sexta-feira, 11 de setembro de 2009

ASSIM NÃO VAMOS LÁ!

Foto Google

Hoje é um dia que é lembrado pelo ocorrido na mesma data há oito anos. Esse incidente perdurará na memória colectiva do mundo inteiro. Mas o que aconteceu hoje deixa o início das conversações israelo-árabes mais longe. O Líbano á actualmente uma manta de retalhos. Do processo eleitoral resultou a vitória minoritária de Saad Hariri, que renunciou a formar governo de coligação com o segundo partido mais votado, o Hezbollah. O clima é tenso e instável, o exército libanês é tudo menos uma força de segurança e as fugas em termos da mesma são mais que muitas.

Hoje foram disparados dois rockets Katyusha do sul do Líbano em direcção ao território israelita. Aparentemente, ainda não foram reivindicados, mas eu creio que serão da responsabilidade do Hezbollah. Não sei que táctica estão a seguir os partidários desta organização extremista, mas parece ser a da provocação a Israel como modo a induzir resposta massiva e assim reunir de novo o apoio da maioria dos libaneses. Esta é apenas uma especulação minha, note-se.
Isto porque o Hezbollah sabe que qualquer resposta israelita é desproporcional e não tem em conta evitar baixas civis.
Os Katyusha são rockets de curto alcance, sem orientação, que são lançados para o lado que estão virados e caem quando ficam sem combustível. Não são uma arma eficaz, mas podem causar estragos consideráveis quando caem em áreas densamente povoadas. Pelos vistos, estes apenas danificaram uma torre de alta tensão.
A resposta israelita foram oito rockets sobre a aldeia de Q'Lailé, junto à fronteira. Não se sabe que estragos provocaram.
Enquanto a lógica do Hezbollah assentar na negação do Estado de Israel, não vamos longe para resolver o conflito. Aliás, também o Hamas alinha nesse diapasão. Ambas as organizações são claramente apoiadas por um elemento externo, no caso o Irão, país que também parece não ter escapado incólume à contestação vivida depois das eleições que reconfirmaram a actual presidência. Pode até ser um quadro maior, mas é triste vermos, constantemente, os extremistas de um lado e de outro a minar todos os esforços que pessoas de bem, também de ambos os lados e inclusivamente de fora, têm envidado para a resolução do conflito. Pena ainda é que os governos em conflito sejam claramente dominados por estes interesses extremistas.

Assim não vamos lá...

17 comentários:

  1. Concordo com o que escreveu, excepto em dois pequenos detalhes (que são para este assunto, apenas isso, detalhes):

    - O exercito de Israel não ter em conta evitar vitimas civis. Ninguém pode assegurar com absoluta certeza que o exercito leva em conta ou não leva em conta, mas eu julgo que leva. Porque se há tabuleiro onde Israel tem perdido aos pontos, tem sido no mediático. As vitimas civis, por muito horrível que seja dizer isto, têm favorecido as posições do Hamas e do Hezbolah. Não é por acaso que estes dois movimentos se misturam no meio da população civil.

    - O efeito principal destes rocketes não é físico, é psicológico. Já li que há estudos feitos por académicos sobre os níveis de tensão e de stress provocados em populações civis onde costuma cair esses projecteis, e o efeito é devastador.

    O resto infelizmente é como diz.

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  2. Este assunto entristece-me. Faz-me sentir imponente perante tanta maldade. Abraco, cirrus

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  3. Talvez tenha sido uma provocação e uma resposta à tentativa dos israelitas de estabelecerem novos colunatos.
    Espero que a a Autoridade (?) Palestiniana condene estas situações.
    Penso que grande parte da população libanesa prefere fazer a paz com Israel do que albergar estes fanáticos extremistas.

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  4. Tens toda a razão Cirrus, grande post

    Dylan

    Os colonatos são crime bárbaro.
    Nãome digas que concordas com os colonatos?????

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  5. Forte,

    Se os israelitas foram expulsos dos colonatos pelo seu Governo, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, como iria eu concordar com nova investida? Claro que não concordo.

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  6. ORA ERA A ESTA FRASE QUE EU QUIS SEMPRE CHEGAR:"ENquanto o HEZBOLLAH não seguir a via que conduz ao feconhecimento do ESTADO DE ISRAEL...nada feito, verdade? Então, para que serve esta faculdade que Alguém nos concedeu de podermos falar?
    Abraço de lusibero

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  7. Levy, são detalhes importantes que, como bem dizes, são resultantes da imiscuidade entre forças para militares e civis. Não é problema fácil de lidar. Penso que as forças "militares" da Autoridade Palestiniana já não trazem o mesmo problema, mas também penso que o verdadeiro problema não é com a AP.

    Quanto aos rockets, tens inteira razão e também já ouvi falar desse estudo.

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  8. Francisco, a maior vítima disto tudo é apenas uma, ou principalmente uma: a população civil, não só palestiniana como israelita e libanesa. E oxalá os jordanos não entrem nesta lista brevemente...

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  9. Dylan, também me ocorreu isso, mas estou mais virado para o plano interno libanês, onde o Hezbollah tem perdido alguma influência política e não é reconhecido como antes. A questão dos colonatos pode concorrer para compor o bolo.

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  10. Forte, obrigado. Julgo que ninguém pode concordar com os colonatos. Só a própria palavra é execrável.

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  11. Cirrus tens la um abraco da
    Lusibero, se ainda nao viste.

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  12. Maria,

    "Por milhões de anos a Humanidade viveu como os animais
    Então algo aconteceu que libertou o poder da nossa imaginação
    Nós aprendemos a falar"

    Já diziam os Pink Floyd em 94.

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  13. Maria e Francisco, não ainda não tinha visto. Aproveitei a noite amena para ir aqui às traseiras à Feira Medieval...

    ;)

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  14. Cirrus* se não é indiscrição, onde moras?
    aqui pó nuorte???? :D

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  15. nuorte entãp... :) mas não conheço leça. nunca aí fui.

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  16. Vale a pena, apenas para visitar o "nosso" milenar mosteiro, outrora pertencente à Ordem de Malta.

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