segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A VISÃO DO INFERNO!

Imagem Google

Quantos de vocês andaram na catequese, quando eram assim para o pequenito? Muitos? Mais que muitos, imagino. Pois, agora, não sei, antigamente, inscreviam-nos naquela coisa complicada que se chama catequese, logo aos sete anos. Até tive sorte, até ao terceiro ano de catequese (que incluiu a primeira Comunhão), a minha catequista era a minha professora primária. No quarto ano, mudei para a turma do presidente da Junta e a coisa entornou com muita facilidade, a pontos de ruptura definitiva com a doutrina judaico-cristã.

Devem lembrar-se, por certo, das aulas de Catequese, que eram assim uma forma a modos que mais ou menos evidente de lavagem ao cérebro misturado com mnemónicas para memorizar rezas, do tipo "Pai Nosso que estais no Céu e eu aqui a aturar isto" ou a célebre "Avé Maria cheia de Graça com a pança cheia de massa..." ou ainda o "Já dizia Herodes, ou rezas ou te f#$%s, mas como o Herodes já morreu, quem te f#$e sou eu!". Espera... Acho que esta não era... Não interessa! De vez em quando ia lá o Padre, um poço de virtudes, que quinze anos mais tarde morreu de SIDA, fazer umas palestras mais ásperas, que normalmente acabavam com a minha expulsão daquele paraíso. E aqui entram os conceitos que nos inculcaram nessa altura: o Paraíso, ou o vulgar Céu, para a classe turística, o Purgatório, uma espécie de filme erótico a preto e branco onde quando vai para acontecer algo, pimba, cortam a cena e seguem com uma imagem de Cristo pregado aos paus, e ainda o Inferno, que seria um mar de chamas a arder perpétuamente - mais ou menos como o WTC.

E eu vi o Inferno!!! Vou-vos contar a estória: Dei por mim à porta do Céu, onde o S.Pedro me perguntou porque achava que devia ir lá para dentro, se até era adepto, em vida, da religião antiga e não cristão e coiso... E eu respondi que uma vez dei dez euros aos Missionários Combonianos. Ele, depois de coçar a barba que dava pelos joelhos, fez um telefonema, alegando que "tinha de falar com a chefia", explicou a situação e ouviu atentamente as instruções. Eu estava descontraído, mas o S.Pedro virou-se para o tesoureiro lá do sítio, mandou-lhe dar-me 10 euros e mandou-me para o Inferno! Ainda estrebuchei, perguntando se foi mesmo aquilo que Deus disse ao telemóvel, mas ele respondeu que a chamada caiu por falta de saldo e aquela decisão era dele, e que não queria ficar a dever nada a ninguém! Depois ainda vi a princesa Diana a entrar no Céu e perguntei porque é que aquela grande p#$% já levava auréola e tudo, ao que S.Pedro me respondeu que não era auréola, era mesmo o volante do Mercedes enfiado nos cornos!

Enquanto descia de elevador, reparei que não estava sozinho. Comigo iam três ateus, dois homossexuais já nos preliminares e o Papa Bento XVI. Quando cheguei à porta do Inferno, dirigi-me ao segurança que estava à porta. Pedi-lhe para entrar, mas primeiro foram logo chamados os homossexuais e o Papa Bento XVI. "Devem ser clientes habituais", pensei eu. O segurança chamava-se Belzebu e claramente tinha sotaque da Ribeira. Perguntou-me se eu era homossexual. Eu não. E membro da Igreja Católica? Também não. Estava difícil... Pedi-lhe para ir ver ao fax, pois o S.Pedro disse que ia mandar uma lista... Foi ao fax e pediu-me dez euros pela entrada. Lá foram os dez patacos dos Missionários à vida... Disse-me para, assim que entrasse, virasse à direita e batesse à porta, para falar com o "Patrão"... Assim fiz!

Entrei e dei de caras com uma sala iluminada a laser e estroboscópios, com música em altos berros, milhares de corpos lascivos a roçarem-se uns nos outros na pista de dança, e muitos copos à mistura. Juro que ainda vi, pelo canto do olho, uns privados onde parecia haver actividade sexual desenfreada! Fiquei logo um pouco mais animado, virei à direita e bati à porta! Depois de um "Entre" rouco, abri e deparei-me com uma figura humana, composta por sinal, com o cabelo todo branco. "Então o senhor quer vir para o Inferno?" Bem, pois... se calhar queria e tal... "Então diga-me lá o que sabe deste sítio!" Bem, é um mar de chamas a arder eternamente, onde seremos castigados pelos nossos pecados e coiso... "Olhe que não, olhe que não! Este sítio é para onde vão todos os que não acreditam no... gajo lá de cima, os comunas, os gays e os ateus! Estamos abertos 24 horas por dia, há copos e sexo à discrição, e a temperatura ambiente é sempre mantida a 20 graus!" Até é fresquinho, pensei eu. Então, o que tinha de fazer para entrar? - Por esta altura, estava em pulgas! "Bem, primeiro, o senhor tem de se sindicalizar!" Mas... como... assim tipo movimento proletário e essas cenas? "Exactamente, o senhor tem de se sindicalizar em um de três sindicatos, o SH (Sindicato Heterossexual), o SG (Sindicato Gay) ou no SB (Sindicato Bissexual). Depois, está tudo à sua disposição cá dentro! Em que sindicato quer alistar-se?" Bem, no SH... não sei se é corrente, mas preferia... "Não há problema, temos por aí muita gaja sindicalizada à procura de um crente em !". E assim foi a minha admissão no Inferno! E mais não conto, usem a imaginação...

No entanto, quando ia a sair do escritório, agradeci. Obrigado, Sr. Diabo! Ao que o senhor me retribuiu "Mas qual Diabo, qual quê??? Esse era a classe opressora do grande capital e já fugiu para o Brasil! O meu nome é Álvaro Cunhal, mas trata-me por Camarada! Avante, Camarada - hoje o Inferno, amanhã o Paraíso!"

Depois acordei e dei graças a pela minha inclinação política à esquerda, a minha crença em Rá e não ter dado 20 euros aos Combonianos!!

sábado, 26 de setembro de 2009

DIA DE REFLEXÃO

Foto Google

Pois, hoje é o dia de reflexão, diz quem sabe. É uma espécie de Sábado de Aleluia, o dia que antecede a Ressurreição da Democracia. A diferença é que, na original história da ressurreição, Osíris ressuscitou ao terceiro dia e depois continuou vivo. A democracia ressuscita no Domingo, mas morre às 19:00 do mesmo dia. Este é um dia em que não se pode fazer campanha, deve servir para reflectir sobre o nosso sentido de voto, como se a população deste país tenha de decidir hoje, mediante o que ouviu na campanha, em quem vai votar.

Ora o sentido de voto dos portugueses não é nenhum enigma. A maior parte vota porque sempre votou, e vota em quem vota porque sempre votou em quem vota. Um caso particular são os votos no PCP, em que 100% dos votos são porque sim. A percentagem nos outros partidos deve andar por volta dos 80%, enquanto que no BE, os votantes votam 100% convicto que é porque não. Ou seja, o BE é o voto de protesto, o PCP é o voto obrigatório. Olhando para o PS, o voto no PS, por parte dos eleitores "flutuantes" reflecte uma enorme vontade de serem como o irmão do amigo da prima de um conhecido, que tem um emprego num Instituto qualquer. Já o voto no PSD reflecte secretamente todos os pseudo empresários, à espera das benesses da MFL ao sector dos patrões, como reduções de impostos e possibilidade de despedimento sumário só porque lhes apetece. Convenhamos, quando é que o patrão demonstra todo o seu poder? Quando despede alguém, claro! Toda a frustração de criança ali bem patente, a latejar, fica logo mais calma... O CDS é mais ou menos a mesma coisa, mas com uma diferença importante: aqui está representado o voto cor-de-rosa.

Então, em quem devemos votar? Eu sei lá! Votem em quem quiserem, tenho lá alguma coisa a ver com isso?! O voto é secreto. E mais, não percebo como pode haver alguém a responder a sondagens! Deviam ser absolutamente proibidas! Então o voto não é secreto? Todos os votos?

Há ainda aqueles que, bem à maneira das boas ditaduras democráticas, fazem um apelo contra a abstenção. Coisa que não percebo. A abstenção é formalmente uma das formas de votar, basta olhar para a Assembleia da República, onde o voto de cada deputado pode ser "Yes, Master", ", vai mas é para o C******!" ou então "Estou-me cagando para isso". Mais, na minha visão, os que votam deviam estar cada vez mais contentes por a abstenção ser cada vez maior! Porquê? Simples - o seu voto aumenta de importância. Ainda chegaremos ao dia de vermos cada votante com um cargo de ministro!

Já reflectiram?? Vá, vão lá então! Ponham-se em frente ao espelho, vistam roupa rosa, depois laranja, vermelha, azul e cor da porcelana e decidam qual se reflecte melhor no espelho! Porquê cor de porcelana? Por causa do Louçã. Então e a porcelana não pode ter várias cores? Pois, aparentemente o Louçã também, depende da percentagem que obtiver...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

FECHADO PARA REFLEXÃO

Foto Google

A realidade nem sempre é aquilo que desejamos. Aliás, normalmente, não é mesmo aquilo que desejamos. A visão que temos de nós próprios é toldada pelos nossos sentimentos narcisistas e não vale a pensa aqui dizer que não tenho sentimentos desses porque toda a gente tem, até mesmo os autores dos blogs de flores e paz e amor universal, incondicional e coiso e tal. Ora este blog até nem é nada disso e destila ódio por tudo aquilo que se mexe - pelo menos alguns pensam isso... Outros nem tanto, e outros tanto se lhe dá como se lhe deu, não vêm cá mesmo, por isso...

Vem tudo isto a propósito da decisão de fechar o blog para reflexão. Apercebi-me, nos comentários recentes de outros bloggers, que muitos deles estão fartos de me verem postar ou comentar. Por isso, desculpem lá, mas só posso tomar uma decisão sensata neste momento, que é continuar a chagar a paciência a todos aqueles que têm o mau gosto de ler o que escrevo. Estão fartos? Azar. Não gostam? Ponham na beirinha do prato. Enquanto achar que tenho alguma coisa a dizer, amigos, aguentem firmemente e, em caso de perigo de vida, evitem o Cirrus Minor.

Nada disso - o objectivo deste post é alertar os que estão fartos e os outros para o período de reflexão que se aproxima devido às eleições legislativas. O país tem de fechar. Recolher obrigatório das 00:00 às 00:00 de amanhã. Ninguém fala, ninguém pia e todos aqueles que forem apanhados na estrada, gozando fim de semana alargado, verão todos os seus bens confiscados e vendidos em Hasta pública.

Isto de fazer eleições ao fim de semana não lembra a ninguém. Andamos semanas a fio a trabalhar, a perder a cabeça com os problemas quotidianos, e depois, ainda temos de amarrar as trombas durante um Sábado e ficar em casa todo o dia no Domingo, à excepção dos cinco minutos que demoramos a depositar um pedaço de papel reciclado numa urna. Neste aspecto, uma assembleia de voto é muito parecida com um velório - com carpideiras profissionais e tudo. Não seria melhor dar uma folga ao pessoal a um dia de semana para ir votar? E, claro, pedir comprovativo de voto para apresentar no dia seguinte no trabalho. Quem não apresentasse, ficaria com menos um dia de salário e um dinheirinho de multa. Quem fosse trabalhar, abstém-se e ninguém teria nada a ver com isso. Até porque a abstenção é a mais nobre forma de nos mostrarmos interessados na política portuguesa, que tem pouco interesse.

O que interessa não são programas (li três e fiquei esclarecido sobre o que os partidos deixarão de fazer, uma vez no poder), mas sim os esmiuçamentos do Gato Fedorento (que raio de ideia, sinceramente, podiam brincar com coisas sérias, assim é que tem graça), as escutas não sei das quantas ou a falta de luz em Ovar! Não há pachorra.

Amanhã - dia de reflexão - reflictamos como podemos pôr esta corja de malfeitores e respectivos assalariados, vulgo, jornalistas, a mexerem-se para um qualquer país do corno de África, onde pudessem causar menos estragos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ACHADO É ROUBADO?

Foto Jornal de Notícias

Imaginem que são pobres. Está bem, Ok, não é preciso imaginar, tudo bem... Chatos do caraças!!! Mas imaginem que vão a sair de casa, para o vosso emprego, de manhã, e que o vosso emprego é entregar pão porta a porta. Sim, ainda existe!! Imaginem que se chamam qualquer coisa banal, que são mais uma pessoa normal, apenas mais um cidadão no seu dia-a-dia normal. De repente, olham para o chão e vêm dinheiro! Que fariam??

Achar dinheiro? É corrente, para algumas pessoas. Há pessoas que conseguem achar de tudo no chão! Mas imaginem que não achavam apenas dinheiro, mas sim 9300 euros no chão! Sortes destas não caem aos trambolhões, certo? Errado!

O correcto a fazer é chamar a GNR ou a PSP para tomarem conta da ocorrência. É que, se forem apanhados na posse desse dinheiro e provando-se que não têm direitos de Propriedade sobre o mesmo, incorrem no crime de Apropriação Indevida. Pois, para resumir, quase "roubo" ou "furto". Mas estarão a esta altura a perguntar: mas quem é o estúpido que encontra 9300 euros no chão e chama a polícia? Deve ser muito rico! Pois, mas quem fez isto foi a padeira. E deu uma explicação perfeitamente lógica para o ter feito, que podem ver aqui.

Um bem haja à Senhora Dona Luzia "Padeira". Se mais fossem como a senhora, viveríamos todos num local bem melhor do que na m**** em que nos atolamos todos os dias!! Bem sei que o Sr. Moisés é que lhe tem de agradecer a devolução do dinheiro, mas também eu e todas as pessoas de bem deste país lhe devíamos estar a tirar o chapéu e a dizer: Obrigado!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

LENDA VIVA

Foto Google

Como por certo terá notado o pequeno punhado de leitores assíduos que tenho neste blog, que são poucos mas bons, estou numa onda de nostalgia. Não posso, como é evidente, ressuscitar velhos hábitos, pois a minha vida não permite isso. Antigamente, o dia 3 de Julho era, para mim, dia de luto. É o dia que assinala a morte de um dos mais espantosos mitos da cultura pop, um dos mais audazes cantores e um dos maiores poetas da sua era.

Falar de James Douglas Morrison não é fácil. A sua vida, e até a sua morte, estão envoltas num manto de polémicas, de meias verdades e de segredos mais ou menos públicos que contribuem, por um lado, para a construção do mito, um guerreiro da música, o último dos rebeldes, mas que põe de lado a obra de uma vida curta mas tão rica como intensa. E falar de obra de Jim Morrison não é apenas falar de música. Os Doors nunca fizeram música acompanhada de letra, sempre fizeram música para acompanhar as letras.

Jim Morrison pode ser acusado de quase tudo. Ele foi, efectivamente, o excesso em forma humana, uma espécie de demónio ingénuo que motivou uma geração inteira a entregar-se às mais variadas formas de excesso, mas também de criatividade e genialidade. Ninguém poderia imaginar que um aluno de cinema e mais três camaradas lançassem, em 1966 e à primeira tentativa, um dos mais icónicos albuns rock de sempre. Era ainda na altura em que Morrison cantava de costas para o público, por pura timidez. Mais tarde se tornaria o protótipo do "animal de palco". O álbum The Doors é imaculado, todo ele feito de inspiração.

A perfeição foi atingida cinco anos mais tarde, primeiro em 1970, com o álbum Morrison Hotel, depois em 1971, com o inexcedível LA Woman, ainda hoje o melhor álbum de sempre da música americana. Fonte de inspiração de tantas bandas de hoje, The Doors continuam a ser uma das mais ouvidas de sempre. No meu caso particular, sou um coleccionador de The Doors. Álbuns e livros. Música dos Doors, letras de Jim Morrison. Desde que me lembro de ouvir música, sempre ouvi três bandas: Pink Floyd, Led Zeppelin e The Doors. Quantas tardes passei eu, enquanto criança, a revirar vinis por tudo quanto era sítio em casa dos pais.

Quanto prazer não retirei eu dos livros de poemas de Morrison, quanto prazer não retirei do vinil ao ouvir faixas como L'America, Crawling King Snake ou Moonlight Drive? Ah, bons velhos tempos! Fica este vídeo, para recordar esse homem que, morrendo aos 27 anos, em Paris, deixou mais obra que muitos outros deixam morrendo aos 90. Peço a vossa atenção e respeito por esta lenda viva do imaginário do século XX, Jim Morrison. Quanto mais não seja, porque é efectivamente música a sério:

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

PARA SI, MARIA

Rá sabe que não sou de falar de outros bloggers desta forma.
O que mais gosto de fazer na blogosfera é trocar impressões. Poder-se-ia dizer que de falar, não fosse este termo inexacto, pois aqui tudo é escrito. Por vezes, há zangas na blogosfera, umas sem qualquer relevância, outras mais encrespadas. Como a Pronúncia bem sabe, há pessoas que são "mobília da casa", com as quais poucas zangas temos que não terminem na célebre gargalhada à Dylan (AHAHAHAHAHAHAH) ou numa referência a essa enorme figura mundial que é o Todd. "O clube Todd" inclui também o Afectado, o Forte, a Ana GG, a Anne, enfim... Francisco Vieira é um bom exemplo de integração no clube Todd, ainda que tenha dúvidas que ele saiba o que é o Todd.

Mas há um blog, o Lusibero, da Maria, que é especial. Tem a melhor poesia da blogosfera e tive o desprazer de ter uma altercação com ela. Águas passadas... Mas uma coisa ficou-me na memória: a Maria é daquelas pessoas que medeiam tudo o que podem, que tentam resolver todas as desavenças, e penso que muito devo a esta senhora nesse aspecto. Citei-lhe uma vez a letra de uma música para exemplificar o que a sua postura representa para mim.

Agora, fica aqui o vídeo:



Não tenho jeito para poesia, fica a música - para si, Maria!


OS MAUS DA HISTÓRIA

Foto Google

Hoje está-me assim a modos que dar para a nostalgia. Estou a lembrar-me de coisas passadas há muito tempo das quais guardo vívidas recordações. O final dos anos setenta foram muito bons. Lembro-me de ver três filmes impressionantes, na sala de cinema da Banda lá da terra (quando ainda existia e se via cinema à portuguesa), em 1979. Um era uma chachada completa, de um realizador que nunca me cativou, Steven Spielberg, e dava pelo nome de Jaws - o célebre "Tubarão". Mau, muito mau!! O outro, uma incomparável (e imparável) comédia, alusiva à luta sindical dos camionistas nos EUA, que dava pelo nome de Comboio dos Duros. O terceiro grande filme desse ano, o que mais me impressionou até hoje, o inigualável filme de terror Oitavo Passageiro. Estes dois últimos, com o mesmo protagonista, Kris Kristoferson - o que é feito dele?

Lembro-me de ter visto o Oitavo Passageiro aos soluços, entre desvios de olhar e ansiedades várias. O filme é tão impressionante que o Alien, tão abundante nas sequelas, só aparece no Oitavo Passageiro por... doze milésimos de segundo (1 frame)!! É tão bom que o filme é mesmo mau, mesmo muito mau... para o coração!

1979 foi também o ano de edição de diversos êxitos musicais impressionantes. Blondie (Parallel Lines), Queen (Live Killers), The Clash (London Calling), Supertramp (Breakfast in America), Dire Straits (Sultans of Swing), AC/DC (Back in Black), são exemplos de álbuns imortais que perdurarão para sempre. O maior de todos os álbuns de 79, embora só cá tivesse aparecido praticamente em 80, originou os concertos do século. Falo do The Wall, evidentemente. Muito mau, mau mesmo, este The Wall, que acabou com a maior banda do mundo. Era bom demais e por isso tão mau. Um dos maiores de sempre!

E é sempre daquilo que nos lembramos, não é? Daquilo que é bom, aquilo que fica... Os bons são lembrados, os muito maus também, mas há outros de que ninguém se lembra e eram tão bons naquilo que faziam! Eu próprio lembro 1979 como um ano magnífico pelas razões acima expostas.

Há um filme de 1966, um daqueles filmes de segunda categoria rodados em Itália, que, por certo, todos os que são da minha faixa etária se lembram. Eu lembro-me e ainda hoje quase o venero. Trata-se de The Good, The Bad and The Ugly - traduzido (mal) para português como O Bom, O Mau e O Vilão. Lembram-se? Claro que se lembram da realização espantosa de Sergio Leone, da música impressionante de Morricone e do excelente desempenho de Clint Eastwood, o "blondie".
Mas este filme tinha também no elenco um dos maiores nomes de sempre da galeria de actores mundiais. É aquele senhor ali em cima na foto. Chama-se Lee Van Cleef e era o homem que "o público adorava odiar". Fazia sempre papeis de mau, mas era um enorme senhor actor.

Não sei porquê, mas penso que muitos ficarão recordados desta forma ("o mau"), nem sequer com recordação do nome, pela história do cinema e da vida real. Muitos deles poderiam até ser recordados como grandes homens que foram e, eventualmente, até serem retratados, como aconteceu com o nosso D.João II, o maior monarca da História do planeta, que também tinha os seus "maus" que, se calhar, não eram assim tão maus. Fica para um próximo post, este é só para lembrar isso. Mas que muitos passam à história como "o mau", quando afinal, apenas cumpriram exemplarmente a sua missão, lá isso... Vejam lá se adivinham de quem estou a falar - FICA O DESAFIO!

Bem, não sei onde isto pode ir - fica a homenagem a este grande senhor do cinema - Lee Van Cleef - "O Mau", para os amigos...

sábado, 19 de setembro de 2009

CONVÉM NÃO ESQUECER...


Às vezes, convém não esquecer de onde viemos, onde nascemos, por onde passamos. E por onde Paramos. Não é erro ortográfico, é o nome da minha terra. Paramos. Não é o céu na terra, não é a mais avançada das localidades mundiais. Mas é de onde, orgulhosamente, vim. Foi onde passei a minha infância, adolescência, e parte da vida de adulto.
Perante a onda de globalização que nos assola, é importante relembrar que não há "cidadãos do Mundo". Há sempre um sítio onde até o mais cosmopolita dos homens se sente melhor, normalmente a terra e país onde nasceu. E ainda bem que é assim, isso revela o que de mais puro se aloja na nossa alma, a nossa origem.

Esta foto é da Praia de Paramos, a praia onde passei centenas de dias da minha vida. Por trás deste local, encontra-se a Casa das Caldeiradas Banana, ou, como é mais conhecida, o Zé da Banana. Por tantas vezes passei por lá noutros tempos, a caminho da praia, marcada para a tarde, na companhia dos colegas. E passar não é bem o termo... Era mais sentar na esplanada e mandar vir uma receita de dois litros: era refrescante mas reconfortante. Já íamos bem alimentados para a areia, e o medo dos mergulhos nas águas (quase sempre) geladas do Atlântico dissipava-se rapidamente.
Provavelmente, já viram o Zé na TV muitas vezes, acerca de muitos assuntos que ali chamavam a imprensa. Lembro-me de várias ocasiões, como a despoluição da Lagoa (nunca efectuada), as inundações de Inverno ou o estranho caso do "submarino". A mais triste de todas, a do célebre acidente entre um avião ligeiro e um automóvel, resultando na morte dos dois ocupantes, um deles sendo o meu primo Geoffrey. Essa foi difícil, até porque fui das primeiras pessoas a chegar ao local, na companhia do meu irmão, mal sabíamos quem estava ali dentro... Foi nas miniférias de S.João e estávamos a assar sardinhas!

Bem, isto foi devaneio. Mas dá para perceber porque nos agarramos aos nossos lugares. Porque a nossa vida está ali, não mais dali sairá a nossa memória, não é possível apagar a nossa passagem por estes sítios. O meu país e a minha terra são os sítios que mais amo, o que é perfeitamente natural. Não posso amar outra terra como amo esta. Não há lucidez política que me faça colocar ao mesmo nível o meu país e qualquer outro no mundo. Porque patriotismo não é política, é sentimento. O amor a um país e a uma terra não se explica, apenas se sente. Porque sei onde dei um mergulho ousado, sei onde os restos dos meus antepassados estão enterrados, porque sei que o Zé da Banana me acolhia com um sorriso e me servia cerveja morna (as arcas eram pequenas para tantos pedidos), porque sei que a areia se infiltrava pelos meus dedos na praia, porque sei onde andei na escola, porque sei a festa que ainda me faz a professora quando por mim passa (Olá, D.Cândida!) e imagino o desgosto que ela teria ao saber o que digo da Igreja (também era minha catequista...). Porque sei onde é a casa dos meus pais, outrora também minha, porque sei das brincadeiras com os vizinhos, porque sei dos cromos comprados na taberna do Sr.Fernando, nos intervalos da escola (os recreios!), onde comprei o meu primeiro pião. E é porque sei de tudo isto, que digo a todos e afirmo com convicção: Paramos é a melhor aldeia de Portugal e Portugal é o melhor país do Mundo!
E cada um dirá o mesmo da sua terra. Dizer o contrário é mau sinal - é sinal que as raízes não se criaram. Mas ter raízes é tão importante para mim como ter ideais ou posses. Sem elas, não saberia nunca quem sou!

O CARTÃO VERMELHO

A Maria Piquena, do blog Pronúncia do Nuarte (canudo!), passou-me o desafio de mostrar 10 cartões vermelhos. Aceitando o desafio, penso que exponho algumas das ideias que me norteiam, mas não é por isso que todos escrevemos?

Assim, a quem mostraria cartões vermelhos? vejamos:

  1. Toda a classe política portuguesa, pelo seu impressionante faro por escândalos e tachos;
  2. À interferência política e social de qualquer religião;
  3. A todos os ditadores do mundo, independentemente das suas orientações políticas;
  4. A todos os portugueses que demonstram desprezo pelo trabalho dos outros, mesmo que pareça que esses trabalhos são menos importantes - é mentira! Somos todos igualmente necessários!
  5. Ao extremismo ideológico de esquerda, pela sua pretensão de superioridade moral, quando apenas são isso mesmo - pretensiosos que se tornam tão ou mais intolerantes do que aqueles contra os quais lutam;
  6. Ao extremismo ideológico de direita, pela sua incapacidade de sequer pensar por sua cabeça;
  7. A todos os que, nascendo e morando em Portugal, odeiam o seu país ou o colocam apenas ao nível dos outros - nós somos portugueses, não temos culpa de os outros não serem e patriotismo não é política, é sentimento - nem só a extrema direita ama o seu país;
  8. Ao domínio exercido sobre a informação a que todos temos direito;
  9. Às ordens profissionais, garantes da desonestidade intelectual dos seus membros;
  10. Finalmente, um cartão vermelho a esta t-shirt:

Está o desafio respondido. Passo-o a quem muito bem entender fazê-lo, pois não o posso passar a muitos blogs, uma vez que quase todos os que leio já o fizeram.

ONDE ESTÁ A NOTÍCIA?

Foto Google

Hoje em dia, não é nada fácil estar atento. Muitas vezes penso que estou actualizado, que sei o que se passa no mundo, que tudo me é dito com frontalidade e imparcialidade. Mas, às vezes, tenho a sensação estranha de que, afinal, só ouço aquilo que outros querem que ouça. Num mundo de novas tecnologias, cheio de recursos informáticos, que, etimologicamente, servem para o transporte da informação, afinal, chego à conclusão de que sei aquilo que alguém quer que eu saiba. Mas não me conformo. Procuro sempre o que penso que devo ouvir e não aquilo que me empurram pela garganta abaixo. Aliás, visitas a países menos recomendados nos guias turísticos dão-me uma outra perspectiva das coisas, que só podemos adquirir com este tipo de experiência.

Toda a gente já ouviu falar das inspecções que a ONU quer fazer às instalações nucleares de determinados países, como o Irão ou a Coreia do Norte. Concordo inteiramente com as inspecções. Estes países estão a desenvolver armas nucleares. Embora as armas nucleares existam há já mais de 60 anos, estão nas mãos de alguns países que, devido ao equilíbrio resultante dessa mesma posse, não as utilizarão. E não será por acaso que a única vez que foram utilizadas foi numa altura em que se sabia que não haveria retaliação. Mas estes países são perigosos, muito por culpa dos seus líderes lunáticos. Ainda ontem Ahmedinejad, presidente do Irão, tornou a negar o holocausto. Quanto a Kim Yong Ill, nem sequer se sabe se ainda está vivo!

Há um tratado internacional que prevê a não proliferação de armas nucleares, que se designa exactamente desta forma. Quase todos os países do mundo com capacidade militar assinaram o Tratado, com excepção de três: Índia, Paquistão e Israel. A acrescer a este facto, não esquecer que estes três países são detentores de arsenal nuclear. A ONU, tão aplaudida pelo facto de exigir fazer inspecções no Irão e na Coreia do Norte, aprovou nova resolução, em que estão previstas novas inspecções. Só que, desta vez, o visado não é o Irão, ou a Coreia do Norte.

O visado nestas resoluções é Israel. Nada mais natural, penso eu. E estava a ler a notícia sem grande surpresa. Pensava eu que, se Israel possui tecnologia nuclear, e se se pensa que poderá ter armamento nuclear, deve também ser inspeccionado, até porque não há país no mundo inteiro, à excepção dos EUA, que se tenha visto envolvido tantas vezes em situações de guerra. Sendo que os iranianos se têm mostrado reservados em deixar as inspecções decorrerem e os norte-coreanos nem querem ouvir falar disso, tem aqui Israel uma boa oportunidade de abrir o seu jogo e mostrar superioridade moral ao permitir sem reservas estas inspecções. Esta foi a reacção do vice-director da Agência de Energia Atómica de Israel, David Danieli:

[Israel]“não irá cooperar de forma alguma” com a AIEA, uma vez que a resolução “só busca reforçar hostilidades políticas e linhas de divisão no Médio Oriente”

Parece que "pimenta no cu dos outros é refresco". A propósito, viram esta notícia na televisão? Em qualquer delas, nacionais, estrangeiras, fosse ela qual fosse? Viram isto na revista dos jornais? Alguém sabia disto? Não? Pois... Mas o Público, pelo menos na sua versão electrónica, publicou esta notícia. Não a vejo em mais lado nenhum, pelo menos por enquanto. Mas agora que a lebre saiu... Vamos a ver quem corre atrás... Começam a acreditar que nem tudo o que parece é e nem tudo o que sabem é aquilo que acontece?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

ESTES BISPOS SÃO UMA MOCA!!!

Arcebispo Henryk Hoser, foto Google

Nunca fui à Polónia. Não por falta de tempo, ou falta de dinheiro (bem...), ou por falta seja do que for a não ser falta de interesse. Nunca me interessou ir à Polónia. Deve ser um país bonito, pois claro. É que já vi na Internet imagens de quase todos os países do Mundo a apregoarem as suas maravilhas. Todos os países são bonitos, já sabemos. Mas a Polónia é um país interessante do ponto de vista social. Mais propriamente do ponto de vista religioso.
A Polónia é um país católico, onde a religião tem uma palavra forte do ponto de vista social, o que não é inédito. Mas há coisas inéditas neste país da Europa Central, ou talvez não. Este é um parágrafo em que andei aqui às voltas e não disse nada. Correcto, mas que querem? Nunca disse que algo que eu escrevesse tivesse assiiiiiim tanto interesse como isso. Adiante.

O senhor da foto tem o nome que está escrito por baixo da mesma. É Arcebispo, uma espécie de Tenente Coronel da Igreja. O equivalente português seria, por exemplo, o Guilherme Aguiar. Este senhor liderou uma iniciativa legislativa que levou ao Parlamento da Polónia uma proposta de lei. De acrescer que esse parlamento se chama Dieta. Assim mesmo. Talvez seja uma alusão aos tempos idos da ocupação soviética, em que parecia que havia por aqueles lados muita dieta forçada.
É precisamente do fim do regime comunista na Polónia que surgiu a lei, na altura apresentada (!) pela Igreja, que prevê dois anos de cadeia para os praticantes do aborto. Ainda é assim por lá. Agora, os bispos polacos puseram em marcha um movimento para apresentação de uma lei que prevê uma pena de cadeia de três anos para qualquer envolvido no acto de fecundação "in vitro". E desde já soltem a vossa imaginação para encontrar a razão para esta lei. Ora ela aqui vai:

"Os bispos polacos consideraram a fecundação 'in vitro' uma "espécie de aborto refinado" por "levar à morte de vários embriões" a cada tentativa. Um arcebispo, Monsenhor Henryk Hoser, chegou até a qualificar os seus partidários como "esquizofrénicos morais".

Por acaso, a lei foi recusada na dita Dieta. Não por 100% dos votos, nem por nada que se pareça (preocupa tanto deputado ter votado a favor deste absoluto disparate). Mas, e se tivesse sido aprovada? Qual seria o próximo passo da Igreja Católica Polaca?
Eu depreendo que a questão aqui é a de considerarmos vida concebida um embrião, um feto, ou até um espermatozóide. A Igreja já proíbe a masturbação masculina aos seus devotos, por considerar este acto como um "desperdício de semente", como se o esperma fosse um saco de batatas ou um daqueles pacotinhos de nabos 60 dias. Seria de todo lógico aparecer uma lei, na Polónia, que levasse à proibição da masturbação masculina, o que seria eminentemente contraproducente - se metessem todos os homens que se masturbam na cadeia, que opção lhes restaria no seu interior? Homossexualidade, pois claro! Outro crime para a Igreja, que considera o acto como satânico e anti-natura. Mais uma lei a proibir, desta vez a homossexualidade masculina, pois é um "desperdício de semente".

Calma, meninas, não se acotovelem já, com aquele desconforto de quem está a ser descriminado. É bem claro que a "semente", na raça humana, é composta por duas partes, uma masculina, outra feminina. Desperdiçar "semente" é pecado. Próxima lei na Polónia: as mulheres ficam terminantemente proibidas de ter a menstruação! É uma perda de óvulos, logo, "um desperdício de semente"... Soluções? Não tenho. Podem tentar sempre engravidar de dez em dez meses... Ou então saltar da infância directamente para a menopausa. Ou tratar do assunto cirurgicamente... Não podem é "desperdiçar semente"...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O VIBRADOR DO INFERNO!

Foto Google

A Coca-Cola, no seguimento da sua campanha publicitária Kitsch, decidiu organizar uma exposição de arte contemporânea, com o apoio de uma empresa ligada a este ramo de negócio chamada Experimenta Design, dirigida por uma tal Guta Moura Guedes. Guta é um nome engraçado, tipo Nônô, ou Pita, ou mesmo Bibá. É simpático! A campanha da Coca-Cola, como se devem lembrar, consistia na troca de um objecto kitsch por uma lata de refrigerante desentope canos. A intenção era agora, convidando artistas da nossa praça, recriar esses objectos em novas obras de arte.

Assim, foi convidada, entre outros, a artista plástica Catarina Pestana. A Catarina lá fez a sua obra de arte, que enviou para o Palácio Braamcamp. Pelos vistos, alguém da Coca-Cola viu a escultura da Catarina e de imediato instruiu a Experimenta Design a retirar a obra de arte, ameaçando inclusivamente com o cancelamento do evento se a obra não fosse retirada de imediato. Porquê? Porque a obra contém, na sua composição, um vibrador. Podem ver a escultura aqui.

Há vários factos interessantes a ressalvar aqui. Antes de mais, a obra é pertença da colecção Joe Berardo, que ficou doido com a perspectiva de ter um vibrador a sério lá em casa e mandou toda a gente às malvas, pagando (dizem as más línguas, principescamente) para a possuir (e este possuir, entendam como quiserem). A vergonhosa censura da empresa, apoiada cobardemente pela Experimenta Design. O facto de o trabalho dos artistas NÃO ser remunerado de qualquer forma. E depois, todo o ambiente que rodeia o evento, com palavras como Guta, Braamcamp ou kitsch. Não é kitsch, é chique!

Está mais que visto que o vibrador, para a Coca-Cola, não se enquadra na sua imagem, mais ligada ao Menino das Lágrimas, ao Pai Natal, ao Coelhinho da Páscoa... Este vibrador é um objecto que veio do Inferno!!!
Mas... Há duas questões muito mais interessantes:
-Quem terá sido a alminha que considerou um vibrador um objecto kitsch???
-Quem terá sido a outra alminha que trocou o vibrador, considerando-o um objecto kitsch, por uma lata de desentupidor de canos???

Isto há coisas que nem a Seth lembrariam...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

TEMA DE GRANDE VIOLÊNCIA

Foto Google

Hoje vou escrever sobre um Tema de Grande Violência - um TGV, portanto. Anda nas bocas do país o TGV. Trata-se um tema de grande violência, como se pôde ver no debate entre o nosso primeiro e a líder (?) da oposição. E teimava a senhora que os portugueses só querem fazer o TGV para agradar aos espanhóis, que eles iriam receber uma pipa de massa se nós fizéssemos o TGV, e mais coisa e tal e mais não sei quantos e coiso. Afinal, Espanha recebe o mesmo que Portugal receberá. Cara MFL, pá, deixa lá isso! Porque insiste a senhora em abrir a boca?

Numa coisa concordo com MFL: Portugal não é uma província espanhola, por mais que os ingleses pensem o contrário. Não somos, nem nunca fomos. Fomos sempre um Reino e República independentes de Espanha (mesmo no tempo dos Filipes, sim!!!). Aliás, andava Espanha nos testículos do pai dela e já nós cá contávamos com três séculos de independência como país. Mas... porquê irritar Espanha? Porquê agora? Deixem estar o gigante adormecido, sempre vamos andando por aqui sem inquietações...

Eu sou a favor dos Temas de Grande Violência, ou TGV. E porque sou a favor do TGV? Ora bem, pela mesma razão que sou a favor de Portugal ter organizado o Euro: para os estrangeiros virem cá e irem dizer lá para a terra deles: Portugal não é uma província espanhola! Pimba! Toma lá!! Claro que, se não fossem os espanhóis a trabalhar com Portugal, ninguém mais trabalhava e regressaríamos ao "orgulhosamente sós" do botas. E voltamos ao mesmo, pois a MFL diz que Portugal não é província espanhola. Ainda bem, pois se fosse, a mesma senhora seria liminarmente demitida depois de dizer que suspenderia a democracia por seis meses em Portugal - em Espanha, duvido que o pensasse sequer. Pá, deixa lá isso, não abras a boca, pá!!!

Mas que tipo de TGV teríamos? Bem, não sei bem. Isso depende. Tenho a certeza que se for o Sócrates a implementar o TGV, vamos ter um comboio que vai rolar (ou gravitar) a 1000 Km/h!! Pimba, só para mostrar aos espanhóis e dizer que "eu fiz a obra do século e Portugal não é uma província espanhola"! Se for a MFL a fazer a obra (porque ela faria na mesma a obra, desenganem-se), recuperei a foto, em cima, do modelo pretendido pela senhora para Portugal - tal como ela, actualizadíssimo! E um modelo que tem bem implícito o dito: Portugal não é uma província espanhola! Pois não, olha se fosse...

domingo, 13 de setembro de 2009

MANIA DOS ABRAÇOS!

A Anne, do blog Essence of Self, deu-me este selo, juntamente com estes desafios:

Quem mais gosto de abraçar: a minha esposa!

Quem nunca abraçaria: Pinto da Costa!

Quem gostaria de abraçar: Richard Wright!

A quem daria (dou) o melhor abraço: à minha mãe!

Para os blogues:

- Forteifeio
- Afectado
- Namorado da Ria
- Lusibero
- Agente Provocadora
- de Marte;

O 11 DE SETEMBRO

Foto Google

Deixei passar a data exacta, o dia 11 de Setembro. E não foi de propósito, foi mesmo esquecimento, o que não é desculpável. No entanto, mais vale tarde que nunca.

A 11 de Setembro de 1973, morreu Salvador Allende, em consequência do sangrento golpe militar que viria a empossar como chefe de Estado do Chile o tenebroso Augusto Pinochet. Eleito em 1971, Salvador Allende nunca escondeu a sua ideologia socialista marxista, o que viria a chamar a atenção dos EUA e do seu braço externo, a CIA. Enquanto o primeiro aplicava um bloqueio comercial ao Chile, que resultou num decréscimo do crescimento do PIB do país dos 9,0% para -4,2%, a segunda organizou uma série de greves do patronato e arquitectava o golpe de Estado.

O estadista Salvador Allende morreu a 11 de Setembro de 1973. Deixou saudades e precedeu um dos mais sangrentos regimes de que há memória na América do Sul.

PS: dados e análise recolhidos na Wikipédia.

sábado, 12 de setembro de 2009

EU ACERTO EM CHEIO... SEMPRE!

A Pronúncia mandou pegar e eu peguei, está pegado.

Regras:

1. Dizer quem foi a alma caridosa que se lembrou.
2. Passar a dez blogs - é só pegar, quem quiser!
3. Uma peça de roupa que goste? As minhas peúgas!

Siga!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

ASSIM NÃO VAMOS LÁ!

Foto Google

Hoje é um dia que é lembrado pelo ocorrido na mesma data há oito anos. Esse incidente perdurará na memória colectiva do mundo inteiro. Mas o que aconteceu hoje deixa o início das conversações israelo-árabes mais longe. O Líbano á actualmente uma manta de retalhos. Do processo eleitoral resultou a vitória minoritária de Saad Hariri, que renunciou a formar governo de coligação com o segundo partido mais votado, o Hezbollah. O clima é tenso e instável, o exército libanês é tudo menos uma força de segurança e as fugas em termos da mesma são mais que muitas.

Hoje foram disparados dois rockets Katyusha do sul do Líbano em direcção ao território israelita. Aparentemente, ainda não foram reivindicados, mas eu creio que serão da responsabilidade do Hezbollah. Não sei que táctica estão a seguir os partidários desta organização extremista, mas parece ser a da provocação a Israel como modo a induzir resposta massiva e assim reunir de novo o apoio da maioria dos libaneses. Esta é apenas uma especulação minha, note-se.
Isto porque o Hezbollah sabe que qualquer resposta israelita é desproporcional e não tem em conta evitar baixas civis.
Os Katyusha são rockets de curto alcance, sem orientação, que são lançados para o lado que estão virados e caem quando ficam sem combustível. Não são uma arma eficaz, mas podem causar estragos consideráveis quando caem em áreas densamente povoadas. Pelos vistos, estes apenas danificaram uma torre de alta tensão.
A resposta israelita foram oito rockets sobre a aldeia de Q'Lailé, junto à fronteira. Não se sabe que estragos provocaram.
Enquanto a lógica do Hezbollah assentar na negação do Estado de Israel, não vamos longe para resolver o conflito. Aliás, também o Hamas alinha nesse diapasão. Ambas as organizações são claramente apoiadas por um elemento externo, no caso o Irão, país que também parece não ter escapado incólume à contestação vivida depois das eleições que reconfirmaram a actual presidência. Pode até ser um quadro maior, mas é triste vermos, constantemente, os extremistas de um lado e de outro a minar todos os esforços que pessoas de bem, também de ambos os lados e inclusivamente de fora, têm envidado para a resolução do conflito. Pena ainda é que os governos em conflito sejam claramente dominados por estes interesses extremistas.

Assim não vamos lá...

CURA MILAGROSA!

Foto Google

Não morro de amores por médicos. Ou hospitais. Ou Centros de Saúde. Estes últimos então... são daqueles sítios onde vamos encontrar uma data de aposentados que, não tendo mais nada para fazer, marcam uma consulta no médico para poderem ver os programas do João Baião acompanhados. Ou então aqueles desgraçados com talas nos braços e dedos, com mangas caviadas, de quem temos logo pena mas que afinal já pediram baixa treze vezes nesse ano. Depois há os sistemas de som, para chamar doentes, daqueles que ranhosam uns sons não identificados que supostamente são o nome de alguém.

Prometi contar como me livrei de uma doença e cá estou a cumprir a promessa. Tinha eu dez anitos e tive uma grave infecção na garganta, que me levou à faca e me espalhou altos níveis de proteína C reactiva no sangue. Traduzia-se esta doença num par de sintomas, como a cor acinzentada da pele e dores nas articulações. Fui imediatamente medicado e lá tomava duas aspirina por dia e uma injecção de penicilina por semana. De início, tomava tudo, depois deixei de tomar as aspirina porque sim. Ia lá a casa um senhor dar-me as injecções, aos Sábados de manhã - ah pois, naquele tempo ainda não havia enfermeiras nos Postos de Saúde.

O homem chegava todo sorridente, com o estojo enrolado em papel pardo, e com uns óculos com lentes de uma grossura que me faziam desconfiar do facto de ele conseguir ver o meu cu quanto mais acertar-lhe! Pelo menos, quando aquele cano de canhão de 30mm perfurava os meus pobres glúteos, era o que me parecia. Por vezes, ficava um dia inteiro sem poder andar! E logo num Sábado! Depois, vieram as enfermeiras e passei a dirigir-me (a dia da semana) ao Posto de Saúde.

Entretanto, os médicos, que primeiro me disseram que teria de tomar aquilo até aos 14 anos, mudaram a data para os 16. Quando cheguei aos 16, teria de ser até aos 18. Quando cheguei aos 18, e já conhecia e tratava por tu todos os baixistas profissionais da minha terra, disseram-me que era até aos 21... Quando tinha vinte anos, estava literalmente farto do facto de todas as semanas me espetarem uma agulha de seis centímetros e dois milímetros de grossura pelo traseiro abaixo...

Um dia, fui tomar a injecção. Foi simples, baixei as calças 5 cm e esperei a picada que parecia que chegava ao fígado. Ainda bem que não chegava, nessa altura bebia uns canecos fortes no Zé da Banana. Ouvi um sonoro "Uiiii!" da enfermeira e cometi o erro de olhar para trás. A princípio, não me apercebi do que era aquele jacto intermitente e vermelho a golfar para cima da marquesa. Mas depois entendi que era eu a sangrar do cu sem ter prisão de ventre nem nada! Ainda tentei desmaiar, mas a segunda picada apanhou-me a meio do processo, pelo que me fiquei pelo "F***-se! P*** que pariu! C***** lá a minha sorte! Estas calças estavam limpas, porra!". A enfermeira mandou-me ir ao consultório da médica, levantar a receita e lá fui eu, com o aspecto de quem foi apanhado de costas num atentado do Hamas! Quando entrei no consultório, a doutora olhou para mim e disse-me: "Sim, já não é a primeira vez que lhe acontece, mas esta sujou-o mesmo!", ao que eu pensei "Se te pusesses a mandar bocas para o c****** é que fazias mesmo bem!".
A doutora então disse-me que o tratamento se alongaria até aos 30 anos, com sorte. Pus-me de pé, disse-lhe "Passe bem, não ponho cá mais os butes!" e vim-me embora. Por sorte, as dores nas articulações não voltaram e, passados anos, quando fiz exames e análises ao sangue, a proteína C reactiva tinha valores normais! Se tivesse continuado o tratamento, dá-me a impressão que ainda lá andava!

Só pode ter sido cura milagrosa! Ou isso ou o facto de nunca mais ter pensado no caso e preocupar-me apenas com a minha vida...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

PADRE TADEUSZ RYDZYK - UMA VIDA!

Foto Google

Ele há vidas assim. Há vidas consagradas a objectivos grandiosos e não, não me refiro a ser presidente do conselho de administração da Mota-Engil. O padre Tadeusz Rydzyk construiu uma vida ao serviço da disseminação da sua mensagem, por todos os meios possíveis. Apesar da notoriedade que tem na Polónia, seu país natal, este homem recusou sempre honrarias e mantém-se na hierarquia católica como vulgar padre.

Entre os feitos extraordinários deste padre polaco, encontram-se a fundação da Rádio Maria (Radio Maryja), de um jornal com o nome Nasz Dziennik e a TV Trwam, que quer dizer Eu Persisto em português. É um extraordinário exemplo de abnegação ao serviço da Igreja Católica, particularmente num país católico mas com ataques severos por parte da agnose e de outras religiões.

Rydzyk conseguiu agrupar, em torno destes orgãos de comunicação social e da imagem da Virgem Maria, um número prodigioso de seguidores, a quem chamou "Família de Maria".

Um dos maiores santuários marianos da Polónia é o da Virgem Negra, em Czestochowa. E foi também onde se realizou mais uma das muitas convenções da Família de Maria. Aquando da tomada de palavra por parte de Rydzyk, este, ladeado de inúmeros monges peregrinos ao santuário, destaca um Irmão africano, de cor negra, com uma frase que provocou os aplausos de toda a Família de Maria ali presente, que denota bem os seus sentimentos altruístas:

"Vejam, um negro. [O homem] nunca se lavou!"

O entusiasmo da multidão a aplaudir estas palavras denota bem o quanto a Igreja e seus seguidores podem não ser aquilo que deles esperamos. A maior ironia de todas - o Santuário da Virgem Negra, local de culto geral, mas em particular para a "Família de Maria", tem esse nome porque a estátua da Virgem, que representa as supostas aparições que ali se registaram é... Negra!

Rica família, ò Sr. Padre!

PS: Notícia descoberta num cantinho do Courrier Internacional. Cada vez gosto mais desta revista.

AVISO À NAVEGAÇÃO!

Meus caros senhores, esta discussão deveu-se a uma única razão. Sabemos qual é essa razão.

Este blog é público. Não pretendo que venha a ser de outra forma qualquer.
Mas este blog é também um sítio onde eu expresso as minhas opiniões. Por muito que estas vos choquem, peço-vos elevação ou pelo menos contenção nos vossos comentários. Tal como eu não vou insultar ninguém para blogs alheios, não espero ser insultado no meu próprio blog.
Esta discussão não é um insulto para mim. Esta discussão surgiu precisamente pela divergência de opiniões que surgiu no meu post "Por um Universo Cristão", onde expus o que penso da missão de evangelização de Bento XVI, não sendo a primeira vez que determinados comentadores, ao invés de registarem a sua honesta opinião, sujeitando-a à discussão pública, duvidaram da minha seriedade, moral e ética, chegando ao ponto de presumirem as minhas frustrações e assuntos mal resolvidos com o passado.
Não tenho frustrações acerca do assunto em questão nem em relação ao meu passado, pelo qual a minha consciência limpa responde sem temor.
Mais posts como o Universo Cristão surgirão no futuro, albergados no Cirrus Minor. Quem quiser comentar, é livre de o fazer honestamente. Quem vier apenas "dar chás" por se achar mais perfeito que os outros, insultando a inteligência, o escorreito passado e honestidade do proprietário do blog não é bem vindo. Não concordar é permitido. Fazer juízos de valor sobre o assunto em questão ou sobre outros que dele derivem livremente, é permitido e será debatido.

Fazer juízos de valor no aspecto pessoal, sejam de que maneira forem apresentados, atribuir epítetos ao autor do blog ou a qualquer dos seus convidados, insinuar superioridade religiosa ou ética, quando apenas se discutem opiniões, forçosamente indicativas do carácter de cada um mas não conclusivas, não é aceitável.

Aconselho também que os assuntos aqui tratados aqui sejam finalizados, e que não haja disseminação de comentários em outros blogs que nada têm que ver com os assuntos em si mesmos.

Por tudo isto, e muito embora a origem da discórdia tenha sido aqui, não entendo como já consegui ler alusões a esta discussão em, pelo menos, cinco blogs diferentes, sem que um dos blogs dos contendores tenha a mínima referência ao assunto. Não me importo que haja aqui lavagem de roupa suja, mas o blog independente e não censurado Cirrus Minor não é a lavandaria desse blog. Se a linguagem aqui empregue por ambos os bloggers é demasiado vernácula para aparecer nesse excelso blog, garanto ao seu proprietário que o Cirrus Minor é uma casa respeitável que, embora tolerante, não merece menos respeito. Fico sinceramente chocado e deveras agastado, não com os termos usados pelo Daniel e pelo Francisco Vieira, mas antes pelo facto de comentários terem sido censurados no blog Sair das Palavras, para depois serem reeditados aqui. Se não têm a elevação pretendida pelo proprietário desse blog para poderem lá aparecer, o que o leva a pensar que eu os considero dignos de aqui aparecerem? Mais acrescento que não vi grande diferença entre os comentários do Francisco e os do Daniel. Mas vejo e constato um facto: o Francisco escreve com a mesma ligeireza no Namorado, coisa que não acontece no Sair das Palavras, onde nunca encontrei um comentário ou post do Daniel com a mesma linguagem que aqui usou.

Presto aqui este esclarecimento para futuros encontros e debates: eu não tenho duas caras. E não gosto que comentem no meu blog com duas caras. Há quem pregue a simplicidade e honestidade. Neste caso, não houve nem uma nem outra.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

FOI SÓ O PULSO, IRMÃ!!

Foto Google

O papa Bento XVI partiu um pulso a sair da cama. O que faz sentido, seria mais estranho partir um pulso a entrar na cama... Independentemente da forma como o partiu, o que é certo é que os ossos do senhor já não são os mesmos de quando novo e quebraram, e tem alguma coisa a ver com a cama. Mas isto é notícia? Bem, para mim, não. Para mim é uma curiosidade e para ele uma dor do catano. Mas notícia... para quem?!

Pois, é notícia para alguém. Eu sempre achei pungentes os exemplos de abnegação e de fidelidade levadas ao extremo, por uma boa causa, ou pelo menos quando se julga que é uma boa causa. Não, não é agora que vou meter a colherada sobre o Papa... A Irmã Tavoletta, assim que ouviu a notícia, largou o que estava a fazer (não sei o que era, provavelmente rezava , era ajudada por algum escuteiro a atravessar a rua ou coisa assim...) e toca a largar para o carro, um Ford Fiesta. Para quê? Para fazer vigília à porta do Hospital Parini, situado em Aosta, onde estava a ser tratado Bento XVI.

Era tanta a vontade de fazer o trabalho de Deus e velar pelas melhoras do Papa, que a Irmã Tavoletta (isto em italiano não quer dizer mesa???) tão cedo não conduzirá o seu Ford Fiesta. Estarao provavelmente a pensar que teve um acidente e foi para o Parini, mas fazer mesmo companhia ao Papa. Nada disso! Deu de caras com a Brigada lá do sítio e foi controlada a sua velocidade. E depois? Que tem de mal? A que velocidade pensam que se desloca uma freira num Ford Fiesta?? Cento e oitenta (180!) é um número simpático e redondo.

Agora imaginem, se puderem, a cara do guarda que teve de multar a senhora. "Desculpe, Irmãzinha, mas ficou na máquina...". "Deus perdoa, meu filho". "Pois, isso é tudo muito bonito, mas ficou na máquina, não há nada que eu possa fazer...". "Não te preocupes, meu filho...". "Ainda se a Irmã viesse mais devagar um pouco e não ficasse gravada na máquina, talvez chegássemos a acordo...". "Meu filho, passa lá a porra da multa que eu quero ir rezar pelo Papa, meu grandessíssimo @£§€§[@£€£@€@£!!!!". Bem, eu admito que as freiras tenham paciência, mas se deram de caras com um guarda daqueles "solícitos"... perdeu-a de certeza!

Além da excelente publicidade à Ford, que tem um utilitário a chegar aos 180 Kms/h, e depois de um sermão a repreender levemente a freira, é de louvar a dedicação da senhora ao Papa. Não é todos os dias que os fieis se dirigem assim tão avidamente a locais de vigília! A senhora com certeza não repetirá a graça. A não ser que o Papa parta uma perna, da próxima vez. Aí vai chegar aos 220 kms/h. Mas tem de levar outro carro, evidentemente. É que pôr um Fiesta a 220 já não seria devoção, seria mesmo um milagre. Ah! E só o fará depois de tirar novamente a licença de condução...

Não podiam mandar a senhora com um raspanete (figurado, olhem lá essas fantasias!!!) e uma multa? "Não, ficou gravado na MÁQUINA!!!!"

Notícia do La Repubblica, no Courrier Internacional.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

ESPECIALMENTE PARA TI...

Especialmente para ti, Anne, mas também para a maior parte dos outros leitores assíduos:

Penso que poucos de vocês tiraram o devido sentido do post de ontem "O novo emprego de Manuela Moura Guedes". O vídeo é mesmo para ver até ao fim, pois trata de um assunto demasiado sério para ser abordado pelas minhas palavras, que poderiam ser impensadas e indecorosas. Preferi postar o vídeo. Cá fica novamente:
Anne, OBRIGADO!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

PAREM LÁ COM ISSO!!!

Foto Google

O colesterol é danado!! O colesterol (o mau, aquele com ls e coiso) é mau! Pelos vistos, há o Colesterol bom, o mau e deve haver o Colesterol vilão também. O colesterol mata e o colesterol é tramado. Além de cientificamente provado, é a minha opinião também. Porra lá o colesterol que não me deixa em paz!
Tenho peso normal para a minha estatura, tenho uma alimentação que, não sendo exemplar, é, no mínimo, razoável. Caminho ou corro meia hora por dia. E tenho colesterol. Não sei bem porquê, parece que tenho uma propensão genética qualquer... Logo, tenho de tomar medicamentos. Pravastatina. Ok, tudo bem. Hoje levei a última receita à médica da empresa para logo passar numa farmácia e comprar a dita. Isso e pasta dos dentes.

Estou (ou estava há uns meses atrás), fora dos limites do colesterol, mas até nem muito - 380 é muito?! Não me parece... Dada a tal propensão genética e tal... é pouco. Pior esteve o meu irmão que foi apanhado a fazer curvas a 520. E não morreu. Pelos vistos, tem uma propensão genética... Deve provar que somos irmãos...
Quando eu era puto, era sujeito a exames periódicos, porque tive uma doençazita associada à proteína C reactiva (nome pomposo para reumatismo infantil), derivada de uma infecção sanguínea. Curei essa doença de uma forma extraordinária, que fica para outro post. Prometo.
Nessa altura, o limite máximo para o Castrol era de 250 uds. Há dez anos atrás, quando fiz uma bateria de exames para trabalhar em determinada função, reparei que o limite era de 220 uds, e eu tinha 280. Nada de grave, resolveu-se com exercício.
Mas o famigerado Castrol atacou mais em força ultimamente, e fui encontrado a navegar a 380 nós. Mas entretanto o limite baixou para 200. Ultimamente, tenho baixado (320), mas entretanto o limite também baixou para 180!

Parem lá com essa trampa, porra!! Por este andar, quando o limite de Castrol nas localidades for de 50, estou com 100, perfeitamente saudável mas ainda a comprar a parva da estatina!! O meu velhote (carinhosamente velhote, claro!) tem 140 e o médico receitou-lhe pravastatina: "Tome meio comprimido, faz-lhe bem...". Ou melhor, receitou-lhe Pravacol, pois não autoriza a pravastatina. O velho ainda lá se lamuriou que era reformado e tal, mas qual quê? "A sua mulher tem propensão genética, tem de tomar sempre, tome dos dela que fica mais barato!" Ora porra! Mais barato a quem??

Pronto, e fiquei a saber que sou Santos da parte do pai e colesterol da parte da mãe! Antes isso, andam para aí outros que herdaram coisas piores das mães... Eh pá, maldosos do catano e do camandro!!! Estava a pensar na diabetes!!!

Mas parem lá de mexer no limite, porra!!! Querem multar, multem, querem vender fármacos, vendam, se quiserem até podem vender os farmacêuticos também e levar os médicos junto! Mas parem lá de mexer nisso, ò faxabor!!! Juro que se baixar para 150, a primeira coisa que farei quando for a Trás-os-Montes é comer uma posta de três quartos!!

PS: se não baixar para os 150, prontes, Ok, como só uma posta de meio quilo. Mas com uma alheira como entrada!!!

domingo, 6 de setembro de 2009

POR UM UNIVERSO CRISTÃO

Foto Google

Não há mal que sempre dure nem bem que se não acabe - diz a sabedoria popular e é bem verdade. Aqui há dias queixava-me que o Cata Vento XVI não dizia nada, e por isso tornava-se difícil malhar no personagem. Até que chegou Domingo e Voilá!!!! O Papa abriu a boca! Como é óbvio, saiu asneirada da grossa.

Aliás, o PB16 tem uma maneira de se expressar extraordinária: consegue dizer as maiores barbaridades e contradizê-las minutos depois. Assim, nas suas palavras, "
é particularmente importante o contributo que as Religiões podem e devem dar para promover o perdão e a reconciliação contra a violência, o racismo, o totalitarismo e o extremismo". Nada contra. Se assim fosse, poderia ser um excelente contributo, apesar de sabermos que esse não é o propósito de qualquer religião, pois essas encontram terreno fértil para engrossar fileiras na miséria humana.

Mas, não é que, logo a seguir, PB16 retomou a sua visão particular das coisas? Bento XVI quer impor a todo o Mundo a Fé Católica, quer todo o Universo se vergue à sua vontade, que se torne num Universo Católico. Duvidam? Então leiam as suas palavras: "
Na verdade, a humanidade inteira tem a vocação radical de voltar à sua origem, que é Deus, somente no Qual ela encontrará a sua plenitude por meio da restauração de todas as coisas em Cristo. ". Interessante, uma vez que muitos acusam o Islão do mesmo. Diz mais o nosso querido amante de guerras religiosas Papa Bento XVI:
"
É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdadeiro caminho histórico da humanidade."

É por isto que eu adoro o Papa Bento XVI. Nada radical, sempre conciliador. E se todos formos seus servidores, melhor ainda. Um verdadeiro Führer!!

O NOVO EMPREGO DE MANUELA MOURA GUEDES

Foto Google

Não dei grande opinião sobre a suspensão do programa informativo Jornal Nacional de sexta-feira, por parte da administração da TVI (ou seja lá quem foi que ordenou). Já afirmei mais que uma vez que o programa em causa representa, para mim, tudo o que de mau pode representar um programa de informação, independentemente dos assuntos que trata ou dos seus conteúdos. Isenção é uma palavra desconhecida por aquelas bandas.
Seja como for, o Freeport foi talvez a razão para se falar tanto desta suspensão. O Freeport é notícia em qualquer jornal ou televisão, mas é evidente que os juízos lançados por Manuela Moura Guedes em directo, um pouco à maneira da justiça popular, faziam deste programa o grande paladino da justiça contra a corrupção. Não sou crente, mas muitos são e muitos acreditam.

É evidente que Manuela Moura Guedes, para muitos, representa a coragem em pessoa. É assim que se processam os nossos pensamentos quando estamos habituados a ser couch potatoes, quando tudo aparece sem esforço. Agora, tem de fazer pela vida, mas a sua fama de justiceira pode abrir-lhe muitas portas. E este blog e seu autor tem uma proposta para Manuela Moura Guedes: a Al Jazeera. Eles têm necessidade de jornalistas e repórteres com carácter que aceitem situações difíceis.

O vídeo seguinte mostra como MMG pode encaixar bem na Al Jazeera:



Tenho a certeza que MMG não se escusaria a prestar os seus serviços nesta situação que bem precisa de justiça.

PS: Quanto ao assunto em causa no vídeo, terá o seu espaço neste blog em ocasião posterior.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

ATÉ QUE ENFIM!

Foto Google

Pois é, mais vale tarde que nunca. Há já alguns meses que os utilizadores (não gosto de lhes chamar utentes, soa a gripe ou fisioterapia...) das autoestradas A17, A28, A29, A41 e A42 (se estiver a esquecer alguma, façam o favor de acrescentar) viram ser instalados uns estranhos pórticos em determinados pontos destas vias. A princípio, pensou-se que seriam para colocar os famosos painéis electrónicos de informação. Mas... são em conjuntos de três, como se pode ver na foto. Finalmente, o JN deu a notícia tão esperada por todos os que já estavam fartos de saber o que aquilo é: pagamento de portagens.

Eu até nem sou contra o princípio do utilizador-pagador deste tipo de vias. Mas lembro-me que no início do mandato deste governo, o próprio PM enfatizou que estes autoestradas não seriam sujeitas a pagamento de portagens. Depois, recuou, dizendo que se estas vias são factor de discriminação positiva para as populações OU que representem a única opção de deslocação no mesmo trajecto, não teriam portagens. Depois, recuou novamente, dizendo que se estas vias são factor de discriminação positiva para as populações E, AO MESMO TEMPO, se representam a única opção de deslocação no mesmo trajecto, não teriam portagens. Ficamos então a saber que o PM não vai faltar à palavra, uma vez que as duas razões apresentadas não figuram na caracterização das vias visadas ao mesmo tempo.

Veja-se o meu caso: para visitar a minha família em Paramos, concelho de Espinho, tenho três opções: pago portagem; enfio pelo centro do Porto e atravesso no Infante, centro de Gaia, estrada nacional 109 antiga (a moderna já não existe); ou então, vou a nado de Matosinhos. A mais rápida é a primeira opção, mas também a mais cara. Ora, partindo do princípio que o meu GPS evita portagens, só me resta a outra opção que me pode poupar tempo: ir a nado. Claro que pagaria a portagem, uma visita não se faz todos os dias... Mas e as dezenas de milhar de pessoas que vêm de Espinho e Feira para trabalhar todos os dias no Porto? Que alternativa têm senão demorar 3 horas para fazerem os 30 kms?? E onde está a vontade de tirar o caos do centro da cidade, a abarrotar de veículos todos os dias??

O pior mesmo é que ninguém fala disto, o que não se compreende. Não se compreende como os autarcas destes concelhos tenham sido comprados tão rapidamente. Mas ainda pior, é como pagaremos as portagens. Vai ser obrigatório que todas as viaturas tenham um chip. Já saiu a lei, vai entrar em vigor muito em breve. Passamos, o chip é activado e descontado o montante automaticamente das contas bancárias previamente fornecidas aquando da compra do mesmo. Big Brother no seu melhor - está explicado o estranho caso do desaparecimento da Teresa Guilherme - está a montar stands para a vendas dos chips.

Estes chips servem também para localizar um veículo furtado (desde que o ladrão seja tão estúpido que não o inutilize) e para que as forças policiais tenham acesso a toda a informação e documentação do veículo (para isso, havia aqueles dispositivos extremamente estranhos, chamados matrículas, mas parece que já não servem). Também serve para controlar os nossos movimentos, saberem por onde andamos, enfim, tudo e mais alguma coisa que queiram imaginar! O melhor de tudo - os cães não pagam as trelas, mas nós teremos de pagar os nossos chips... Um dia destes vão mesmo implantar chips debaixo da pele, não falta muito, vão ver...

E os veículos estrangeiros, não pagam? Queriam... Pagam à mesma, serão obrigados a adquirir um chip provisório. Boas notícias para os guardas alfandegários, que estarão a distribuir nos postos alfandegários novamente activados, um kit de sobrevivência em Portugal, composto de chip para pagamento de portagens, máscara para gripe A, óculos de sol, boné da Super Bock, roteiro gay (à cautela) e uma foto autografada do C.Ronaldo. Por meros cem euros, claro... Se não quiserem comprar, depois recebem cartinhas em casa, lá pelos estrangeiros a relembrar que tem de "proceder ao pagamento de 0,75€ de portagem na A29"...