer festival de verão que importa pimbas anglo-saxónicos à tonelada...

PS: Imagem Google

terça-feira, 25 de maio de 2010

GRAVE ERRO DE JULGAMENTO

Foi assim que Sarah Ferguson, anteriormente conhecida por Fergie, antes dos Black Eyed Peas terem aparecido, caracterizou a sua actuação no caso trazido a público pelo "News of the World". O caso é aquele em que ela solicita 500 mil libras (uma pequena grande fortuna) a um pseudo-empresário, afinal jornalista do referido jornal, por interceder junto do Príncipe André na facilitação de um processo negocial. A solicitação está gravada em vídeo.
Esta declaração foi feita durante a entrega do prémio instituído pela Variety International, uma organização de protecção à criança de âmbito mundial. A minha questão é simples: a que erro se refere ela? O seu trabalho com crianças é notório, julgo que inegável. A própria Variety a laureou. Mas qual é o erro a que ela se refere? Talvez que, se soubesse que era um jornalista, não teria pedido dinheiro? Ou teria pedido um pouco menos, já que o jornalista, provavelmente, teria menos para pagar? Ou talvez se refira ao erro de pedir dinheiro por uma coisa que não deve ser feita? Ou talvez entrar no tráfico de influências? Ou talvez apenas se referisse antes ao jornalista, talvez ele fosse a pessoa que teve o grave erro de julgamento?
Outra questão pertinente: porque será que um jornal se deu ao trabalho de montar esta operação? Será que já havia desconfianças deste comportamento por parte da ex-princesa? Ou será que houve algum empresário que pagou este tipo de favor e depois a denunciou ao jornal?
Mais uma: que consequências criminais se poderão tirar deste caso? Ou será mais um caso de um poderoso que escapa por o ser notoriamente? Será que há matéria criminal? Não se encaixa no perfil de tráfico de influências?
E ainda outra: será que os ingleses se vão dar sequer ao trabalho de considerar as imagens anti-constitucionais, como todas as provas de possíveis crimes políticos e de tráfico de influência o são em Portugal?
Lá como por cá...

Foto Google

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O REGRESSO

Ora cá estou, efectivamente, de regresso. A Portugal, não ao trabalho. Tenho 25 dias de férias e deles não abdico. Caso contrário, fico como os sul coreanos, um dos povos com menos férias gozadas do mundo. Curiosamente, um dos mais improdutivos do mundo também. O que dá que pensar...
Bem, seja como for, os que me conhecem minimamente sabem que esta coisa de férias é especial para mim. Normalmente, escolho os meus destinos com base numa série de regras bastante restritas, mas simples. Tenho de aprender alguma coisa, tenho de encontrar uma cultura diferente da nossa, tenho manter-me durante toda a duração da viagem em movimento, não posso ter restrições a mover-me por mim próprio, tenho de ir a lugares com o mínimo de interesse histórico.
Logo assim, um dos tipos de férias que evito a todo o custo são as costumeiras semanitas no Algarve (já cheguei a fazer uma dessas semanas sem pôr os pés na praia) ou as famosas semanas nos resorts de férias por esse mundo espalhados, como no México ou na República Dominicana. E sempre critiquei as pessoas que gastam o seu dinheiro para irem para esses locais fazerem esse tipo de férias. Penso que são incultos, comodistas, desinteressados, fúteis... E muitos deles apenas interessados em turismo sexual.
Sou mais de aventura cultural e onde houver um monumento para ver, lá estarei. Desde que a cultura que me rodeia seja minimamente diferente. O que quase sempre exclui a Europa. Como conheço muito bem o nosso próprio país, penso que conheço bem a nossa cultura. E o que conheço da Europa nunca me satisfez essa regra por inteiro. Por isso, atiro-me sem piedade aos resorteiros portugueses, que julgava gente de baixo nível cultural e fraco gosto.
Ora, para não andar aqui a falar sem realmente saber como são as pessoas que vão para um resort, resolvi (resolvemos) este ano ir para um desses famosos resorts com tudo pago e mais não sei o quê, em busca de uma semana de descanso e observação dos nossos resorteiros portugueses, do seu comportamento e desenvoltura. Levei As Marcas dos Deuses comigo, não fosse por algum motivo aborrecer-me e precisasse de algum estímulo intelectual. 
A realidade é que mudei radicalmente a minha posição sobre este tipo de férias e as pessoas que as fazem. Aquilo que eu julgava, nomeadamente a falta de nível cultural, sentido crítico fútil e descabido, interesse no turismo sexual, baixo conhecimento do mundo que está ali fora do resort e demais etcs, não são a verdadeira realidade. A verdadeira realidade não é, de facto, como eu a pintava por aí. É realmente muito pior do que julgava. As Marcas dos Deuses têm 567 páginas, e li quase 500. O ambiente num resort é absolutamente deprimente. Cruzámo-nos com muita gente "bem posta" na vida, muitos empresários e suas famílias (que ficam para trás à noite, depois do jantar), muita gente "bem", muito "empreiteiro" e afins.
As poucas pessoas com quem ligamos foi com membros da equipa de animação (animação em que sempre recusei participar, tal era a palhaçada), depois dos respectivos trabalhos, e com quem fiquei a conhecer alguma cultura do povo que se encontrava lá fora. E, inevitavelmente, lá fui lá para fora, à procura de algo de interesse. Não havia muito, de facto.
Episódios houve em que quase fiquei envergonhado por ser português, e logo eu, um amante intenso de Portugal, tal era a mesquinhez e tacanhez imensa presente nos nossos compatriotas que normalmente apenas fazem este tipo de férias. Claro, também apareceram uma ou duas excepções. No caso, o casal mais velho que ali se encontrava. Boas pessoas, que já viram muito mundo. Os mais novos discutiam incessantemente a qualidade dos cocktails, ou a cor das toalhas de mesa...

E eu que quase consegui ir uma semana para a Líbia... Lá para Setembro, quem sabe? Só sei que regressarei à aventura, não tenho estômago para novos-ricos...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

ANTES QUE VÁ DE FÉRIAS


E vou! E vou para fora do país. Por isso, antes de ir, queria deixar alguma coisa escrita, uma vez que não sei se para onde vou há net. Mas põe-se uma questão. Deixar o quê escrito? Sobre quê? Sobre as medidas de austeridade? Sobre as obras públicas? Sobre o quê?
É bem sabido que quando não encontro inspiração escrevo sobre o Papa. E o homem até está em Portugal e tudo. Portanto, terá de ser sobre o Papa. E escrever o quê, depois de tanta cobertura televisiva, tanto olho posto nesta visita? Bem, normalmente, apenas procuro as palavras ditas pelo personagem e as coisas correm bem. Há sempre motivo para clivar a minha posição face ao Papa.
Assim sendo, que posso eu relevar daquilo que já foi dito pelo senhor Ratzinger? A coisa até estava a correr bem, Bento XVI chegou a Portugal com um sorriso de orelha a orelha, pronto para colher os frutos de uma oportuna viagem a um país marcadamente católico, outrora responsável pela disseminação da palavra católica por todo o mundo. Os escândalos de pedofilia deixaram uma mossa intensa na Igreja e nada melhor que capitalizar numa casa que lhe é completamente (ou quase) fiel. Ainda antes de o Papa pôr os pés no país, já o cardeal Saraiva tinha mais uma tirada interessante, alegando que a Igreja deve tratar este problema como uma família, ou seja, lavar a roupa suja no seu interior e não na rua. Estranho sentido de justiça tem este homem de Deus. Na viagem de avião, Bento XVI terá afirmado que os inimigos da Igreja estão no seu interior, no que foi entendido como um acto de contrição, o reconhecimento de que os casos trazidos à baila pela comunicação social de todo o mundo não são uma conspiração, não são factos inventados, são uma realidade. O que só lhe ficou bem, digo eu. E estas palavras ainda mais importantes foram porque tiveram o condão de calar todas as vozes da Igreja que se levantaram a clamar por justiça, com tiradas mais ou menos ridículas, como as de Carreira das Neves ou do Secretário de Estado Bertonne.
Mas estas palavras podiam ser entendidas por todos e não apenas por estes ilustres da Igreja. Os próprios leigos, que se apressaram a apregoar a guerra santa à comunicação social e a quem falasse disto (sei bem do que estou a falar) podiam agora cair em si, consciencializar-se de que a Igreja não é infalível, longe disso, e que tem, efectivamente, pedófilos no seu seio. E pessoas que protegeram os seus actos hediondos e profundamente nojentos. Porque, de facto, quando se votou para a despenalização do aborto, quando se legislou sobre o casamento de pessoas do mesmo sexo, as organizações católicas, que adoptaram nomes sugestivos ligados ao direito à vida, e à protecção dos valores da família e à protecção dos menores, saíram às ruas em autênticas cascatas de protestos, chegando a haver abaixo-assinados para impedir as leis de entrarem em vigor. Onde estais agora, seus ratos? Não dais a vossa cara para defender as crianças que ao longo de décadas sofreram nas mãos dos vossos pedófilos padres? Deixaram, por acaso, as crianças de terem direitos? Será a pedofilia um valor familiar? Onde estais, quando sois mais precisos?
Onde estão os vossos ataques homófobos e racistas, que lançastes a todos aqueles que defendem a igualdade de direitos entre iguais?
Gostaria do meu pedido de desculpas!
O Papa já borrou a pintura, obviamente. Tinha de falar, pois é mais forte que ele, nestas duas Leis, no discurso que fez na nova igreja de Fátima. Duas Leis de um país laico, aprovadas pelo seu povo e parlamento. Não foi incisivo, é certo. Sabe que não pode correr riscos. Falou essencialmente para os alienados da sua Igreja, cujo modelo de valores de família levou o mundo para onde ele está. O Papa diz que o mundo vive no Relativismo, que já não tem valores absolutos. É verdade. Nem todos os valores deste mundo são absolutos e nem sequer bons. Mas a fuga do Absolutismo apraz a alma humana. Foi para isso que lutamos como espécie. É isso que eu espero venha a acontecer nos países com ditaduras religiosas, principalmente no Islão. Esses também hão-de ver a grandiosidade do Homem no seu esplendor, errando, progredindo e morrendo, mas vivendo livre das grilhetas da religião cujas marcas nos pulsos tardam a desaparecer.
O Papa tem razão, vivemos no relativismo, tudo é relativo. Até os valores da Igreja, afinal. Servem para defender embriões resultantes de violações, para proibir (ou desejar proibir) o casamento livre entre duas pessoas do mesmo sexo, mas já não serve para defender os horrendos ataques à integridade física, psíquica e sexual das crianças abusadas pelos padres católicos (não todos, obviamente). Tudo é relativo. Os valores das pessoas ligadas a estes grupos religiosos, afinal, só servem para os outros. Para eles mesmos, já não servem.
Mas lembrem-se, vocês que acreditam na religião, que no próprio livro que veneram, aparece um personagem que acusa os fariseus de verem o argueiro no olho do vizinho, mas não enxergarem a trave que trazem dentro do seu próprio olho. São o que vocês são: fariseus!

PS: Imagem Google

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A VITÓRIA DE QUEM TRABALHOU PARA GANHAR

Não foi uma vitória apenas da melhor equipa do campeonato. Foi uma vitória do carácter contra a esperteza saloia. Pode ser de quatro em quatro anos. Não importa. Eventualmente, a justiça prevalece.

domingo, 9 de maio de 2010

AO MAR, AO MAR!


O presidente anda por aí, desdobra-se em visitas, em roteiros e sabe Rá quantas mais maneiras de se fazer notado e marcar alguma diferença, além do costumado gastar de mais uns dinheiritos. O presidente está gágá sem Lady. Não sei se alguém mais reparou, mas o outrora homem do leme não diz coisa com coisa, já ninguém o entende muito bem e ninguém sabe muito bem quando lhe deu a trombose, mas deve ter sido há já um par de anos.
Agora deu-lhe para ir visitar as praias. Azar do catano, levou com um temporal daqueles à antiga ali pelos lados da Nazaré. Eu sinceramente não consigo já entender muito bem o que o homem diz, mas agora há tradutores nos computadores e depois eu passo as imagens e o computador lá vai escrevendo o que o presidente disse. Mas isto nem sempre resulta, e desta vez não resultou mesmo. Isto porque o resultado do computador para as palavras ditas pelo presidente não pode estar certo.
O computador diz-me que o presidente disse que o maior recurso de Portugal é o mar. Por mim, até acredito nesta parte. O mar sempre foi uma fonte de rendimento para a população portuguesa. Mas depois disse que é preciso potenciar a pesca, e que os pescadores tẽm uma profissão de altíssimo risco e são muito mal pagos por isso. Ora aqui está a afirmação que eu penso que o presidente não deve ter dito, o computador é que a inventou. Mas como eu não consigo perceber o que ele diz, já estou por tudo e peço a ajuda de alguma alminha caridosa, nem que seja daquelas voluntárias de apoio ao Papa, que vão ganhar 17,5€ para agitar a bandeirinha, dinheiro esse pago pela não-organização.
A razão pela qual eu não acredito que o presidente disse isto é simples: o homem que mandou abater quase toda a nossa frota pesqueira em troca de alguns milhões para os amigos, vem agora falar de pescas e de pescadores? O homem que ordenou cargas policiais sobre os pescadores em manifestação vem agora dizer que ganham pouco? E alguma vergonha na cara, presidente? Não lhe ficava igualmente bem, digo eu? Ou pensa, por acaso, que a minha memória é tão curtinha como a visão dos que votaram em si, presidente?

PS: Imagem Google

quarta-feira, 5 de maio de 2010

MAIORIA CATÓLICA

Eu já não tinha qualquer dúvida que Portugal era um país maioritariamente católico. Mas depois de ler esta notícia, sem dúvida que confirmei essa suspeita. Penso até que o número de católicos neste país vai subir em flecha. Estou seriamente a pensar em tornar-me católico devoto, pelo menos por cinco horas.

É SÓ SEGUIR O LINK: . NOTÍCIA .

Não sei o que diga. Já não sei se critico a Igreja ou se tenho pena dela...

Link enviado por mail por FB - Obrigado!
Imagem Google

MINUTO VERDE MAIS VERDE NÃO HÁ

Todos os dias, no canal 1 da RTP, e no âmbito do programa Bom Dia Portugal, há uma rubrica, assinada pela Quercus, chamada Minuto Verde. É uma rubrica que nos dá dicas sobre o ambiente, e das melhores formas de o preservar. Tem umas carinhas simpáticas a apresentar, como o Francisco "Carequinha", cara já de todos conhecida pela sua abnegação na defesa do ambiente em Portugal. De vez em quando aparece uma menina que seria bastante agradável, não aparecesse nas vestes dos ambientalistas mais acérrimos, que descaracterizam qualquer mulher bonita, transformando-a numa miúda hippie aparentemente com pouco juízo que sabe tocar djambé.

Seja como for, o programa não dói muito, é apenas um minuto e atura-se bem, até porque a seguir vêm as coisas realmente importantes, aqueles estudos médicos que relacionam o comprimento da unha do dedo mindinho do pé esquerdo com o risco de AVC ou a relação do teor de açúcar das bolachas de água e sal com a ejaculação precoce.

O que já não é tão bonito e sinceramente não percebo é a propensão para, durante um minuto, uma determinada marca de produtos amigos do ambiente receber uma data de publicidade num programa que deve apelar à redução de consumo. Hoje foi comida para animais. Só se deve comprar comida para animais com origem biológica. A menina, sem nunca referir a marca, primeiro exibe uma prateleira de loja com produtos de uma única marca, depois apresenta-se a ler um folheto da mesma marca e finalmente, enquanto dá o conselho final, exibe orgulhosamente o pacote de comida para cão ainda e sempre da mesma marca. Já não é a primeira vez que acontece. Quando foram apresentadas as lâmpadas de baixo consumo, apareceram exclusivamente lâmpadas Philips. Ora, eu até já trabalhei para a Philips, não tenho problemas com a marca. Mas só a Philips fabrica lâmpadas de baixo consumo? Isto para não falar da catástrofe ambiental que são estas lâmpadas e a respectiva mineração dos seus componentes raros. Mas isso é lá na China, que se lixe, não é?

São realmente todos bem intencionados, e verde mais verde não há, principalmente se a publicidade for paga em notas de 100 euros. São verdes. Espero estar enganado...

PS: Foto Google / Quercus

terça-feira, 4 de maio de 2010

VAIS TER OVO, Ò...!



            As notações financeiras caíram a pique. Despenharam de cara no asfalto. Bem feito. Nunca gostei dessas filhas das p#$%s! Costuma dizer-se que de Espanha nem bom vento nem bom casamento. Ora não sei. Lá vento pode não ser aquela coisa, mas o Suão de Setembro sabe tão bem! E tira os surfistas todos da água, o que pode nem ser propriamente mau. Isto se tivermos coragem de ir à água nas marés vivas. Casamentos… também não sei. Nunca casei com uma espanhola, casei com alguém originário de uma região mais perto de Espanha que eu, o que não é difícil, dado ter nascido no Atlântico em dia de Verão. Ou quase. Mas estas notações nem vieram de Espanha, vieram dos EUA. Ora, impressionante o facto de estarmos atrás, segundo estas agências de rimming (quem não souber vá ver o que é), das notações atribuídas a colossos económicos como Paquistão, Afeganistão ou Iraque. Porque estamos atrás? Porque esses países não têm como moeda o euro. Não tem a ver com mais nada, apenas com isso. Convençam-se disso. Somos pequenos e temos euro. Esqueçam o resto.
            Ora, o objectivo disto tudo é bem claro. Lançar o pânico na zona euro, desmembrá-la e ganhar fortunas colossais com o facto, coisa que já não conseguem fazer tão cedo do outro lado do Atlântico, pois o Obama abriu os olhos que Bush fechou. Ora, agora pergunto de onde virão as piores coisas: de Espanha ou de outros sítios?
            Seja como for, o que vale é a malta não ligar ponta de um corno nem os colhões de um gato morto, um caracol furado ou mesmo umA casca de tremoço seco por essa cena das notações. Estamo-nos literalmente cagando para isso, pois muitos ainda lêem o jornal no WC, mais conhecido por cá por quarto de banho, canudo! Já sei que lá para baixo lhe chamam nomes mais amaricados, mas para nós é um quarto onde se toma banho! Às vezes caga-se, outras mija-se e outras caga-se nisso!
            Com certeza os três leitores assíduos das alarvidades que escrevo me perdoarão a linguagem, mas hoje ninguém me pára!!! Estou adoentado e não estou com disposição para mariquices. E pronto, lá vem alguém dizer que sou homófobo!!! O facto é que, como eu dizia e bem, e este bem é porque é a minha opinião e estou certo, a malta está-se nas tintas de esmalte para essa coisa das notações e para as tais agências de rimming (insisto em que saibam o que é um rim job), que são Rá na Terra e que afinal não percebem puto do que analisam. Caso contrário, teriam previsto a hecatombe de Wall Street. Mas não deram por nada…
            E porque é que o pessoal não liga puto a essas merdas? Então, temos campeonato até ao fim! O Fóculporto fez o favor de se lembrar de jogar bola pela primeira vez este ano e enfardou o Glorioso com três batatas a uma. Só não foi vingança completa porque no Algarve foi em campo neutro e não viram o padeiro, quanto mais meter uma batata. Mas foi bem ganho! Com uma ajuda dos jogadores de golf de Miramar, mas pronto, temos de admitir que foi bem ganho. Mas isto, como dizia e bem, porque tenho razão, teve o condão de adiar a festa vermelha para a semana… “Ã, o Braga também pode ser campeão” – pois! É vermelho na mesma! Azulado, mas vermelho! Portanto, até Domingo não se falará de outra coisa que não “e se?...”. Isto do futebol é giro!
            Depois do Benfica ser campeão e fazer a festa na cidade do Porto – por muito que não queiram, vão ter de a mamar na Rotunda da Boavista, vai botar falatório para mais uns dias. Depois vem o Papa. Que, da minha parte, é bem-vindo. Portugal é católico e nós por cá já temos tradição de deixar os pedófilos escapar-se para a Assembleia da República!!! Ui, vê lá o que dizes!!! Pois, esta foi forte… Que me desculpe o Paulo Pedroso, não foi dita a pensar nele. E isto é tudo brincadeira, claro, ninguém está a dizer que ele é pedófilo nem que o Papa encobriu os pedófilos da Igreja. Mas a brincar, a brincar…
            Bem, vem o Papa e vai botar falatório a granel. Porque vão ser os sapatinhos Prada (não era o Diabo que vestia Prada? Já não percebo nada! Ou então o Papa… ãããã…), vai ser o púlpito com vista para o Cristo Rei vestido à Benfica que custa um TGV e meio, o magote de gente a fazer caminhada para a Cova da Iria (sei quem não iria e sou eu!), a serem atropelados por condutores sem vestígios de álcool no sangue, as pontes e tolerâncias e mais não sei o quê (ele vai estar no Porto no dia 14, salvo erro, e a tolerância é para dia 13…), a pedofilia como laço familiar, e as liturgias mais chatas do que o habitual, e quatro canais sintonizados no mesmo acontecimento, e o Dalai Lama que não teve o mesmo direito (não sabia que o Dalai Lama é católico, ele é cada comparação…). Bem, bem medidas as coisas, falatório para umas duas semanas, isto se o Pinto da Costa deixar.
            A seguir? A seguir vem o Mundial da Bola, na terra descoberta por portugueses, roubada por ingleses, anexada por holandeses e que sempre foi dos zulus, a África do Sul, terra onde o futebol não é rei. Eles lá têm dois reis: o râguebi e o Shaka Zulu. Já estou a ver, os emparelhamentos dos jogadores, o Bruno Alves no mesmo quarto do Coentrão, o Liedson que está a aprender o hino, o Deco que já o esqueceu, Pepe que nunca o soube cantar sem samba, o feeling do Queirós, o bigode rapado do Madaíl, um terceiro guarda-redes que é apanha bolas de profissão, o fantasma do Scolari, o Drogba que diz que vai ganhar e depois apanha na tarraqueta, o Pauleta com um queijo na bancada, o Figo com bilhetes de oferta do Rui Pedro Soares, o Rui Costa como embaixador do Benfica campeão, o Di Maria a desejar uma final Argentina-Portugal, quando sabe bem que a Argentina não chega lá nem perto, os espanhóis arrogantes arrumados na primeira joga a doer, os brasileiros a sambar depois do empate com Portugal, os árbitros a roubarem escandalosamente os adversários de França e África do Sul, a ausência do Zlatan (eliminado pelos tugas), a fauna e a flora locais, incluindo as caçadas ao branco e ao preto, consoante o dia da semana… Ui, vai botar falatório para cima de dois pedaços de tempo!!
            Como podem ver, quem tem tempo para a crise???
            Agência de rimming, VAIS TER OVO!!!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

SE EU MANDASSE


Um exercício interessante foi colocado a diversos entrevistados de rua pelo programa “Nós por cá”, apresentado pela airosa Conceição Lino. Constrangeu-me a falta de imaginação, ou de convicção, ou pior ainda, de convicções, dos entrevistados. Pus-me a pensar o que faria eu, numa situação de poder absoluto e obrigado a governar. Obrigado, sim, porque sou democrata e pensava logo em delegar o poder. Além disso, também sou malandro e governar deve dar um trabalhão do catano!
           
Se eu mandasse na política em Portugal
            Se eu mandasse na política, despedia o Primeiro-Ministro sem direito a reforma nem a subsídio de reintegração social. Obviamente, despedia o Presidente da República e recambiava-o para a Madeira. Por falar em Madeira, dava-lhe independência. E aos Açores. E às Berlengas. Despedia todo o Governo e arranjava outro no café lá da terra, com mulheres à mistura para não ser “jobs for the boys”. Acabava com os partidos políticos. Porquê? Para imprestáveis já tinha os do meu governo. Acabava com a Assembleia da República e fundava a ágora lusa no mesmo local, para discussão realmente pública, com a presença da Polícia de Choque. Mandava todos os deputados com mais de sessenta anos para a reforma, recebendo a pensão mínima nacional. Fechava coisas imprestáveis, como Governos Civis, Institutos do Car#$%& Mais Velho e similares. Proibia qualquer político de falar qualquer língua estrangeira, fosse onde fosse – a maioria do meu governo não fala “estrangeiro” de qualquer maneira.

Se eu mandasse na economia em Portugal
            Taxava o IRC aos Bancos a 25,00%, só para me armar em Robin dos Bosques. Baixava o ISP em 50% só para irritar os espanhóis. Cobrava portagens em estradas, pontes, auto-estradas, teleféricos e caminhos de cabras, mas só pagavam os não utilizadores. Acabava com a Bolsa de Valores em Portugal. Criava emprego desde pequenino, pois isso de criar empregos feitos já não dá. Instituía o Salário Máximo Nacional em cinco vezes o Salário Mínimo Nacional, aumentando assim este para os 1000 euros. Quem quisesse comer pão, tinha de ter forno em casa. Quem quisesse comer, tinha de ter, pelo menos, quatro dentes. Quem quisesse bifes, tinha de criar vacas. Quem quisesse fêveras, tinha de esperar a morte do Pinto da Costa. Quem quisesse frangos, tinha de comprar um Espírito Santo. Quem quisesse leite, tinha de ter onde mamar. Quem quisesse água, tinha de armazenar chuva. Quem quisesse esgotos, só poderia cagar 5 kg por semana. Acabava com o projecto do TGV e iniciava o do VVEBR – Vaivém Espacial Bué Rápido. Isso do TGV já não é moderno o suficiente. Nem caro. Cancelava a construção do Aeroporto de Lisboa e fazia um em Leiria, outro em Santarém e outro em Setúbal, todos maiores, à Frankfurt. Instituía a semana laboral de oito dias de trabalho mais três noites de horas extra, com meses de 40 dias, para todos os ex-políticos despedidos e entretanto empregados numa fábrica de preservativos recauchutados, como centrais de teste de qualidade.

Se eu mandasse na Justiça em Portugal
            Tarefa facilitada – começava de novo. Mas com gente nova!

Se eu mandasse na religião em Portugal
            Taxava os salários dos padres nos mesmos valores que os dos outros cidadãos. Alterava o horário das missas para depois da meia-noite. Numa noite seria uma missa e na seguinte uma sessão de sexo ao vivo. Proibia os minaretes que ainda não existem e os outros. Incentivava os minet… Não, isto era se eu mandasse na Comunicação Social. Acabava com as hóstias e dava bolachas de água e sal. Deixava de haver água benta e toda a gente poderia provar do vinho do padre. Acabava com a confissão e punha escutas nos bancos da igreja. Acabava com a Bíblia e sua leitura e promoveria apenas a leitura do Apocalipse como verdade absoluta do presente. Proibia as seitas que chamassem ao seu padre “pastor”. É desprestigiante para os carneiros. Proibia qualquer religião que proclamasse as palavras dízimo, peditório, ofertório, bolata, dinheiro e criança. Inventaria uma religião para não religiosos. Perdoaria ao Saramago, mas depois de morto. Acabava com os casamentos religiosos que não tivessem as mesmas palavras para noivos e noivas. Acabava com os baptizados por razões sanitárias. Acabava com o crisma pela mesma razão. Acabava com a profissão de Fé por não ser profissão de futuro.

Se eu mandasse na saúde em Portugal
            Fechava as Urgências todas. Deixavam de haver casos urgentes. Depois punha toda a gente doente, que é a melhor maneira de satisfazer os portugueses e a sua hipocondria. Acabava com as TVs nos Hospitais. Pensam que aquilo é alguma cadeia ou quê? Acabava com a caligrafia dos médicos nas receitas, talvez amputando-lhes as pontas dos dedos até aos cotovelos, caso não se percebesse o que lá estivesse escrito. Acabava com as intervenções cirúrgicas e instituía a “operação” outra vez. Acabava com o colesterol, como o bom e o mau e o vilão. Contratava o Dr.House. Despedia o elenco do Anatomia de Grey (que é aquela merda???) e contratava o George Clooney depois da conversa com o S. Pedro Malkovich e da queda do piano, desde que fizesse 24 horas de banco à ER, ou então sentado num banco na sala de espera para entreter as velhas. E as novas, calculo. E faria muito mais coisas. Isto dava pano para mangas!!!

sábado, 1 de maio de 2010

DEBATE

Foto Google


           Foi mais um debate na SIC Notícias, daqueles mais ou menos inflamados, em que duas posições aparentemente contraditórias deixaram quem ouviu e viu a conversa ainda mais confuso sobre o actual momento que se vive. Enquanto o líder do PSD, por exemplo, prefere reunir-se com um grupo de “sábios”, todos eles ex-membros de governos anteriores e, por isso, sumamente responsáveis por esta situação, eu procuro informar-me em coisas mais pequenas, como estes pequenos debates.
            O debate foi entre a bela deputada do CDS-PP Teresa Caeiro e o deputado do BE, Luís Fazenda. Foi até interessante, disseram-se coisas interessantes e pressenti alguma disponibilidade do BE em apoiar algumas iniciativas que conduzam a algum lado, não necessariamente melhor do que o local onde nos encontramos. Já o CDS-PP me pareceu pelo cancelamento do TGV, do Aeroporto, das estradas, das férias de verão, dos Calipos de limão, da série Lost e do correr dos rios para o mar. Caso contrário, nada feito.
            O momento alto foi a declaração final de cada um dos deputados, que, segundo me lembro, foi mais ou menos assim:
            TERESA CAEIRO: Pois, Sr.Deputado, a grande diferença actual entre a Direita e a Extrema-esquerda em Portugal é que… (e depois desfilou uma série de diferenças sobre as quais nem vale muito a pena discorrer).
            LUÍS FAZENDA: Deixe-me dizer-lhe que a grande diferença actual entre a Esquerda e a Extrema-direita em Portugal é… (e coiso e tal).

            A senhora demorou toda a declaração final de Luís Fazenda a fechar a boca, numa indignação extraordinária, incapaz de disfarçar a sua surpresa e de articular uma palavra que fosse.
            Mas eu saboreei aquele momento como há muito não o fazia com a política portuguesa. Quem vai à guerra dá e leva, e algumas pessoas deviam ter vergonha e algum decoro em falar dos outros em determinados termos. A resposta, ao invés das demais das vezes, foi imediata, transmitida na TV para todos verem. E a reacção indescritível da senhora também. Imperdível! Impagável! Fantástica a presença de Luís Fazenda, que manteve a compostura e disparou certeira e fatalmente a mais um coraçãozinho fascista que pulula em Portugal.