segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

TRÊS ANOS DE CONSTELAÇÃO


Ilustração de MARCO JOEL SANTOS
Foi no dia 9 de Janeiro de 2009, que, por certo enfadado com aspectos vários da vida, me dediquei a iniciar um blogue. Não que tivesse algum tipo de experiência neste tipo de andanças, mas antes porque pensei que tivesse algo a dizer a quem quisesse ler. Pura alucinação.
Diz-se que é na adolescência que os arremedos de poeta se revelam. É verdade que é nessa altura da vida em que parece que todos parecemos poetas. As preocupações são tantas nessa altura, desde as borbulhas até à incompreensão por parte dos mais velhos, que se nos afigura adequado escrever como se não houvesse amanhã. Bem, isso era na minha altura. Agora não me parece que assim seja, até porque a maior parte dos adolescentes não sabe falar, quanto mais escrever. E, bem, em abono da verdade, a adolescência nada tem de problemático. Pelo contrário, os problemas começam mais tarde… Assim sendo, das duas uma, ou continuo com alma de adolescente, ou então realmente me quis afirmar por aquilo que sou. E isto é muito bonito se eu soubesse o que realmente quer dizer. Mas não sei, por isso fiquemos por aqui em matéria de causas para o início do blogue.
Foram três anos de lugares comuns. Não me refiro ao que escrevi. Refiro-me ao que se costuma escrever nestas alturas. Sempre lugares comum de alguma forma desprovidos de sentido, como os agradecimentos na recepção dos oscares, em que actores falsamente modestos desfiam uma série de baboseiras quando na realidade apenas querem apanhar uma bebedeira e dizer mal dos outros concorrentes, que não suportam. Aqui o caso é para bem menos. Primeiro porque fazer três anos, para um blogue, é perfeitamente normal, e depois porque não odeio nenhum concorrente, até porque a noção de concorrência na blogosfera é dúbia. Alguns tiraram-me do sério, mas isso vem da minha convicção religiosa, que é perfeitamente inexistente.
A única coisa que posso escrever por agora é que o Cirrus Minor vai continuar, não porque julgue que as mensagens aqui deixadas são do mais importante que há, mas porque acho graça ao grafismo da coisa. É muito floydiano e isso agrada-me. A banda sonora também é floydiana, o nome da criatura é floydiano. E se é floydiano é bom. Para mim, de qualquer maneira. Quanto ao resto, quem quiser ler, que leia. Sei que são cada vez menos. Mas isso não me preocupa por ali além…

26 comentários:

  1. Caro Eusébio, o ainda são, não sei como aqui vim parar, mas viciei. Identifico-me com quase tudo que escreves (menos esse teu amorzinho pelo SLB...) e ter-te como leitor dos meus devaneios é algo que me apraz (para dar um toque intelectual à coisa).
    Grande abraço e porta-te.

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  2. WOHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

    e cá continuarei para te ler, mesmo que às vezes pareça demasiado distraída para isso. Sabes que sempre gostei de te ler e não me parece que isso vá mudar tão cedo.
    a não ser que te ponhas a escrever sobre moda, maquilhagem e afins...
    e daí....

    xD xD xD xD xD

    congratulations....
    ups
    estranja
    parabéns...
    MUAHAHAHAHAHAHAH

    vou para por aqui está bem?

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  3. Cat, sabes que sim, que leio os teus devaneios. Oxalá a tua esposa não os leia...

    Obrigado, camarada!

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  4. Ana, sabes bem que tu não pareces distraída. Tu és mesmo cabeça de vento e és assim, e isso é muito bom. Não te preocupes, não vai acontecer comigo, isso de escrever sobre moda. Já a outra autora presente, a partir de hoje, no blog... Não sei não...

    És tão distraída,mas tão distraída que nem deste conta, não é verdade?

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  5. Lembro-me perfeitamente como vim cá parar... movida pela curiosidade - ups! esqueci-me que não sou curiosa... gosto é de estar bem informada - sobre quem era o comentador "irritante" que se fartou de discutir comigo no blogue do Forte (discussão épica essa, durou quase uma semana).
    Gostei do que ia lendo, li o blogue desde o 1º post (não foi difícil, era um catraio de 2 ou 3 meses), fui comentando, discutindo, rindo e por cá fiquei.

    Ando afastada da blogosfera, mas este é dos poucos blogues a que ainda volto sempre.

    Parabéns ao Cirrus (blogue) e ao Cirrus (bloguer) - é impossível separar um do outro - pela persistência, pela qualidade da escrita, pelo humor (quero mais posts bíblicos e históricos), e sobretudo pela irreverência e pelo inconformismo.

    Parabéns ao Joel pelas belíssimas ilustrações que vieram enriquecer os textos.

    Continua a afirmar-te por aquilo que és, porque o Cirrus Minor é isso mesmo, uma afirmação do Eusébio Santos... Parabéns!

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  6. Pronúncia, se me afogar a culpa é tua...

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  7. Não me digas que não sabes nadar... mas posso sempre mandar-te uma bóia insuflável (com pato e tudo), desde que pagues bem, claro! ;D

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  8. Vou ser super original... "Primeiro estranha-se, depois entranha-se!" ;)

    Foi assim! E eu nem gosto de coca-cola! :)

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  9. Pronúncia, saber sei, mas cá por coisas evito... Só escorreguei na baba, não me afoguei.

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  10. Malena, não costumo consumir produtos cáusticos, mas sempre preferi a Pepsi...

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  11. Estou mais descansada... (e eu a pensar que ia fazer uns cobres extra a vender-te uma bóia de patinho)

    :D

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  12. Um bom patinho saí eu...

    :D

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  13. "Todos os patinhos, sabem bem nadar! Todos os patinhos sabem bem nadar! Cabeça para baixo, rabinho para o ar! Cabeça para baixo, rabinho para o ar!" :P

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  14. Patinho?!
    Então não era um ectoplasma?!... :D

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  15. Eu sei lá, menina! Não se é dos chineses, se é do car****!

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  16. Acho que também vim aqui parar por causa do Forte. Recordo-me dum post que teve mais de 200 comentários de autêntica galhofa com a participação da intratável e pequenota Pronúncia. Foste também a companhia solitária de muitas noites.
    Apesar das nossas evidentes diferenças de opiniões e feitios, nunca nos insultamos (isso deve ser bom):).

    (continua a carregar no clube da fruta!)

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  17. Olha, eu vou continuar a ler, portantos... Se comento ou não é que é outra história. Só comento quando for para cortar em alguém :)

    Abraço.

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  18. Daniel, obrigado. Força é o que falta, por vezes...

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  19. Dylan, esses eram os bons velhos tempos da blogosfera. Isto mudou muito, e a culpa é do Facebook, como sabes. E eu sei que tu não aderiste a isso. Muitos aderiram e ficaram e esqueceram o local onde melhor se podem expressar, apesar de tudo.
    É verdade que nunca nos insultamos, e é verdade que temos opiniões diferentes acerca de muitas coisas. É sinal de respeito mútuo.

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  20. Noya, corta à vontade. Isto é mesmo para cortar.

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  21. André, continuaremos, pois.

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  22. Continuar é hoje uma exigencia a todos os que que pereceberam o caminho de desastre que vamos seguindo. Força, o tripalio continuará a voar por este cantinho com gosto!

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  23. Camarada Tripalio, um bem haja!

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  24. Parabéns, pá. Abraço glorioso.

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