Começo a sentir-me cada vez mais revigorado. A cada dia que passa, sinto uma necessidade premente de me levantar bem cedo, para poder ligar a TV e ver as notícias do dia. Levanto-me ansioso, dirijo-me à cozinha e, ainda antes de preparar algo para o pequeno-almoço, já estou a percorrer freneticamente os botões do comando.
É tudo mentira, como já devem calcular. O normal é arrastar-me para fora da cama, já fora de horas, ensonado e tropeçando na gata, que insiste em acompanhar os meus movimentos. Está mais acordada que eu e, provavelmente, mais racional. Mas a parte das notícias é verdadeira. Portanto, nem tudo é mentira. Exagerei.
A notícia do dia. Fresca e intensa. Atingiu-me como um raio. Barack já assinou o decreto para encerrar Guantanamo. Já? no 1ºdia de "office"? Mas o homem está doido ou quê? E não pára por aqui. Congelou os salários dos funcionários de topo da Casa Branca. Como? Congelar salários? Na América? Está mesmo doido. É a minha conclusão óbvia. Não se congelam salários na América. A América é o país dos sonhos, mas os sonhos são caros e é preciso salário ao fim da semana. Em rigor, congelamento não é a palavra certa. Talvez congelamento dos aumentos seja mais correcto. Não deixa de ser grave, pois todo o americano se acha no direito de ganhar milhões após os ganhos indevidos que deram origem à queda histórica do sistema. Pode achar-se, mas não tem esse direito. Esse está reservado a canalizadores mal humorados que não saibam articular frases tão bem como unir tubos debaixo da pia da cozinha, com nomes sonantes e coloridos como "Joe". Tipo Bud ou Big Mac. Nomes americanos que não dêem muito que pensar aos infelizes dos pais ou aos próprios quando vão para as filas do IRS e têm de preencher 37521 impressos, ainda por cima com lápis e em folha tipo Letter com espessura inferior a um micrometro...
Seja como for, a notícia continuava ainda com a ordem expressa do novo presidente americano de se suspenderem e reavaliarem os processos contra todos os presos de Guantanamo, durante quatro meses. Obviamente, se essa reapreciação for feita com isenção, veremos 99,5% dos presos de Guantanamo em casa até ao próximo Natal. Há-de lá ficar talvez o único melro que era mesmo terrorista. Pelo menos espero eu.
Alegrou um pouco o meu dia, admito. Ainda não estou convencido da total boa fé de Obama, mas parece-me que entrou com o pé direito em campo. Só que o jogo ainda mal começou...
É tudo mentira, como já devem calcular. O normal é arrastar-me para fora da cama, já fora de horas, ensonado e tropeçando na gata, que insiste em acompanhar os meus movimentos. Está mais acordada que eu e, provavelmente, mais racional. Mas a parte das notícias é verdadeira. Portanto, nem tudo é mentira. Exagerei.
A notícia do dia. Fresca e intensa. Atingiu-me como um raio. Barack já assinou o decreto para encerrar Guantanamo. Já? no 1ºdia de "office"? Mas o homem está doido ou quê? E não pára por aqui. Congelou os salários dos funcionários de topo da Casa Branca. Como? Congelar salários? Na América? Está mesmo doido. É a minha conclusão óbvia. Não se congelam salários na América. A América é o país dos sonhos, mas os sonhos são caros e é preciso salário ao fim da semana. Em rigor, congelamento não é a palavra certa. Talvez congelamento dos aumentos seja mais correcto. Não deixa de ser grave, pois todo o americano se acha no direito de ganhar milhões após os ganhos indevidos que deram origem à queda histórica do sistema. Pode achar-se, mas não tem esse direito. Esse está reservado a canalizadores mal humorados que não saibam articular frases tão bem como unir tubos debaixo da pia da cozinha, com nomes sonantes e coloridos como "Joe". Tipo Bud ou Big Mac. Nomes americanos que não dêem muito que pensar aos infelizes dos pais ou aos próprios quando vão para as filas do IRS e têm de preencher 37521 impressos, ainda por cima com lápis e em folha tipo Letter com espessura inferior a um micrometro...
Seja como for, a notícia continuava ainda com a ordem expressa do novo presidente americano de se suspenderem e reavaliarem os processos contra todos os presos de Guantanamo, durante quatro meses. Obviamente, se essa reapreciação for feita com isenção, veremos 99,5% dos presos de Guantanamo em casa até ao próximo Natal. Há-de lá ficar talvez o único melro que era mesmo terrorista. Pelo menos espero eu.
Alegrou um pouco o meu dia, admito. Ainda não estou convencido da total boa fé de Obama, mas parece-me que entrou com o pé direito em campo. Só que o jogo ainda mal começou...
Vamos acreditar que o homem veio por bem, esta medida é muito importante, veremos o desenrolar dos próximos capitulos.
ResponderEliminarBom Post como sempre
Agradeço o comentário.
ResponderEliminarAinda não sei até que ponto o homem poderá resistir a toda a máquina do governo do país. Mas penso que tem alguma vontade própria, o que, por si só, é uma grande melhoria em relação ao passado recente.