sábado, 21 de novembro de 2009

É BRINCADEIRA, NÃO É?

Foto Público

O Tratado de Lisboa vai entrar em vigor e, com ele, entrarão dois cargos novos na estrutura da União. O cargo de Presidente do Conselho Europeu, uma espécie de santo de igreja, decorativo e imóvel, e o de Chefe de Política Externa, uma espécie de Jorge Amado mas acordado. Escolheram-se as pessoas para os lugares. O presidente fica a ser um belga, von Rompuy, que tem um olhar penetrante e é conhecido por ter sido o primeiro ministro que pacificou a Bélgica, o que seria um cartão de visita excepcional, tivesse havido algo para pacificar na Bélgica, como uma guerra civil, ou pelo menos um caso de escutas ilegais ou até uma manifestação de professores.

O Chefe de Política Externa, neste caso, a chefe, trata-se de uma inglesa de meia idade que se poderia chamar perfeitamente Armanda ou coisa do género. Ninguém sabia da sua existência até hoje, mas agora é a figura europeia que medirá forças com os Obamas, Hus, Clintons e afins deste mundo. Chama-se Catherine Ashton e já ocupou vários cargos políticos em Inglaterra, embora nenhum com a envergadura duma presidência da Câmara Municipal do Corvo, por exemplo. Trata-se de uma senhora que subiu meteoricamente na cena nacional e internacional, sabe-se lá por cunha de quem, pois se há três anos ninguém a conhecia em Inglaterra, a subida foi tão meteórica que ainda hoje ninguém a conhece. Deve ter passado à velocidade de um asteróide... tem pouca experiência europeia, pois só está em Bruxelas há um ano, o que só indica que esta escolha foi extremamente criteriosa e a pensar na importância do cargo. Pelos vistos, é para decorar também.

Mais ainda, a senhora é da nobreza, pois trata-se de uma Baronesa, mais precisamente Baronesa de Upholland. Como sabemos, up é acima e holland é Holanda, e acima da Holanda há o Mar do Norte. Começa a fazer sentido o facto de ninguém a conhecer. Deve ser de algum arquipélago e, já se sabe, das regiões autónomas só se conhecem aqueles que verdadeiramente só dizem barbaridades. No entanto, não é pelo facto de ser obviamente uma "Boy" que coleccionou "Jobs", de ser desconhecida ou até da nobreza que esta senhora não terá o meu apoio e confiança, que não lhe farão falta alguma (era mais pelo apoio moral).

Não, o facto é que a senhora pode ir e vir à Lua com os pés de fora... Mas com aquela cara... PORRA!!!

Andamos nós a queixar-nos da Manela... Enfim, mas nem todos serão desta opinião, pois, pasme-se, a senhora é casada!! O amor é extraordinário, além de cego como um morcego. E o marido desta senhora não é nenhum pé rapado, não senhor! É um distinto milionário inglês, dono de uma prestigiada empresa de... sondagens... a You Gov, e chama-se Peter Kellner. Se fosse cá em Portugal, todas as más línguas diriam que a senhora está onde está porque o marido é dono da mais prestigiada empresa de sondagens da Inglaterra, mas isso seria cá, onde tudo é à cunha. Mas lá, na escorreita Inglaterra, que ocupa por aí um honroso 2º ou 3º lugar dos países menos corruptos, segundo a ONU, que encomendou este estudo à empresa de sondagens... YouGov... Porra... (atenção, isto não passa de especulação!)

18 comentários:

  1. incrivél... :)
    só me dá é vontade rir... ó pa eles que são tão honestos... :P

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  2. Anne, um exemplo a seguir por todo o Mundo!!!

    Aliás, viu-se uma coisa nunca vista: a causa da crise foi a corrupção maciça dos gestores americanos. Curiosamente, os EUA não desceram no ranking da corrupção!! Até subiram!! Fantástico, não é?

    Olha, se o Hitler hoje fosse vivo, a Alemanha subia no ranking dos Direitos Humanos, ias ver!!

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  3. ahahahah mesmo. desconfio que vou ter de virar corrupta a ver se tb ganho o meu quinhão...
    ser honesto hoje em dia não compensa em nada. :P

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  4. Corrupta não digo. Apenas financeiramente disponível!

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  5. Ahahahahahah!

    De RIR!

    Grande manha!

    Ah e tal não somos corruptos MAS! foi à nossa empresa que...

    Enfim. Não acredito nisso.

    Sim, os cargos serão, penso, meramente decorativos, e as escolhas teriam de ser criteriosas de forma a serem facilmente manipuláveis.

    Estamos para ver o que daqui sairá estamos. Eu não queria mas não tenho cunhas noutro planeta...

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  6. Jane, achei melhor incluir a última frase. Não está em questão saber quem fez o estudo, está em questão, como dizes, porque razão uma perfeita desconehcida com poucas ou nenhumas provas dadas na diplomacia, há-de ascender a uma posição como esta?
    Que se passa aqui? Como é que uma política de condado na Inglaterra, em dois anos, ascende à chefia da diplomacia da maior economia do mundo? Sim, e será que o facto de uma empresa que trabalha para o Governo inglês, para a União Europeia e até para a ONU ser do marido dela?

    Estranho, não é? É quase como a Mota Engil ou a Lusoponte... Mas menos importante.

    ;)

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  7. Eu até já tenho medo de pensar muito nestas coisas, porque quando começo a juntar 2 e 2 o resultado só pode ser um... e não me agrada nada os resultados a que tenho andado a chegar!

    Sinceramente, assusta-me!

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  8. Eu não acreditoem coincidências há algum tempo e já o disse, as coisas estão préviamente determinadas e depois temos bobos da côrte como o Barroso.

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  9. Pronúncia, nunca são 4. há sempre margem para erro, neste caso para a corrupção.

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  10. Forte, acredito que todas estas caras escondam os rostos de quem não quer ser visto.

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  11. Já começamos a exportar a nossa incompetência em escolher as pessoas para os cargos de decisão? É que essas escolhas poderiam ser feitas cá, mas em vez do tal belga e da baronesa, poderia ser um fulano qq duma J que ninguém conhecia mas que, num ápice, subiu a um cargo importante e de responsabilidade.
    Que se lixe a cortiça e a castanha de trás-os-montes, nós somos bons é em designar medíocres, e parece que já andam a nos copiar! Pirataria é fo#$!!!

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  12. A senhora até tem um certo charme...! (not... XD)*

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  13. Cirrus:

    "Que se passa aqui?"

    O que será? Para representar a União Europeia perante o resto do mundo, porque será que elegeram pessoas que não têm a mínima experiência em cargos desta envergadura?

    Quanto mais inocentes, mais fáceis de moldar àquilo que se quer.
    Se não se tem experiência tem-se de acreditar nos conselhos que os que estão ao redor dão não é?

    Marionetas de apresentação.

    Quanto ao marido... Hmmm... É possível que tenha tido peso. Matam-se duas cajadadas de uma só vez.

    Penso eu, claro, que não entendo nada de nada disto!

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  14. Catsone, os apadrinhamentos sempre aconteceram, em todo o lado, por esse mundo fora. Basta ver o exemplo dos EUA, que tiveram um fantoche na presidência por 8 anos.

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  15. ADEK, pode até ter, não a conheço pessoalmente. Parece é que ninguém a conhece de lado nenhum, e esse é o meu problema. Mas com aquela cara...

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  16. Janepenso que à excepção de algumas ditaduras persistentes, as caras que vemos a chefe de estado, por esse mundo fora, são quase todas marionetas de poderes bem mais obscuros. Não penso que a escolha destes nomes tenham sido escolhas dos estados fortes, como se diz. Há quem possa infinitamente mais que um estado.

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  17. pois mas o que fazer para acabar com esse tipo de manipulação?
    será que estamos destinados a nos vergarmos permanentemente à vontade desses senhores?
    essa é realmente a pergunta.

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  18. Anne, estamos. Enquanto não houver um movimento mundial de restrição económica, que vise não o crescimento, mas a contenção económica, estes senhores cada vez ganham mais poder. E cada vez destroem o mundo para além de um ponto reversível.

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LEVANTAR VOO AQUI, POR FAVOR