Madrid, 23 de Março de 2009
Há aqueles que preferem as cidades. Há aqueles que preferem a solidão entre muitos. Há muitos que preferem a solidão entre si.
Não sou um desses, sou diferente. Sou alentejano, beirão, transmontano, quiçá até minhoto.
A cidade teima em não se apagar. A cidade teima em não morrer. Talvez seja por isso que me renovo, todos os dias, na graça do Deus Sol e seus sequazes. Deixo-me morrer lentamente, todas as noites, para surgir na manhã seguinte, pronto para a vida de todos os dias, porque todos os dias me divorcio da cidade e acordo em Trás-os-Montes. Ou será na Beira Alta?
Não interessa. Nada interessa. O que realmente interessa é aquilo que fazemos de cada noite, e não aquilo que fazemos em cada dia. Porque se o dia não sucede à noite, nem a noite sucede ao dia, então eu não sucedo e morro. E eu não morro.
Madrid está lá fora, vibrando na noite. Eu preparo meu ressurgir, tento alhear-me das luzes e ruídos para renascer, amanhã bem cedo, numa vilória de Trás-os-Montes.
Há aqueles que preferem as cidades. Há aqueles que preferem a solidão entre muitos. Há muitos que preferem a solidão entre si.
Não sou um desses, sou diferente. Sou alentejano, beirão, transmontano, quiçá até minhoto.
A cidade teima em não se apagar. A cidade teima em não morrer. Talvez seja por isso que me renovo, todos os dias, na graça do Deus Sol e seus sequazes. Deixo-me morrer lentamente, todas as noites, para surgir na manhã seguinte, pronto para a vida de todos os dias, porque todos os dias me divorcio da cidade e acordo em Trás-os-Montes. Ou será na Beira Alta?
Não interessa. Nada interessa. O que realmente interessa é aquilo que fazemos de cada noite, e não aquilo que fazemos em cada dia. Porque se o dia não sucede à noite, nem a noite sucede ao dia, então eu não sucedo e morro. E eu não morro.
Madrid está lá fora, vibrando na noite. Eu preparo meu ressurgir, tento alhear-me das luzes e ruídos para renascer, amanhã bem cedo, numa vilória de Trás-os-Montes.
Boa noite
ResponderEliminarPara ti. Texto complicado este, dás-me cabo dos neurónios. No fundo o que estás a achar falta é da nossa gastronomia. Confessa lá.
Eh pá, nem te passa pela cabeça!!!
ResponderEliminarMas não, não é esse o sentido do texto. O sentido do texto é simples.
Estava a brincar. A propósito da gastronomia. Mas com gastronomia não se brinca.lolol.
ResponderEliminarAgora mais a sério. Não é fácil.
O dia e a noite são unos, porque não vivem um sem o outro.
complexo.... mas não desvendes.
Amanhã talvez lá chegue.
Não gostas da "movida" não?! Queres enganar quem?
ResponderEliminarEm cima das colunas ao som de Techno destilando "shots" atrás de "shots".
Gostas mais de ver a Unicer, deitando aquela fumarada toda pelas chaminés...
Vê lá se arranjas um treinador espanhol que se aproveite para o nosso clube!
Bom trabalho.
Dylan, meu caro
ResponderEliminarJá foi tempo em que me poderias considerar um amante da La Movida, não de Madrid, mas de Salamanca, onde nasceu.
Mas estiveste perto, também sobre isso trata o texto...
Abraço.
A primeira vez que fui a Madrid, escrevi que esta era uma cidade que se transfigurava na noite, um dia destes tenho que procurar o texto…
ResponderEliminarExcelente escrita.
ResponderEliminarDa viagem,dos tempos,à volta do eterno retorno.
rosebud
MdJ,
ResponderEliminarSinceramente, Madrid é daquelas cidades opressoras que não me agrada nada. Mas que se transfigura à noite, ai isso...
Rosebud,
ResponderEliminarMais um na "mouche"...
Cirrus, o cidadão do mundo, a quem a cidade oprime, a quem apenas as vastas paisagens enchem a alma e lhe fazem acreditar que há um criador... o Deus Ra!
ResponderEliminarPronúncia,
ResponderEliminarNão sou nenhum "cidadão do mundo". Apenas tive sorte (e ainda tenho alguma) de ter entrado para uma empresa que me fez viajar, particularmente pelo Médio Oriente, pelo qual me apaixonei definitivamente.
Quanto a Rá, o Criador, ele renova-me todas noites enquanto dorme. Não que pense que a noite foi feita exclusivamente para dormir, mas isso é outra conversa. Aliás, a forma sob a qual melhor sentimos a renovação é mesmo acordado.
Se puderes, comenta:
ResponderEliminar"Fartos de futebol"
http://dylans.blogs.sapo.pt/
Obrigado
Dylan
ResponderEliminarPassei por lá, não comentei grande coisa, mas prometo visitar e envolver-me.
Um abraço.
Cirrus, quando utilizo a expressão "cidadão do mundo" não me refiro apenas a uma pessoa que viaje muito, ou tenha vivido em vários paises. Para mim um cidadão do mundo é alguém curioso por outras culturas, que seja capaz de as entender, e até sentir-se integrado nas mesmas, se for caso disso.
ResponderEliminar:)
Nesse caso, então aceito o elogio de boa vontade. Aliás, penso que o medo que temos de assimilar novas experiências em novas culturas é o que impede o mundo de viver em paz.
ResponderEliminarPerfeitamente de acordo, eu não diria melhor ;)
ResponderEliminarTemos uma discussão lá no meu tasco sobre a melhor banda do mundo e o melhor álbum do mundo!
Já deixei um testamento!
ResponderEliminarTambém aqui estive fui la sozinho sou um trisote e a barcelona tambem, mas desta vez venho falar-te do texto. gostei muito
ResponderEliminarLobinho
ResponderEliminarAgradeço as tuas palavras.