sexta-feira, 16 de outubro de 2009

ACIDENTES EM PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS



Por certo já viram este vídeo vezes sem conta durante o dia de hoje.
É um acidente com uma criança, arrastada 30 metros por um comboio dentro de um carrinho.
Acidentes são acidentes, mas acontecem mais frequentemente em países como a Austrália.
Como a Austrália? Sim, países subdesenvolvidos.


A Austrália, um país subdesenvolvido? Hão-de estar a pensar que estou maluco!!!


Pois estou! VEJAM O VÍDEO!


JÁ VIRAM? VEJAM OUTRA VEZ!!!


Já deram conta? Já repararam? Já consideram a Austrália um país subdesenvolvido?


NÃO?? VEJAM OUTRA VEZ O VÍDEO!!


QUEM FOI A BESTA DO PROJECTISTA QUE FEZ UM CAIS DE EMBARQUE DE UMA
ESTAÇÃO DE COMBOIOS COM INCLINAÇÃO PARA AS LINHAS??????

93 comentários:

  1. Realmente nunca vi algo assim em lado nenhum. Mas nota-se perfeitamente que o carrinho estava parado e que ninguem lhe tocou.

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  2. Se fosse num país que eu cá sei, já tinham ido a casa do engenheiro responsável para lhe dar uma carga de lenha!! E das valentes!!

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  3. qd me vi ate me passei... :O
    nem sei como a mae nao se mandou para a frente do comboio. mas vá lá que ainda há pessoas com sorte e o bebé não se magoou. imagina que é um adulto de cadeira de rodas. de certeza que não passava por baixo do comboio.

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  4. Anne, pelo que sei, o bebé não passou por baixo do comboio, parece que foi arrastado à frente deste. E terá sido o carrinho que o salvou.

    Mas a inclinação é estupidez pura!!

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  5. Cirrus, já pensaste que provavelmente a inclinação é para a linha por uma questão de escoamento de águas?!
    Não estou a afirmar que seja...
    Estou só a aventar uma hipótese!

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  6. Pronúncia, como um bom engenheiro sabe, os cais das estações têm o escoamento de águas do outro lado, onde há grelhas junto às paredes precisamente para isso... E não estou a dizer que são todas assim!

    Mas sem dúvida, de qualquer das formas, é sempre preferível ver a água escoada do que haver segurança. Admito a hipótese, mas é fraquinha, admite lá...

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  7. Cirrus, apenas aventei uma hipótese. e sabia que ias falar nas grelhas de escoamento do outro lado.
    Mas acontece que isso são para escoamentos normais, sei lá, lavagem da plataforma, águas das chuvas... essas coisas...

    Estava a pensar mais em inundações. E para estas muitos factores podem contribuir.

    Mas admito também o erro, até poderá ser a explicação mais provável... erros de projecto é o que mais há por aí, ou pensas que as obras só derrapam por causa dos "sacos azuis"?!!!

    Mas isto sou só eu a divagar que poucas vezes andei de metro... em Braga não há!

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  8. Foi exactamente o que eu pensei.

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  9. Tens muita razão Cirrus, ando de Metro todos os dias e não existe nenhuma inclinação naquele sentido. Quanto à questão das águas, que eu saiba não chove dentro do Metro, e se chover algo está mal

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  10. Bom, cá para mim são daquele tipo de engenheiros que fazem túneis do metro que alagam e abatem (Lisboa), daqueles que reconstroem muros de rias navegáveis e os barcos deixam de poder manobrar (ria de Aveiro), daqueles que fazem obras megalómanas como a estação do oriente cheia de arcadas de betão onde os invisuais passam a vida a dar cabeçadas! Podia continuar, mas não me apetece. O que me parece é que é incrível como a maior parte destes pequenos erros se deixam passar vezes sem conta! Uma das coisas que mais me irrita nas pessoas é mesmo a incompetência! eh pá, se não sabes o que estás a fazer, mas vale estar quieto, não é assim?

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  11. Pronúncia, este metro é de superfície, e claro que pode haver inundações. Mas também podem haver terramotos, raios, coriscos, tsunamis e o diabo a quatro! Não pode é haver inclinação para o lado das linhas! É que uma coisa é haver uma catástrofe natural, outra é uma morte (não neste caso, graças a Rá!) perfeitamente evitável por erro de projecto ou, quiçá, por omissão nas Leis (ninguém tinha pensado nisso, pois não?)

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  12. Catsone, como vês, as desgraças acontecem em todo o lado. Mas eu ainda penso que há desgraças evitáveis e esta era... como dizer... MAIS QUE ÓBVIA!!!

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  13. Forte, é óbvio que não existem, e sabes porquê? É que em Portugal, ao contrário de outros países, ainda se vai pensando (não sempre, mas de vez em quando) nos utentes dos serviços.

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  14. Renato, obviamente tens razão. Há erros de projecto em todos os lados, embora alguns sejam erros e outros sejam impossibilidades, o que é diferente.

    Mas eu penso que este caso só pode existir por não haver uma lei básica para isto, ou uma regra que indique o que deve ser feito. Esqueceram-se...

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  15. Cirrus, há catástrofes naturais que podem serevitadas ou minimizadas... e as inundações são uma delas.

    Ma já te disse que admito o erro de projecto.

    Ou então e que tal erro de execução?!
    E de fiscalização, que não o detectou?!

    Também são possíveis...

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  16. Shit happens! ou melhor: ver pra crer, é coisa que se passa também fora de Portugal.
    Depois do acontecimento, o mundo inteiro mandou averiguar as rampas. Casa roubada...

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  17. Pronúncia, este caso não é nenhum desses. Pelo menos pelo que vejo, não é.

    As catástrofes naturais não podem ser evitadas, podem ser minimizados os seus efeitos.
    O problema aqui é que, numa catástrofe natural, mesmo com as melhores condições possíveis, os acidentes vão sempre acontecer! Mas que catástrofe natural estamos aqui a ver neste vídeo?
    E mais, o que é mais frequente? Uma inundação em Melbourne, Austrália, ou mães com carrinhos de bebé a entrar para um comboio?

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  18. bicho domato, bem vindo!

    E não é que lá pelos estranjas também põem trancas às portas depois de roubadas as casas?

    Volta sempre!

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  19. Cirrus, apenas aventei uma série de hipótese, essa foi apenas uma delas, discutível como é evidente, mas isso são-no todas (umas mais que ooutras).
    E também te disse que admitia perfeitamente o erro de projecto.
    E também te perguntei se poderia ser erro de execução ou de fiscalização... como vês coloquei em cima da mesa várias explicações possíveis! E a estas duas últimas não respondeste...

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  20. Só pode ter sido...um aborígena... ou um australiano , daqueles louros meio esquisitos

    País de cangurus, é o que dá

    e depois aquilo é grande que se farta!!!

    bj
    teresa

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  21. Pronúncia, não respondi porque, vendo aquilo, me dá sinceramente a impressão que não há qualquer regra ou lei na Austrália que obrigue a plataforma a ter inclinação ao contrário ou, pelo menos, a não ter inclinação.
    Creio ser um problema de regulamentação e não de defeito de obra. Mas isto é a minha sensação.
    É que cá, nos Metros, nem passaria pela cabeça de ninguém construir daquela forma , quando há regras restritivas que o impedem. Há erros de projecto, mas numa coisa destas... duvido!

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  22. Continuando assim, os aborígenes, na sua maior parte, nem sabe o que é um comboio. Quanto aos australianos, pensando bem, até pode ser... dadas as cargas etílicas permanentes com que estão... é possível!!

    Pronúncia, afinal, é possível, estava a esquecer-me que eles andam sempre bêbados!

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  23. Cirrus, não conheço a legislação australiana nessa matéria... pelo que é mais uma hipótese!

    Também não sei se andam TODOS bêbados... só conheço 2 e esses não andam sempre bêbados!
    Mas olha lá será uma das características deles... nós não somos "esquisitos"?!

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  24. segundo o outro somos uns provincianos sem sentido de humor. :)

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  25. Pronúncia, claro que não somos esquisitos!! Nós somos aqueles que metem os 3 ao contrário!! Mas não metemos plataformas com inclinação para a linha!

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  26. Anne, o sentido de humor português é muito bom!! Então se nos pões a falar de moscas é um fartote!!

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  27. Pois não, Cirrus.

    Deixamos portas de elevador abertas para... um fosso sem luz
    Deixamos guardas de escadas e de varandas mal seguras e que com um pequeno encontram vem tudo abaixo... guarda e quem teve o azar de se encostar.
    Deixamos furos em tubagens de gás já certificadas...

    E não somos TODOS bêbados! Olha se fossemos...

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  28. Ah! E temos legislação para essas coisas... já nem me lembrava!

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  29. Pronúncia, não temos carrinhos de bebé a escorregar para debaixo de comboios... da última vez que olhei.

    Eu não disse que vivemos num país muito bom a nível de segurança de obras, só quis chamar a atenção para o facto de não sermos muito diferentes dos outros países. Mais uma vez...

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  30. Cirrus, eu sei para o que quiseste chamar à atenção...

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  31. cirrus, não me parece que deste vídeo possas aferir se eles têm legislação sobre o assunto ou não. o facto do projectista ter pensado mal na inclinação do pavimento não te diz nada sobre isso. a não ser que acredites que os projectos só têm erros destes quando não há legislação sobre determinado aspecto.

    mas se acreditas, desde já te relevo que isso não é verdade, muito longe disso.

    ah, e falo em erro de projecto, mas como é óbvio nada nos diz que é isso. a pronúncia já enunciou outras possibilidades tão prováveis como esta.

    resumindo: houve um erro, no entanto não sabemos se há ou não legislação sobre o assunto nem tão pouco sabemos a origem do erro.

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  32. *não era relevo mas sim revelo

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  33. Cirrus, pelo que me apercebo, esta é uma estação que já tem alguns anos. Nem me parece ser do metro, mas que fosse. Talvez não tanto neste vídeo, mas ontem logo de manha vi aqui num programa informativo umas imagens mais nítidas, de uma repórter que estava em directo no cais. Quase que jurava tratar-se de uma pequena estação de caminhos de ferro.
    O que pode ter acontecido é tratar-se aqui de um daqueles casos em que as obras se vão fazendo com o passar dos anos, tipo uma vivenda que compramos com 6 divisões e depois ao longo da vida vamos fazendo mais uma e mais outra. Nesses casos acabam por ficar sempre uns arremates manhosos...pode muito bem ter sido isso que aconteceu aqui.Não acredito que algum arquitecto, ou construtor, fazendo uma obra de raiz, tivesse deixado o piso da plataforma naquele estado.

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  34. Nota: Se olhares para o chao, notas que aquele cimento tem muitos anos...

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  35. Meus caros amigos, mas porque é que, quando acontece um acidente destes em Portugal, cai o Carmo e a Trindade e quando acontece no estrangeiro, foi porque, coitados, houve um erro, coitados, correu mal, coitados dos coitados...

    Aqui, cai uma arriba numa praia, devidamente sinalizada e toda a gente tem que ir preso e têm de se apurar responsabilidades!!

    Amigos, vamos lá a perceber o que aqui está a acontecer. Já há conclusões do inquérito ao acidente na Austrália? Alguém sabe se há sequer inquérito? É que, se houver, é porque há bases legais e há uma lei que regulamenta a situação. Caso contrário, podemos recomeçar no coitadinhos, nós é que somos maus, os outros têm só azar!

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  36. Eh pá, tens razão sim senhor! Noutros países já se estariam a apurar responsabilidades e se na Austrália isso não acontecer, alguma coisa está errada. Mas olha que na nossa santa terrinha os inquéritos quase sempre morrem em águas de bacalhau. E mesmo quando alguém é sentenciado, arranjam sempre maneira de escapar. Ou esqueceste do pobre que se acorrentou outro dia à porta do tribunal, por não ter recebido ainda uma misera indemnização desde o tempo da Maria conquista?

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  37. Francisco, isso é um problema da Justiça, que, em Portugal não existe, como bem sabemos. Não é um problema de percepção do público, no caso, do povo português. Nós ainda somos daqueles que dizemos, por tudo e por nada "é por estas e por outras que este país não anda para a frente". E sabe quem conhece, e tu bem conheces, outras realidades, de países extremamente avançados, em que as coisas não são diferentes. Pelo contrário, às vezes até são piores...

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  38. Cirrus, afinal em que é ficamos?! Ou melhor ficas?!

    É erros do projectista?
    Não há legislação na Austrália que preveja estas situações?
    Só estás a chamar à atenção para os acidentes que acontecem independentemente do País onde ocorrem?
    Ou afinal, nós é que somos os coitadinhos e os outros é que tem azar?!

    Tu decide-te, rapaz!!! ;D

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  39. Pronúncia, parece-me ter sido bem claro. Se não há inquérito, é porque não há legislação, parece-me que foi isto que disse e está bem claro...

    No caso de acidentes, parece-me ter sido também bem claro: aqui, houve um filho da p#$% qualquer que fez asneira e tem de ir para a cadeia pelo erro. Lá fora, foi um azar. É esse o nosso comportamento, aliás como se pode facilmente ver pela reacção ao post.

    Se foi erro do projectista?? Tens alguma dúvida?? Ou tu farias aquela cagada que ali está?

    Se esse erro é criminoso? Talvez não, se não houver legislação, à luz da Lei, nem sequer é erro...

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  40. Não Cirrus, não foste claro.
    Foste foi mudando a intenção ao texto.

    Primeiro escreveste em letras grandes a pergunta "QUEM FOI A BESTA DO PROJECTISTA..."

    Segundo, de todas as reacções, apenas duas ou três apontam para o facto de que poderão ser várias as causas, não podendo nós aferir sobre a real apenas por vermos o vídeo. E apenas uma (salvo erro) fala em azar. As restantes ou foram neutras ou concordaram que a culpa foi do FDP do engenheiro...

    Terceiro, foste tu que afirmaste que a culpa era da falta de legislação e não defeito de obra, e passo a citar-te:
    "Creio ser um problema de regulamentação e não de defeito de obra. Mas isto é a minha sensação"

    Quarto, foste tu que afirmaste que afinal só querias chamar à atenção que não somos diferentes dos outros.

    Quinto, pelo meio a culpa chegou a ser dos australianos porque são todos bêbados.

    E agora, neste teu último comentário, parece que a consideras novamente que a culpa foi da besta do projectista.
    E sim tenho dúvidas de quem seja a culpa. Ou melhor, não conheço o processo para dizer, sem dúvidas quem é que fez a cagada que ali está.

    Cirrus, um projectista, não projecta apenas com base na legislação, um dos factores que tem que estar sempre presente é o bom senso, outro é a capacidade de prever situações, por mais estranhas que por vezes possam parecer... dou-te o exemplo de uma creche, o desgraçado é simplesmente incapaz de imaginar todas as traquinices que um miúdo pode fazer e colocar-se em risco.

    Quanto ao erro ser criminoso, aí tens razão poderá ser ou não... depende da legislação, depende da causa, não depende é das consequências, isso é um facto!

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  41. Pronúncia, que parte do último comentário não percebeste?

    Só há erro se não houver legislação? Qualquer engenheiro, projectista, arquitecto ou seja o que for, se fizer um projecto com aquele defeito, é um grande homem que deve ser condecorado?

    Se não houver legislação, de quem é a responsabilidade?

    Se não houver inquérito (ainda não ouvi nada nesse sentido), não há responsabilidades de ninguém?

    Se acontecesse em Portugal, quantos de nós não estaríamos neste momento a pedir que rolassem cabeças?

    Queres que seja mais claro?? O que está lá escrito cobre todos estes ângulos - a falta de responsabilização e de legislação (a verificar) por parte das autoridades australianas, e o erro grosseiro de projecto.

    Mudei o sentido a quê?????

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  42. Segundo a tua interpretação... nenhuma.

    Onde é que leste eu a dizer que se um projectista fizer aquele erro é um grande homem só porque não há legislação?! Em lado nenhum, porque nunca afirmei tal coisa. Inclusivamente até afirmei que independentemente da legislação o projectista tem que ter bom senso...

    Se não houver legislação, não sei quem será responsabilizado, mesmo havendo isso é sempre uma incógnita.

    Quanto ao haver ou não inquérito, penso que isso dependerá da Lei Australiana... não sei se vai haver ou não.
    Mesmo cá há inquéritos que deveriam ser feitos, mas não o são.

    Em Portugal como alguém disse em cima, a maioria de nós estaria a ir à casa da besta do engenheiro para lhe cortar a cabeça... fosse ele o culpado ou não!

    Os comentários cobrem possíveis ângulos (não todos), o texto não.
    Pelo menos na interpretação que lhe dei, tu, como a maioria dos portugueses o fariam, também culpaste logo a "besta do projectista".

    Foi com base nessa interpretação que comentei e apontei possíveis causas...

    Mas posso ter interpretado de uma forma diferente daquela que tu lhe deste ao escrever... mas a riqueza dos textos está nisso mesmo. No poderem ter diferentes interpretações, só assim o debate é possível.

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  43. Pronúncia, estás a mexer-me com as entranhas, e isso não é bonito, podes causar septicemia...

    "País subdesenvolvido" - o que quero eu dizer com isto?? Porra, ou estás lenta ou eu sou maluquinho...

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  44. Pronúncia, já sei onde queres chegar, ou pelo menos suspeito.

    Mas lembra-te que eu também sou engenheiro e não quero particularmente saber muito disso...

    ;)

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  45. cirrus, isso do coitados são palavras tuas, não minhas.

    eu não tenho diferentes posturas perante coisas destas. há um erro? há. então, independentemente de haver ou não legislação sobre isso (coisa que eu não sei, e pelos vistos tu também não) o culpado tem que pagar, aconteça isto na austrália, aconteça em portugal.

    criticas a rapidez com que os portugueses pedem a cabeça dos culpados quando é em portugal e que desculpam tudo o que é lá fora, mas olha que tu também foste rápido demais a encontrar o culpado. é que dizer que a culpa é do projectista só com base nestas imagens é no mínimo discutível.

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  46. Afectado, pode ser discutível, mas diz-me lá, tu fazias o mesmo projecto?

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  47. Cirrus, eu li e compreendi, nem eu estou lenta nem tu maluquinho.
    Mas como também compreenderás, o texto não é só o título, é tudo o que lá está escrito. E aí em letras maiúsculas, para chamar bem à atenção, está uma pergunta que pode ser interpretada como uma acusação a um projectista por um erro que causou um acidente, que nunca deveria ter acontecido e que só por sorte não foi grave.

    Longe de mim mexer-te com as entranhas... não era essa a minha intenção. Aliás não quero nada com as ditas... ainda era acusada de erro de manuseamento telepático de entranhas causador de septicemia. Uma chatice! Para ti e para mim, claro! ;D

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  48. Claro que não fazia com a inclinação para a linha.

    E nada te garante que o projectista o fez...

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  49. Pronúncia, penso que já percebi onde tu e o Afectado querem chegar.

    Partindo desses pressupostos, não há mesmo discussão possível, eu apontei um culpado, o projectista. E aqui é que está o cerne da questão.

    Penso que se tivesse apontado o Chefe da Estação ou o mestre de obras, não havia tanta comoção. Já percebi, e registei a vossa opinião. Eu também sou engenheiro.

    Quanto ao texto, falo no projectista uma vez. Uma vez! Falei no país três vezes! Mas o que ficou foi o projectista, curiosamente!

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  50. Afectado, claro que não. É mais provável que não o tenha feito?

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  51. Honestamente? Não sei o que é mais provável.., se o ter feito, se não o ter feito.

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  52. E essa é uma resposta honesta? Se é, aceito plenamente a tua argumentação.

    O que não invalida o que já escrevi até aqui, pois deves lembrar-te que, até evidência em contrário, a responsabilidade é de quem projecta.

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  53. é, porque apesar de perceber que o primeiro impulso seja o de pensar que o erro é do projectista, também pode não ser. e infelizmente os erros deste género tanto acontecem por erros do projectista, como do empreiteiro, como da fiscalização. haverá certamente percentagens diferentes nas probabilidades, mas não sei quais serão.

    não concordo com essa afirmação. quer dizer, cai uma ponte construída há uns ano atrás. não se consegue apurar qual foi o erro que levou à queda, portanto como não há evidência em contrário toca a mandar o projectista para a prisão?

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  54. Não, Cirrus, o que fica é que apontaste de uma forma rápida o erro a alguém... assim como a maior parte dos comentadores que se apressaram a concordar contigo.

    Eu, pelo contrário, fui a primeira a aventar outras possíveis causas, pelo que fui secundada por outros comentadores.

    Se te recordas admiti o erro do projectista, mas dei-te outros exemplos o erro de execução, ou fiscalização e esta também é da responsabilidade de engenheiros caso não saibas, especialmente em obras desta envergadura.

    Só agora é que li o comentário sobre o onde eu quero chegar e o facto de seres engenheiro (que desconhecia)... e não não sabes onde queria chegar. Olha que eu não sou projectista...
    E o único sítio onde queria chegar já aqui o disse, era alertar para que pode haver várias causas para o acidente, mas é mais fácil apontar logo o dedo. Além disso e como é óbvio, se há responsáveis deverão ser punidos... seja quem for e doa a quem doer!

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  55. Afectado, dou-te um exemplo:

    Se houver fraude contabilística, de quem é a responsabilidade? Não é do TOC que assina a escrita?? O erro, ou fraude, até pode ser de um administrativo, ou da administração da empresa... Quem vai dentro? Não é o contabilista??

    Devemos depreender que, nesse caso, são todos culpados e ninguém é responsável?

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  56. Pronúncia, fui rápido a apontar o culpado, é certo e assumo isso plenamente. Fui rápido e certeiro!!!

    É que o responsável por qualquer obra é o projectista e não mais ninguém, o erro é sempre do projectista, segundo a Lei. E a fiscalização da obra deve estar a cargo do projectista e apenas facultativamente pelo dono de obra.

    Como disse, o projectista é o culpado, seja por acção, seja por omissão! Mas a responsabilidade de cumprimento do projecto é dele! Sempre!

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  57. não, não devemos depreender isso.

    será difícil todos serem culpados, ainda que seja possível. e os culpados, serão os responsáveis pela queda da ponte.

    agora dizer que se não conseguires apurar qual foi o erro, que a culpa é do projectista é atirar à sorte. ainda que digas que ele tem a responsabilidade de fiscalizar a obra, o erro pode não ter surgido por falta de fiscalização dele.

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  58. Afectado, o projectista assina e fiscaliza a obra - é sempre (sempre) o responsável. Não há outro!

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  59. Queres com isso dizer que todo e qualquer erro que surja depois nessa construção o projectista é que tem a responsabilidade?

    Se sim, estás enganado.

    E tu estás a analisar isto de uma forma muito rectilínea. Estás-te a esquecer que a fiscalização de uma obra não está apenas entregue ao projectista, há sempre um representante do dono de obra com essa função (que até pode ser o projectista, embora raramente o seja).

    E também te estás a esquecer que o projectista muitas vezes são equipas de várias pessoas. Dependendo do tamanho do projecto podem estar envolvidas 5, 10 ou mais pessoas. Não me digas que deviam ir todos presos.

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  60. Afectado, e não me digas, todos os escritórios de contabilidade só têm um trabalhador, o que assina???

    A fiscalização de obra é da responsabilidade do projectista, de quem assina a obra, até em defesa dos seus próprios interesses.
    E aqui está todo o cerne da questão: quem assina a obra não é responsável por ela?? Ou a assinatura é daquelas que "era a brincar"?? Andamos a brincar às assinaturas, agora??
    Uma equipa? E quantos assinam o projecto? Todos? Ou só um, aquele que consta como... projectista??

    Quando assinas um documento, não tomas a responsabilidade sobre aquilo que assinaste?? Ou dizes que assinaste mas não sabias que a tua equipa tinha cometido um erro? E qual o resultado de tal afirmação? Provavelmente um "não sabia, soubesse, o senhor é o responsável". Vais-me dizer que tudo isto é ficção??

    E repara, nem sei se deve ir preso. E por isso levantei a questão da legislação. Pode até acontecer que nada disto esteja previsto na legislação australiana. O que não invalida que o homem que assinou a obra cometeu o erro - quase - fatal.

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  61. A fiscalização da obra não é só responsabilidade do projectista.

    Claro que a assinatura não é a brincar. Ainda assim, nem todos os erros que mais tarde acontecem podem ser imputados ao projectista. Nem teria lógica se assim fosse.

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  62. Cirrus, o projectista não assina a fiscalização, essa é assinada pelo director de fiscalização... como a legislação tem vindo a sofrer alterações significativas não te consigo dizer com toda a certeza se actualmente o projectista pode ou não assumir as duas funções. Mal me debruce sobre o assunto eu prometo que te digo.

    Mas uma coisa tenho a certeza absoluta, antes da legislação mudar a fiscalização da execução era da responsabilidade e escolhida pelo DONO DA OBRA.

    Tu estás a confundir a DIRECÇÃO TÉCNICA DA OBRA com a FISCALIZAÇÃO DA OBRA.

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  63. Pronúncia, por exemplo, nas obras autárquicas, há de facto fiscalização por parte do dono de obra, mas é facultativa. A responsabilidade de fiscalização de obra é sempre do projectista. Mesmo aquando do Auto de Entrega da obra, o projectista tem de dar o seu aval positivo. Neste caso, normalmente, em obras mais pequenas, esse mesmo elemento é funcionário do dono de obra, a Câmara.

    De resto, basta lembrar a polémica sobre as casas assinadas pelo Sócrates. Fomos um bocado apressados a apontar o dedo ao Sócrates? Não me parece, se ele assinou a obra, a responsabilidade é dele, ou é do padre?

    Dois pesos e duas medidas é que não, se faz favor!

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  64. Afectado, não é só ou não é mesmo?

    É que há uma enorme diferença entre as duas afirmações.

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  65. cirrus, não é só tenho a certeza. se não é mesmo é uma questão que tenho que confirmar.

    de qualquer modo a primeira é suficiente para te dizer que o que disseste não está certo.

    e até te digo como opinião pessoal: se uma construção caísse e pelo facto de não se conseguir descobrir o erro que levou à queda se prendesse o projectista, estávamos num país do terceiro mundo certamente. isso não tem lógica alguma. e ainda bem que legalmente não é assim que a situação se passa em portugal.

    tu estás a confundir a fiscalização da obra com o projectista. não são a mesma coisa.

    por norma uma obra tem um ou mais projectistas, um dono de obra, uma equipa de fiscalização, um ou mais empreiteiros (constituídos em agrupamentos) e diversos sub-empreiteiros. tu estás a misturar funções e a atribuir responsabilidades ao projectista que podem ser alheias a ele.

    portanto quando dizes que a fiscalização da obra é sempre da responsabilidade do projectista, estás enganado.

    e para o auto de recepção provisória ou mesmo para o auto de recepção definitiva da obra quem interessa não é o projectista, é a fiscalização!

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  66. Afectado, eu penso desta forma. Posso estar errado e, se mo demonstrarem inequivocamente, serei o primeiro a reformular o post. A minha experiência em empreitadas diz-me o contrário, mas em todo o caso, ninguém é infalível.

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  67. percebo que até te demonstrarem inequivocamente o contrário tu não cedas no que afirmas ser uma realidade legal. se calhar eu também agiria assim.

    no entanto isso não muda nada relativamente ao que está certo e ao que está errado, e podes acreditar que o que disseste está errado.

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  68. Afectado, podes crer que está certo, do ponto de vista legal e muito mais certo, do ponto de vista moral.

    Mas esta é a minha opinião, assim como o post. Ninguém é obrigado a concordar. Mas há assinaturas que são vinculativas, tal como a minha quando assino uma proposta para um concurso público. Ou privado, é-me igual.

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  69. do ponto de vista legal, não está. do moral já é algo mais subjectivo. depende de cada um, sendo que já exprimi o que penso sobre isso noutro comentário.

    ah, e claro que as assinaturas são vinculativas.

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  70. Afectado, mas não parece...

    ;)

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  71. Cirrus e Afectas, prometo que esclareço essas dúvidas todas... preciso é de tempo! :)

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  72. Cirrus e Afectas, como o prometido é devido, cá vai a resposta.

    Em primeiro lugar, houve aqui uma nítida confusão de conceitos, perfeitamente normal, atendendo a que é possível uma mesma figura desempenhar mais do que uma função.
    Por isso vou começar pelos conceitos.

    Dono de Obra - é a pessoa ou entidade por conta de quem a obra corre. Ou seja é a pessoa que paga.
    Cabe-lhe contratar o projecto, o contrutor e a fiscalização.

    Projectista - Responsável peela elaboração do projecto de execução da obra.

    Projecto - Conjunto de peças escritas e desenhadas, de que fazem parte projectos mais específicos (arquitectura, estabilidade, redes de água e saneamento, electricidade, telecomunicações, segurança, etc).

    Construtor - entidade que executa o projecto, é contratado pelo Dono da Obra e contrata o Director de Obra.

    Fiscalização - pessoa ou entidade responsável pela verificação da execução da obra em conformidade com o projecto. É contratado pelo Dono da obra.

    Cada uma destas figuras tem responsabilidades distintas.

    Em segundo lugar, vou tentar sintetizar as responsabilidades de cada figura.
    Assim o projectista é responsável pela elaboração do projecto e assina um termo de responsabilidade em que afirma que o projecto que fez cumpre a legislação, normas e regulamentos em vigor que se aplicam à obra de que é autor. Como o projecto é constituído por vários projectos, cada autor de um destes deve assinar o respectivo termo de responsabilidade, sendo responsável por ele.
    Deve acompanhar a obra para esclarecer dúvidas de projecto e para se certificar de que o que projectou está a ser executado, não sendo no entanto responsável pela execução.

    O Director de obra, trabalha para o construtor, é responsável pela produção da obra, é responsável pela execução integral do projecto.

    Fiscalização, trabalha para o Dono da Obra e é responsável pela verificação de que o construtor está a cumprir o projecto.
    A sua actuação pode ser confundida com a do Director de Obra, mas são actuações diferentes.
    O Director é responsável pela escolha dos métodos de construção que garantam a boa execução do projecto, e a fiscalização verifica se aquele é cumprido.

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  73. Em terceiro lugar é importante referir que há obras particulares e obras públicas, e o que é normal acontecer tanto numa como noutra.

    Normalmente numa obra particular mais corrente, o Dono da Obra contrata o projecto e também a construtora. A fiscalização é obrigatória, pelo que o Dono da Obra a deixa a cargo do projectista.
    Nestes casos o projectista assume as duas funções, projectista e fiscalização. Terá pois responsabilidades inerentes às duas funções.
    A fiscalização por parte da entidade licenciadora (por ex. a câmara municipal) é facultativa já que a responsabilidade da boa construção é dos intervenientes que para isso assinaram termos de responsabilidade que fazem parte do processo que a entidade licenciou.

    Nas obras públicas, o Dono da Obra é uma entidade pública, nestes casos, adjudica o projecto ao projectista e a obra a uma construtora (normalmente escolhidos mediante concurso público).
    A fiscalização da obra é obrigatória e é feita normalmente por técnicos do Dono da Obra, ou podem ser por este contratados, quase sempre são independentes do projectista e do construtor.
    Quando a obra está concluída é assinado um AUTO de RECEPÇÃO PROVISÓRIA, que é assinado pelos 3 elementos:
    Representante do Dono da Obra
    Representante do Empreiteiro
    Representante da Fiscalização.
    Passado o tempo da garantia da obra (normalmente 5 anos) é elaborado outro auto, o da RECEPÇÃO DEFINITIVA.

    Vou dar um exemplo simples, para tentar ilustrar isto:
    O projectista decidiu que para fazer um pilar tem que usar o betão X e o ferro Y, nas quantidades Z e dispostos de determinada maneira.
    O Director de Obra decide como vai fazer isto, que tipo de cofragem vai usar, etc.
    A fiscalização verifica se o construtor realmente o pilar está conforme o que o projectista escreveu e desenhou, podendo (e devendo) pedir ao Director de Obra os documentos que comprovem que o betão era o betão X e o ferro o ferro Y.
    Se o construtor usar um betão e ferro diferentes e isso causar acidentes na obra ou futuros, a culpa não é do projectista, mas sim do Director de Obra (construtora) ou da fiscalização.

    Como há muita legislação dispersa onde estas figuras e funções aparecem reguladas, e esta sofreu alterações substanciais nos últimos anos, e como a legislação que fixava a qualificação exigida aos autores de projectos era bastante antiga (de 1973), em 3 de Julho deste ano foi publicada a Lei 31/2009, que entrará em vigor no próximo dia 1 de Novembro, que para além de definir as qualificações que se exige aos autores de projectos, define também cada uma das figuras mencionadas acima e mais algumas (as intervenientes numa obra, desde a concepção, projecto, e construção) e quais as responsabilidades que lhe são atribuídas.

    Tentei sintetizar, mas mesmo assim, isto foi longo e teve que ser publicado de duas vezes. Espero ter respondido às dúvidas que surgiram...

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  74. pronúncia, obrigado pelo tira teimas e pela clareza da explicação :)

    foste de encontro ao que eu disse ao longo dos comentários, sendo que o teu texto se baseia na lei o que o torna indiscutível. contudo, a minha opinião também se baseava na lei porque não era mais do que um reflexo daquilo que vejo no dia-a-dia ser feito, mas pronto, faltava enunciar os DL :)

    só vou fazer duas notas a coisas que disseste, de forma a completar a informação:

    "Passado o tempo da garantia da obra (normalmente 5 anos) é elaborado outro auto, o da RECEPÇÃO DEFINITIVA."

    O tempo de garantia da obra depende do tipo de obra que é, e pode ir no máximo até 10 anos, como está contemplado no DL18/2008.

    "Se o construtor usar um betão e ferro diferentes e isso causar acidentes na obra ou futuros, a culpa não é do projectista, mas sim do Director de Obra (construtora) ou da fiscalização."

    Está certo, normalmente o construtor que faz isso tenta ganhar alguns trocos ultrapassando as regras. Depois sujeita-se, claro!
    No entanto, quando o director de obra é bom, o que deve fazer é propor alternativas ao que estava contemplado no projecto, sendo que nesse caso é necessária a aprovação quer do projectista, quer do dono de obra. A alternativa pode ou não implicar uma reapreciação dos preços inerentes a esses trabalhos. Ao aceitar-se essa proposta do construtor, se essa mudança der barraca, a culpa será do projectista pois aprovou algo que afinal não dava garantias.

    ainda bem que não vivemos num país subdesenvolvido onde o projectista seria o culpado à falta de provas sobre quem havia cometido o erro.


    e já agora, esta semana disseram-me que em portugal existem pavimentos inclinados para a zona da linha de metro/comboio. não o afirmo porque não tenho a certeza, apesar de a pessoa que me disse isto o ter afirmado com muita certeza.

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  75. Já agora, alguém desenterra os DL onde são contemplados "Defeitos de Projecto"? É que é tudo muito giro, mas este não é um defeito de materiais, meus caros!! É um defeito de projecto ou da execução deste, não de insuficiência de meios na execução!!

    Já que têm esses conhecimentos à mão, será que me podem elucidar de quem é a responsabilidade nesses casos? É que existe Lei para isso, sabem?

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  76. Mais claramente, já que se falou de exemplos:

    Se a Casa da Música, edifício conhecido de todos, não tivesse rampas para deficientes - não se trata de mais ferro ou menos betão - quem seria responsabilizado pela lei?

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  77. cirrus, não é preciso, claro que se houver um erro de projecto, a culpa é do projectista. acho que ninguém pôs isso em causa.

    tu é que disseste que qualquer erro seria culpa sempre culpa do projectista (basta ver o que disseste sobre o caso de uma ponte cair e não se conseguir apurar qual foi o erro). e isso, aceites ou não, está errado.

    é diferente um erro de projecto de um erro da execução deste. para cada um, há um culpado diferente... não podes mistura-los. daí eu ter dito que não sabíamos se era culpa do projectista ou não.

    e esta situação aguçou-me a curiosidade. tenho falado com algumas pessoas sobre o tema, e tal como disse no meu comentário anterior, uma dessas pessoas afirmou que em portugal pelo menos em alguns sítios há inclinação para a linha do metro/comboio. isto revela que ou o erro é muito generalizado (e aí, pelo que disseste, portugal será também um país subdesenvolvido), ou então há uma razão técnica para assim se fazer. assim que tiver dados mais concretos direi qualquer coisa por cá...

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  78. cirrus, muito honestamente, seria muito complicado. provavelmente mais que uma pessoa. porque se é verdade que o projectista as devia ter previsto, não é menos verdade que quem aprovou o projecto não devia ter deixado o projecto ser licenciado...

    se calhar seriam os dois. a ser só um, não tenho dúvidas, seria mesmo a pessoa que aprovou o projecto e não o projectista.

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  79. Afectado, pelo amor de Deus - o que vês aqui???

    Estás a brincar comigo, por certo! Vês uma rampa com inclinação para alinha e duvidas que há erro de projecto?? Alguém poupou no cimento e esqueceu-se de dar inclinação à rampa?

    Quem falou na ponte foste tu, não eu. Referi-me sempre a defeitos de projecto e não a defeitos de materiais. Acredito que haja em Portugal rampas com inclinação positiva, embora nunca tenha visto, e Portugal ser país sub-desenvolvido já não é novidade, pois todos o acusamos de ser todos os dias! Acontece é que quando vemos que os outros também são, não nos manifestamos da mesma forma. Basta ires ao Namorado da Ria e ver um post que lá está sobre a saúde nos EUA! Mas somos sempre nós que estamos mal, sabes?

    Em relação à legislação, nas obras privadas, confirma-se que o projectista é responsável. Nas públicas, a Pronúncia omite um facto importante, e desse tenho pleno conhecimento, pois é o que se passa aqui, em Matosinhos: O projectista é funcionário do Dono da Obra, ou seja, é responsável como Dono de Obra ou seu representante. É o que se passa aqui, em Matosinhos. Não sei se se passa assim em Braga ou até no Porto. Todos os novos arruamentos de Matosinhos, por exemplo, são assinados por uma funcionária da Câmara, que é minha amiga. São assinados!!! E ela é a responsável pela fiscalização da obra e pelo auto de entrega!

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  80. cirrus, na questão da inclinação da linha eu também penso que não deve ser para a linha, mas vou tentar averiguar isso e se tiver conhecimento de algo em concreto, avisarei por cá. mas sim, o erro pode não ser de projecto. podes continuar a afirmar que é de projecto, mas isso é um erro. pode ser, mas também pode não ser. a não ser que tenhas tido acesso ao projecto em si ou lido algo sobre o assunto, não podes afirmar isso.

    a pronúncia não omitiu isso: "Nas obras públicas, o Dono da Obra é uma entidade pública, nestes casos, adjudica o projecto ao projectista e a obra a uma construtora (normalmente escolhidos mediante concurso público).
    A fiscalização da obra é obrigatória e é feita normalmente por técnicos do Dono da Obra, ou podem ser por este contratados, quase sempre são independentes do projectista e do construtor."

    ou seja, ela refere que há a possibilidade de ser o projectista, embora isso seja um caso raro. quanto ao caso de matosinhos, não duvido, como é óbvio, do caso que referes. contudo devo-te dizer que não é assim em todas as obras públicas de matosinhos. nem sempre o projecto é feito por funcionários da câmara.

    quanto às obras privadas, apesar de ser algo corrente, não tem que ser sempre assim. decides construir uma casa... podes encomendar o projecto a uma pessoa e depois pedir a outra que fiscalize a obra. isso é perfeitamente normal (e na maior parte dos casos mais aconselhável).

    raramente os projectistas fiscalizam obras por uma razão: estão especializados numa coisa, não querem (nem têm que) fazer outra. até porque um bom projectista não tem que ser um bom fiscal de obra nem um bom fiscal de obra tem que ser um bom projectista. no fundo é como em tudo, uns são bons a fazer umas coisas, outros outras.

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  81. Afectado, claro que nem todas as obras públicas de Matosinhos não são assim, até porque muitas não são camarárias.

    Em relação ao teu último parágrafo, não duvido, embora não concorde minimamente, obviamente. Não precisamos de fazer tudo muito bem, mas temos de ser responsáveis por aquilo que fazemos, do princípio ao fim. E se a Lei não o contempla (e se não contempla, Mea Culpa, desde já!), devia fazê-lo. E dou-te novamente o exemplo dos Contabilistas - assinam as escritas e são responsáveis por elas, até ao final. No meu caso, por exemplo, apesar de desempenhar funções comerciais, a companhia obriga-me a conhecer o produto de trás para a frente e da frente para trás. Mais, sou obrigado a fazer check-list anual técnico e de segurança a todas as instalações sob minha alçada. E são mais de cem, espalhados por todo o país! Assino-os e sou responsável por eles e no que neles consta. Se houver acidente, sou eu o responsável. Porque razão não há-de o mesmo acontecer com os projectistas?

    Aliás, não foi o que aconteceu com o Sócrates, no caso das casas da Beira Baixa? Porque há-de ser o Sócrates crucificado se afinal, por lei, ele não é responsável por nada daquilo que projectou?

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  82. cirrus, no caso que referes dos contabilistas, não posso opinar por ignorância minha... pouco ou nada percebo do assunto.

    estás a confundir as coisas... o projectista é SEMPRE responsável pelo projecto e é SEMPRE responsável pelos erros nele contidos. o projectistas, ao assinar o projecto é o responsável pelo que nele consta, para o bem e para o mal. quanto à execução do mesmo, cumpre ao construtor construir de acordo com o projecto e cumpre ao fiscal (que como já se disse, em alguns casos é o projectista, embora isso seja raro) fiscalizar se a execução do construtor é a que está contemplada no projecto.

    ou seja, o projectista é responsável por aquilo que lhe diz respeito... o projecto! portanto, tal como no teu caso, os projectistas são responsáveis por eles e no que neles consta. não podem é ser responsáveis pelo que respeita a outras pessoas (no caso, a execução e, na maior parte deles, a fiscalização da obra).

    e é assim que deve ser, o projectista projecta, o fiscal fiscaliza e o construtor constrói. cada macaco no seu galho!

    senão ainda se caía no erro que se cai muitas vezes em portugal (e suponho que nos outros países também), em que uma pessoa executa tarefas que deviam ser de 3 ou 4 pessoas diferentes com talentos diferentes, com sacrifício óbvio da qualidade do trabalho.

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  83. Cirrus, teria que ver qual a legislação e as normas que se aplicam a obras desta natureza... obras ferroviárias, provavelmente, para te conseguir dizer se seria ou não erro de projecto.

    Imaginemos que a legislação prevê uma a orientação e a inclinação de x% (falta aqui um zerinho, normalmente elas são permilagem e não em percentagem).
    Se o projecto não a indicar (ou se a indicar ao contrário) e o projectista tiver assinado o termo de responsabilidade a que é obrigado onde afirma que cumpriu toda a legislação, normas e regulamentos aplicáveis àquele tipo de obra, então o erro é do projectista.

    Se este indicou, mas o construtor não a fez, o mais certo é o Director de Obra pagar com as favas ou a fiscalização, se o erro for vísivel a olho nú e esta não o ter verificado e atestou que sim senhor a obra estava feita conforme mandava o projecto.

    Quanto à casa da música, se o projecto for anterior à Lei das acessibilidades então não teria que as ter. Houve no entanto um período de tempo em que os edifícios públicos tinham que garantir a acessibilidade a deficientes. Entretanto essa lei também mudou (O Sócas nisso foi profícuo). De qualquer modo não sei se a lei prevê excepções em determinados edifícios ou se a acessibilidade na casa da Música está garantida de outra forma (elevadores, por exemplo).

    vamos ao caso da tua amiga e que não é único em obras públicas.
    Ela assume várias funções e poderá ser responsabilizada por cada uma delas.

    Se errar na elaboração do projecto, pode sr responsabilizada por isso, por não ter cumprido as normas e relumanetos em vigor para a obra que projectou.

    Se projectou bem, mas deixour escapar o erro na execução, pode ser responsabilizada enquanto fiscalizadora que não cumpriu o seu papel.

    Claro que ela é resp+onsável pelo Auto de Recepção (e não Entrega), uma vez que numa obra pública este é assinado por três pessoas:
    - pelo representante do Dono da Obra (normalmente o Presidente ou um Vereador ou um técnico a quem o presidente tenha delegado poderes para isso);
    - o repersentante do empreiteiro (normalmente o Director de Obra;
    - o representante da fiscalização (normalmente um técnico do Dono da Obra, ou da empresa por este contratada para o efeito).

    Com a nova lei a que fiz referência (Lei 31/2009, de 3 de Julho) essas funções todas estão bastante bem definidas e separadas umas das outras.

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  84. Afectado, quando afirmas "porque se é verdade que o projectista as devia ter previsto, não é menos verdade que quem aprovou o projecto não devia ter deixado o projecto ser licenciado...", estás a cometer uma imprecisão. A entidade licenciadora, não verifica se os projectos estão ou não conforme a legislação e as normas em vigor, para isso há os termos de responsabilidade de quem as projectou.
    A entidade licenciadora apenas verifica se o processo está bem instruído, se foram consultadas todas as entidades que é obrigatório consultar, qual o parecer destas... mas não verifica se cada um dos projectos que constam do processo está bem feito ou mal feito, isso é da exclusiva responsabilidade do(s) autores de cada projecto.

    No caso das obras públicas, essa verificação também não é obrigatória, uma vez que se exige ao projectista contratado o respectivo termo de responsabilidade. O caso muda de figura, quando é um técnico do Dono da Obra a projectar... e aí, meu amigo, nem te digo e nem te conto (são contas de outro rosário, mas que por certo imaginas).

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  85. Pronúncia, trocando por miúdos, ninguém é responsável por nada e afinal um projectista é apenas mais um que faz uns rabiscos e foge com o rabo à seringa assim que pode... É isso que me estás a dizer??

    Se é, que se lixe lá a Lei, e admito desde já estar errado!!

    Mas continuo a manter: que grande besta foi este projectista, que não sabe que uma obra que projectou está naquele estado!! Lindo profissional. Eu, pelo menos, passo pelas instalações uma vez por ano, para me responsabilizar pela sua funcionalidade e segurança. Curiosamente, quem as projectou também lá passa antes de receberem produto. E não estamos a falar de rampas para deficientes!

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  86. pronúncia, tinha a ideia que quem o aprova também teria responsabilidade. mas pronto, admito que assim não seja.

    mas por exemplo se eu quiser construir uma casa, o projecto contempla uma casa de 3 andares mais cave, quando na zona em que eu vou construir só há e só pode haver casas com dois andares e sem cave. meto o projecto na câmara... pelo que disseste, ele é aprovado, não é? não pensei que isso fosse assim.

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  87. Afectado, estamos a falar de vidas e de segurança de pessoas! Desculpa-me, mas não posso concordar minimamente com a tua visão do cada macaco no seu galho. Um profissional que se preze segue o seu trabalho até ao fim. É assim que trabalho e é assim que me exigem que trabalhe. Não faço projectos (pelo menos agora), mas entendo que, mesmo que não previsto pela lei, seria incapaz de assinar um projecto, saber da sua construção e não verificar se o que projectei está em mínimas condições - pelo menos, de segurança. Isso não só é laxismo profissional como representa o clima de desresponsabilização a que chegamos por esse Mundo fora. Para mim, é inadmissível!

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  88. cirrus, talvez o ideal fosse haver empresas constituídas por projectistas e por fiscais de obra. assim o projectistas projectava, o fiscal fiscalizava, mas ficava tudo com a mesma entidade. há empresas que funcionam assim, mas por norma só dá quando têm um volume de negócios muito elevado.

    está visto que não vamos chegar a um ponto comum. quanto à lei é como é, sobre isso não há muito mais a dizer. sobre as nossas opiniões pessoais, cada um tem a sua baseada e fundamentada nas suas experiências profissionais e pessoais. acredito que isto desse conversa para horas!

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  89. Cirrus, trocado por miúdos, não foi nada disso que te disse. Ou eu me expliquei mal, ou tu não compreendeste o que eu disse (ou não queres compreender).

    Vou tentar resumir ainda mais.
    Numa obra há fases:
    - elaboração do projecto;
    - construção da obra;
    - utilização da obra.

    Em cada uma destas fases há pessoas com funções diferentes, logo com responsabilidades diferentes.
    Se a mesma pessoa assumir várias funções (o caso da tua amiga) então terá várias responsabilidades (as inerentes às funções que assumir).

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  90. Afectado, e tens a ideia correcta.

    Apenas me estava a referir aos projectos em si, por ser o cerne da discussão. Por exemplo, a entidade licenciadora não verifica os cálculos de estabilidade, nem das redes de abastecimento, etc... apenas verifica se os projectos existem, se os termos estão assinados e se quem o assinou o poderia fazer.

    Mas verifica se a obra (nomeadamente a sua localização) está de acordo com os condicionalismos previstos para o local onde deverá ser construída, Se não colide com o PDM, com Planos Especiais que estejam em vigor na zona, com Planos de urbanização, se está numa zona onde há um loteamento ou não... essas coisas, seria extenso enumerar tudo.

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  91. pronúncia, percebido... assim tem lógica :)

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  92. Cirrus, porque é que não podes concordar com a visão do Afectado de "cada macaco no seu galho"?!

    Imagina uma equipa que trabalha para o mesmo fim, mas cada um com funções e responsabilidades diferentes.

    Quase o que acontece com uma operação cirúrgica a alguém que teve uma fractura exposta.
    Há pelo menos 3 médicos a intervir nesta operação:
    - o anestesista;
    - o cirurgião ortopédico;
    - o cirurgião vascular.
    Todos vão ter funções distintas, e logo responsabilidades diferentes, ou não?! Apesar de trabalharem todos para o mesmo fim...

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  93. Pronúncia, nenhuma equipa é desprovida de chefe. É nisso que estamos em desacordo. Tem de haver um rosto para o projecto. E esse, julgo eu, não poderá ser outro que não o projectista.

    Tanto se fala agora de obras de "arquitecto", esta é deste, aquela é daquele... Sabes de quem se fala quando se fala de Brasília? É dos construtores, dos fiscais? Não, é do Niemeyer, não é? Se tudo corre bem, a obra é de quem a projectou. Se corre mal, é da equipa. Fica assente a visão.

    Cada macaco no seu galho - concordo! Inteiramente! a Nível de trabalho, cada um deve fazer aquilo que melhor sabe fazer. Um projectista sabe projectar, mas não sabe ver, até a nível de descarga de consciência, se o resultado final é aquilo que idealizou! Fica assente!

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