quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ACHADO É ROUBADO?

Foto Jornal de Notícias

Imaginem que são pobres. Está bem, Ok, não é preciso imaginar, tudo bem... Chatos do caraças!!! Mas imaginem que vão a sair de casa, para o vosso emprego, de manhã, e que o vosso emprego é entregar pão porta a porta. Sim, ainda existe!! Imaginem que se chamam qualquer coisa banal, que são mais uma pessoa normal, apenas mais um cidadão no seu dia-a-dia normal. De repente, olham para o chão e vêm dinheiro! Que fariam??

Achar dinheiro? É corrente, para algumas pessoas. Há pessoas que conseguem achar de tudo no chão! Mas imaginem que não achavam apenas dinheiro, mas sim 9300 euros no chão! Sortes destas não caem aos trambolhões, certo? Errado!

O correcto a fazer é chamar a GNR ou a PSP para tomarem conta da ocorrência. É que, se forem apanhados na posse desse dinheiro e provando-se que não têm direitos de Propriedade sobre o mesmo, incorrem no crime de Apropriação Indevida. Pois, para resumir, quase "roubo" ou "furto". Mas estarão a esta altura a perguntar: mas quem é o estúpido que encontra 9300 euros no chão e chama a polícia? Deve ser muito rico! Pois, mas quem fez isto foi a padeira. E deu uma explicação perfeitamente lógica para o ter feito, que podem ver aqui.

Um bem haja à Senhora Dona Luzia "Padeira". Se mais fossem como a senhora, viveríamos todos num local bem melhor do que na m**** em que nos atolamos todos os dias!! Bem sei que o Sr. Moisés é que lhe tem de agradecer a devolução do dinheiro, mas também eu e todas as pessoas de bem deste país lhe devíamos estar a tirar o chapéu e a dizer: Obrigado!

23 comentários:

  1. Uma pessoa bastante honesta devo dizer. mas não tenho a certeza se na altura poria isso em questão. quando as contas estão apertadas e de repente cai assim algo do céu, a dúvida surge, não vou mentir. mas certamente entregava o dinheiro às autoridades. se fosse comigo gostava que alguém decente o fizesse. basta pensarmos um pouco nos outros sem ser em nós.

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  2. Anne, nem mais, nem menos!

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  3. Li a notícia e iniciei um post com o título "São pessoas assim que ainda me fazem acreditar na Humanidade"

    Eu não tenho dúvidas que entregava. tento pautar a minha vida por um "não faças aos outros o que não gostavas que te fizessem a ti"... Mas consigo compreender se uma pessoa que precisasse mesmo, mesmo do dinheiro, caso o encontrasse não o devolvesse

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  4. Pronúncia, e se a pessoa que o encontrou precisasse dele da mesma forma? Como podemos saber?

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  5. Teria eu os meus 10 anitos, ia a caminho da escola, num daqueles dias de inverno que a chuva parecem berlindes a cair no guarda-chuva, com as minhas galochas e a minha capa de oleado. À minha frente pára um carro. O senhor abre a porta e à falta de abrigo, desata a correr para dentro de um café. Não era da terra.

    Com a pressa deixa cair uma daquelas carteiras de vários bolsos, que tinham uma alsa pequena para se pegar. Eu pego naquilo e vou a correr dentro do café entregar aquilo ao senhor, que quando me viu ficou azul. Abriu a pasta e deu-me uma nota de 100 escudos.
    Não sei quanto haveria lá dentro, mas pelo volume e pela reacção do homem, não devia ser pouco.

    Hoje, nas mesmas circunstancias faria o mesmo. Mas entregar na guarda, sem ver um contacto do dono, sinceramente não faria. Nada me garante que a guarda procedesse a muitas diligencias para o encontrar. Sinceramente, não acredito...

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  6. Queria dizer: que o perdeu!

    É o sono...

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  7. Francisco, após um ano o achado, caso não seja reclamado e provada a sua propriedade por outrem, passa a ser do achador. A Guarda não pode desfazer-se do dinheiro ou seja do que for, se lhes for devidamente reportado. O objecto em questão tem de ficar em depósito. É a lei.

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  8. Cirrus, lá está, nunca poderíamos saber.

    Como te disse, eu devolvia, por ser isso que me ensinaram a fazer, por concordar com isso e por ser isso que gostava que me fizessem.
    Que foi, aliás uma das explicações que a D. Luzia deu para ter entregue o dinheiro.

    Mas consigo compreender que alguém que em extrema necessidade, encare esse achado como uma dádiva...

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  9. Cirrus, sei que existem leis, mas também sei que muitas não são cumpridas e os policias não são excepção. Acreditas mesmo que não se assoam a muitos lenços que não lhes pertencem?
    Nesta situação, eu faria exactamente o que fez a Padeira, ainda por cima sabendo a quem pertencia o dinheiro.
    Sem haver identificação, não entregaria sem encontrar o dono, se o encontrasse. Mas tentaria encontrá-lo. Não vou estar aqui a dizer que faria de outra forma, porque conheço-me. Não gosto de policias e não confio neles. Mas esta e a minha opiniao. Tampouco critico quem fizesse de outra forma, indo levar a pasta ao posto da policia. Cada um tem de fazer o que a sua consciencia mandar. Criticaria sim a padeira se não o tivesse entregado,sabendo a quem pertencia. 9.300 euros custam muito a ganhar a quem trabalha e palpita-me que a vida desse rapaz não seja facil.

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  10. Bom dia!

    Podes crer..ontem fiquei surpreendida quando vi a noticia!Realmente a senhora é de uma geração bem diferente da nossa..menos ambiciosa e mais honesta!É de louvar e agradecer que ainda haja gente assim,mas se eu te perguntar se fazias o mesmo,respondes o ke?ahhaha

    Kiss Kiss

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  11. Pronúncia, por muita necessidade que houvesse, isso não compensa a consciência tranquila nem a dignidade.

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  12. Francisco, se devidamente notificada, a GNR ou PSP teria de guardar o dinheiro religiosamente e tê-lo para entrega, caso não se encontrasse o dono, um ano depois. Não seria fácil abotoarem uma quantia destas...

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  13. Sirigaita, sê bem vinda!!

    Se encontrasse 5 euros ou 20 euros na rua, não tenho dúvidas que poderia nem pensar em ter trabalho com a devolução, sem dúvida. Mas já me dei a esse trabalho por 50 euros. Felizmente, sabia de quem era o dinheiro e não foi fácil devolvê-lo, pois a própria pessoa não tinha consciência de o ter perdido.

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  14. Bom dia Cirrus. Mandei-te um mail. Nao tem nada a ver com isto. Foi um desabafo. Uma espinha que trago aqui atravessada na guela. Quando tiveres tempo vai ler.

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  15. Eu entregava metade garantidamente (sabendo quem era o dono porque à polícia nem um tostão). E a outra metade ficava em stand-by... dependia depois como me sentisse em relação à acção no seu todo. Mas a verdade é que não consigo posicionar-me assim tão bem em relação ao que faria numa situação destas. Nunca fiquei com trocos dados a mais por engano em supermercados e etcs. mas nunca se sabe o quanto o conforto humano fala mais alto... por isso digo metade entregava garantidamente. A outra metade deixo num "não sei".

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  16. Menina Ção, a honestidade não tem preço. E a menina está a ser honesta consigo mesma. Mais não se pode pedir.

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  17. Vais ter a oportunidade da tua vida no proximo dia 13 de Maio.
    Aproveita para te reconciliares com o homem.

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  18. Já ouvi a notícia, já ouvi...

    EHEHEHEHEH!!!

    Agora é que vai for!

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  19. Cirrus, concordo contigo.

    Saliento no entanto que nós nunca podemos dizer "eu nunca faria". Em circunstâncias normais, sim, mas e em situações extremas?!...
    Esperemos é nunca chegar a ser confrontados com elas...

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  20. Em situações extremas, teremos sorte de escapar com vida...

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  21. Se Portugal fosse um país de jeito, isto não seria notícia. Infelizmente temos que agradecer à Sr. Dª Luzia pela genuína honestidade, e fica o resto do país perplexo a rir-se para a situação.
    Quando os filhos da pátria jogam tanto no euromilhões à procura do dinheiro fácil, gostava de saber qual a % deles que fariam o que esta senhora fez...

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  22. Catsone, acredito que menor que a de votos nulos nas próximas eleições... e maior que a do PNR!!

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