Quando o convívio entre bloggers se dá como se deu ontem, é lindo!! Estava eu em Vila Real, num quarto de hotel, quando se despoletou a mais acesa troca de comentários de que tenho memória na minha curta vida de blogger. E tudo graças ao Todd!
Quem é o Todd? Pois, essa é uma outra questão a que não é fácil responder.
Tudo isto veio a propósito de um desafio que propus à Pronúncia, que doravante será conhecida como Maria. O desafio era o mais simples possível. Constatando que as coisas andavam um pouco negativas, pois todos estávamos fartos de ouvir dizer mal do nosso país, em que muitos insistem em apenas ver o que está efectivamente mal, propus que ela fizesse um post com as coisas que Portugal tem de bom. Que são muitas. E que são tónicos para quem, como nós, tem de lutar para ajudar este país a endireitar-se e, acima de tudo, orgulhar-se de novo. Sermos mais felizes na adversidade só nos pode dar mais força.
A Pronúncia focou alguns aspectos positivos de Portugal, mas não todos. Nem eu seria capaz de os enumerar, e ainda bem. Mas alguns passaram-me pela cabeça. Penso que são coisas pelas quais vale a pena lutar pelo meu país, que adoro.
Começando pelos óbvios aspectos geográficos, Portugal deve ser o país que mais diversidade geográfica apresenta em tão pequena área. Temos de tudo, desde as serras verdes do Minho, as escarpas abruptas de Trás-os-Montes, a beleza agreste da Beira Interior, as densas florestas do Pinhal Interior, a Ria de Aveiro, as imensas planícies alentejanas e até às costas dormentes do Algarve. Isto para não falar das Ilhas.
Mas há aspectos de outra ordem ainda mais importantes. Um deles é a História. A nossa História é riquíssima, de origens tão remotas que é ainda difícil distinguir-lhe o início. Como país, existimos desde o séc XII, mas milénios antes disso já havia histórias para contar, de acordo com os cultos a deuses pagãos por estas bandas. Um deles em particular, o de Serápis, liga irremediavelmente a existência dos grupos de protoportugueses (lusitanos e protoceltas) ao Egipto faraónico. Aliás, em lugar algum do mundo se pode encontrar uma tão grande proliferação do culto da Deusa como em Portugal, culto esse originário do Egipto, em honra da deusa Ísis, e da Suméria, em honra da mesma deusa, mas tomando o nome de Astarte ou Cíbele para as civilizações circundantes das ruínas de Baalbeck, no actual Líbano (civilizações que deram origem aos actuais palestinianos). Para isso, basta contar o nº de Senhoras disto ou daquilo que existem em Portugal, uma vez que, como é sabido, esses santuários foram erguidos em locais de cultos femininos anteriores. Como podemos ver, a nossa história liga-se com a dos primórdios conhecidos da história humana. É um motivo de orgulho imenso, até porque as populações europeias foram mais resultado de invasões durante o primeiro milénio do que da fixação de autóctones.
Depois há a cultura, feita de grandes vultos, como Torga, Camões, Eça e Pessoa, entre outros gigantes. Mas também a cultura do homem simples, daquele que vive das agruras da terra, daquele que, nunca saindo da sua aldeia e não conhecendo a cor do mar, tem tanto para nos ensinar, assim soubéssemos aprender.
Mas há também a questão da identidade. Poucos países existem no mundo com a unidade nacional que nós ostentamos. Para um português é impensável preferir a sua região ao país. Se perguntarmos a um espanhol ou francês ou britânico o que prefere, sabemos que as respostas que darão não serão como a dos portugueses. Os portugueses não reconhecem qualquer entidade geográfica superior ao seu país. Primeiro somos portugueses, depois somos alentejanos ou beirões. Isto tudo ao contrário do que pensa Todd.
E assim veio o Todd, para nos unir ainda mais em redor de uma ideia que é Portugal, imaginada para lá dos confins do tempo, cujas coisas boas nos farão ultrapassar as dificuldades a que outros já sucumbiram. Assim tenhamos nós essa consciência e a coragem e força de acreditarmos em nós próprios e no nosso país. Porque o nosso país é lindo!
Quem é o Todd? Pois, essa é uma outra questão a que não é fácil responder.
Tudo isto veio a propósito de um desafio que propus à Pronúncia, que doravante será conhecida como Maria. O desafio era o mais simples possível. Constatando que as coisas andavam um pouco negativas, pois todos estávamos fartos de ouvir dizer mal do nosso país, em que muitos insistem em apenas ver o que está efectivamente mal, propus que ela fizesse um post com as coisas que Portugal tem de bom. Que são muitas. E que são tónicos para quem, como nós, tem de lutar para ajudar este país a endireitar-se e, acima de tudo, orgulhar-se de novo. Sermos mais felizes na adversidade só nos pode dar mais força.
A Pronúncia focou alguns aspectos positivos de Portugal, mas não todos. Nem eu seria capaz de os enumerar, e ainda bem. Mas alguns passaram-me pela cabeça. Penso que são coisas pelas quais vale a pena lutar pelo meu país, que adoro.
Começando pelos óbvios aspectos geográficos, Portugal deve ser o país que mais diversidade geográfica apresenta em tão pequena área. Temos de tudo, desde as serras verdes do Minho, as escarpas abruptas de Trás-os-Montes, a beleza agreste da Beira Interior, as densas florestas do Pinhal Interior, a Ria de Aveiro, as imensas planícies alentejanas e até às costas dormentes do Algarve. Isto para não falar das Ilhas.
Mas há aspectos de outra ordem ainda mais importantes. Um deles é a História. A nossa História é riquíssima, de origens tão remotas que é ainda difícil distinguir-lhe o início. Como país, existimos desde o séc XII, mas milénios antes disso já havia histórias para contar, de acordo com os cultos a deuses pagãos por estas bandas. Um deles em particular, o de Serápis, liga irremediavelmente a existência dos grupos de protoportugueses (lusitanos e protoceltas) ao Egipto faraónico. Aliás, em lugar algum do mundo se pode encontrar uma tão grande proliferação do culto da Deusa como em Portugal, culto esse originário do Egipto, em honra da deusa Ísis, e da Suméria, em honra da mesma deusa, mas tomando o nome de Astarte ou Cíbele para as civilizações circundantes das ruínas de Baalbeck, no actual Líbano (civilizações que deram origem aos actuais palestinianos). Para isso, basta contar o nº de Senhoras disto ou daquilo que existem em Portugal, uma vez que, como é sabido, esses santuários foram erguidos em locais de cultos femininos anteriores. Como podemos ver, a nossa história liga-se com a dos primórdios conhecidos da história humana. É um motivo de orgulho imenso, até porque as populações europeias foram mais resultado de invasões durante o primeiro milénio do que da fixação de autóctones.
Depois há a cultura, feita de grandes vultos, como Torga, Camões, Eça e Pessoa, entre outros gigantes. Mas também a cultura do homem simples, daquele que vive das agruras da terra, daquele que, nunca saindo da sua aldeia e não conhecendo a cor do mar, tem tanto para nos ensinar, assim soubéssemos aprender.
Mas há também a questão da identidade. Poucos países existem no mundo com a unidade nacional que nós ostentamos. Para um português é impensável preferir a sua região ao país. Se perguntarmos a um espanhol ou francês ou britânico o que prefere, sabemos que as respostas que darão não serão como a dos portugueses. Os portugueses não reconhecem qualquer entidade geográfica superior ao seu país. Primeiro somos portugueses, depois somos alentejanos ou beirões. Isto tudo ao contrário do que pensa Todd.
E assim veio o Todd, para nos unir ainda mais em redor de uma ideia que é Portugal, imaginada para lá dos confins do tempo, cujas coisas boas nos farão ultrapassar as dificuldades a que outros já sucumbiram. Assim tenhamos nós essa consciência e a coragem e força de acreditarmos em nós próprios e no nosso país. Porque o nosso país é lindo!
Bem! Fiquei sem palavras!...
ResponderEliminarAmanhã comento melhor, prometo ;)
Já me ia esquecendo... viva o Todd!
ResponderEliminarAfinal ele sempre nos deu algo ;)
O Todd???
ResponderEliminarO Todd é um heroi!!!
O Todd foi uma lufada de ar fresco.
ResponderEliminarTive imenso prazer em ler essas frases referindo essas marcas dos cultos existentes no nosso País, algo que desonhecia. Apetece-me pesquisar mais coisas sobre esses assuntos
Obrigado Cirrus
Fortifeio
ResponderEliminarHá um autor que deves pesquisar:
Paulo Loução, Editora Ésquilo. Encontrarás facilmente em qualquer Bertrand.
Quanto aos portugueses efectivamente sentirem-se mesmo portugueses não me parece que os madeirenses se considerem como tal.
ResponderEliminarTalvez sejam bastante influenciados pelo energúmeno que lá está no poder...
Dylan, deve ser isso e não deve ser geral...
ResponderEliminarRealmente o que aconteceu lá no tasco deu-me um gozo enorme. Pessoas que não se conhecem de lado nenhum, a não ser daqui, alinharam todas numa brincadeira, onde pelo meio acabamos por nos conhecermos um pouquinho melhor uns aos outros. E outro facto que me deixou agradada, foi o número de pessoas que não se tendo apercebido da brincadeira, ficaram com pena de não terem participado.
ResponderEliminarMas há uma coisa importante e que passou um bocado despercebida... acabamos todos por nos unirmos em torno de algo com que não concordamos... um senhor que só porque fez uns estudos, leu umas coisas, acha que é um especialista em classificar Portugueses.
Desconhecia essa parte dos vários cultos que por aqui proliferaram antes de sermos uma nação. Muito interessante. Sempre associei o culto da Deusa Mãe, Mãe-Terra, a povos celtas, mas sem nunca os ligar a nós, erradamente claro, porque também temos uma grande costela celta.
A questão da nossa identidade, talvez se deva ao facto de aqui nunca terem havido reinos diferentes, que lutaram entre si e acabaram por ficar juntos e formado uma nação, como acontece em Espanha por exemplo. Eu arriscaria que Portugal nasce primeiro e só depois as regiões, ao contrário do que se passa na maior parte da Europa, onde as regiões nascem antes do País a que depois deram origem.
Fica aqui a sugestão. Faz tipo um inquérito onde podes pedir a quem te visita para escolherem o que é mais importante para cada um, se ser português ou da respectiva região onde tem raízes. Havia de ser interessante.
Dylan:
ResponderEliminarAgora é contigo!
Só uma pergunta. Quantos madeirenses conheces tu que te permitam fazer essa afirmação?!...
Gostei imenso do texto e aprendi mais um bocadinho sobre a nossa história.
ResponderEliminarO Todd é um porreiro, faz milagres!
;)
Ana
ResponderEliminarÉ pena que os portugueses não tenham plena consciência das suas origens. Se queres aprender mais, lê os livros do Paulo Loução.
Pensei que fosse Francisco Louçã! Não gozem, até aprecio o vocabulário do homem.
ResponderEliminarAcredito, afinal, é o nosso mais reconhecido economista.
ResponderEliminarAdorei este post! E viva o Todd seja lá ele quem fôr.
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