Há, por vezes, pequenas coisas que apanhamos aqui e ali que nos dão que pensar. Não, não estou a pensar na renovada e viçosa pouca vergonha que se passou ontem no Estádio do Dragão, embora seja sempre salutar ver como as coisas se renovam para ficar tudo, saudavelmente, na mesma. Mas isso é uma outra história à qual já nos habituamos.
A pequena notícia que me chamou a atenção foi muito mais pacífica e não divide o país em dois. Vai mesmo pelo país todo. Trata-se de um "aumento alarmante" do plágio em trabalhos universitários. Esta prática está a levar ao endurecimento das posições das universidades, que podem ir da anulação do trabalho até à expulsão do aluno. É uma notícia como outra qualquer. Principalmente para quem não andou nos meandros das nossas excelsas universidades e politécnicos. Para quem andou, deve estar a pensar:"mas que raio de notícia é esta?"
Pelos vistos, as universidades desenvolveram programas informáticos para detectar este tipo de fraudes. Gajos inteligentes estes, que conseguem desenvolver programas para detectar aquilo que eles não conseguem. Os professores, que, aparentemente, conhecem bem os seus alunos e seguem o seu progresso nos trabalhos e teses, recorrem a programas informáticos para detectar plágios! Imaginem o que não seria se não fosse a bendita informática - talvez tivessem mesmo de acompanhar os alunos, o que era uma chatice do caraças!
Vejamos o ponto de vista de uma das jovens entrevistadas na peça que passou na TV. Estava esborratada. Não a cara dela, mas a imagem. Por isso, penso que não era nenhuma miúda. Era o Pinto da Costa. Porquê? Porque disse que nunca comprou uma tese a um colega, mas já vendeu, por 150 euros. Era o Pinto da Costa. O clube dele também só perdeu 6 pontos por tentativa de corrupção, o que é diferente de corrupção, porque o árbitro, pelos vistos, disse não. Se tivesse dito que sim, já era corrupção, o que tornava a atitude do Pinto da Costa inaceitável, ao invés do que aconteceu, uma simples tentativa, o que é aceitável e pouco relevante. E o Boavista é que desceu de divisão! A atitude desta miúda também não é muito corrupta, pois vendeu uma tese. Se tivesse comprado, aí, sim, seria expulsa! Corrijam-me, mas compramos o que há à venda, correcto? Ou seja, tem de haver vendedores para haver compradores, não? Bem, também não era nenhuma miúda, era o Pinto da Costa, o que torna tudo mais compreensível...
Este jornalista tem o dever moral de entregar esta miúda ao Conselho Pedagógico da Universidade para ser expulsa. Está a desvirtuar os resultados académicos de colegas seus, que se formam sem merecerem tal distinção, e que depois podem ser incompetentes que nem portas quando saem para o mercado de trabalho. Temos exemplos, como, sei lá, o... Sócrates! Só que o jornalista não vai entregar a miúda, pois a miúda era o Pinto da Costa que lhe prometeu um lanche de café com leite em Miragaia. E uma frutazinha para a ceia...
Falando a sério, a uma colega minha foi dito, pelo docente que lhe orientava a tese, para se dirigir a determinada biblioteca de determinada universidade, requisitar determinado trabalho e aplicar-lhe determinadas alterações. Plágio? Não, foi sugerido pelo docente, logo, não podia ser plágio. Antes e apenas uma recomendação. Seria o docente o Pinto da Costa?!
À minha mulher, foi-lhe dito, durante a sua tese, que devia indicar todas as suas fontes bibliográficas e nunca, mas nunca, emitir a sua própria opinião, ou seja, "faz plágio mas indica de onde copiaste. A seguir, dás a opinião dos outros". Tese é uma palavra interessante - significa o quê, afinal? Implica que tiremos uma conclusão, pelo menos, daquilo que expusemos durante o trabalho. Em última e ultrajante análise, pode implicar a emissão de um novo modelo para a resolução de um problema que seja colocado no início do trabalho - sacrilégio dos sacrilégios para a nossa erudita comunidade de sábios professores universitários. No fundo, é bem mais fácil formar cordeirinhos do que inconformados, não é assim?
A propósito, vou escrever uma tese sobre o Pinto da Costa. Pode ser que, no final, consiga resolver o problema e descobrir a cura para essa doença. E para o Bicho da Madeira também... Vou ter que fazer teses até morrer... Vou-me tornar o Lutero português!!
A pequena notícia que me chamou a atenção foi muito mais pacífica e não divide o país em dois. Vai mesmo pelo país todo. Trata-se de um "aumento alarmante" do plágio em trabalhos universitários. Esta prática está a levar ao endurecimento das posições das universidades, que podem ir da anulação do trabalho até à expulsão do aluno. É uma notícia como outra qualquer. Principalmente para quem não andou nos meandros das nossas excelsas universidades e politécnicos. Para quem andou, deve estar a pensar:"mas que raio de notícia é esta?"
Pelos vistos, as universidades desenvolveram programas informáticos para detectar este tipo de fraudes. Gajos inteligentes estes, que conseguem desenvolver programas para detectar aquilo que eles não conseguem. Os professores, que, aparentemente, conhecem bem os seus alunos e seguem o seu progresso nos trabalhos e teses, recorrem a programas informáticos para detectar plágios! Imaginem o que não seria se não fosse a bendita informática - talvez tivessem mesmo de acompanhar os alunos, o que era uma chatice do caraças!
Vejamos o ponto de vista de uma das jovens entrevistadas na peça que passou na TV. Estava esborratada. Não a cara dela, mas a imagem. Por isso, penso que não era nenhuma miúda. Era o Pinto da Costa. Porquê? Porque disse que nunca comprou uma tese a um colega, mas já vendeu, por 150 euros. Era o Pinto da Costa. O clube dele também só perdeu 6 pontos por tentativa de corrupção, o que é diferente de corrupção, porque o árbitro, pelos vistos, disse não. Se tivesse dito que sim, já era corrupção, o que tornava a atitude do Pinto da Costa inaceitável, ao invés do que aconteceu, uma simples tentativa, o que é aceitável e pouco relevante. E o Boavista é que desceu de divisão! A atitude desta miúda também não é muito corrupta, pois vendeu uma tese. Se tivesse comprado, aí, sim, seria expulsa! Corrijam-me, mas compramos o que há à venda, correcto? Ou seja, tem de haver vendedores para haver compradores, não? Bem, também não era nenhuma miúda, era o Pinto da Costa, o que torna tudo mais compreensível...
Este jornalista tem o dever moral de entregar esta miúda ao Conselho Pedagógico da Universidade para ser expulsa. Está a desvirtuar os resultados académicos de colegas seus, que se formam sem merecerem tal distinção, e que depois podem ser incompetentes que nem portas quando saem para o mercado de trabalho. Temos exemplos, como, sei lá, o... Sócrates! Só que o jornalista não vai entregar a miúda, pois a miúda era o Pinto da Costa que lhe prometeu um lanche de café com leite em Miragaia. E uma frutazinha para a ceia...
Falando a sério, a uma colega minha foi dito, pelo docente que lhe orientava a tese, para se dirigir a determinada biblioteca de determinada universidade, requisitar determinado trabalho e aplicar-lhe determinadas alterações. Plágio? Não, foi sugerido pelo docente, logo, não podia ser plágio. Antes e apenas uma recomendação. Seria o docente o Pinto da Costa?!
À minha mulher, foi-lhe dito, durante a sua tese, que devia indicar todas as suas fontes bibliográficas e nunca, mas nunca, emitir a sua própria opinião, ou seja, "faz plágio mas indica de onde copiaste. A seguir, dás a opinião dos outros". Tese é uma palavra interessante - significa o quê, afinal? Implica que tiremos uma conclusão, pelo menos, daquilo que expusemos durante o trabalho. Em última e ultrajante análise, pode implicar a emissão de um novo modelo para a resolução de um problema que seja colocado no início do trabalho - sacrilégio dos sacrilégios para a nossa erudita comunidade de sábios professores universitários. No fundo, é bem mais fácil formar cordeirinhos do que inconformados, não é assim?
A propósito, vou escrever uma tese sobre o Pinto da Costa. Pode ser que, no final, consiga resolver o problema e descobrir a cura para essa doença. E para o Bicho da Madeira também... Vou ter que fazer teses até morrer... Vou-me tornar o Lutero português!!
Depois de ler o texto, pensei que devia de haver um código de plágios. Porque é importante que as pessoas saibam o que podem ou não podem fazer. Pode-se plagiar, bem, tem dias..e no fundo é preciso ser suficientemente habilidoso. Não é à fartazana.
ResponderEliminarNum País de leis,incumpridas, talvez fosse importante ter uma alta autoridade de plágios, supervisionada pela Clara Pinto Correia e por o Tony Carreira, ambos igualmente supervisionados por o Exmo Cardeal Pinto da Costa. Mestre da Arte do Disfarce, e especialista em cozinha saudável, à base de frutas exóticas. Penso ainda que deveriam ser utilizada as escutas aos plagiadores, mas só pra ver se era plágio, depois anulava-se tudo.
Talvez fosse bom fazer uma nova lei da oferta e da procura para socorrer esta ambiguidade, de quem é que é expulso.
Só mais uma coisa se vais fazer a tese do Pintainho, é melhor comprares vários discos externos porque vais ter muito que arquivar e nós não queremos que seja em papel por causa do ambiente .
Este comentário está bem mais interessante que o texto!!!
ResponderEliminarE ligaste vários!! Obrigado pela atenção!!
A respeito do roubo no Estádio do Ladrão:
ResponderEliminar"O Espelho da nação"
http://dylans.blogs.sapo.pt/
Muito me honraria a sua opinião e a do Forteifeio.
Obrigado pela participação no meu outro blog, mas nunca tenha vergonha de o dizer: somos BENFICA!
ResponderEliminarE moro a 10 km de si!
Abraço.
Não tenho vergonha de dizer que sou sócio do Benfica. Simplesmente, tento ter uma visão o mais distante possível da questão.
ResponderEliminarcirrus,
ResponderEliminarestás muito enganado.
O texto está bastante melhor que o comentário. O autor do texto, procura e investiga, o comentador, lê e opina, escolhendo as partes que mais lhe dizem, muitas das vezes sem entender o trabalho que deu o texto. Que nós sabemos que dá. Digamos que vai à procura das pontas sem perceber o trabalho que deu o novelo.
Depois de saber esta semana que há quem compre por 750,00€ os "portfolios" de quem fez aquela coisa das "Novas Oportunidades" para os usarem como se fossem deles próprios e assim obterem um "diploma" sem esforço, já nada me admira.
ResponderEliminarSobre o Pinto da Costa, eu sou FCP, mas condeno as atitudes e trapaças do homem. Sei que és Benfiquista, não te esqueças de fazer também umas teses sobre o Vale e Azevedo e sobre o José Filipe Vieira e já agora, sobre toda a corja que gravita à volta do futebol.
Só mais uma coisinha. É verdade que o penalty não foi penalty, admito (aí, o que me custa dizer isto!). Mas se é para falar de "roubos" e de "ladrões" não se esqueçam do "roubo de catedral" que foi o Benfica-Braga ou o Braga-Porto. Temos que ver sempre os dois lados da moeda. Temos que ser imparciais, por muito que isso nos custe!
Está descansada, estou atento!
ResponderEliminar;)
Ao ler o que escreveu,veio-me à memória um episódio antigo,já lá vão uns anitos.Uma amiga minha,pouco dada a escritas,mas excelente artífice,desesperava com um trabalho de fim de curso.Então fizemos uma troca.Enquanto eu escrevinhava umas linhas, ela ,sentada num banquinho,lembro-me bem,ia costurando e remendando e alterando umas roupitas,genialmente.Acho que ganhei com a troca.Hoje é uma excelente profissional.Pecados...
ResponderEliminarrosebud
Rosebud,
ResponderEliminarIndependentemente de ser uma boa profissional ou não, não é com deslealdades que se devem conseguir as coisas boas na vida. Não fui educado assim, e não é uma questão de conveniências, apenas uma questão de princípios.
Por outro lado, nem sempre quem tem as melhores médias de curso é o melhor profissional. Normalmente, até é ao contrário, esses ficam nas Universidades como assistentes porque não têm jeito para... trabalhar. Apenas para estudar, o que, no mercado de trabalho, são coisas totalmente diferentes. Ou então vão para médicos, o que vai dar no mesmo.
Há plágios entre os próprios investigadores, por isso, porque não há-de haver entre os alunos...??? (note-se a ironia...)
ResponderEliminare o tema, afinal é sobre plágio, ou sobre o pinto da costa? :D Não confundir, contudo, o patrão com a equipa. Senão, toca a tesiar sobre o Vale e Azevedo, ou sobre o Majorzito...olha, e a Felgueiras, então?...
# nem sempre quem tem as melhores médias de curso é o melhor profissional. # Ora aí está. Uma coisa é estudar e marrar para um exame. Outra coisa é estudar para saber, aprender.
Pois, pois, por isso é que as universidades estão pejadas de professorzecos que não sabem fazer nadica, e que tiram o lugar a quem realmente merece, ou que o mantêm à custa de meter o nome em trabalhos alheios...mesmo que de universidadeds diferentes... :-p :D