Pois, Portugal. É um país europeu. Sim? Não?
Depende. Para algumas coisas é europeu, para outras é uma porta de entrada para o Atlântico, para outras ainda é uma ponte para a América do Sul. Bem, bastas vezes pensamos que vivemos debaixo da ponte para a América do Sul. Faz sentido. De qualquer das formas, uns pensam que somos uma província espanhola, outros podem pensar que fazemos parte do Magreb, ou, ultimamente, que somos o Algarve. Ou Allgarve. Também há aqueles que pensam que somos uma dependência da Madeira, por causa do CR7. Acho graça chamar a alguém CR7. Palavra. Tem ares de linha de montagem - Controlo Remoto 7, ou de modelo da Toyota, um pouco à RAV4.
A realidade portuguesa é demasiado vasta para a abarcarmos na totalidade. Não estou a ser irónico. Temos um povo afável, com a mania que é bem educado (toda a gente dá boa educação aos filhos, embora depois as coisas não corram assim tão bem), temos comida fabulosa (e não somos só nós a achar), paisagens lindíssimas (só quem não conhece Trás-os-Montes é que não sabe) e monumentos milenares de valor inestimável. Mas a comida é essencial. Da última vez que fui a França, recusei-me ficar mais que 3 dias, pois é o máximo de dias consecutivos que aguento a comer apenas queijo (sem bolor, já agora - bolor é sinal que algo vai mal, seus franciús parvos!!). Em Itália, vomito esparguete e tomate pelos olhos. Em Espanha, só como paella, por ter algumas parecenças com o nosso arroz de marisco. Nunca há bacalhau no estrangeiro, por mais que procure. Mas a posta tira-me do sério. Quase ainda viva e a mugir, com sangue e batatas a murro. Onde isto foi parar!! Ao colesterol!
Pois, o colesterol também é português. É uma arte inventada em Portugal e aperfeiçoada pelos americanos. A diferença é que nós obtemos colesterol com prazer, com postas à mirandesa, costeletas maronesas, bifes do Barroso, bacalhau à Braga, arroz de marisco e caldeirada de peixe. Eles têm colesterol do MacDonalds. Muita diferença. Eu tenho colesterol. Nada demais, fui apanhado numa curva a 400 e agora já melhorei e estou com 340. Dizem-me que posso ter um enfarte, se continuar a fumar. Eu penso que posso ter um enfarte se acabar com as minhas incursões gastronómicas para lá do Marão. Por desgosto, por falta de prazer. E depois da posta de meio quilo e café, um cigarrinho. Isto também é português. Beber 2 centilitros de uma coisa escura e quente e fumar uma cigarrada de seguida. Dantes era durante, agora temos de sair, pois os defensores dos touros de Barrancos lá conseguiram pôr-nos a fumar à chuva. Ainda bem que não chove muito. Isto tudo é Portugal.
Depois temos o Portugal dos intelectuais e políticos. Qual a relação? O intelectuais desenvolvem ideias para melhorar o Mundo, os políticos adaptam-nas para melhorar o mundo deles. Tudo bem, o povo português afirma logo que isto está para os espertos e arrumam-se os esqueletos no armário. Temos um armário jeitoso, grande e arejado, com esqueletos de diversas categorias. Neste aspecto, começamos cedo, com o esqueleto de D. Sebastião, que, para provar aos primos que não era florzinha, atirou-se aos mouros e nunca mais foi visto. Florzinha não sei, mas como estrume acabou com certeza. Depois tivemos muitos mais esqueletos, e durante meio século fomos governados por um ditador que também não tinha grande apetência para mulheres, mas que queria mudar a capital do país para o meio do deserto em Angola. Diz-se que caiu de uma cadeira e foi desta para melhor a pensar que mandava. Eu não acredito nesta história. Penso que ele morreu de excesso de colesterol. Algum enfarte. Não deixou filhos nem aquela pena que se possa imaginar. Actualmente, já não metemos esqueletos no armário. Eles não deixam, insistem em não morrer e ser líderes dos maiores partidos da Oposição. Ou Presidentes da República. Outros vão para presidentes de grandes construtoras ou concessionárias de pontes. E outros sempre foram presidentes do mesmo clube de futebol.
Tudo isto é Portugal, graças a Deus. Ou mais ou menos. Também temos a Santa Católica Apostólica Igreja Romana. Já tentei enviar alguns representantes para casa, para Roma, mas eles insistem que em Roma vomitam esparguete e tomates pelos olhos. Não os censuro. Aqui está-se bem melhor. Ser padre deve ser giro. Engole-se uma K7 em pequeno, desfia-se a mesma durante uma hora, comem-se tostas sem sal e bebe-se vinho do Porto. E depois, temos muitos Amaros, que vão desfrutando da companhia da filha da senhoria. Ou do filho. Tanto faz. Agora menos, pois tiveram a infeliz ideia de os mudar para as casas paroquiais. Durante o dia. À noite, mudam-se para as casas pinocais ou panascais. Mas isto são os especiais. Os padres normais, em Portugal, são respeitadores e não vão em sarilhos. Perguntam antes se elas ou eles estão preparados para receber o corpo de Cristo.
Tudo isto é Portugal. Ah! Rectângulo do caraças, como eu gosto de cá morar!!!
Depende. Para algumas coisas é europeu, para outras é uma porta de entrada para o Atlântico, para outras ainda é uma ponte para a América do Sul. Bem, bastas vezes pensamos que vivemos debaixo da ponte para a América do Sul. Faz sentido. De qualquer das formas, uns pensam que somos uma província espanhola, outros podem pensar que fazemos parte do Magreb, ou, ultimamente, que somos o Algarve. Ou Allgarve. Também há aqueles que pensam que somos uma dependência da Madeira, por causa do CR7. Acho graça chamar a alguém CR7. Palavra. Tem ares de linha de montagem - Controlo Remoto 7, ou de modelo da Toyota, um pouco à RAV4.
A realidade portuguesa é demasiado vasta para a abarcarmos na totalidade. Não estou a ser irónico. Temos um povo afável, com a mania que é bem educado (toda a gente dá boa educação aos filhos, embora depois as coisas não corram assim tão bem), temos comida fabulosa (e não somos só nós a achar), paisagens lindíssimas (só quem não conhece Trás-os-Montes é que não sabe) e monumentos milenares de valor inestimável. Mas a comida é essencial. Da última vez que fui a França, recusei-me ficar mais que 3 dias, pois é o máximo de dias consecutivos que aguento a comer apenas queijo (sem bolor, já agora - bolor é sinal que algo vai mal, seus franciús parvos!!). Em Itália, vomito esparguete e tomate pelos olhos. Em Espanha, só como paella, por ter algumas parecenças com o nosso arroz de marisco. Nunca há bacalhau no estrangeiro, por mais que procure. Mas a posta tira-me do sério. Quase ainda viva e a mugir, com sangue e batatas a murro. Onde isto foi parar!! Ao colesterol!
Pois, o colesterol também é português. É uma arte inventada em Portugal e aperfeiçoada pelos americanos. A diferença é que nós obtemos colesterol com prazer, com postas à mirandesa, costeletas maronesas, bifes do Barroso, bacalhau à Braga, arroz de marisco e caldeirada de peixe. Eles têm colesterol do MacDonalds. Muita diferença. Eu tenho colesterol. Nada demais, fui apanhado numa curva a 400 e agora já melhorei e estou com 340. Dizem-me que posso ter um enfarte, se continuar a fumar. Eu penso que posso ter um enfarte se acabar com as minhas incursões gastronómicas para lá do Marão. Por desgosto, por falta de prazer. E depois da posta de meio quilo e café, um cigarrinho. Isto também é português. Beber 2 centilitros de uma coisa escura e quente e fumar uma cigarrada de seguida. Dantes era durante, agora temos de sair, pois os defensores dos touros de Barrancos lá conseguiram pôr-nos a fumar à chuva. Ainda bem que não chove muito. Isto tudo é Portugal.
Depois temos o Portugal dos intelectuais e políticos. Qual a relação? O intelectuais desenvolvem ideias para melhorar o Mundo, os políticos adaptam-nas para melhorar o mundo deles. Tudo bem, o povo português afirma logo que isto está para os espertos e arrumam-se os esqueletos no armário. Temos um armário jeitoso, grande e arejado, com esqueletos de diversas categorias. Neste aspecto, começamos cedo, com o esqueleto de D. Sebastião, que, para provar aos primos que não era florzinha, atirou-se aos mouros e nunca mais foi visto. Florzinha não sei, mas como estrume acabou com certeza. Depois tivemos muitos mais esqueletos, e durante meio século fomos governados por um ditador que também não tinha grande apetência para mulheres, mas que queria mudar a capital do país para o meio do deserto em Angola. Diz-se que caiu de uma cadeira e foi desta para melhor a pensar que mandava. Eu não acredito nesta história. Penso que ele morreu de excesso de colesterol. Algum enfarte. Não deixou filhos nem aquela pena que se possa imaginar. Actualmente, já não metemos esqueletos no armário. Eles não deixam, insistem em não morrer e ser líderes dos maiores partidos da Oposição. Ou Presidentes da República. Outros vão para presidentes de grandes construtoras ou concessionárias de pontes. E outros sempre foram presidentes do mesmo clube de futebol.
Tudo isto é Portugal, graças a Deus. Ou mais ou menos. Também temos a Santa Católica Apostólica Igreja Romana. Já tentei enviar alguns representantes para casa, para Roma, mas eles insistem que em Roma vomitam esparguete e tomates pelos olhos. Não os censuro. Aqui está-se bem melhor. Ser padre deve ser giro. Engole-se uma K7 em pequeno, desfia-se a mesma durante uma hora, comem-se tostas sem sal e bebe-se vinho do Porto. E depois, temos muitos Amaros, que vão desfrutando da companhia da filha da senhoria. Ou do filho. Tanto faz. Agora menos, pois tiveram a infeliz ideia de os mudar para as casas paroquiais. Durante o dia. À noite, mudam-se para as casas pinocais ou panascais. Mas isto são os especiais. Os padres normais, em Portugal, são respeitadores e não vão em sarilhos. Perguntam antes se elas ou eles estão preparados para receber o corpo de Cristo.
Tudo isto é Portugal. Ah! Rectângulo do caraças, como eu gosto de cá morar!!!
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