sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ELES ANDEM AÍ!

Imagem Google

Eles andem aí, os Velhos do Restelo, e não estou a falar dos adeptos do Belenenses. O PSD vai avançar com uma proposta para se criar a união civil registada para homossexuais, que assim tornaria o casamento homossexual desnecessário como alargamento ao casamento civil. Neste projecto, o PSD aclara que a adopção será sempre uma impossibilidade por quem optar por esta modalidade. E modalidade é uma palavra que não escolho por acaso. Porque o que estes senhores querem é tornar o casamento uma coisa sagrada, aos olhos de Deus, que, como sabemos, anda cada vez mais desacreditado por estas bandas. Confundir as pessoas, levando-as a crer que a sociedade e a religião são uma e a mesma coisa, foi manobra que muitos ditadores seguiram para fazer valer os seus "direitos divinos". Depois, além do sacrossanto casamento, existem modalidades, como esta união civil registada. Mas sociedade civil não é sociedade religiosa, meus caros! Ninguém pede que um par de homossexuais vá ao altar, pede-se apenas que tenham o mesmo direito civil que qualquer um de nós tem.

Não sou contra nem a favor do casamento gay, entenda-se. Julgo que os únicos contra ou a favor são os homossexuais e serão eles que farão a sua escolha e não eu por eles. Este tipo de iniciativa, apoiada no mais profundo preconceito e homofobia, característicos de outros regimes de outros tempos, é atroz. Mesmo em relação à adopção, penso que sempre será melhor deixar as crianças nos centros de acolhimento, serão com certeza muito mais felizes! Até porque um casal gay nunca seria capaz de criar uma criança normal, embora os "normais", os "bons", sejam aqueles que abandonam e maltratam milhares de crianças por ano neste país. Provas de que estas posições não só são homófobas, mas baseadas no mais puro preconceito, sem base científica possível.

O PSD não avançará com um pedido de referendo ao casamento homossexual, mas apoiará qualquer petição popular que chegue à Assembleia da República nesse sentido. Ou seja, os deputados são demasiado puros para sujarem as mãos num assunto que poderia ser prejudicial, mas já os militantes desta espécie de partido político devem andar nas ruas a recolher assinaturas. Não deve demorar muito a chegar a tal petição. E depois, seremos todos chamados a decidir sobre um direito dos outros, como se eles não tivessem direitos, não fossem pessoas, como se fossem apenas sinos de uma igreja ou linhas num mapa. A notícia está aqui. Dá-me asco ver coisas destas, mas enfim, lá teremos que os aturar.

18 comentários:

  1. Bom dia! Se essa escumalha aplicasse este esforco humano e de meios, para discutir o que realmente vale a pena, para o desenvolvimento do pais, era o melhor que faziam.
    Abraco

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  2. Francisco, o viajante!!! Então essas férias?

    Ora bom dia!

    Nem mais, penso que esta situação não é de importância capital e nem se devia andar com tanta petição, com tanta comichão e tanta discussão por causa disto. É matéria para legislar, legisle-se e acabou!

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  3. Cirrus: felizmente ,há mentes lúcidas, neste país de "ESTRANHOS". Como já deves esperar de mim uma resposta do género da que te vou dar, REAFIRMO que respeito as opções de vida de todos os seres. O que não compreendo é como este assunto se possa tornar tão premente para o governo de sócrates, quando o país está mergulhado numa crise tão profunda , a nível económico, social, de valores humanos, com milhões de pobres que não sabem que põr na mesa, com quase um miljão de desempregados...
    Que mundo é este, CIRRUS?
    BEIJOS de boas festas de LUSIBERO

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  4. Maria, desculpará certamente estas palavras, mas penso que está um pouco confusa. Não há qualquer premência por parte do governo sobre esta questão. Tenciona legislá-la e ponto final. Parece é que há, e é sobre isso que o post trata, alguns sectores políticos e sociais deste país que, certamente não afectados pela tal crise, se esforçam por manter os seus preconceitos e se preparam para fazer este país gastar uma fortuna em referendos sobre direitos de outras pessoas. Essa é a questão. Como disse e bem o Francisco, se essas pessoas se empenhassem assim no seu trabalho e na sociedade em geral, talvez a crise não fosse tão profunda. Mas preferem manter uma estratificação de classes a todo o custo, definindo quem são os cidadãos de primeira e de segunda.

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  5. Não percebo como é que ainda estamos a discutir o direito de duas pessoas se poderem casar. Como é que é possível!!!!!!!!!

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  6. Eusebio, as férias vao bem e recomendam-se :-)
    E tu como tens passado? Noto que inspirado eh eh eh

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  7. Sara, com efeito, é a força do preconceito.

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  8. Francisco, tudo bem. Já o inspirado... tem dias...

    ;)

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  9. E dizem bem mais:

    Em declarações à Rádio Altitude, Carlos Peixoto, deputado do PSD eleito pela Guarda, sustentou o voto contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, dizendo que fica aberta a porta ao incesto.
    «Se estamos a admitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, então também podemos admitir, pelo mesmo princípio, casamentos entre pais e filhos, entre primos direitos e irmãos», defendeu.

    http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1451175&tag=Casamento%20homossexual

    Enfim, o que se há-de fazer, tem que haver gente a dizer parvoíces, ou não saberíamos o que é a razão!

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  10. Renato, essa é uma pérola! A estupidez sempre habitou certos segmentos da nossa sociedade, mas desta forma, nem eu me lembraria!!!

    :D

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  11. Eh eh eh eh boa, essa do Renato. Esse tal Peixoto deve ser dos que pensam que a sexualiade anda no ar e que vamos apanhando as vertentes do virus, conforme as pessoas com quem nos vamos cruzando.

    Eu cada vez acredito mais que esses que mais se tem empenhado para levantar poeira sobre este tema, sao os desgracados que ainda nao se definiram sexualmente e estao com receio de vacilar :-)
    Que poderia eventualmente incomodar isto, a quem estiver bem resolvido?

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  12. Francisco, és capaz de ter tocado no ponto fulcral da questão: em que afecta um casamento normal o facto de haver um casamento homossexual? Queres ver que estes senhores, afinal, têm é medo de ceder aos seus instintos primários e serem atraídos para o outro lado??

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  13. acho que não preciso dizer mais nada já que sabes o que penso sobre este assunto e muito bem.
    faço minhas as tuas palavras...

    só um aparte, tirando todos os gastos inerentes ao referendo, já de si enormes, só para pagar às pessoas nas mesas de voto é preciso uma fortuna. senão vejamos, cada pessoa recebe à volta de 75€. 5 pessoas em cada mesa, há freguesias que têm dez ou mais mesas, multiplicadas por cada freguesia de cada cidade, vezes todas as cidades e vilas e aldeias do país... e depois dizem que o governo está a tentar é desviar atenções dos problemas do país. como disseste e bem o governo limita-se a legislar sobre um direito de cada indivíduo na sociedade. e mais nada.

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  14. Ana, quem está a fazer muito barulho neste momento acerca desta questão é a oposição de direita, que sabe em que país vive e o nível de preconceito de diversas camadas sociais. Caso contrário, a Lei seria votada, e está feito, igualdade de direito no casamento.

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  15. Cirrus

    Desejo-lhe umas Festas Felizes e um excelente ano de 2010.

    Happy holidays and best wishes for 2010!

    Abraços

    António


    P.S.: Vou estar ausente do meu blogue e da blogoesfera durante uns dias.

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  16. António, Boas Festas para si também!

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  17. Boas, Eusebio.
    Vou fugir ao tema. Passando ha pouco na marina de Ovar, lembrei-me de ti e de uma conversa que tivemos ha tempos sobre o Polis Ria de Aveiro, onde achaste que a Barrinha de Esmoriz ficaria de fora. Pois tenho o prazer de te transmitir que a Barrinha faz tambem parte do tal Polis. "Ria de Aveiro e Barrinha de Esmoriz", segundo a placa informativa que la colocaram.
    Abraco

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  18. Bom dia, Francisco, uma boa nova me dás!! Finalmente!!

    Obrigado!

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