Hoje é feriado. Como tal, poucos são os que trabalham. Eu incluído, obviamente. Como todos sabem, há vários tipos de feriado em Portugal, e podem ser classificados em várias escalas de valores.
Assim, temos, por classificação oficial, os feriados universais, os feriados nacionais, os feriados facultativos e os feriados municipais. Por carácter, temos os feriados políticos, os feriados religiosos e outros que sabe Rá como surgiram. Podemos também classificar os feriados pelo ponto de vista dos trabalhadores: há os feriados úteis (aqueles que ocorrem a meio da semana) e os inúteis (os outros). É interessante verificar como o Natal pode ser um dia de alegria ou apenas um dia... vá lá... coiso e tal... come lá a porra das rabanadas... Já a Páscoa, esse é um dia tão importante para o trabalhador que este nunca deu por ele - não fosse a Sexta Feira Santa...
Ora temos então que as coisas se medem, para a maior parte das pessoas, do seguinte modo:
-Feriado à semana - "Eh pá, vê aí se calha à quinta ou terça, que é para a gente fazer ponto! Mau... Quarta??? Porra, faço ponto na segunda e terça ou quinta e sexta??!
-Feriado ao fim-de-semana - "Hoje é quê? Feriado? Olha, nem sabia..."
Os feriados são assim facilmente classificados. Há feriados políticos, que relembram datas importantes politicamente para o país, como o dia da Liberdade (25 de Abril), o dia da Restauração da Independência (1 de Dezembro), o dia da Instauração da República (5 de Outubro), ou o maior de todos, em qualquer país, o dia da Fundação da Nação (hã... esqueceram-se(??)).
Já os religiosos são bem mais racionais, facilmente imputáveis a factos que todos conhecem. Assim, temos o Natal (nascimento de Cristo, que não se sabe em que dia ocorreu (?)), a Páscoa (Êxodo dos Judeus do Egipto e morte de Cristo, que não se sabe em que dia ocorreu (?)), ou o dia da ascensão de Nossa Senhora (facto algo duvidoso), ou mesmo o último dia do Ramadão (ops, não é feriado - por enquanto).
Assim, um feriado como o de hoje, ainda por cima associado ao de ontem, calha mesmo bem. Hoje é o dia do Corpo de Deus (acho eu!) e ontem, o dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas. Essa do Corpo de Deus penso ter algo a ver com o Pentecostes ou coisa parecida. Já o dia de Camões é bem explícito, numa alusão e homenagem a todos os grandes poetas de língua portuguesa que só tenham um olho.
Seja como for, o português típico está sempre interessado nos feriados. Alguns até andam com uma tabelinha em que estão assinalados todos os feriados do ano e respectivas tolerâncias de ponto. Não admira que estes seres bem preparados, por estes dias, acorram aos Algarves numas merecidas férias (alguns dizem mini-férias, mas eu não vou nessa conversa - pelo dinheiro que lá gastam são mesmo férias).
Não tenho nada contra aproveitar feriados, pelo contrário, faço o mesmo. Nem contra as férias, também as faço (embora não no Algarve - é caro demais para mim - prefiro o estrangeiro ou outras paragens do meu Portugal). O que choca é termos tantos feriados que fazem paralisar este país. Claro, na maior parte das vezes, também fazem paralisar o Governo, por isso a falta de produtividade é compensada com a falta de cagadas deste.
Mas penso que devíamos repensar esta coisa dos feriados. Podíamos ter dois religiosos - Natal e Páscoa e já é muito boa vontade... - e três ou quatro políticos (onde se incluiria sempre o já referido Dia da Fundação, que não existe). Arrumar com o resto seria aumento de produtividade e poupança nas despesas (então quando há um feriado político, é ver por aí os milhões que se gastam em comemorações e fazer continhas de cabeça). É só uma sugestão... Acabem lá com o Corpo de Deus e Ascensões de senhora mais os sagrados corações não sei de quê... Trabalhar também é preciso... Digo eu...
Assim, temos, por classificação oficial, os feriados universais, os feriados nacionais, os feriados facultativos e os feriados municipais. Por carácter, temos os feriados políticos, os feriados religiosos e outros que sabe Rá como surgiram. Podemos também classificar os feriados pelo ponto de vista dos trabalhadores: há os feriados úteis (aqueles que ocorrem a meio da semana) e os inúteis (os outros). É interessante verificar como o Natal pode ser um dia de alegria ou apenas um dia... vá lá... coiso e tal... come lá a porra das rabanadas... Já a Páscoa, esse é um dia tão importante para o trabalhador que este nunca deu por ele - não fosse a Sexta Feira Santa...
Ora temos então que as coisas se medem, para a maior parte das pessoas, do seguinte modo:
-Feriado à semana - "Eh pá, vê aí se calha à quinta ou terça, que é para a gente fazer ponto! Mau... Quarta??? Porra, faço ponto na segunda e terça ou quinta e sexta??!
-Feriado ao fim-de-semana - "Hoje é quê? Feriado? Olha, nem sabia..."
Os feriados são assim facilmente classificados. Há feriados políticos, que relembram datas importantes politicamente para o país, como o dia da Liberdade (25 de Abril), o dia da Restauração da Independência (1 de Dezembro), o dia da Instauração da República (5 de Outubro), ou o maior de todos, em qualquer país, o dia da Fundação da Nação (hã... esqueceram-se(??)).
Já os religiosos são bem mais racionais, facilmente imputáveis a factos que todos conhecem. Assim, temos o Natal (nascimento de Cristo, que não se sabe em que dia ocorreu (?)), a Páscoa (Êxodo dos Judeus do Egipto e morte de Cristo, que não se sabe em que dia ocorreu (?)), ou o dia da ascensão de Nossa Senhora (facto algo duvidoso), ou mesmo o último dia do Ramadão (ops, não é feriado - por enquanto).
Assim, um feriado como o de hoje, ainda por cima associado ao de ontem, calha mesmo bem. Hoje é o dia do Corpo de Deus (acho eu!) e ontem, o dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas. Essa do Corpo de Deus penso ter algo a ver com o Pentecostes ou coisa parecida. Já o dia de Camões é bem explícito, numa alusão e homenagem a todos os grandes poetas de língua portuguesa que só tenham um olho.
Seja como for, o português típico está sempre interessado nos feriados. Alguns até andam com uma tabelinha em que estão assinalados todos os feriados do ano e respectivas tolerâncias de ponto. Não admira que estes seres bem preparados, por estes dias, acorram aos Algarves numas merecidas férias (alguns dizem mini-férias, mas eu não vou nessa conversa - pelo dinheiro que lá gastam são mesmo férias).
Não tenho nada contra aproveitar feriados, pelo contrário, faço o mesmo. Nem contra as férias, também as faço (embora não no Algarve - é caro demais para mim - prefiro o estrangeiro ou outras paragens do meu Portugal). O que choca é termos tantos feriados que fazem paralisar este país. Claro, na maior parte das vezes, também fazem paralisar o Governo, por isso a falta de produtividade é compensada com a falta de cagadas deste.
Mas penso que devíamos repensar esta coisa dos feriados. Podíamos ter dois religiosos - Natal e Páscoa e já é muito boa vontade... - e três ou quatro políticos (onde se incluiria sempre o já referido Dia da Fundação, que não existe). Arrumar com o resto seria aumento de produtividade e poupança nas despesas (então quando há um feriado político, é ver por aí os milhões que se gastam em comemorações e fazer continhas de cabeça). É só uma sugestão... Acabem lá com o Corpo de Deus e Ascensões de senhora mais os sagrados corações não sei de quê... Trabalhar também é preciso... Digo eu...
Não tenho uma opinião muito fundada sobre quais os feriados que se deviam cortar e quantos seriam atingidos pelo corte. Mas concordo que se deviam reduzir, isso sem dúvida!
ResponderEliminarMas é preciso alguém que os tenha no sitio para tomar uma decisão dessas...
Afectado
ResponderEliminarDisseste tudo - tê-los no sítio...
No dia seguinte à decisão, teríamos manifestação nacional "contra a perda de direitos adquiridos"...
Concordo que temos feriados a mais. Concordo que se deveriam cortar alguns. Já agora, os que ficassem, poderiam ser mudados para a segunda feira ou sexta mais próximas (excepto o Natal e o 1º de Janeiro). evitando assim as pontes.
ResponderEliminarMas esta sou a Eu racional a falar, porque, como toda a gente... um feriado sabe-me sempre muito bem.
Então estes dois seguidinhos, vieram mesmo na altura certa... com 3 dias de férias, consegui arejar os verdes durante uma semana inteira :)
Pronúncia
ResponderEliminarPois, eu bem disse que também eu não trabalho (o que não é exactamente verdade...), o que é agradável.
Mas que temos a mais, temos. E falta o tal, o dia da fundação...
Essa sugestão de movê-los para sexta ou segunda é boa, muito boa mesmo...
Também já tive que trabalhar em feriados, fins de semana e férias, e de certeza que vou ter que o fazer mais vezes... não é agradável, mas paciência! O que tem que ser tem muita força!
ResponderEliminarEssa sugestão não é da minha autoria. Penso que foi o Cavaco, que quando ainda PM, queria fazer isso, à semelhança do que acontece em Inglaterra (penso eu!)...
Eu lembro-me do Cavaco ter querido fazer algo do género... E não foi ele que terminou com a tolerância de ponto no Carnaval?
ResponderEliminarFoi!
ResponderEliminarE há analistas políticos que afirmam que essa medida foi uma das que lhe custaram as eleições... sinceramente, não me parece, mas quem sabe?!
Olha que não sei, não sei mesmo. Mexer nestas coisas é altamente impopular...
ResponderEliminarclaro que é preciso trabalhar mas estes feriadinhos sabem tão bem.... :) principalmente para quem já trabalha tanto e nem fins de semana goza quase... :)
ResponderEliminarAnne
ResponderEliminarDiscordo em absoluto de quem vive para trabalhar em vez de trabalhar para viver. Nessa perspectiva, claro que sabem bem os feriados. Mas a que preço sai cada um destes dias, para o país?
Quanto ao trabalho em fim de semana, temos de nos deixar disso definitivamente. Não podemos todos contribuir cada vez mais para a subida da taxa de desemprego.
Amen...
ResponderEliminarah, e aqui fica uma prendinha:
http://sinfoniadesafinada.blogspot.com/search?q=blythe
São fabulosas!
ResponderEliminarEssa de retirar a tolerância ajudou, mas penso que o que realmente fez com que ele perdesse as eleições foi a arrogância adoptada nesse ano.
ResponderEliminarLembraste de certeza de frases como:
"Nunca leio jornais!"
"Deixem-me trabalhar!"
E a célebre:
"Nunca me engano e raramente tenho dúvidas!"
Eu não sou analista, mas penso que ele queria perder essas eleições para se candidatar a PR, como aliás aconteceu... mas perdeu-as!
Lembro-me das frases e lembro-me ainda mais da arrogância com que foram ditas.
ResponderEliminarMas uma coisa é certa: percebia-se o que ele dizia - gaguejava muito menos.
:)
Olha, boa, não queres propor isso ao arrogante mor nosso primeiro?
ResponderEliminar( o gajo é arrogante mas não é estúpido de todo e esse quer mesmo ganhar as eleições!)
Red
ResponderEliminarAcho que ele já pensou ligeiramente nisto... Para depois das eleições Legislativas...
Ainda bem que vocês, por aqui, parecem todos "tê-los no sítio"...porque assim, suponho eu, nem sequer aproveitam os feriados e vão todos trabalhar!!!!
ResponderEliminarPois, pior do que as frases, foi o tom!
ResponderEliminarMas olha que poucos se lembram disso... excepto talvez o actual PM, que apesar de SER ARROGANTE, tenta passar uma imagem de rigor, que não tem... eu cada vez que olho e ouço o homem falar, lembro-me de um balão que basta chegar-lhe com um alfinete e ele faz... PUM!
Pena não ser assim tão fácil! ;)
Terra de Encanto
ResponderEliminarpor acaso fui, mas só por acaso, não é costume. Mas se quiser, podemos arranjar mais um feriado. O dia da Terra de Encanto - só para si!
O que acha?
;)
O Sócrates é demasiado rigoroso, digo eu! É tão rigoroso que passa a arrogante num instante. Atenção, Pronúncia. Há muita coisa que eu penso que ele faz mal. Outras... penso que ele tem muita razão! Nem tudo é mau...
ResponderEliminarTalvez seja defeito meu, mas eu contabilizo sempre o bom e o mau, seja no que for, e o que realmente me importa acaba por ser o balanço dos dois.
ResponderEliminarNo caso do Sócrates, francamente, o balanço é muito negativo...
Talvez sim, admito.
ResponderEliminarComo o balanço dos três PM anteriores foi desastroso, ele só beneficia com o "muito negativo"...
Mas, por exemplo, o PM que iniciou a grande febre consumista neste país, o actual PR, acaba de lançar um apelo à contenção do mesmo... Como podes ver, sempre nos apareceram boas biscas, e isto para não falar mais para trás, porque então aí...
Pois, e ele continua na onda do "desastroso"... e muito!
ResponderEliminarTalvez a culpa seja nossa, e tenhamos exactamente aquilo que merecemos.
(Não me esqueci daquele post dos deputados... do pouco que pesquisei até agora é simplesmente assustador)
Estás a falar da classe profissional dominante na AR?
ResponderEliminarE não só!
ResponderEliminarAquilo dá que pensar, e muito (é difícil encontrar tanta mediocridade junta e tão concentrada no mesmo sítio)... mas um destes dias vais ter os resultados todos em post, está é a dar muito trabalho! Eles são mais que as mães...
Mal posso esperar!!
ResponderEliminarVê lá se apressas isso, quero ver aquilo que pressinto...
Talvez quando voltares de férias já esteja lá no meu tasco.
ResponderEliminarJá agora, boas férias e diverte-te muito!
Quero ver outra frase de apresentação ali ao lado, no teu perfil, e nada como umas férias para mudar o ânimo... digo eu ;)
Não ando farto daquilo que julgas - adoro o meu trabalho e a gestão parece correr-me no sangue. Ando farto de outras coisas, mais políticas...
ResponderEliminarObrigada pela proposta....mas não preciso de um dia de Terra de Encanto. Faço dos meus dias, dias de encanto, a trabalhar ou a apreciar os feriados!
ResponderEliminarveja só como me basto...
Só uma achega...talvez os portugueses apreciem tanto os feriados e sejam tão pouco produtivos apenas porque não estão motivados...será? É que lá fora, emigrados, trabalham orgulhosamente; mas sentem que vale a pena, porque são recompensados. Será?
E será que só temos direitos e esquecemos os deveres? Será?
ResponderEliminarNão, Cirrus, não é...
ResponderEliminar...em tudo na vida,procuro não ser radical.
Trata-se, apenas, da justa retribuição, do direito que segue o cumprimento do dever.
Eu sei que cumpro o meu...
E por aqui termino a passagem por este post.
Há muitas coisas agradáveis a acontecer aqui. Vou vê-las!
Boa semana.
Obrigado, para si também.
ResponderEliminarMas sempre me deixe referir que muitos cumprem o seu dever, não só você.
Talvez a falta de vontade de irmos além do dever é que nos esteja a constranger. Eu estou disposto a fazer mais que apenas o meu dever. Mas essa é apenas a minha opinião.