Porque o mundo não foi criado por Deus. Porque Deus não foi criado por Deus, ou o homem foi criado por Deus.
Porque tudo o que nos rodeia é apenas o reflexo daquilo que somos. Tudo o que somos é apenas um reflexo daquilo que gostaríamos de ser. Logo, tudo o que nos rodeia não passa de um desejo não concretizado.
É assim o Homem. É assim a natureza do Homem. Porque o verdadeiro Ser aspira àquilo que sonhou numa outra noite de neblina mental. E quando a neblina passa, porque passa, novo banco de nevoeiro se forma na alma, e nada é como dantes costumava ser. E os reflexos mudam como a noite muda daquela de neblina para a outra de nevoeiro. Algo em comum, algo que não nos deixa ver o caminho.
Mas é assim o Homem. O verdadeiro Ser não vê o caminho, apenas sabe que tem de caminhar. Provavelmente nem vê os escolhos do caminho, nem a gravilha que o faz resvalar, apenas sabe que tem de continuar. Apenas sabe que tem de sair do nevoeiro. Para encontrar nova noite de neblina, para fazer de novo o caminho.
Mas o verdadeiro homem, com ou sem H grande, é aquele que quer descobrir o que está para lá do nevoeiro, é aquele que cai e se levanta, é aquele que aprende na jornada, porque o caminho se faz caminhando e nenhum objectivo se atinge com resignação. O verdadeiro ser, com ou sem s grande, é aquele que caminha na escuridão, porque procura o dia, e não aquele que acende a luz, por sempre ser noite.
Porque o que será do homem se mais vale o destino que a viagem?
Porque o que será daquele que atinge todos os objectivos?
Porque o que será daquele que apenas vê o que o rodeia e não procura o que tem dentro de si?
O que é feito daqueles que apenas vêem a desgraça ao seu redor, sem perceberem que são parte dela, e sem nada fazerem para a minorar?
E o que é feito de todos aqueles que se resignaram, que deixaram de caminhar?
Porque a felicidade não está lá fora, está cá dentro.
Porque a felicidade não é o sol ou a chuva.
Porque a felicidade está na viagem.
Porque se aprende na viagem. E esta não acaba.
E eu que tanto quero aprender.
O que será do homem sem dignidade?
Porque tudo o que nos rodeia é apenas o reflexo daquilo que somos. Tudo o que somos é apenas um reflexo daquilo que gostaríamos de ser. Logo, tudo o que nos rodeia não passa de um desejo não concretizado.
É assim o Homem. É assim a natureza do Homem. Porque o verdadeiro Ser aspira àquilo que sonhou numa outra noite de neblina mental. E quando a neblina passa, porque passa, novo banco de nevoeiro se forma na alma, e nada é como dantes costumava ser. E os reflexos mudam como a noite muda daquela de neblina para a outra de nevoeiro. Algo em comum, algo que não nos deixa ver o caminho.
Mas é assim o Homem. O verdadeiro Ser não vê o caminho, apenas sabe que tem de caminhar. Provavelmente nem vê os escolhos do caminho, nem a gravilha que o faz resvalar, apenas sabe que tem de continuar. Apenas sabe que tem de sair do nevoeiro. Para encontrar nova noite de neblina, para fazer de novo o caminho.
Mas o verdadeiro homem, com ou sem H grande, é aquele que quer descobrir o que está para lá do nevoeiro, é aquele que cai e se levanta, é aquele que aprende na jornada, porque o caminho se faz caminhando e nenhum objectivo se atinge com resignação. O verdadeiro ser, com ou sem s grande, é aquele que caminha na escuridão, porque procura o dia, e não aquele que acende a luz, por sempre ser noite.
Porque o que será do homem se mais vale o destino que a viagem?
Porque o que será daquele que atinge todos os objectivos?
Porque o que será daquele que apenas vê o que o rodeia e não procura o que tem dentro de si?
O que é feito daqueles que apenas vêem a desgraça ao seu redor, sem perceberem que são parte dela, e sem nada fazerem para a minorar?
E o que é feito de todos aqueles que se resignaram, que deixaram de caminhar?
Porque a felicidade não está lá fora, está cá dentro.
Porque a felicidade não é o sol ou a chuva.
Porque a felicidade está na viagem.
Porque se aprende na viagem. E esta não acaba.
E eu que tanto quero aprender.
O que será do homem sem dignidade?
Conseguiste por em palavras, o algo indefinido que me tem enchido os pensamentos nestas duas últimas semanas, sem conseguir chegar a conclusões definitivas.
ResponderEliminarSei disto tudo, mas é mais fácil dizer do que colocar em prática. E por vezes canso-me de remar contra a maré ou de ser sempre eu a "carregar" ao colo com os resignados.
Porra! Pelo menos uma vez em cada dez também mereço um bocadinho de colo, não?!
Também faz parte do caminho, não?!
Sabes que mais?! Que se lixe! parece-me que o mal é geral e anda meio mundo como tu e eu... f*****! Temos mais é que ver a porra do caminho e meter os pés ao dito... ficar parado é que não! Isso é morrer.
O texto está bonito, mas é muito romântico. É engraçado que os agnósticos tendem a falar mais de Deus que os crentes.
ResponderEliminarComo diz a pronúncia quem passa a vida a remar contra a maré, também se cansa.
Talvez a nossa caminhada exista sem que a lógica não faça parte do jogo e das variantes da vida. É um texto complexo para comentar, porque o comentário teria de ser muito extenso pela quantidade de ideias que dele emanam.
Pronúncia
ResponderEliminarTiveste uma acepção do texto correcta, mas muito incompleta. Mas estás no caminho...
Forteifeio
ResponderEliminarNão vou ofender-me com o facto de me teres classificado como agnóstico, coisa que já te disse há tempos que não sou. Levo muito a sério as minhas crenças e gostava que as levasses a sério também.
Quanto ao romantismo, se pensas que apelar à dignidade humana é romântico, ou se pensas existir qualquer outro caminho, mostra-mo. Só porque não acredito em revoluções sangrentas e mais na revolução individual e mental, que se possa efectivamente reflectir nos comportamentos, não me deves confundir com um lírico. Podemos procurar as mesmas coisas com métodos diferentes, e, acredito que o teu, como se tem visto, apenas tem baralhado para dar de novo as mesmas cartas.
Cirrus, isto hoje não dá para mais... ainda por cima depois de um dia com auditoria interna, não é difícil imaginar no estado de "papa" (e não é Maizena) em que tenho a minha massa cinzenta! pois não?!
ResponderEliminarPode ser que amanhã a coisa melhore e que consiga completar o incompleto... ;)
Cirrus
ResponderEliminarFiquei com a impressão que eras agnóstico mas com dúvidas, não houve intenção em denegrir as tuas orientações religiosas. Até porque fazes textos fantasiosos da Biblia e eu como crente não me sinto afectado, nem acho que estejas a brincar com as minhas crenças.
Aonde é que leste que eu acredito em revoluções sangrentas? Foi uma má interpretação como a que eu fiz anteriormente.
Se nós fizermos a análise referente à valorização do ser humano procurando no seu intimo a sua felicidade, nesse caso o facto do individuo se encontrar numa determinada sociedade assume uma relevância minima. Partindo deste pressuposto ele conseguirá ser feliz pela sua própria espiritualidade. Eu disse que era romantismo porque considero que é necessário que haja acção, o número de gerações que se vão perdendo tenderá a ser maior se não houver uma mudança de mentalidades. E podemos pensar que devemos olhar para a luz, mas até os monges birmaneses que são contra qualquer tipo de violência marcharam contra as armas dos militares opressores. Opiniões
Forte
ResponderEliminarNão penses que é birra, não se trata disso. Apenas penso que o facto de brincar com a Bíblia pode levar a interpretações erróneas. Mas também brinco com D.Afonso, e é a figura histórica que mais admiro desde sempre.
O termo sangrento aqui utilizado é, porventura, demasiado forte (assim como tu). Talvez "de massas" fosse mais correcto.
A minha acepção é muito mais intima, ou seja, acredito piamente que deve ser o indivíduo a influenciar a sociedade em que se insere e não o contrário. Daí a minha aversão às revoluções de massas em detrimento da verdadeira revolução, a interior. Essa tem o poder de mudar algo, as de massas tendem a produzir fenómenos efémeros e negativos, como tão bem conhecemos da história. E que caminho podemos levar na vida, o que poderemos levar desta, a não ser a memória? E que memória há sem dignidade? Mais ainda: que mudança aspiramos sem dignidade e sem memória?
Não sei se será excessivo o que vou transcrever,mas foi o que senti,depois de o ler.
ResponderEliminar"Afinal,a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente...
Quanto mais eu sinta,quanto mais eu sinta como várias pessoas,
...
Quanto mais simultâneamente sentir com todas elas...
Estiver,sentir,viver,for,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
Mais análogo serei a Deus,seja ele quem for...
Esquecimento.
ResponderEliminarPoesias de Álvaro de Campos
Rosebud
ResponderEliminarNão, não é excessivo. Só é excessivo associar um vulto como FP a um texto tão pobre como este.
A analogia a Deus pode ser real sem ser prejudicial. Como disse, trata-se daquilo que sentimos, não do que pensamos que somos.
Dignidade Cirrus? Essa palavra já não existe no presente ou existe para muito poucos, a dignidade verdadeira de viver ou morrer por uma causa, por alguém, por nós próprios, é algo escondido atrás de uma prateleira em que outras obras vigoram, nomeadamente "o medo", "a inveja", "a cobardia", ui, é uma enciclopédia extensa que não tem fim...
ResponderEliminarO que se passa com vocês?
ResponderEliminarÉ só poesias, prosas e filosofias à moda de Kant. Já não bastou ter que levar com este Alemão na escola?
As férias estão a chegar, somos um país com muito sol. Aproveitem...
É o vírus, Dylan! É o vírus!...
ResponderEliminarProvocação
ResponderEliminarNão quero chegar à dignidade de morrer por alguém. Aliás, isso não é dignidade, é sacrifício. A dignidade é uma coisa que podemos cultivar todos os dias, em pequenas coisas, que podem tornar a nossa vida e a daqueles que nos rodeiam, grandes. É essa a dignidade a que me refiro.
Dylan
ResponderEliminarO sol não elimina as coisas boas da vida...
;)
adorei, concordo e subscrevo.... :D
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