O modo como a sociedade evolui não pode ser totalmente compreendido por um indivíduo, seja por quem for, dado que as suas experiências passadas se tornam a sua maior referência, tornando novas experiências ou simples factos decorrentes da evolução natural da sociedade um alvo de rejeição ou mesmo indignação para o indivíduo visado.
Esta é uma explicação mais ou menos científica para a qual me estou plenamente borrifando. Já sei o que dizem os que são como eu era há alguns anos atrás, os jovens de hoje. Sou um cota que não está interessado em entender os seus problemas, etc, etc. Deixem lá isso. É que há evoluções que são perfeitas aberrações, e não se desculpem com os tempos serem outros.
A forma usada por grande parte dos jovens de hoje para se apresentarem choca-me. Não por puritanismo, mas porque ainda tenho algum bom senso na cabeça. Antigamente, os pais tinham problemas porque as filhas mostravam as pernas na rua usando saia, ou melhor, mini saia. Hoje, ao invés, preocupam-se porque as filhas mostram as pernas na rua usando calças, uma vez que usam a cintura das mesmas pelo mesmo ponto que usavam as bainhas das ditas mini saias antigamente. Escusado será dizer que depois vem a tanguinha para mostrar. Porreiro. Todos os cotas gostam de ver a tanguinha, não há problema. Há também os cromos da bola que usam calças dessas sendo do sexo masculino, ficando presas pela sua anatomia e mostrando um par de boxers imundo.
Depois há os cortes de cabelo. As miúdas continuam a ser algo conservadoras, apesar de já ter visto miúdas com o cabelo azul (não, não era o Vítor Baía). Os rapazes gostam mais do corte à Ronaldo ou à Quaresma. Entram no cabeleireiro e pedem o referido corte. O coiffeur aplica-lhes uma generosa quantidade de anestesia geral, chama o São Bernardo das traseiras e este aplica-lhes três ou quatro valentes lambidelas no couro cabeludo. Quando acordam, estão menos inteligentes, mais pobres e com valentes hipóteses de desenvolverem doenças cutâneas. Puxam o cinto para baixo e aí vão eles para a rave mais próxima.
Rave? O que é isso? Consiste numa sessão de tortura da CIA usada em Guantanamo, em que os jovens em questão são obrigados a ouvir 230 decibéis de barulho insuportável durante três dias seguidos, com a ajuda de uma garrafa de água, que vão brandindo freneticamente, quais baquetes de bateria, e uma dúzia de comprimidos de fazer rir. Também fumam uns cigarrinhos de fazer rir, e, quando acordam, e se acordam, três dias passados, deram três passos atrás na Teoria da Evolução e ficam com a capacidade craniana do Australopitecus Africanus. Estão prontos para ser recrutados pela Al-Qaeda ou pela Moderna, consoante quem chegue primeiro.
Depois há os piercings. O que dizer sobre os piercings? Há os internos, na língua, os externos, espalhados pelo corpo, e os inexplicáveis, nos genitais. Se não fossem de aço inox, os portadores estariam em maus lençóis nos detectores de metais do aeroporto. Uma hora ou duas a tirar metal do corpo poderia ser educacional. Quase sempre são acompanhados de tatuagens, mais ou menos ousadas. É um problema transitório. Acabam por retirar os piercings e fazer reconstituições de pele para remover as tatuagens quando ganham juízo ou andam sete anos sem arranjar emprego decente. As pessoas não podem descriminar pelo aspecto, por isso optam pelo aspecto mais normal, que não é descriminado.
Já sei, estou desactualizado. Eu sei. Eles também. Ou não...
Esta é uma explicação mais ou menos científica para a qual me estou plenamente borrifando. Já sei o que dizem os que são como eu era há alguns anos atrás, os jovens de hoje. Sou um cota que não está interessado em entender os seus problemas, etc, etc. Deixem lá isso. É que há evoluções que são perfeitas aberrações, e não se desculpem com os tempos serem outros.
A forma usada por grande parte dos jovens de hoje para se apresentarem choca-me. Não por puritanismo, mas porque ainda tenho algum bom senso na cabeça. Antigamente, os pais tinham problemas porque as filhas mostravam as pernas na rua usando saia, ou melhor, mini saia. Hoje, ao invés, preocupam-se porque as filhas mostram as pernas na rua usando calças, uma vez que usam a cintura das mesmas pelo mesmo ponto que usavam as bainhas das ditas mini saias antigamente. Escusado será dizer que depois vem a tanguinha para mostrar. Porreiro. Todos os cotas gostam de ver a tanguinha, não há problema. Há também os cromos da bola que usam calças dessas sendo do sexo masculino, ficando presas pela sua anatomia e mostrando um par de boxers imundo.
Depois há os cortes de cabelo. As miúdas continuam a ser algo conservadoras, apesar de já ter visto miúdas com o cabelo azul (não, não era o Vítor Baía). Os rapazes gostam mais do corte à Ronaldo ou à Quaresma. Entram no cabeleireiro e pedem o referido corte. O coiffeur aplica-lhes uma generosa quantidade de anestesia geral, chama o São Bernardo das traseiras e este aplica-lhes três ou quatro valentes lambidelas no couro cabeludo. Quando acordam, estão menos inteligentes, mais pobres e com valentes hipóteses de desenvolverem doenças cutâneas. Puxam o cinto para baixo e aí vão eles para a rave mais próxima.
Rave? O que é isso? Consiste numa sessão de tortura da CIA usada em Guantanamo, em que os jovens em questão são obrigados a ouvir 230 decibéis de barulho insuportável durante três dias seguidos, com a ajuda de uma garrafa de água, que vão brandindo freneticamente, quais baquetes de bateria, e uma dúzia de comprimidos de fazer rir. Também fumam uns cigarrinhos de fazer rir, e, quando acordam, e se acordam, três dias passados, deram três passos atrás na Teoria da Evolução e ficam com a capacidade craniana do Australopitecus Africanus. Estão prontos para ser recrutados pela Al-Qaeda ou pela Moderna, consoante quem chegue primeiro.
Depois há os piercings. O que dizer sobre os piercings? Há os internos, na língua, os externos, espalhados pelo corpo, e os inexplicáveis, nos genitais. Se não fossem de aço inox, os portadores estariam em maus lençóis nos detectores de metais do aeroporto. Uma hora ou duas a tirar metal do corpo poderia ser educacional. Quase sempre são acompanhados de tatuagens, mais ou menos ousadas. É um problema transitório. Acabam por retirar os piercings e fazer reconstituições de pele para remover as tatuagens quando ganham juízo ou andam sete anos sem arranjar emprego decente. As pessoas não podem descriminar pelo aspecto, por isso optam pelo aspecto mais normal, que não é descriminado.
Já sei, estou desactualizado. Eu sei. Eles também. Ou não...
Sou jovem e nunca tive essas paranóias. Outros valores se levantavam. É tudo uma questão educacional.
ResponderEliminarAgora, quanto à tanga feminina: não gostas, não...?!
A tua mulher que saiba (Lol).
Abraço.
Fez-me rir,e eu gosto,gosto mesmo muito de me rir.
ResponderEliminarApesar da subjectividade,penso que o gosto pode e deve ser discutido.
O sentido estético vai-se apreendendo e burilando todos os dias.
rosebud
Ora, ora, até admiti... Ela sabe! ;)
ResponderEliminarEpá com um frio destes o pessoal vai ficar doente. Primeiro puseste uma foto dos ABBA completamente descapotavel e agora a miuda com os rins à mostra. Ainda se vai constipar alguém.
ResponderEliminarAssim como assim ninguém arranja emprego decente - portanto ao menos que se divirtam!
ResponderEliminarNão tinha pensado na saúde dos personagens... Mas é como diz o Pombo, pelo menos dá para se divertirem...
ResponderEliminarO texto representa o que esta juventude tem, muitas preocupações com factores insignificantes e pouca necessidade de pensarem. E realmente andarem com o cuecão à mostra e com as calças no joelho não lembra a ninguém.
ResponderEliminarA experimentação adolescente faz parte de todas as gerações.Há factores insignificantes que foram,por vezes, decisivos nesta fase da vida.Lembro-me bem de mim , os riscos a que me atrevia e o prazer que me davam. Penso que esta juventude,mesmo com tatuagens e piercings pensa e olhe que ,dado o futuro escuro que os espera,devem ser pensamentos bem penosos.Estes factores insignificantes podem ajudar um poucochinho.
ResponderEliminarrosebud
rosebud
ResponderEliminarnós também corremos riscos e fizemos coisas próprias da juventude, é bem verdade. O problema é que nós falamos com os miúdos e parce que não tem sumo, que não se preocupam em pensar o porquê? Mas posso estar enganado... a generalização nunca é uma coisa boa
Não se deve falar no geral, é verdade. Devemos falar no quase geral. E a realidade é esta: 95% da nossa juventude é quase acéfala. Tem demasiadas distracções para quem queira pensar, nem que seja um pouco.
ResponderEliminarTanta conversa mas esquecem-se que as raves, as águas e os ABBA não são invenções desta geração (antes fosse era sinal de outra coisa). Mas a verdade é que não são - o que quer dizer que isto não é nada de novo meus caros amigos. E mais vos digo - Mais vale uma granda pedrada que uma carteira a ser roubada! Agora querem adolescentes com consciência e preocupações, e depois? Um policia a cada esquina?
ResponderEliminarDesculpe o meu caro Pombo, mas penso que mais vale uma carteira roubada do que uma pedrada. E não digo isto por uma questão de saúde, mas sim de dignidade.
ResponderEliminarAlém do mais, foram sempre os estudantes os precursores das grandes revoluções ou manifestações em Portugal. E no Mundo, basta pensar no Maio de 68, Timisoara ou Tianamen. Se calhar, não é por acaso que agora esse papel caiba aos professores.
Por outro lado, a minha verdadeira preocupação não é com a aparência da juventude, isso foi apenas um veículo para expressar algo mais sério: a perda de valores, não por maldade, mas por total desinteresse. Dantes, tomavam-se partidos, na política, no desporto enfim, em quase tudo, a partir de tenra idade. Agora, enviam-se 300 sms por dia, a maior parte das quais dirigidas à pessoa que se encontra ao lado.
É esse desinteresse, que nunca senti na minha geração, que me preocupa verdadeiramente.
A propósito, os ABBA são no post ao lado.
ResponderEliminarAbraço.
Acho que fala de algo diferente. São os adolescentes que andam com as cuecas à mostra e não a população jovem. Muito provavelmente eles também não sentem esse desinteresse na geração deles e não entendem a sua. Quanto às drogas para quem é fã da música que o senhor ouve também se devia interrogar à custa do quê é que estas foram feitas.
ResponderEliminarjá agora, é professor? professores revolucionários? Interessante mas talvez não muito realista.
Um abraço!
Essa teve graça!
ResponderEliminarCuecas à mostra não são só nos adolescentes e todos estamos fartos de saber isso.
Não falei de professores revolucionários, falei de precursores da insatisfação, da indignação. Por acaso não sou professor e tenho uma posição extremamente crítica em relação à posição dos professores face à avaliação, como todos que lêem o Kaos sabem. Revolução parece ser a única coisa que não lhes interessa.
Quanto à música, não me diga que ainda é daqueles que faz do rock a música do demo... Ou é daqueles que têm de ser iguais aos artistas que fizeram obra que admiram? Se assim for, espero que não goste dos Nirvana, olhe que pode ficar com dor de cabeça...
Nunca precisei de "pedradas" para ouvir música, nem hei-de precisar, espero eu.
Está a ver como não é preciso andar de cueca à mostra para enviar sms (neste caso comentários) até para discutir ideias com pessoas que nem se conhece? Só estou a fazer de advogado do diabo. Acho que não se deve culpar os jovens por coisas que muitas vezes são culpa de gerações anteriores. Eu não ando com as cuecas à mostra. Mas e se andasse? São opções estéticas. Variam de pessoa para pessoa. O Rock música do demo? Bem! Isso é muito 1958. Já passámos de século. A cueca já é outra.
ResponderEliminarMeu caro, as alusões que faço no meu blog sob o título Contratorpedeiro são, como expliquei, considerações que vão contra o politicamente correcto. Isto porque me fartei do politicamente correcto. E é politicamente correcto tolerar a aparência e os interesses minimalistas da juventude, ou pelo menos parte dela. Não tome as minhas palavras como sentenças de morte, pois não o são. São apenas desabafos de quem se fartou de ver, ouvir e calar. E se andasse, como pergunta, com as cuecas de fora? Falando politicamente correcto, dar-lhe-ia uma palmada nas costas e diria algo do género "tás na moda, pá". Como estou farto dessas hipocrisias, era capaz de lhe perguntar alguma coisa menos conveniente.
ResponderEliminarÉ disto que estou a falar. Hoje em dia, suporta-se e tolera-se tudo. É politicamente correcto. Já não se pode ter opinião, porque é politicamente incorrecto criticar os outros. Às malvas com tudo isso!! Disse aquilo que pensava e sei que é aquilo que muitos pensam. Mas não dizem, porque são... politicamente correctos!
hoje estou virada para as antiguidades...
ResponderEliminarpor acaso acho horrivel esse tipo de moda em que a cinta está quase nos joelhos...
mas quanto a piercings e tattoos... sou fã, confesso, tnh 3 tattos e dois piercings (já tive mais)...
mas nem por isso retrocedi ou fiz retroceder a nossa espécie.... :P :P
Anne, dizes tu... não tenho provas disso!!
ResponderEliminar;)