Diz quem foi que foi muito melhor que o esperado. Eu não fui, apesar de ter bilhete à disposição. Foi em dia da semana e a vida já não me permite semelhantes extravagâncias. A idade não é questão, foram muitas pessoas mais velhas que eu. Simplesmente o trabalho não espera nem dá grandes tréguas.
Estou a falar do concerto do século (até ao momento) em Portugal, um concerto dos veteranos AC/DC. Sem dúvida, em termos cénicos, uma oportunidade a não perder de testemunhar um verdadeiro espectáculo de rock, um verdadeiro espectáculo feito à maneira da altura em que ainda havia rock n' roll e grandes bandas, coisa que escasseia cada vez mais neste planeta.
Este tipo de música, descomplexada e divertida, sem grandes artifícios mentais nem letras complicadas, tem muitos adeptos. Não é o meu caso, que gosto de coisas mais complexas e interventivas. No entanto, e há que o reconhecer, os AC/DC sempre foram dos favoritos da juventude, porque têm uma atitude simples mas eficaz, uma daquelas atitudes de "toma lá que é para aquecer, não gostas, põe na beira do prato".
Mas do concerto ficarão memórias e essas serão para os felizardos que estiveram presentes. Não é disso que trata este post.
Parece que, a escassos minutos do início do espectáculo, os artistas foram visitados por pessoas muito especiais, que resolveram fazer uma surpresa aos veteranos elementos da banda. Não, não era uma data de fãs malucos com meia dúzia de grades de cerveja. Nem tão pouco um conjunto de groupies em trajes menores. Tratava-se de uma brigada da PSP que teve o bom gosto de ir identificar os artistas. Perante a surpresa destes, os simpáticos agentes exigiram os "documentos" aos músicos, aos assistentes destes e até ao director de segurança da banda. Todos estavam identificados com crachãs, mas deixa lá isso e vai buscar o passaporte, se não te importas, se não queres passar a noite na choldra. E vamos lá a ver se se portam bem durante o concerto!
Diz o director de segurança que já lhe havia acontecido isto. No Chile e durante a vigência do genocida Pinochet.
Não está aqui em causa a possibilidade de todas as pessoas poderem ser identificadas, em qualquer altura, pela autoridade. Mas a acção da PSP cheira a muito mais do que uma "operação de rotina", como foi afirmado pelo Comando. Acontece que os AC/DC são daquelas bandas que, de tão grandes e experientes que são, estão-se literalmente defecando para as questões políticas portuguesas. Poderiam até dar uma ou outra "boca" ao Sócrates, como fez Roger Waters no Rock in Rio, mas nem sequer faz muito o estilo dos australianos. Quem não sabia isso, de certeza absoluta, era a escadinha - Comando da PSP - Ministro da Administração Interna - Sócrates.
O pavor demonstrado nesta acção do governo português só podia prenunciar a enorme derrota eleitoral que se seguiu. Mas demonstra também como todos estamos sujeitos, neste país, ao Big Brother, como todos nós temos a censura sobre as nossas cabeças. Cabeças essas que ainda são pensantes, pelo menos algumas. E que não alinham em ditadurazinhas de trazer por casa.
É mesmo caso para dizer, lá para cima: "OUB'LÁ, Ò PÁ, E ENCHERES-TE DE MOSCAS, NÃO?!
Estou a falar do concerto do século (até ao momento) em Portugal, um concerto dos veteranos AC/DC. Sem dúvida, em termos cénicos, uma oportunidade a não perder de testemunhar um verdadeiro espectáculo de rock, um verdadeiro espectáculo feito à maneira da altura em que ainda havia rock n' roll e grandes bandas, coisa que escasseia cada vez mais neste planeta.
Este tipo de música, descomplexada e divertida, sem grandes artifícios mentais nem letras complicadas, tem muitos adeptos. Não é o meu caso, que gosto de coisas mais complexas e interventivas. No entanto, e há que o reconhecer, os AC/DC sempre foram dos favoritos da juventude, porque têm uma atitude simples mas eficaz, uma daquelas atitudes de "toma lá que é para aquecer, não gostas, põe na beira do prato".
Mas do concerto ficarão memórias e essas serão para os felizardos que estiveram presentes. Não é disso que trata este post.
Parece que, a escassos minutos do início do espectáculo, os artistas foram visitados por pessoas muito especiais, que resolveram fazer uma surpresa aos veteranos elementos da banda. Não, não era uma data de fãs malucos com meia dúzia de grades de cerveja. Nem tão pouco um conjunto de groupies em trajes menores. Tratava-se de uma brigada da PSP que teve o bom gosto de ir identificar os artistas. Perante a surpresa destes, os simpáticos agentes exigiram os "documentos" aos músicos, aos assistentes destes e até ao director de segurança da banda. Todos estavam identificados com crachãs, mas deixa lá isso e vai buscar o passaporte, se não te importas, se não queres passar a noite na choldra. E vamos lá a ver se se portam bem durante o concerto!
Diz o director de segurança que já lhe havia acontecido isto. No Chile e durante a vigência do genocida Pinochet.
Não está aqui em causa a possibilidade de todas as pessoas poderem ser identificadas, em qualquer altura, pela autoridade. Mas a acção da PSP cheira a muito mais do que uma "operação de rotina", como foi afirmado pelo Comando. Acontece que os AC/DC são daquelas bandas que, de tão grandes e experientes que são, estão-se literalmente defecando para as questões políticas portuguesas. Poderiam até dar uma ou outra "boca" ao Sócrates, como fez Roger Waters no Rock in Rio, mas nem sequer faz muito o estilo dos australianos. Quem não sabia isso, de certeza absoluta, era a escadinha - Comando da PSP - Ministro da Administração Interna - Sócrates.
O pavor demonstrado nesta acção do governo português só podia prenunciar a enorme derrota eleitoral que se seguiu. Mas demonstra também como todos estamos sujeitos, neste país, ao Big Brother, como todos nós temos a censura sobre as nossas cabeças. Cabeças essas que ainda são pensantes, pelo menos algumas. E que não alinham em ditadurazinhas de trazer por casa.
É mesmo caso para dizer, lá para cima: "OUB'LÁ, Ò PÁ, E ENCHERES-TE DE MOSCAS, NÃO?!
Não alinhamos nas ditadurazinhas... mas veja ,Cirrus ,como este governo está a preparar o terreno...
ResponderEliminarLi um comentário num blogue de alguém com 80 anos e era fã... ah! herói!
ResponderEliminarCirrus, sinceramente penso que hoje ainda há boas bandas, o problema é que não chegam ao grande público... é a ditadura das playlists e afins.
Tu brincas, mas olha que não tenho memória de uma polícia tão activa em controlar o que fazes ou deixas de fazer... faz-me lembrar aquilo que o meu pai me contava do tempo da "outra senhora" e eu pensava que isso nunca mais aconteceria.
Sinceramente assusta-me todo o controle e markting de que o Sr. Sousa dispõe... assustador!
Mas que se lixe... como diria o poeta... a mim ninguém me cala!
Já agora, se eu for parar à choldra por falar demais e contra, já sabes, tu e mais alguns vão ter que me ir visitar e de me abastecer de livros e, já agora... tabaco ;)
Porque é que não vão atrás da quantidade de ilegais cadatrados que vieram para este País?
ResponderEliminarIsso é que era
Maria
ResponderEliminarSem dúvida - e é nestes pequenos gestos, nestas quase anedotas, que podemos discernir isso. No dia a dia, nem notamos...
Dylan
ResponderEliminarAinda era novo quando saiu o Back in Black...
;)
Boas bandas? Há. Sem dúvida que nunca chegarão a ser grandes por causa das playlists, é verdade...
Eu não estou a brincar. O Governo tem a teia bem urdida. E lembro-me do filme "A Teia", em que tudo foi destruído, menos a dita da aranha. Mesmo que este governo se vá, vai demorar muito tempo até esta teia cair. E, inevitavelmente, será substituída por outra.
Mas a nós ninguém nos há-de calar, e terás tabaco em Custoias. Livros serão censurados à entrada. Mas far-te-ei chegar uma cópia do Papillon...
:D
Forte
ResponderEliminarQue eles deixaram entrar neste país, queres dizer... Cuidado com essa conversa, não vá alguém vir aqui chamar-te "intolerante"...
Dylan?!
ResponderEliminarTu tens a lata de me confundir com o Dylan?!... nunca mais comento os teus textos, é a minha vingança! ;)
Cirrus
ResponderEliminarTu aqui és o eremita, tu mandas e só reconheço ao dono do estabelecimento essa expressão. Quanto aos outros estou disponivel para o debate.
Tenho!
ResponderEliminar:)
Estava num outro post a "falar com ele". Desculpa, Pronúncia!!!!
Forte
ResponderEliminarEsquece lá isso, estás à vontade para opinar o que quiseres!!
Pronúncia
ResponderEliminarTu não estavas de férias, rapariga????
Estava e estou... mas não estou isolada.
ResponderEliminarAqui ainda há... WEB ;D
O Papilon com uma lima, ou um maçarico dentro, se faxavôr e não for pedir muito...
Pronúncia
ResponderEliminarVê lá se isso não são conversas do nosso amigo!!
Estarias melhor lá dentro, se calhar...
Pelo menos tinham que me dar que comer e eu não tinha que trabalhar!
ResponderEliminarMas pensando bem, não! Gosto muito de poder vaguear por aí... e de trabalhar, também!
Enquanto puderes, queres dizer! Qualquer dia, nem isso podemos fazer. E não falta tanto como isso...
ResponderEliminarEnquanto puder, sim!
ResponderEliminarMas enquanto me deixarem, é isso que farei...
Se não é indiscrição, onde estás?
ResponderEliminarNão é indiscrição nenhuma.
ResponderEliminarEstou em Cascais e tenho andado a vaguear por Sintra.
Era para estar em Viena, mas o trabalho não me deixou... sempre contactavel e caso necessário de regresso fácil! Grrrr!!!!
Ben, na R... Não existe disso. Férias são férias, telemóvel e computador ficam mesmo em casa.
ResponderEliminarIsso por aí é muito giro. Mas não te esqueças de visitar o Vasco da Gama, sobre quem escreverei em breve...
Sortudo! Férias são férias é sempre bom!
ResponderEliminarBem também não me posso queixar. Este ano é uma situação pontual... espero eu!
Qual Vasco da Gama?! O CC?! Ou o Aquário?!
Porra lá a moça!!!
ResponderEliminarO VASCO DA GAMA!!! O VASCO DA GAMA!!!
Olha CC!! Olha Aquário!! Já não há respeito, por Rá!!!!
O túmulo, porra!!!! Do Vasco da Gama, CANUDO!!!
Pronto, vou ali ao cantinho bater em mim própria por não me ter lembrado do túmulo.
ResponderEliminarMas, sabes?! não gosto nada de visitar túmulos... fico sempre com uma sensação de tristeza.
Ainda ontem, na Pena, havia na capela um túmulo, daqueles no chão, só com uma lápide e uma inscrição... faz-me sempre impressão as pessoas passarem-lhe por cima e nem verem o que aquilo é (ou foi). Desvio-me sempre e sou incapaz de lhe passar por cima... manias, sei lá!
Tens toda a razão, mas garanto-te que o túmulo de Vasco da Gama não infunde tristeza, antes respeito.
ResponderEliminarCirrus, uma coisa não invalida a outra. Por muito respeito que me inspirem, e quase todos me inspiram isso independentemente de serem ou não figuras grandes da nossa História, a tristeza vem sempre de arrasto... sou assim, que queres?! Tenho sempre um enorme sentimento de tristeza e perda perante a morte, e é um sentimento dominante perante qualquer outro... é a minha sina!
ResponderEliminarE tu pensas que Vasco da Gama morreu?
ResponderEliminarVasco da Gama é daqueles que nunca morrerá, ganhou o direito à imortalidade, apenas pelo facto de todos nos recordarmos das suas façanhas. Ganhou a vida para além da morte. E isso é que inspira respeito.
Cirrus, eu sou daquelas pessoas que acreditam que os outros só morrem quando nos esquecemos deles!
ResponderEliminarComo tal, é evidente que Vasco da Gama, Camões, D. Afonso Henriques... e os meus avós, e dois dos meus amigos, não morreram. Pelo menos enquanto eu me lembrar deles!
Estão vivos em algum lugar, nem que seja na tua memória.
ResponderEliminarÉ evidente que a privação física é difícil de superar, mas no caso do Vasco da Gama, só restam memórias de façanhas, uma vez que nem tu nem eu o conhecemos. Ou, pelo menos, espero que não...
:D
Oh, rapaz! Não acredito na reencarnação... e se por acaso ela existir, olha! Não me lembro de ter conhecido o Vasco da Gama!
ResponderEliminarPorra, posso já não ser nenhuma catraia... mas não sou assim tão velha! ;)
Não estava a falar de reencarnação, porra! Estava a falar de memórias!!!
ResponderEliminarPalavras tuas "uma vez que nem tu nem eu o conhecemos. Ou, pelo menos, espero que não... :D"
ResponderEliminarPara o conhecer era um bocadinho difícil... daí brincar com a reencarnação! Percebeste agora?! ;)
O porra também era brincadeira!!!
ResponderEliminarTás sempre na brincadeira, porra!
ehehehehe
ResponderEliminarPois estou! Eu sou assim... e dificilmente mudo! ;)
Olha a porra!!!!
ResponderEliminar;)
Levas com o...
Cirrus:
ResponderEliminarSó queria fazer um pequeno reparo ao seu post: em Portugal, a autoridade é a Lei e não as polícias ou o SEF que é um outro tipo de polícia.
Mas, ainda que a sua intervenção possa ser legitimada pela agência da Lei, há procedimentos que lhe estão vedados e, outros, serão abusivos!
imagine que estou no funeral de um familiar e sou abordado por um desses agentes....
Ir buscar um homem dentro de uma Igreja, por exemplo.
Com certeza terá toda a razão. Um polícia é apenas um agente da Autoridade e não a Autoridade em si. Poderá estar mandatado pela Lei para efectuar este tipo de operações, digo eu.
ResponderEliminarAinda mais se agrava o caso, pois ainda mais se vê até onde pode ir o medo...